Suplemento Pública

16-06-2003
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Objectivo 2008?

Segunda-feira, 16 de Junho de 2003 %Texto Josh Getlin e Nick Anderson O lançamento de "Living History" é, para todos os efeitos, uma nova fase da carreira política de Hillary Clinton. Desde que foi eleita para o Senado no ano 2000 que ela tem surpreendido muitos comentadores por estabelecer pontes com legisladores republicanos que em tempos votaram o ''impeachment'' do marido e por ter assumido uma série de posições políticas moderadas.Se a sua visibilidade se tornou periodicamente menor, passando para um terceiro plano num cenário de grandes notícias domésticas e internacionais, isso foi uma estratégia propositada, no dizer de alguns. A senadora estava num processo de aumentar a sua própria credibilidade entre os eleitores e os colegas em vez de procurar grandes títulos na imprensa. "Há muito tempo que ela não recorria à sua condição de celebridade", comenta Lee Miringoff, do instituto de sondagens Marist, em Nova Iorque. "Mas agora, com a publicação do livro, tudo isto vai mudar muito depressa". Empurrado por uma vaga de publicidade, "Living History" serve para marcar terreno para uma candidatura presidencial em 2008, dizem muitos comentadores. Para outros, no entanto, estamos apenas perante uma situação que nos recorda como é fácil o apelido Clinton, e neste caso Hillary, dominar o panorama político. Hillary Clinton já anunciou formalmente que não procurará a nomeação pelos democratas às presidenciais de 2004, mas deixou em aberto a possibilidade de se candidatar à Casa Branca quatro anos mais tarde. "Ao escrever isto agora, muito antes de ter de tomar uma decisão, Hillary Clinton está a usar a sua fama para obter uma redefinição do seu carácter", pensa o consultor politico democrata Hank Sheinkopf. O objectivo, sugere ele, é "despachar" todas as questões aborrecidas (Monica Lewinsky, o escândalo Whitewater, etc, etc.). Desta maneira, se e quando chegar o momento de se candidatar, parte com o registo praticamente limpo. Mas a tarefa pode não ser fácil, porque muitos norte-americanos continuam a ter profundas reservas sobre a ex-Primeira Dama. Uma sondagem com menos de duas semanas revela que 33 por cento dos novaiorquinos recenseados acreditam que a razão principal para ela escrever o livro foi ganhar dinheiro; 28 por cento pensam que foi para criar o terreno para uma candidatura presidencial; e 27 por cento disseram que foi para contra a sua versão dos acontecimentos. Outra sondagem, da ABC, indica que 53 por cento dos inquiridos esperam que ela não concorra à Presidência. A sua taxa de popularidade é uma montanha-russa: 48 por cento têm uma opinião negativa e 44 por cento positiva. "Ela continua a ser uma figura polarizadora", diz Jay Severin, um consultor republicano, ao ler estes números. "E não importa o que tem feito no Senado, porque tudo gira à volta de ela um dia se candidatar à Casa Branca. Ela faz tudo com esse objectivo". OUTROS TÍTULOS EM PÚBLICA

Ideias Fortes Capoulas Santos Comissão Europeia não conseguirá fazer a reforma que a agricultura portuguesa necessita

O sociólogo a que chamam engenheiro

Livro

Objectivo 2008?

A mulher arco-íris na crise dos quarenta

CRÓNICAS

Fronteiras Perdidas

Levante-se o réu

COCKTAIL

Cocktails de Verão

RECEITA

Receitas de Verão

CARTAS DA MAYA

Cartas da Maya

DESAFIOS

Desafios

Objectivo 2008?

Segunda-feira, 16 de Junho de 2003 %Texto Josh Getlin e Nick Anderson O lançamento de "Living History" é, para todos os efeitos, uma nova fase da carreira política de Hillary Clinton. Desde que foi eleita para o Senado no ano 2000 que ela tem surpreendido muitos comentadores por estabelecer pontes com legisladores republicanos que em tempos votaram o ''impeachment'' do marido e por ter assumido uma série de posições políticas moderadas.Se a sua visibilidade se tornou periodicamente menor, passando para um terceiro plano num cenário de grandes notícias domésticas e internacionais, isso foi uma estratégia propositada, no dizer de alguns. A senadora estava num processo de aumentar a sua própria credibilidade entre os eleitores e os colegas em vez de procurar grandes títulos na imprensa. "Há muito tempo que ela não recorria à sua condição de celebridade", comenta Lee Miringoff, do instituto de sondagens Marist, em Nova Iorque. "Mas agora, com a publicação do livro, tudo isto vai mudar muito depressa". Empurrado por uma vaga de publicidade, "Living History" serve para marcar terreno para uma candidatura presidencial em 2008, dizem muitos comentadores. Para outros, no entanto, estamos apenas perante uma situação que nos recorda como é fácil o apelido Clinton, e neste caso Hillary, dominar o panorama político. Hillary Clinton já anunciou formalmente que não procurará a nomeação pelos democratas às presidenciais de 2004, mas deixou em aberto a possibilidade de se candidatar à Casa Branca quatro anos mais tarde. "Ao escrever isto agora, muito antes de ter de tomar uma decisão, Hillary Clinton está a usar a sua fama para obter uma redefinição do seu carácter", pensa o consultor politico democrata Hank Sheinkopf. O objectivo, sugere ele, é "despachar" todas as questões aborrecidas (Monica Lewinsky, o escândalo Whitewater, etc, etc.). Desta maneira, se e quando chegar o momento de se candidatar, parte com o registo praticamente limpo. Mas a tarefa pode não ser fácil, porque muitos norte-americanos continuam a ter profundas reservas sobre a ex-Primeira Dama. Uma sondagem com menos de duas semanas revela que 33 por cento dos novaiorquinos recenseados acreditam que a razão principal para ela escrever o livro foi ganhar dinheiro; 28 por cento pensam que foi para criar o terreno para uma candidatura presidencial; e 27 por cento disseram que foi para contra a sua versão dos acontecimentos. Outra sondagem, da ABC, indica que 53 por cento dos inquiridos esperam que ela não concorra à Presidência. A sua taxa de popularidade é uma montanha-russa: 48 por cento têm uma opinião negativa e 44 por cento positiva. "Ela continua a ser uma figura polarizadora", diz Jay Severin, um consultor republicano, ao ler estes números. "E não importa o que tem feito no Senado, porque tudo gira à volta de ela um dia se candidatar à Casa Branca. Ela faz tudo com esse objectivo". OUTROS TÍTULOS EM PÚBLICA

Ideias Fortes Capoulas Santos Comissão Europeia não conseguirá fazer a reforma que a agricultura portuguesa necessita

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Levante-se o réu

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