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2003-02-26 17:40:33 José Manuel Bolieiro
Deputado Regional e em representação do PSD José Manuel Bolieiro Mais uma vez, por falta de orientação política e por causa de mensagens governativas contraditórias, os lavradores açorianos estão aflitos, quanto ao seu presente e futuro. Ninguém tem coragem para dizer que o sector agrícola não é fundamental nos Açores, quer sob o ponto de vista económico, quer social. Até a qualidade do nosso ambiente deve continuar a ser assegurada com o comprometimento dos agricultores. Apesar disso, penso que a primeira opção governativa do PS foi, sem a devida coragem para a assumir publicamente, diminuir o peso do sector agrícola na economia açoriana. Mas, por cada queixa na quebra dos rendimentos dos lavradores, este governo regional socialista, aproveitando as épocas eleitorais, anunciava milhões para a lavoura, recomendando o aumento da sua produção e a melhoria da sua qualidade. Este era o discurso para consumo interno. Lá fora, junto do Governo da República de Guterres e de Capoulas Santos diziam o contrário. Confirmavam a sua opção pela diminuição da produção leiteira. Exigir hoje, nos termos em que o tem feito Ricardo Rodrigues, o aumento da quota leiteira nas negociações com a União Europeia, é puro descaramento e hipocrisia. No tempo certo, nas negociações da Agenda 2000, o Governo de Carlos César não exigiu um único litro de leite a mais. Preferiu dar espaço ao trigo rijo e aos tomates de Capoulas Santos, em prejuízo do nosso leite. Mesmo que agora a preocupação seja a de encontrar uma solução para o futuro, a verdade é que a culpa por toda esta aflição não pode morrer solteira. César e os seus governos não foram nunca parte da solução. Foram sempre o problema, quer por acção, quer por omissão. Mesmo a chamada quota virtual, até 31 de Março de 2003, foi apenas um remendo e muito mal negociada, como aliás agora se veio a saber. A carta de Capoulas Santos a Franz Fischler desmascarou a má estratégia do Governo açoriano, contra os interesses dos lavradores. O compromisso foi o de fazer cumprir um programa de reconversão da produção de leite em carne. Isto é, por outras palavras, diminuir a produção leiteira. Sabe-se agora que a não exigência de mais quota foi só um erro grave de estratégia política de Carlos César. Para o PSD de Victor Cruz, colocam-se, solidariamente com a lavoura açoriana, três passos essenciais a dar, neste difícil período de correcção dos erros - 1.º Tudo fazer para não penalizar os lavradores, por erros que não foram seus; 2.º Promover um estudo sobre os impactos social e económico na Região de qualquer redução ou não aumento da actual produção leiteira, para ajudar a definir uma boa política agrícola regional, com o comprometimento da União Europeia; 3.º Promover uma estratégia de avaliação das nossas potencialidades ao nível da produção, da transformação e da valorização comercial nas fileiras do leite e lacticínios.
Já existe(m) 2 comentário(s) a este artigo. A secção em baixo é um espaço de debate livre e abrangente, através do qual a equipa do Portal Açores procura promover aparticipação dos cidadãos em questões do seu interesse. Todos os comentários realizados nesta secção "Canal de Opinião" são préviamente lidos pela equipa do Portal Açores antes de serem publicados no artigo. faça-se ouvir clicando aqui NOTA IMPORTANTE
Nome: Lavrador - 2003-03-08 16:23:56/157
Comentário: Artigo q mais uma vez demonstra a demagogia barata e incoerente do PSD. Afinal quem conseguiu mais 73 mil tn para os Açores qd toda a Europa teve dimunuição da quota? O Governo de César. Quem nas Conferências de Coprnhaga e Estocolmo no final do ano passado não aproveitou as oportunidades soberanas para impor à CE as questões agrícolas qd só haveria alargamento se Portugal votasse sim? Foi o Governo de Durão q mais uma vez desprezou a Autonomia. Aliás nesta como em quase todas as dificuldades dos Açores o PSD faz jogo duplo: como não tem mérito próprio gostaria q tudo corresse mal e, ao mesmo tempo, faz de conta q está interessado e preocupado com os Açores. Um nojo! Nome: Cota Vieira - 2003-02-28 15:30:03/155
Comentário: Se o sector agrícola não é fundamental nos Açores, então qual é? O industrial!!!? O dos serviços??? Salvo melhor opinião, os Açores não precisam de produzir mais leite. Precisam é de produzir em qualidade dentro das quotas atribuidas e, consequentemente, conseguir comercializar em condições mais vantajosas os produtos finais dessa actividade. Julgo que à classe política não vale atirar pedras uns aos outros. Até que, para os dois maiores partidos, a responsabilidade deve ser mais ou menos equivalente. Incluisive, na criação de condições de encorajamento para o aumento da produção. Em lugar da aposta na qualidade e na diversidade. Relativamente aos três passo essenciais: 1.º As quotas não sâo atribuidas por lavrador? Logo, não é este que deve ser responsabilizado por a ter excedido? 2.º O estudo referido não teria mais utilidade se tivesse sido feito antes de se enveredar pela monocultura da vaca leiteira em detrimento de todas as culturas que sempre se fizeram nos Açores? 3.º Esta é de morte!!! Então é agora que ao nível do sector da agricultura dos Açores só se produz leite é que se vai promover uma estratégia de avaliação das potencialidades??? Francamente, a asneira tem limites.
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2003-02-26 17:40:33 José Manuel Bolieiro
Deputado Regional e em representação do PSD José Manuel Bolieiro Mais uma vez, por falta de orientação política e por causa de mensagens governativas contraditórias, os lavradores açorianos estão aflitos, quanto ao seu presente e futuro. Ninguém tem coragem para dizer que o sector agrícola não é fundamental nos Açores, quer sob o ponto de vista económico, quer social. Até a qualidade do nosso ambiente deve continuar a ser assegurada com o comprometimento dos agricultores. Apesar disso, penso que a primeira opção governativa do PS foi, sem a devida coragem para a assumir publicamente, diminuir o peso do sector agrícola na economia açoriana. Mas, por cada queixa na quebra dos rendimentos dos lavradores, este governo regional socialista, aproveitando as épocas eleitorais, anunciava milhões para a lavoura, recomendando o aumento da sua produção e a melhoria da sua qualidade. Este era o discurso para consumo interno. Lá fora, junto do Governo da República de Guterres e de Capoulas Santos diziam o contrário. Confirmavam a sua opção pela diminuição da produção leiteira. Exigir hoje, nos termos em que o tem feito Ricardo Rodrigues, o aumento da quota leiteira nas negociações com a União Europeia, é puro descaramento e hipocrisia. No tempo certo, nas negociações da Agenda 2000, o Governo de Carlos César não exigiu um único litro de leite a mais. Preferiu dar espaço ao trigo rijo e aos tomates de Capoulas Santos, em prejuízo do nosso leite. Mesmo que agora a preocupação seja a de encontrar uma solução para o futuro, a verdade é que a culpa por toda esta aflição não pode morrer solteira. César e os seus governos não foram nunca parte da solução. Foram sempre o problema, quer por acção, quer por omissão. Mesmo a chamada quota virtual, até 31 de Março de 2003, foi apenas um remendo e muito mal negociada, como aliás agora se veio a saber. A carta de Capoulas Santos a Franz Fischler desmascarou a má estratégia do Governo açoriano, contra os interesses dos lavradores. O compromisso foi o de fazer cumprir um programa de reconversão da produção de leite em carne. Isto é, por outras palavras, diminuir a produção leiteira. Sabe-se agora que a não exigência de mais quota foi só um erro grave de estratégia política de Carlos César. Para o PSD de Victor Cruz, colocam-se, solidariamente com a lavoura açoriana, três passos essenciais a dar, neste difícil período de correcção dos erros - 1.º Tudo fazer para não penalizar os lavradores, por erros que não foram seus; 2.º Promover um estudo sobre os impactos social e económico na Região de qualquer redução ou não aumento da actual produção leiteira, para ajudar a definir uma boa política agrícola regional, com o comprometimento da União Europeia; 3.º Promover uma estratégia de avaliação das nossas potencialidades ao nível da produção, da transformação e da valorização comercial nas fileiras do leite e lacticínios.
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Nome: Lavrador - 2003-03-08 16:23:56/157
Comentário: Artigo q mais uma vez demonstra a demagogia barata e incoerente do PSD. Afinal quem conseguiu mais 73 mil tn para os Açores qd toda a Europa teve dimunuição da quota? O Governo de César. Quem nas Conferências de Coprnhaga e Estocolmo no final do ano passado não aproveitou as oportunidades soberanas para impor à CE as questões agrícolas qd só haveria alargamento se Portugal votasse sim? Foi o Governo de Durão q mais uma vez desprezou a Autonomia. Aliás nesta como em quase todas as dificuldades dos Açores o PSD faz jogo duplo: como não tem mérito próprio gostaria q tudo corresse mal e, ao mesmo tempo, faz de conta q está interessado e preocupado com os Açores. Um nojo! Nome: Cota Vieira - 2003-02-28 15:30:03/155
Comentário: Se o sector agrícola não é fundamental nos Açores, então qual é? O industrial!!!? O dos serviços??? Salvo melhor opinião, os Açores não precisam de produzir mais leite. Precisam é de produzir em qualidade dentro das quotas atribuidas e, consequentemente, conseguir comercializar em condições mais vantajosas os produtos finais dessa actividade. Julgo que à classe política não vale atirar pedras uns aos outros. Até que, para os dois maiores partidos, a responsabilidade deve ser mais ou menos equivalente. Incluisive, na criação de condições de encorajamento para o aumento da produção. Em lugar da aposta na qualidade e na diversidade. Relativamente aos três passo essenciais: 1.º As quotas não sâo atribuidas por lavrador? Logo, não é este que deve ser responsabilizado por a ter excedido? 2.º O estudo referido não teria mais utilidade se tivesse sido feito antes de se enveredar pela monocultura da vaca leiteira em detrimento de todas as culturas que sempre se fizeram nos Açores? 3.º Esta é de morte!!! Então é agora que ao nível do sector da agricultura dos Açores só se produz leite é que se vai promover uma estratégia de avaliação das potencialidades??? Francamente, a asneira tem limites.