Santana com maioria confortável no conselho nacional

03-08-2004
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Santana com Maioria Confortável no Conselho Nacional

Por H.P.

Terça-feira, 29 de Junho de 2004

Manuela Ferreira Leite, Miguel Veiga, de certeza. Pedro Lynce, António Pinto Leite, Tavares Moreira, Jorge Roque da Cunha, talvez. Estas são algumas das vozes que podem estragar a unanimidade do conselho nacional, que se prepara para votar por larga maioria Pedro Santana Lopes como líder do PSD e futuro primeiro-ministro.

No último congresso do PSD, em Maio, mudaram os órgãos de direcção. Houve oito listas, que elegeram, pelo método de Hondt, 55 membros. A lista mais votada, a de Durão Barroso - que tem, precisamente, nos dois primeiros lugares Manuela Ferreira Leite e Miguel Veiga, conseguiu 25 lugares. Contudo, Pedro Santana Lopes conseguirá na próxima reunião do conselho nacional ampliar essa maioria ténue.

Miguel Veiga afirmou ao PÚBLICO que tenciona estar presente neste conselho nacional para explicar que é preciso de uma pessoa "com mais credibilidade" do que Santana. Nos últimos dias tem proposto várias alternativas: Marques Mendes, António Borges, Marcelo Rebelo de Sousa. "Mas não tenho expectativas de convencer alguém", acrescentou.

A segunda lista mais votada foi encabeçada por Bruno Vitorino do PSD-Setúbal, que tinha sido secretário-geral-adjunto. Elegeu nove lugares, entre os quais os deputados Pedro Duarte e Gonçalo Capitão. Em terceiro lugar, surge o mendista Jorge Roque da Cunha que reúne um grupo de seis pessoas. Roque da Cunha afirmou ontem ao PÚBLICO que vai aguardar "com serenidade" pelo que o ainda presidente do PSD irá dizer aos conselheiros nacionais. Este dirigente recusou-se a explicitar o sentido do seu voto em relação a Pedro Santana Lopes. A expectativa é saber se Durão irá dizer claramente que o seu sucessor é Santana ou se abrirá espaços.

Surgem depois listas afectas à direcção de Durão Barroso e Santana Lopes, como a do ex-ministro Isaltino Morais, de Jaime Ramos (Madeira) ou de José Alberto Pereira Coelho (Coimbra).

Depois de vários congressos a disputar a liderança, Pedro Santana Lopes fez as pazes com Durão em 2001, no momento em que se começava a delinear a sua candidatura à Câmara de Lisboa. Subiu à direcção em 2002, na sequência da vitória autárquica. Durão premiou com duas vice-presidências Santana e Rui Rio, vencedor no Porto. No último ano, impulsionado por um ímpeto presidencialista, Santana conseguiu declarações de apoio de vários dirigentes distritais, que agora o voltam a apoiar.

Santana com Maioria Confortável no Conselho Nacional

Por H.P.

Terça-feira, 29 de Junho de 2004

Manuela Ferreira Leite, Miguel Veiga, de certeza. Pedro Lynce, António Pinto Leite, Tavares Moreira, Jorge Roque da Cunha, talvez. Estas são algumas das vozes que podem estragar a unanimidade do conselho nacional, que se prepara para votar por larga maioria Pedro Santana Lopes como líder do PSD e futuro primeiro-ministro.

No último congresso do PSD, em Maio, mudaram os órgãos de direcção. Houve oito listas, que elegeram, pelo método de Hondt, 55 membros. A lista mais votada, a de Durão Barroso - que tem, precisamente, nos dois primeiros lugares Manuela Ferreira Leite e Miguel Veiga, conseguiu 25 lugares. Contudo, Pedro Santana Lopes conseguirá na próxima reunião do conselho nacional ampliar essa maioria ténue.

Miguel Veiga afirmou ao PÚBLICO que tenciona estar presente neste conselho nacional para explicar que é preciso de uma pessoa "com mais credibilidade" do que Santana. Nos últimos dias tem proposto várias alternativas: Marques Mendes, António Borges, Marcelo Rebelo de Sousa. "Mas não tenho expectativas de convencer alguém", acrescentou.

A segunda lista mais votada foi encabeçada por Bruno Vitorino do PSD-Setúbal, que tinha sido secretário-geral-adjunto. Elegeu nove lugares, entre os quais os deputados Pedro Duarte e Gonçalo Capitão. Em terceiro lugar, surge o mendista Jorge Roque da Cunha que reúne um grupo de seis pessoas. Roque da Cunha afirmou ontem ao PÚBLICO que vai aguardar "com serenidade" pelo que o ainda presidente do PSD irá dizer aos conselheiros nacionais. Este dirigente recusou-se a explicitar o sentido do seu voto em relação a Pedro Santana Lopes. A expectativa é saber se Durão irá dizer claramente que o seu sucessor é Santana ou se abrirá espaços.

Surgem depois listas afectas à direcção de Durão Barroso e Santana Lopes, como a do ex-ministro Isaltino Morais, de Jaime Ramos (Madeira) ou de José Alberto Pereira Coelho (Coimbra).

Depois de vários congressos a disputar a liderança, Pedro Santana Lopes fez as pazes com Durão em 2001, no momento em que se começava a delinear a sua candidatura à Câmara de Lisboa. Subiu à direcção em 2002, na sequência da vitória autárquica. Durão premiou com duas vice-presidências Santana e Rui Rio, vencedor no Porto. No último ano, impulsionado por um ímpeto presidencialista, Santana conseguiu declarações de apoio de vários dirigentes distritais, que agora o voltam a apoiar.

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