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03-06-2002
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Sexta-feira, 10 de Maio de 2002 PS: Administração é problema secundário O ex-secretário de Estado da Comunicação Social Arons de Carvalho considerou ontem secundária a mudança no conselho de administração da RTP, mas disse esperar que os novos responsáveis "não destruam" a empresa. Para o actual deputado do PS, a nomeação de um novo Conselho de Administração da RTP "é um decisão normal do Governo", adiantando que o importante "é a política que será seguida na empresa". "Espero que o novo Conselho de Administração não destrua a RTP e o serviço público de televisão", questão "praticamente consensualizada em toda a Europa", afirmou Arons de Carvalho, citado pela Lusa. Arons de Carvalho sustentou também que "é muito difícil garantir o serviço público com menos de 25 milhões de contos por ano", dando como exemplo a Turquia, "onde se gastam cerca de 40 milhões de contos". Em relação aos trabalhadores da RTP, Arons de Carvalho disse que o anterior Governo pretendia diminuir a prazo o seu número "de forma consensualizada". Interrogado sobre o facto de o novo presidente do Conselho de Administração da RTP, Almerindo Marques, ser do PS, o ex-secretário de Estado respondeu que "o problema da empresa não está nesta ou naquela pessoa, mas na política que será seguida". PCP: Problema começou com o PSD As decisões do Governo relativas à RTP "constituem mais uma etapa num processo de desmembramento da RTP", afirmou ontem ao PÚBLICO o deputado comunista Bruno Dias, fazendo a defesa de um serviço público de televisão tal como é realizado em toda a Europa. Um serviço público que seja "uma garantia de pluralismo e da identidade cultural do país". Bruno Dias faz questão de lembrar que "o PSD tem responsabilidades muito grandes" na actual situação da RTP porque "foi com um Governo do PSD que começaram os problemas" da televisão pública. E deu o exemplo da venda da rede de transmissão de televisão a um preço mais baixo do que o valor pago nos dois anos seguintes pela RTP pelo seu uso. "Esta é a crónica de uma morte anunciada de um serviço público que se pretende coerente e estruturado como um todo e não entendido como o cumprimento de serviços mínimos", conclui Bruno Dias. Bloco de Esquerda: CA é comissão liquidatária Francisco Louçã, do Bloco de Esquerda, vê nas medidas ontem anunciadas mais um passo do Governo na sua estratégia para encerrar um canal da RTP. "Sem fazer nenhum comentário sobre as pessoas cuja carreira profissional, com a excepção de Luís Marques, não têm nada a ver com comunicação social, interpreto a formação do [novo] Conselho de Administração como a formação de uma comissão liquidatária da RTP", afirma Louçã, criticando a "atitude única" do Governo em comparação com o resto da Europa ao decidir que o serviço público de televisão será desempenhado apenas por um canal. E.L. OUTROS TÍTULOS EM DESTAQUE Governo pôs em marcha plano para reformar RTP

A DECISÃO

As nomeações

Nova administração é "incompatível" com Rangel

Almerindo Marques, um socialista de longa data

Os outros administradores

Trabalhadores da RTP saíram à rua em protesto

Arons atribui culpas ao Governo do PS

Director de informação da Lusa demite-se

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Sexta-feira, 10 de Maio de 2002 PS: Administração é problema secundário O ex-secretário de Estado da Comunicação Social Arons de Carvalho considerou ontem secundária a mudança no conselho de administração da RTP, mas disse esperar que os novos responsáveis "não destruam" a empresa. Para o actual deputado do PS, a nomeação de um novo Conselho de Administração da RTP "é um decisão normal do Governo", adiantando que o importante "é a política que será seguida na empresa". "Espero que o novo Conselho de Administração não destrua a RTP e o serviço público de televisão", questão "praticamente consensualizada em toda a Europa", afirmou Arons de Carvalho, citado pela Lusa. Arons de Carvalho sustentou também que "é muito difícil garantir o serviço público com menos de 25 milhões de contos por ano", dando como exemplo a Turquia, "onde se gastam cerca de 40 milhões de contos". Em relação aos trabalhadores da RTP, Arons de Carvalho disse que o anterior Governo pretendia diminuir a prazo o seu número "de forma consensualizada". Interrogado sobre o facto de o novo presidente do Conselho de Administração da RTP, Almerindo Marques, ser do PS, o ex-secretário de Estado respondeu que "o problema da empresa não está nesta ou naquela pessoa, mas na política que será seguida". PCP: Problema começou com o PSD As decisões do Governo relativas à RTP "constituem mais uma etapa num processo de desmembramento da RTP", afirmou ontem ao PÚBLICO o deputado comunista Bruno Dias, fazendo a defesa de um serviço público de televisão tal como é realizado em toda a Europa. Um serviço público que seja "uma garantia de pluralismo e da identidade cultural do país". Bruno Dias faz questão de lembrar que "o PSD tem responsabilidades muito grandes" na actual situação da RTP porque "foi com um Governo do PSD que começaram os problemas" da televisão pública. E deu o exemplo da venda da rede de transmissão de televisão a um preço mais baixo do que o valor pago nos dois anos seguintes pela RTP pelo seu uso. "Esta é a crónica de uma morte anunciada de um serviço público que se pretende coerente e estruturado como um todo e não entendido como o cumprimento de serviços mínimos", conclui Bruno Dias. Bloco de Esquerda: CA é comissão liquidatária Francisco Louçã, do Bloco de Esquerda, vê nas medidas ontem anunciadas mais um passo do Governo na sua estratégia para encerrar um canal da RTP. "Sem fazer nenhum comentário sobre as pessoas cuja carreira profissional, com a excepção de Luís Marques, não têm nada a ver com comunicação social, interpreto a formação do [novo] Conselho de Administração como a formação de uma comissão liquidatária da RTP", afirma Louçã, criticando a "atitude única" do Governo em comparação com o resto da Europa ao decidir que o serviço público de televisão será desempenhado apenas por um canal. E.L. OUTROS TÍTULOS EM DESTAQUE Governo pôs em marcha plano para reformar RTP

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Nova administração é "incompatível" com Rangel

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