CDS receia eleger só um eurodeputado

02-06-2004
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CDS Receia Eleger Só Um Eurodeputado

Por EUNICE LOURENÇO

Sexta-feira, 30 de Abril de 2004

O líder do CDS, Paulo Portas, disse na reunião do Conselho Nacional do seu partido, anteontem à noite, que não faz sentido o PS estar a apontar para fasquias muito altas nas eleições europeias e lembrou que o seu partido está habituado a trabalhar com sondagens desfavoráveis. Têm sido o PSD e o CDS a baixar as expectativas em relação ao resultado das eleições de 13 de Junho. Há mesmo quem, no CDS, lembre que pode ser difícil à coligação eleger o nono eurodeputado (que é o segundo do CDS) já que isso implica ter, pelo menos, 34 por cento dos votos. Actualmente, o PSD tem nove eurodeputados e o CDS tem dois. Nestas eleições, Portugal perde um eurodeputado, o que pode ser desculpa para a perda de eleitos por qualquer um dos partidos.

A reunião do Conselho Nacional democrata-cristão serviu, sobretudo, para aprovar a "lista" do partido às eleições europeias. Luís Pedro Mota Soares, secretário-geral do CDS, e Pedro Brandão Rodrigues, que já foi deputado e presidiu à comissão de acompanhamento das contrapartidas das compras das Forças Armadas, devem substituir os eurodeputados Luís Queiró e José Ribeiro e Castro em 2006. Esta proposta de rotatividade de mandatos permitiu ao líder do CDS, Paulo Portas, ter quase a unanimidade do conselho nacional do seu partido, que anteontem à noite aprovou os nomes democratas-cristãos para a lista da coligação "Força Portugal".

A lista do CDS, por assim dizer, é composta por Luís Queiró (que vai em 4º lugar), José Ribeiro e Castro (em 9º), Mota Soares (14º), Pedro Brandão Rodrigues (19º) e Abel Baptista, líder da distrital de Viana do Castelo (23º). O critério para a distribuição dos lugares entre os dois partidos é o método de Hondt, tendo em conta os resultados das eleições europeias de 1999.

Esta lista foi aprovada pelo Conselho Nacional apenas com uma abstenção, de Manuel Queiró. Outros conselheiros que entraram para a reunião dispostos a votar contra, acabaram por aceitar os argumentos de Portas e votar a favor. O líder do CDS explicou que ele próprio e o partido fazem uma boa apreciação do trabalho feito pelos actuais eurodeputados - Luís Queiró e Ribeiro e Castro -, justificando, assim, que sejam os primeiros eleitos. Mas, continuou, esta também será uma lista de renovação, uma vez que há rotatividade dos eleitos.

Um dos conselheiros a mudar o seu sentido de voto terá sido Miguel Anacoreta Correia, que assumiu perante o Conselho Nacional que tinha expectativas pessoais de ser candidato, mas que compreendia as decisões do líder. Disse mesmo que tinha recusado ser o quarto nome democrata-cristão. Essa proposta tinha-lhe sido feita ao fim da tarde e, perante a sua recusa, Brandão Rodrigues entrou à última hora. No seu discurso no início da reunião do Conselho Nacional, Portas fez questão de salientar que tratou das listas à última hora e directamente com os nomes convidados.

CDS Receia Eleger Só Um Eurodeputado

Por EUNICE LOURENÇO

Sexta-feira, 30 de Abril de 2004

O líder do CDS, Paulo Portas, disse na reunião do Conselho Nacional do seu partido, anteontem à noite, que não faz sentido o PS estar a apontar para fasquias muito altas nas eleições europeias e lembrou que o seu partido está habituado a trabalhar com sondagens desfavoráveis. Têm sido o PSD e o CDS a baixar as expectativas em relação ao resultado das eleições de 13 de Junho. Há mesmo quem, no CDS, lembre que pode ser difícil à coligação eleger o nono eurodeputado (que é o segundo do CDS) já que isso implica ter, pelo menos, 34 por cento dos votos. Actualmente, o PSD tem nove eurodeputados e o CDS tem dois. Nestas eleições, Portugal perde um eurodeputado, o que pode ser desculpa para a perda de eleitos por qualquer um dos partidos.

A reunião do Conselho Nacional democrata-cristão serviu, sobretudo, para aprovar a "lista" do partido às eleições europeias. Luís Pedro Mota Soares, secretário-geral do CDS, e Pedro Brandão Rodrigues, que já foi deputado e presidiu à comissão de acompanhamento das contrapartidas das compras das Forças Armadas, devem substituir os eurodeputados Luís Queiró e José Ribeiro e Castro em 2006. Esta proposta de rotatividade de mandatos permitiu ao líder do CDS, Paulo Portas, ter quase a unanimidade do conselho nacional do seu partido, que anteontem à noite aprovou os nomes democratas-cristãos para a lista da coligação "Força Portugal".

A lista do CDS, por assim dizer, é composta por Luís Queiró (que vai em 4º lugar), José Ribeiro e Castro (em 9º), Mota Soares (14º), Pedro Brandão Rodrigues (19º) e Abel Baptista, líder da distrital de Viana do Castelo (23º). O critério para a distribuição dos lugares entre os dois partidos é o método de Hondt, tendo em conta os resultados das eleições europeias de 1999.

Esta lista foi aprovada pelo Conselho Nacional apenas com uma abstenção, de Manuel Queiró. Outros conselheiros que entraram para a reunião dispostos a votar contra, acabaram por aceitar os argumentos de Portas e votar a favor. O líder do CDS explicou que ele próprio e o partido fazem uma boa apreciação do trabalho feito pelos actuais eurodeputados - Luís Queiró e Ribeiro e Castro -, justificando, assim, que sejam os primeiros eleitos. Mas, continuou, esta também será uma lista de renovação, uma vez que há rotatividade dos eleitos.

Um dos conselheiros a mudar o seu sentido de voto terá sido Miguel Anacoreta Correia, que assumiu perante o Conselho Nacional que tinha expectativas pessoais de ser candidato, mas que compreendia as decisões do líder. Disse mesmo que tinha recusado ser o quarto nome democrata-cristão. Essa proposta tinha-lhe sido feita ao fim da tarde e, perante a sua recusa, Brandão Rodrigues entrou à última hora. No seu discurso no início da reunião do Conselho Nacional, Portas fez questão de salientar que tratou das listas à última hora e directamente com os nomes convidados.

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