PSD ignora visita do Presidente da República a Alijó

04-11-2003
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PSD Ignora Visita do Presidente da República a Alijó

Por CELESTE PEREIRA

Domingo, 02 de Novembro de 2003

O governador civil do distrito de Vila Real, Elói Ribeiro, esteve ontem ausente na primeira visita oficial que o Presidente da República, Jorge Sampaio, fez ao concelho de Alijó para inaugurar o auditório municipal local. Sensivelmente à mesma hora, entre as 10h00 e as 12h00, participou num programa semanal numa rádio local de Vila Real, a Rádio Voz do Marão. Para receber o mais alto representante do país, o mais alto representante do distrito enviou o seu adjunto. Ausentes estiveram ainda os três deputados do PSD eleitos pelo círculo de Vila Real, Assunção Esteves, Nazaré Pereira e José Bessa Guerra, bem como as principais figuras sociais-democratas do distrito.

Estas ausências deixaram ontem indignados os deputados do PS eleitos pelo mesmo círculo eleitoral. Pedro Silva Lopes e Ascenso Simões não escondiam a sua revolta pela "falta de respeito e solidariedade institucional" revelado pelo PSD e pelo governador civil de Vila Real.

Jorge Sampaio, por seu lado, notou as ausências mas optou por ignorar o assunto. Ontem, em Alijó, o dia foi de festa. O mais alto magistrado da nação foi recebido com toda a pompa: foguetes, bandas de música e ranchos folclóricos marcaram a sua visita ao concelho duriense.

Ao inaugurar o auditório municipal local, uma obra no valor de 500 mil contos, o Presidente da República fez questão de lembrar que a construção deste equipamento só foi possível graças ao forte apoio de fundos europeus (75 por cento) que recebeu. Sampaio ia começar a criticar "algumas personalidades de grande responsabilidade no país que põem em questão" a causa europeia, mas, receando que que as suas palavras fossem interpretadas como um recado... recuou. "Não é nenhum recado especial, mas deve ter-se a noção de que 75 por cento deste centro [foi suportado] com os impostos que os nossos colegas europeus pagam para os seus orçamentos", lembrava.

Para Sampaio, com a entrada na União Europeia, Portugal tem vivido uma "época excepcional que nos permitiu em poucos anos dar saltos imensos". "Não podemos nunca cair na tentação de que vamos fazer as coisas sozinhos. Não vamos. Podemos agora discutir mais, aprofundar mais, ver opções, debater a questão, mas a opção Europeia está feita, somos tão europeus como os outros, queremos continuar a fazer parte dessa família", sublinhava.

Em Alijó, o Presidente da República voltou a bater-se pelas causas que tem defendido ao longo dos seus mandatos. Fez campanha contra a lamúria, falou a favor da coesão nacional e afirmou-se adversário da competição "Porto-Lisboa", exortando os portugueses a elevarem a sua escala da competição à Península Ibérica e à Europa. "Temos mais de 2500 empresas espanholas instaladas em Portugal, mas há só 300 empresas portuguesas em Espanha. Temos que triplicar, quadruplicar este número", sustentou.

Portugal necessita de "dar o salto" e, para isso, tem que se "preparar mais", o que se só se consegue apostando na educação. "Façamos da escola de ensino básico qualquer coisa de fundamental", desafiou o presidente, confessando que a maior alegria que recebeu ontem foi ouvir da boca de um jovem local que a disciplina que mais gosta é Matemática.

PSD Ignora Visita do Presidente da República a Alijó

Por CELESTE PEREIRA

Domingo, 02 de Novembro de 2003

O governador civil do distrito de Vila Real, Elói Ribeiro, esteve ontem ausente na primeira visita oficial que o Presidente da República, Jorge Sampaio, fez ao concelho de Alijó para inaugurar o auditório municipal local. Sensivelmente à mesma hora, entre as 10h00 e as 12h00, participou num programa semanal numa rádio local de Vila Real, a Rádio Voz do Marão. Para receber o mais alto representante do país, o mais alto representante do distrito enviou o seu adjunto. Ausentes estiveram ainda os três deputados do PSD eleitos pelo círculo de Vila Real, Assunção Esteves, Nazaré Pereira e José Bessa Guerra, bem como as principais figuras sociais-democratas do distrito.

Estas ausências deixaram ontem indignados os deputados do PS eleitos pelo mesmo círculo eleitoral. Pedro Silva Lopes e Ascenso Simões não escondiam a sua revolta pela "falta de respeito e solidariedade institucional" revelado pelo PSD e pelo governador civil de Vila Real.

Jorge Sampaio, por seu lado, notou as ausências mas optou por ignorar o assunto. Ontem, em Alijó, o dia foi de festa. O mais alto magistrado da nação foi recebido com toda a pompa: foguetes, bandas de música e ranchos folclóricos marcaram a sua visita ao concelho duriense.

Ao inaugurar o auditório municipal local, uma obra no valor de 500 mil contos, o Presidente da República fez questão de lembrar que a construção deste equipamento só foi possível graças ao forte apoio de fundos europeus (75 por cento) que recebeu. Sampaio ia começar a criticar "algumas personalidades de grande responsabilidade no país que põem em questão" a causa europeia, mas, receando que que as suas palavras fossem interpretadas como um recado... recuou. "Não é nenhum recado especial, mas deve ter-se a noção de que 75 por cento deste centro [foi suportado] com os impostos que os nossos colegas europeus pagam para os seus orçamentos", lembrava.

Para Sampaio, com a entrada na União Europeia, Portugal tem vivido uma "época excepcional que nos permitiu em poucos anos dar saltos imensos". "Não podemos nunca cair na tentação de que vamos fazer as coisas sozinhos. Não vamos. Podemos agora discutir mais, aprofundar mais, ver opções, debater a questão, mas a opção Europeia está feita, somos tão europeus como os outros, queremos continuar a fazer parte dessa família", sublinhava.

Em Alijó, o Presidente da República voltou a bater-se pelas causas que tem defendido ao longo dos seus mandatos. Fez campanha contra a lamúria, falou a favor da coesão nacional e afirmou-se adversário da competição "Porto-Lisboa", exortando os portugueses a elevarem a sua escala da competição à Península Ibérica e à Europa. "Temos mais de 2500 empresas espanholas instaladas em Portugal, mas há só 300 empresas portuguesas em Espanha. Temos que triplicar, quadruplicar este número", sustentou.

Portugal necessita de "dar o salto" e, para isso, tem que se "preparar mais", o que se só se consegue apostando na educação. "Façamos da escola de ensino básico qualquer coisa de fundamental", desafiou o presidente, confessando que a maior alegria que recebeu ontem foi ouvir da boca de um jovem local que a disciplina que mais gosta é Matemática.

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