"Sabemos que iremos continuar a lutar"

22-03-2004
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"Sabemos Que Iremos Continuar a Lutar"

Por JOÃO PEDRO HENRIQUES

Sábado, 13 de Março de 2004

O pátio da embaixada de Espanha em Lisboa encheu-se ontem, ao princípio da tarde, de manifestantes que homenagearam as vítimas dos atentados em Madrid. A manifestação foi-se prolongando pela tarde fora, depois transitou da embaixada para junto ao consulado (na avenida da Liberdade) e, quando chegou a hora do minuto de silêncio, 18h00, já só "resistiam" escassas dezenas de manifestantes - um dos quais Mário Soares. Quem esperava grandes mobilizações desiludiu-se.

Na embaixada, durante a tarde, o chefe da representação diplomática espanhola, Carlos Carderera, mostrou-se sensibilizado com a solidariedade portuguesa: "Há muitas pessoas em Portugal que se sentem solidários com a Espanha". E acrescentou: "Nós estamos habituados ao terrorismo, infelizmente, e sabemos que os terroristas vão continuar sempre que possam a matar, mas também sabemos que iremos continuar a lutar."

Alguns dirigentes políticos nacionais fizeram questão de se associarem a esta homenagem. Foi o caso do secretário-geral do PS, Eduardo Ferro Rodrigues, - acompanhado de António Costa e Ana Gomes - que ali foi "exprimir solidariedade para com os madrilenos em particular e os espanhóis em geral, num repúdio total pelo terrorismo, uma barbárie que tem de ser combatida em conjunto". Ana Gomes acrescentou: "É preciso combater o terrorismo com inteligência e determinação, sem descer à sua baixeza, nem danificar o edifício dos direitos humanos que as sociedades vêm construindo."

Já a maioria fez-se representar por Guilherme Silva e Telmo Correia, líderes parlamentares do PSD e CDS, respectivamente. "O sentido da minha presença, como líder parlamentar, é comungar da dor e luto que atravessa o povo espanhol", disse Guilherme Silva, que tinha a seu lado Telmo Correia, líder da bancada do CDS-PP.

Pelo PCP esteve o seu líder parlamentar, Bernardino Soares, e ainda o deputado Lino de Carvalho. Esta manifestação "significa a expressão da solidariedade para com o povo espanhol devido à chocante tragédia e a rejeição dos actos terroristas ofensivos da liberdade dos povos", explicou Bernardino Soares. Miguel Portas representou o Bloco de Esquerda. Pelas 13h30 iniciou-se a assinatura do livro de condolências.

"Sabemos Que Iremos Continuar a Lutar"

Por JOÃO PEDRO HENRIQUES

Sábado, 13 de Março de 2004

O pátio da embaixada de Espanha em Lisboa encheu-se ontem, ao princípio da tarde, de manifestantes que homenagearam as vítimas dos atentados em Madrid. A manifestação foi-se prolongando pela tarde fora, depois transitou da embaixada para junto ao consulado (na avenida da Liberdade) e, quando chegou a hora do minuto de silêncio, 18h00, já só "resistiam" escassas dezenas de manifestantes - um dos quais Mário Soares. Quem esperava grandes mobilizações desiludiu-se.

Na embaixada, durante a tarde, o chefe da representação diplomática espanhola, Carlos Carderera, mostrou-se sensibilizado com a solidariedade portuguesa: "Há muitas pessoas em Portugal que se sentem solidários com a Espanha". E acrescentou: "Nós estamos habituados ao terrorismo, infelizmente, e sabemos que os terroristas vão continuar sempre que possam a matar, mas também sabemos que iremos continuar a lutar."

Alguns dirigentes políticos nacionais fizeram questão de se associarem a esta homenagem. Foi o caso do secretário-geral do PS, Eduardo Ferro Rodrigues, - acompanhado de António Costa e Ana Gomes - que ali foi "exprimir solidariedade para com os madrilenos em particular e os espanhóis em geral, num repúdio total pelo terrorismo, uma barbárie que tem de ser combatida em conjunto". Ana Gomes acrescentou: "É preciso combater o terrorismo com inteligência e determinação, sem descer à sua baixeza, nem danificar o edifício dos direitos humanos que as sociedades vêm construindo."

Já a maioria fez-se representar por Guilherme Silva e Telmo Correia, líderes parlamentares do PSD e CDS, respectivamente. "O sentido da minha presença, como líder parlamentar, é comungar da dor e luto que atravessa o povo espanhol", disse Guilherme Silva, que tinha a seu lado Telmo Correia, líder da bancada do CDS-PP.

Pelo PCP esteve o seu líder parlamentar, Bernardino Soares, e ainda o deputado Lino de Carvalho. Esta manifestação "significa a expressão da solidariedade para com o povo espanhol devido à chocante tragédia e a rejeição dos actos terroristas ofensivos da liberdade dos povos", explicou Bernardino Soares. Miguel Portas representou o Bloco de Esquerda. Pelas 13h30 iniciou-se a assinatura do livro de condolências.

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