PCP Quer Ver "as Cartas na Mesa"
Quinta-feira, 18 de Julho de 2002
O PCP acusou ontem o Governo de querer privatizar a Saúde em Portugal e de atacar os trabalhadores do sector, desafiando o executivo a "pôr as cartas na mesa" sobre a nova lei de gestão hospitalar. Em conferência de imprensa, o líder parlamentar comunista, Bernardino Soares, afirmou que a aprovação do diploma se fez com "escassíssimo debate", tendo como "objectivo mal disfarçado" avançar "para o privado já e em força".
"A privatização da Saúde é desastrosa para os interesses de Portugal e dos portugueses", afirmou, acrescentando que a nova lei serve "os interesses dos grandes grupos económicos", cujos lucros poderão aumentar "à custa da saúde dos portugueses". Frisando que o Governo não precisa de privatizar a Saúde para resolver os problemas do sector, Bernardino Soares apontou o dedo às "graves condições económicas e financeiras" em que se encontram diversas unidades privadas para demonstrar que "a eficácia da gestão privada na Saúde" não passa de um mito.
O líder da bancada do PCP considerou ainda que a nova lei de gestão hospitalar abre caminho à precarização e à diminuição de direitos dos trabalhadores da Saúde. O argumento de que "primeiro estão os doentes" é demagógico, sublinhou, considerando que, para os comunistas, a aplicação dos métodos dos privados ao sector público redundará em "prejuízos graves para os cidadãos".
Bernardino Soares desafiou o Governo a discutir "regras alternativas" para o sector público, como a escolha da gestão por concurso, e deixou ainda um alerta: as novas receitas próprias dos hospitais, através do pagamento de actos médicos, técnicas e serviços de saúde, podem "significar um aumento do pagamento directo pela população", que já paga as taxas moderadoras.
Lusa
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PCP Quer Ver "as Cartas na Mesa"
Quinta-feira, 18 de Julho de 2002
O PCP acusou ontem o Governo de querer privatizar a Saúde em Portugal e de atacar os trabalhadores do sector, desafiando o executivo a "pôr as cartas na mesa" sobre a nova lei de gestão hospitalar. Em conferência de imprensa, o líder parlamentar comunista, Bernardino Soares, afirmou que a aprovação do diploma se fez com "escassíssimo debate", tendo como "objectivo mal disfarçado" avançar "para o privado já e em força".
"A privatização da Saúde é desastrosa para os interesses de Portugal e dos portugueses", afirmou, acrescentando que a nova lei serve "os interesses dos grandes grupos económicos", cujos lucros poderão aumentar "à custa da saúde dos portugueses". Frisando que o Governo não precisa de privatizar a Saúde para resolver os problemas do sector, Bernardino Soares apontou o dedo às "graves condições económicas e financeiras" em que se encontram diversas unidades privadas para demonstrar que "a eficácia da gestão privada na Saúde" não passa de um mito.
O líder da bancada do PCP considerou ainda que a nova lei de gestão hospitalar abre caminho à precarização e à diminuição de direitos dos trabalhadores da Saúde. O argumento de que "primeiro estão os doentes" é demagógico, sublinhou, considerando que, para os comunistas, a aplicação dos métodos dos privados ao sector público redundará em "prejuízos graves para os cidadãos".
Bernardino Soares desafiou o Governo a discutir "regras alternativas" para o sector público, como a escolha da gestão por concurso, e deixou ainda um alerta: as novas receitas próprias dos hospitais, através do pagamento de actos médicos, técnicas e serviços de saúde, podem "significar um aumento do pagamento directo pela população", que já paga as taxas moderadoras.
Lusa