Benvindo à Juventude Popular de Oeiras

10-05-2004
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SUSETE FRANCISCO

06/02/2004

Os partidos da esquerda parlamentar acusaram ontem o CDS/PP de saudosismo do regime colonial. As críticas aos populares surgiram na sequência de um voto de repúdio apresentado no Parlamento pelo PS, visando declarações do porta-voz dos populares, Pires de Lima, sobre Mário Soares. Um protesto chumbado pela maioria, com os votos a favor de toda a oposição.

Na passada semana, Pires de Lima qualificou de «bastante irresponsável e até criminoso» o papel do ex-Presidente da República no processo de descolonização que se seguiu ao 25 de Abril. Afirmações sobre as quais o PS exprimiu ontem a «mais veemente indignação e repúdio», atribuindo-as «a teorias saudosistas de uma ordem ditatorial». Para os socialistas, as palavras de Pires de Lima constituem «ofensas e insultos de uma gravidade sem precedentes que nenhum democrata digno desse nome nem as instituições da República podem tolerar».

Afirmações que o porta-voz dos populares qualifica como «um perfeito disparate». Em declarações ao DN, Pires de Lima considerou ontem que a iniciativa socialista é uma tentativa de «proteger» Mário Soares. O dirigente popular reitera que houve, no processo de descolonização, «irresponsabilidade criminosa do ponto de vista político»: Mário Soares «era ministro dos Negócios Estrangeiros na altura e, não assumindo as suas responsabilidades», o processo acabou por redundar «num milhão de retornados que perderam tudo o que tinham e em guerras civis» nas ex-colónias. Pires de Lima desafia ainda o PS, caso se sinta difamado, a avançar para um processo.

No debate parlamentar, a indignação dos socialistas foi secundada pelo PCP que, pela voz do deputado Bernardino Soares acusou o CDS de «olhar de forma saudosista para o colonialismo». Já o Bloco de Esquerda optou por questionar os democratas-cristãos sobre alternativas para a forma como foi feita a descolonização.

Do lado da maioria, PSD e CDS consideraram «sem sentido» o voto do PS, invocando o direito dos populares à indignação. Telmo Correia, líder parlamentar do CDS, reiterou que o processo de descolonização «foi uma vergonha para Portugal» e qualificou as afirmações de Soares como «ataques desenfreados, descabelados e insultuosos».

06/02/2004

O PS apresentou, ontem, no Parlamento, um voto de protesto sobre as declarações do porta-voz do CDS, António Pires de Lima, que afirmou que o ex-presidente da República "teve um papel bastante irresponsável e até criminoso na forma como se procedeu à descolonização em Portugal".

O voto foi rejeitado pela Maioria, recebendo os votos favoráveis de toda a Oposição. Vicente Jorge Silva, em nome do PS, sublinhou que "não é possível admitir que alguém com responsabilidades políticas tão elevadas na actual maioria governamental possa difamar, qualificando-o de “criminoso”;, o papel que Mário Soares terá assumido". Telmo Correia, pelo CDS, respondeu que "quem anda à chuva molha-se". Ou seja, "insultou-nos com ataques descabelados e levou uma resposta dura e frontal". I. T. M.

SUSETE FRANCISCO

05/02/2004

O CDS respondeu ontem às críticas que têm sido dirigidas ao partido e a alguns dos seus dirigentes, nomeadamente por Marcelo Rebelo de Sousa, a quem os populares apontam falta de seriedade intelectual. Insurgindo-se contra «interesses e forças políticas que insistem em fazer do CDS saco de pancada», os democratas-cristãos dizem-se alvo de «ataques que têm surgido de todas as partes», com «enorme violência» e «ultrapassando o limite do aceitável».

Segundo o porta-voz do partido, Pires de Lima, que falava em conferência de imprensa antes da reunião da Comissão Política, a acção e o trabalho do CDS «continuam a incomodar muita gente». Quanto aos alvos destas críticas, escusou-se a particularizar, mas referiu que não se trata apenas de Mário Soares - com quem o CDS se tem envolvido em sucessivas polémicas. Sobre Rebelo de Sousa, que domingo teceu duras críticas à ministra da Justiça, Pires de Lima manifestou-se pouco surpreendido. «Mas esperaríamos que fossem baseadas em factos reais e não em deturpações e que houvesse alguma seriedade intelectual», acrescentou.

O porta-voz do CDS anunciou ainda que o partido vai mesmo avançar com um processo contra Francisco Louçã, que chamou «inimputável» a Celeste Cardona.

Da Comissão Política de ontem saiu a data do próximo Conselho Nacional, que se realizará a 6 de Março, em Santarém.

02/02/2004

A «guerra» de palavras do CDS contra o ex-secretário-geral do PS Mário Soares continua. O actual eurodeputado socialista desdobrou-se em declarações nos dois últimos dias. Primeiro, na sexta-feira, à margem do congresso da CGTP, para acusar «forças políticas de direita» que «estão no Governo» de pôr em causa o espírito do 25 de Abril. No sábado, em Braga, voltou à carga, aludindo à presença de elementos «de extrema-direita» no Executivo. Ontem, Paulo Portas respondeu-lhe no mesmo tom. Com palavras muito duras.

«Este Governo é o mais à direita e o mais reaccionário que o País já teve após o 25 de Abril [de 1974] declarou Soares, em Braga, no segundo dia de um ciclo de debates organizado pelo PS sob o título «Europa: dimensão local, regional e global», que marcou o arranque da pré-campanha para as eleições europeias de 13 de Junho.

«Há sectores deste Governo, não digo todos, que põem em causa o espírito e as conquistas do 25 de Abril e mesmo a liberdade», afirmou o ex-chefe de Estado, mencionando que «o PP está ligado a grupos de extrema-direita».

Na altura, Soares disse não se importar que os dirigentes do CDS lhe chamem «tonto». Uma alusão a declarações de alguns democratas-cristãos, que o têm criticado nos últimos dias.

Ontem as críticas subiram de tom. E também de grau, tendo sido proferidas pelo próprio presidente do CDS. «Lembro-me bem, quando Mário Soares era primeiro-ministro, dos salários em atraso, da fome que havia no País e das cargas policiais que ele mandava dar», declarou Paulo Portas. O ministro de Estado e da Defesa falava aos jornalistas numa sessão oficial em Oliveira de Azeméis.

Este duelo verbal entre o ex-Presidente da República e o actual líder do CDS/PP vem-se agudizando desde o Verão passado, quando Paulo Portas decidiu não conduzir Maria Barroso - mulher de Mário Soares - na presidência da Cruz Vermelha Portuguesa.

Quem prefere não se envolver nesta polémica é o primeiro-ministro. Confrontado em Bragança com as críticas de Soares, Durão Barroso lembrou que «é uma observação de um político da oposição». E mais não disse.

SUSETE FRANCISCO

06/02/2004

Os partidos da esquerda parlamentar acusaram ontem o CDS/PP de saudosismo do regime colonial. As críticas aos populares surgiram na sequência de um voto de repúdio apresentado no Parlamento pelo PS, visando declarações do porta-voz dos populares, Pires de Lima, sobre Mário Soares. Um protesto chumbado pela maioria, com os votos a favor de toda a oposição.

Na passada semana, Pires de Lima qualificou de «bastante irresponsável e até criminoso» o papel do ex-Presidente da República no processo de descolonização que se seguiu ao 25 de Abril. Afirmações sobre as quais o PS exprimiu ontem a «mais veemente indignação e repúdio», atribuindo-as «a teorias saudosistas de uma ordem ditatorial». Para os socialistas, as palavras de Pires de Lima constituem «ofensas e insultos de uma gravidade sem precedentes que nenhum democrata digno desse nome nem as instituições da República podem tolerar».

Afirmações que o porta-voz dos populares qualifica como «um perfeito disparate». Em declarações ao DN, Pires de Lima considerou ontem que a iniciativa socialista é uma tentativa de «proteger» Mário Soares. O dirigente popular reitera que houve, no processo de descolonização, «irresponsabilidade criminosa do ponto de vista político»: Mário Soares «era ministro dos Negócios Estrangeiros na altura e, não assumindo as suas responsabilidades», o processo acabou por redundar «num milhão de retornados que perderam tudo o que tinham e em guerras civis» nas ex-colónias. Pires de Lima desafia ainda o PS, caso se sinta difamado, a avançar para um processo.

No debate parlamentar, a indignação dos socialistas foi secundada pelo PCP que, pela voz do deputado Bernardino Soares acusou o CDS de «olhar de forma saudosista para o colonialismo». Já o Bloco de Esquerda optou por questionar os democratas-cristãos sobre alternativas para a forma como foi feita a descolonização.

Do lado da maioria, PSD e CDS consideraram «sem sentido» o voto do PS, invocando o direito dos populares à indignação. Telmo Correia, líder parlamentar do CDS, reiterou que o processo de descolonização «foi uma vergonha para Portugal» e qualificou as afirmações de Soares como «ataques desenfreados, descabelados e insultuosos».

06/02/2004

O PS apresentou, ontem, no Parlamento, um voto de protesto sobre as declarações do porta-voz do CDS, António Pires de Lima, que afirmou que o ex-presidente da República "teve um papel bastante irresponsável e até criminoso na forma como se procedeu à descolonização em Portugal".

O voto foi rejeitado pela Maioria, recebendo os votos favoráveis de toda a Oposição. Vicente Jorge Silva, em nome do PS, sublinhou que "não é possível admitir que alguém com responsabilidades políticas tão elevadas na actual maioria governamental possa difamar, qualificando-o de “criminoso”;, o papel que Mário Soares terá assumido". Telmo Correia, pelo CDS, respondeu que "quem anda à chuva molha-se". Ou seja, "insultou-nos com ataques descabelados e levou uma resposta dura e frontal". I. T. M.

SUSETE FRANCISCO

05/02/2004

O CDS respondeu ontem às críticas que têm sido dirigidas ao partido e a alguns dos seus dirigentes, nomeadamente por Marcelo Rebelo de Sousa, a quem os populares apontam falta de seriedade intelectual. Insurgindo-se contra «interesses e forças políticas que insistem em fazer do CDS saco de pancada», os democratas-cristãos dizem-se alvo de «ataques que têm surgido de todas as partes», com «enorme violência» e «ultrapassando o limite do aceitável».

Segundo o porta-voz do partido, Pires de Lima, que falava em conferência de imprensa antes da reunião da Comissão Política, a acção e o trabalho do CDS «continuam a incomodar muita gente». Quanto aos alvos destas críticas, escusou-se a particularizar, mas referiu que não se trata apenas de Mário Soares - com quem o CDS se tem envolvido em sucessivas polémicas. Sobre Rebelo de Sousa, que domingo teceu duras críticas à ministra da Justiça, Pires de Lima manifestou-se pouco surpreendido. «Mas esperaríamos que fossem baseadas em factos reais e não em deturpações e que houvesse alguma seriedade intelectual», acrescentou.

O porta-voz do CDS anunciou ainda que o partido vai mesmo avançar com um processo contra Francisco Louçã, que chamou «inimputável» a Celeste Cardona.

Da Comissão Política de ontem saiu a data do próximo Conselho Nacional, que se realizará a 6 de Março, em Santarém.

02/02/2004

A «guerra» de palavras do CDS contra o ex-secretário-geral do PS Mário Soares continua. O actual eurodeputado socialista desdobrou-se em declarações nos dois últimos dias. Primeiro, na sexta-feira, à margem do congresso da CGTP, para acusar «forças políticas de direita» que «estão no Governo» de pôr em causa o espírito do 25 de Abril. No sábado, em Braga, voltou à carga, aludindo à presença de elementos «de extrema-direita» no Executivo. Ontem, Paulo Portas respondeu-lhe no mesmo tom. Com palavras muito duras.

«Este Governo é o mais à direita e o mais reaccionário que o País já teve após o 25 de Abril [de 1974] declarou Soares, em Braga, no segundo dia de um ciclo de debates organizado pelo PS sob o título «Europa: dimensão local, regional e global», que marcou o arranque da pré-campanha para as eleições europeias de 13 de Junho.

«Há sectores deste Governo, não digo todos, que põem em causa o espírito e as conquistas do 25 de Abril e mesmo a liberdade», afirmou o ex-chefe de Estado, mencionando que «o PP está ligado a grupos de extrema-direita».

Na altura, Soares disse não se importar que os dirigentes do CDS lhe chamem «tonto». Uma alusão a declarações de alguns democratas-cristãos, que o têm criticado nos últimos dias.

Ontem as críticas subiram de tom. E também de grau, tendo sido proferidas pelo próprio presidente do CDS. «Lembro-me bem, quando Mário Soares era primeiro-ministro, dos salários em atraso, da fome que havia no País e das cargas policiais que ele mandava dar», declarou Paulo Portas. O ministro de Estado e da Defesa falava aos jornalistas numa sessão oficial em Oliveira de Azeméis.

Este duelo verbal entre o ex-Presidente da República e o actual líder do CDS/PP vem-se agudizando desde o Verão passado, quando Paulo Portas decidiu não conduzir Maria Barroso - mulher de Mário Soares - na presidência da Cruz Vermelha Portuguesa.

Quem prefere não se envolver nesta polémica é o primeiro-ministro. Confrontado em Bragança com as críticas de Soares, Durão Barroso lembrou que «é uma observação de um político da oposição». E mais não disse.

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