Basilio Horta em cruzada contra evasão fiscal

08-10-2002
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Basilio Horta em Cruzada Contra Evasão Fiscal

Por ÂNGELO TEIXEIRA MARQUES

Quinta-feira, 3 de Outubro de 2002

Basílio Horta pretende convencer a Organização de Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) a expressar uma "palavra de louvor e estímulo" a Portugal, no relatório que a instituição vai publicar, no próximo mês, sobre as finanças públicas nacionais. A poucos dias de assumir o cargo de embaixador de Portugal na OCDE, Basílio Horta apontou a introdução de aspectos positivos nesse documento, como a principal prioridade do seu mandato.

E adiantou que, como argumentação, vai socorrer-se dos eixos principais do Orçamento de Estado para o próximo ano - redução do défice, sustentatibilidade económica e justiça social - e de um quarto "pilar ético e moral" que quer introduzir: o combate à evasão fiscal. "Todos os que compram carros de 60 mil contos ou iates de 200 mil devem pagar os impostos a que estão obrigados", exemplificou.

"É um exame que tem de reconhecer o esforço que estamos a fazer para a moralização das contas públicas", defendeu Basílio Horta realçando a importância do conteúdo do relatório para a possível captação de investimento. Este, no seu entender, "é essencial "para a recuperação da economia que vai ser sentida em 2004 com um desagravamento fiscal".

O histórico dirigente do CDS foi alvo anteontem de uma homenagem pela distrital portuense - círculo eleitoral pelo qual foi eleito deputado - e confessou que vai "sentir saudades" da Assembleia da República. "No Parlamento está parte da legitimidade democrática. Não deve haver coisas importantes que se passem em Portugal que não sejam discutidas no parlamento". Esta frase induziu os jornalistas para a pergunta inevitável: não deve então o ministro Paulo Portas ir à Assembleia da República explicar a sua participação no "caso Moderna"? "Sobre essa matéria não quero dizer nada", respondeu, cortando o diálogo.

Antes, Basílio Horta tinha qualificado a sua nova "missão" como "uma das mais nobres da política porque não é dada a politiquices". "Por um lado vou deixar uma certa forma de fazer política que me enoja", reforçou, no discurso que proferiu no jantar que decorreu na Póvoa de Varzim.

Ângelo Teixeira Marques

Basilio Horta em Cruzada Contra Evasão Fiscal

Por ÂNGELO TEIXEIRA MARQUES

Quinta-feira, 3 de Outubro de 2002

Basílio Horta pretende convencer a Organização de Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) a expressar uma "palavra de louvor e estímulo" a Portugal, no relatório que a instituição vai publicar, no próximo mês, sobre as finanças públicas nacionais. A poucos dias de assumir o cargo de embaixador de Portugal na OCDE, Basílio Horta apontou a introdução de aspectos positivos nesse documento, como a principal prioridade do seu mandato.

E adiantou que, como argumentação, vai socorrer-se dos eixos principais do Orçamento de Estado para o próximo ano - redução do défice, sustentatibilidade económica e justiça social - e de um quarto "pilar ético e moral" que quer introduzir: o combate à evasão fiscal. "Todos os que compram carros de 60 mil contos ou iates de 200 mil devem pagar os impostos a que estão obrigados", exemplificou.

"É um exame que tem de reconhecer o esforço que estamos a fazer para a moralização das contas públicas", defendeu Basílio Horta realçando a importância do conteúdo do relatório para a possível captação de investimento. Este, no seu entender, "é essencial "para a recuperação da economia que vai ser sentida em 2004 com um desagravamento fiscal".

O histórico dirigente do CDS foi alvo anteontem de uma homenagem pela distrital portuense - círculo eleitoral pelo qual foi eleito deputado - e confessou que vai "sentir saudades" da Assembleia da República. "No Parlamento está parte da legitimidade democrática. Não deve haver coisas importantes que se passem em Portugal que não sejam discutidas no parlamento". Esta frase induziu os jornalistas para a pergunta inevitável: não deve então o ministro Paulo Portas ir à Assembleia da República explicar a sua participação no "caso Moderna"? "Sobre essa matéria não quero dizer nada", respondeu, cortando o diálogo.

Antes, Basílio Horta tinha qualificado a sua nova "missão" como "uma das mais nobres da política porque não é dada a politiquices". "Por um lado vou deixar uma certa forma de fazer política que me enoja", reforçou, no discurso que proferiu no jantar que decorreu na Póvoa de Varzim.

Ângelo Teixeira Marques

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