PS/Gaia diz que autarquia está a asfixiar algumas freguesias

27-07-2003
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PS/Gaia Diz Que Autarquia Está a Asfixiar Algumas Freguesias

Por ANDRÉIA AZEVEDO SOARES

Domingo, 13 de Julho de 2003

"O silêncio comprometedor das juntas de freguesia do PSD e dos independentes leva-me a pensar que a situação de crise só se passa com as juntas socialistas", afirmou Barbosa Ribeiro, líder do PS/Gaia e vereador do município gaiense , numa conferência de imprensa convocada ontem para "denunciar o asfixiamento financeiro" nas juntas de maioria socialista. Barbosa Ribeiro garante que a autarquia deve quase 460 mil euros a sete freguesias - Avintes, Oliveira do Douro, Vilar de Andorinho, Canelas, Grijó, Gulpilhares e Madalena.

Se a Câmara de Gaia não executar "urgentemente as transferências em atraso", o PS/Gaia pretende accionar todos os meios legais "para fazer respeitar os direitos das juntas" - seja a tutela, seja o Tribunal Administrativo. Os socialistas consideram a situação "manifestamente ilegal", uma vez que "viola claramente o Plano de Actividades e Orçamento de 2002". Segundo Barbosa Ribeiro, a dívida da autarquia para com as juntas remonta ao ano passado, quando terão ficado por pagar 78 mil euros respeitantes a obras por administração directa. Este valor a ser pago para as freguesias transitou para 2003, ao qual foi acrescentado 339 mil euros de obras e quase 42 mil euros destinados a pequenas reparações em escolas do ensino básico.

Face ao volume de dívidas, as juntas estão "à beira de um ataque de nervos", uma vez que "não conseguem honrar os seus compromissos". Barbosa Ribeiro chegou mesmo a referir que está em risco "o vencimento dos próprios funcionários".

O cenário asfixiante, na opinião do vereador socialista, revela a "situação de rotura financeira" da própria autarquia. O PS/Gaia calcula que a dívida camarária, neste momento, seja de 291 milhões de euros só de empréstimos bancários, sem incluir "os 350 milhões de euros de compromissos assumidos e não honrados". Barbosa Ribeiro estranha o facto de a crise atingir sobretudo as juntas socialistas, dado que aquelas que estão nas mãos da maioria PSD/PP "se remetem ao mais duro e comprometedor silêncio".

"Desconhecemos se esta situação é idêntica em relação às restantes 14 juntas de freguesia de maioria PSD/PP e também nas três de liderança exercida por independentes, já que ninguém quer dar a cara por medo político, ou então porque as suas transferências municipais estão em dia, o que constituiria uma discriminação política muito grave", sublinhou o líder do PS/Gaia, que frisou ainda que "tal coisa nunca aconteceu antes em Gaia".

Nos últimos tempos, referiu o vereador socialista, "as juntas acostumaram-se a substituir a Câmara de Gaia em determinadas acções" - o conserto de um pequeno troço do passeio público, por exemplo, ou mesmo o conserto de um problema de canalização nas escolas do ensino básico. Isso fez com que as freguesias "alimentassem a expectativa de prestação de serviços públicos", o que implicou a aquisição de equipamento e a contratação de efectivos. "Essa expectativa vê-se agora frustada", lamenta o líder do PS/Gaia.

A frase

"Desconhecemos se esta situação é idêntica em relação às restantes 14 juntas de freguesia de maioria PSD/PP e também nas três de liderança exercida por independentes, já que ninguém quer dar a cara por medo político, ou então porque as suas transferências municipais estão em dia, o que constituiria uma discriminação política muito grave" Barbosa Ribeiro, líder do PS/Gaia

PS/Gaia Diz Que Autarquia Está a Asfixiar Algumas Freguesias

Por ANDRÉIA AZEVEDO SOARES

Domingo, 13 de Julho de 2003

"O silêncio comprometedor das juntas de freguesia do PSD e dos independentes leva-me a pensar que a situação de crise só se passa com as juntas socialistas", afirmou Barbosa Ribeiro, líder do PS/Gaia e vereador do município gaiense , numa conferência de imprensa convocada ontem para "denunciar o asfixiamento financeiro" nas juntas de maioria socialista. Barbosa Ribeiro garante que a autarquia deve quase 460 mil euros a sete freguesias - Avintes, Oliveira do Douro, Vilar de Andorinho, Canelas, Grijó, Gulpilhares e Madalena.

Se a Câmara de Gaia não executar "urgentemente as transferências em atraso", o PS/Gaia pretende accionar todos os meios legais "para fazer respeitar os direitos das juntas" - seja a tutela, seja o Tribunal Administrativo. Os socialistas consideram a situação "manifestamente ilegal", uma vez que "viola claramente o Plano de Actividades e Orçamento de 2002". Segundo Barbosa Ribeiro, a dívida da autarquia para com as juntas remonta ao ano passado, quando terão ficado por pagar 78 mil euros respeitantes a obras por administração directa. Este valor a ser pago para as freguesias transitou para 2003, ao qual foi acrescentado 339 mil euros de obras e quase 42 mil euros destinados a pequenas reparações em escolas do ensino básico.

Face ao volume de dívidas, as juntas estão "à beira de um ataque de nervos", uma vez que "não conseguem honrar os seus compromissos". Barbosa Ribeiro chegou mesmo a referir que está em risco "o vencimento dos próprios funcionários".

O cenário asfixiante, na opinião do vereador socialista, revela a "situação de rotura financeira" da própria autarquia. O PS/Gaia calcula que a dívida camarária, neste momento, seja de 291 milhões de euros só de empréstimos bancários, sem incluir "os 350 milhões de euros de compromissos assumidos e não honrados". Barbosa Ribeiro estranha o facto de a crise atingir sobretudo as juntas socialistas, dado que aquelas que estão nas mãos da maioria PSD/PP "se remetem ao mais duro e comprometedor silêncio".

"Desconhecemos se esta situação é idêntica em relação às restantes 14 juntas de freguesia de maioria PSD/PP e também nas três de liderança exercida por independentes, já que ninguém quer dar a cara por medo político, ou então porque as suas transferências municipais estão em dia, o que constituiria uma discriminação política muito grave", sublinhou o líder do PS/Gaia, que frisou ainda que "tal coisa nunca aconteceu antes em Gaia".

Nos últimos tempos, referiu o vereador socialista, "as juntas acostumaram-se a substituir a Câmara de Gaia em determinadas acções" - o conserto de um pequeno troço do passeio público, por exemplo, ou mesmo o conserto de um problema de canalização nas escolas do ensino básico. Isso fez com que as freguesias "alimentassem a expectativa de prestação de serviços públicos", o que implicou a aquisição de equipamento e a contratação de efectivos. "Essa expectativa vê-se agora frustada", lamenta o líder do PS/Gaia.

A frase

"Desconhecemos se esta situação é idêntica em relação às restantes 14 juntas de freguesia de maioria PSD/PP e também nas três de liderança exercida por independentes, já que ninguém quer dar a cara por medo político, ou então porque as suas transferências municipais estão em dia, o que constituiria uma discriminação política muito grave" Barbosa Ribeiro, líder do PS/Gaia

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