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31-03-2003
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João Carlos Santos Os apelos de Mário Soares foram mal recebidos na central sindical UGT passa ao lado da greve geral João Carlos Santos Os apelos de Mário Soares foram mal recebidos na central sindical O APOIO de Mário Soares à greve geral decretada pela CGTP para 10 de Dezembro e o elogio ao líder desta central, Carvalho da Silva, caíram mal na UGT - a central que apadrinhou politicamente há mais de 20 anos - mas não alteraram a estratégia da União Geral de Trabalhadores. Mesmo no PS, o partido de que foi fundador, o apelo de Soares ao empenhamento partidário na greve não surtiu efeito. O APOIO de Mário Soares à greve geral decretada pela CGTP para 10 de Dezembro e o elogio ao líder desta central, Carvalho da Silva, caíram mal na UGT - a central que apadrinhou politicamente há mais de 20 anos - mas não alteraram a estratégia da União Geral de Trabalhadores. Mesmo no PS, o partido de que foi fundador, o apelo de Soares ao empenhamento partidário na greve não surtiu efeito. Vários dirigentes da UGT contactados pelo EXPRESSO, na sua maioria socialistas, desvalorizaram as afirmações de Mário Soares, considerando tratar-se «apenas de uma opinião», e defenderam a separação das esferas sindical e partidária. «A UGT não está zangada com Mário Soares», foi uma afirmação comum, mas ninguém negou que a central e o seu secretário-geral foram «menorizados» relativamente à CGTP e a Carvalho da Silva. «Por omissão, a UGT e João Proença foram visados nas declarações de Mário Soares», lamentou Rui Oliveira e Costa. Vários dirigentes da UGT contactados pelo EXPRESSO, na sua maioria socialistas, desvalorizaram as afirmações de Mário Soares, considerando tratar-se «apenas de uma opinião», e defenderam a separação das esferas sindical e partidária. «A UGT não está zangada com Mário Soares», foi uma afirmação comum, mas ninguém negou que a central e o seu secretário-geral foram «menorizados» relativamente à CGTP e a Carvalho da Silva. «Por omissão, a UGT e João Proença foram visados nas declarações de Mário Soares», lamentou Rui Oliveira e Costa. O calendário da UGT de combate ao novo Código Laboral vai, assim, manter-se. Apesar de alguns sindicatos associados terem decidido emitir pré-avisos de greve, gerais ou parciais, o Conselho Geral da central (órgão que estatutariamente declara a greve) deverá ratificar, segunda-feira, a decisão tomada no passado dia 21 de não adesão à greve de Dezembro. Essa forma de luta só será ponderada quando terminar, a 8 de Janeiro, a discussão pública da proposta do Governo de legislação laboral. O calendário da UGT de combate ao novo Código Laboral vai, assim, manter-se. Apesar de alguns sindicatos associados terem decidido emitir pré-avisos de greve, gerais ou parciais, o Conselho Geral da central (órgão que estatutariamente declara a greve) deverá ratificar, segunda-feira, a decisão tomada no passado dia 21 de não adesão à greve de Dezembro. Essa forma de luta só será ponderada quando terminar, a 8 de Janeiro, a discussão pública da proposta do Governo de legislação laboral. Uma decisão que desautorizasse o Secretariado Nacional é vista por vários dirigentes da central como «impensável», «impossível» e «inviável». As razões apontadas são várias, a começar por não haver memória de um Conselho Geral desrespeitar uma decisão do Secretariado, ainda por cima tomada de forma «absolutamente clara, como raras vezes aconteceu», frisa o dirigente da UGT Barbosa de Oliveira. Outros, como Bettencourt Picanço, alertam para que tal facto «significaria a queda dos órgãos dirigentes da UGT». Uma decisão que desautorizasse o Secretariado Nacional é vista por vários dirigentes da central como «impensável», «impossível» e «inviável». As razões apontadas são várias, a começar por não haver memória de um Conselho Geral desrespeitar uma decisão do Secretariado, ainda por cima tomada de forma «absolutamente clara, como raras vezes aconteceu», frisa o dirigente da UGT Barbosa de Oliveira. Outros, como Bettencourt Picanço, alertam para que tal facto «significaria a queda dos órgãos dirigentes da UGT». Por último, referem a correlação de forças: num universo de cerca de 60 sindicatos apenas seis se abstiveram na votação da resolução do Secretariado, argumentando com a pressão dos seus associados; destes, só quatro decidiram apresentar pré-avisos gerais de greve para dia 10. Entre eles encontram-se os sindicatos dos trabalhadores de empresas de transportes como a Carris, Metro e TAP (Sitra e Sitema), das refinarias de Sines e Leça da Palmeira, vidro da Marinha Grande, etc. (Sindeq), e dos seguros (Sinapsa). O Sitese (Escritório, Comércio, Hotelaria e Serviços) emite apenas pré-avisos para empresas (como a RTP, a Carris, o Metro, EPAL, etc.), e o Sitesc (Trabalhadores de Escritório, Serviços e Comércio) acabou por aceitar a resolução. Por último, referem a correlação de forças: num universo de cerca de 60 sindicatos apenas seis se abstiveram na votação da resolução do Secretariado, argumentando com a pressão dos seus associados; destes, só quatro decidiram apresentar pré-avisos gerais de greve para dia 10. Entre eles encontram-se os sindicatos dos trabalhadores de empresas de transportes como a Carris, Metro e TAP (Sitra e Sitema), das refinarias de Sines e Leça da Palmeira, vidro da Marinha Grande, etc. (Sindeq), e dos seguros (Sinapsa). O Sitese (Escritório, Comércio, Hotelaria e Serviços) emite apenas pré-avisos para empresas (como a RTP, a Carris, o Metro, EPAL, etc.), e o Sitesc (Trabalhadores de Escritório, Serviços e Comércio) acabou por aceitar a resolução. Entretanto, os socialistas não alteraram a sua posição face à greve geral. Afirmam «compreender as razões» que levaram a CGTP a convocar a greve, mas não vão mais longe, escudando-se no facto de a competência para convocar protestos laborais não pertencer aos partidos políticos. Entretanto, os socialistas não alteraram a sua posição face à greve geral. Afirmam «compreender as razões» que levaram a CGTP a convocar a greve, mas não vão mais longe, escudando-se no facto de a competência para convocar protestos laborais não pertencer aos partidos políticos. Por outro lado, os dirigentes do PS recordam as palavras de Ferro Rodrigues na entrevista a Judite de Sousa, na RTP: «Espero que uma má iniciativa se traduza numa boa mexida». Por isso, preferem apostar na «oposição construtiva» e apresentar propostas de alteração ao Código do Trabalho de Bagão Félix, que, aliás, esta semana, na comissão parlamentar, não fechou definitivamente as portas à possibilidade de acolher sugestões socialistas. O tema irá ser abordado na Comissão Política do PS que reunirá quinta-feira. Por outro lado, os dirigentes do PS recordam as palavras de Ferro Rodrigues na entrevista a Judite de Sousa, na RTP: «Espero que uma má iniciativa se traduza numa boa mexida». Por isso, preferem apostar na «oposição construtiva» e apresentar propostas de alteração ao Código do Trabalho de Bagão Félix, que, aliás, esta semana, na comissão parlamentar, não fechou definitivamente as portas à possibilidade de acolher sugestões socialistas. O tema irá ser abordado na Comissão Política do PS que reunirá quinta-feira. 30 Novembro 2002

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João Carlos Santos Os apelos de Mário Soares foram mal recebidos na central sindical UGT passa ao lado da greve geral João Carlos Santos Os apelos de Mário Soares foram mal recebidos na central sindical O APOIO de Mário Soares à greve geral decretada pela CGTP para 10 de Dezembro e o elogio ao líder desta central, Carvalho da Silva, caíram mal na UGT - a central que apadrinhou politicamente há mais de 20 anos - mas não alteraram a estratégia da União Geral de Trabalhadores. Mesmo no PS, o partido de que foi fundador, o apelo de Soares ao empenhamento partidário na greve não surtiu efeito. O APOIO de Mário Soares à greve geral decretada pela CGTP para 10 de Dezembro e o elogio ao líder desta central, Carvalho da Silva, caíram mal na UGT - a central que apadrinhou politicamente há mais de 20 anos - mas não alteraram a estratégia da União Geral de Trabalhadores. Mesmo no PS, o partido de que foi fundador, o apelo de Soares ao empenhamento partidário na greve não surtiu efeito. Vários dirigentes da UGT contactados pelo EXPRESSO, na sua maioria socialistas, desvalorizaram as afirmações de Mário Soares, considerando tratar-se «apenas de uma opinião», e defenderam a separação das esferas sindical e partidária. «A UGT não está zangada com Mário Soares», foi uma afirmação comum, mas ninguém negou que a central e o seu secretário-geral foram «menorizados» relativamente à CGTP e a Carvalho da Silva. «Por omissão, a UGT e João Proença foram visados nas declarações de Mário Soares», lamentou Rui Oliveira e Costa. Vários dirigentes da UGT contactados pelo EXPRESSO, na sua maioria socialistas, desvalorizaram as afirmações de Mário Soares, considerando tratar-se «apenas de uma opinião», e defenderam a separação das esferas sindical e partidária. «A UGT não está zangada com Mário Soares», foi uma afirmação comum, mas ninguém negou que a central e o seu secretário-geral foram «menorizados» relativamente à CGTP e a Carvalho da Silva. «Por omissão, a UGT e João Proença foram visados nas declarações de Mário Soares», lamentou Rui Oliveira e Costa. O calendário da UGT de combate ao novo Código Laboral vai, assim, manter-se. Apesar de alguns sindicatos associados terem decidido emitir pré-avisos de greve, gerais ou parciais, o Conselho Geral da central (órgão que estatutariamente declara a greve) deverá ratificar, segunda-feira, a decisão tomada no passado dia 21 de não adesão à greve de Dezembro. Essa forma de luta só será ponderada quando terminar, a 8 de Janeiro, a discussão pública da proposta do Governo de legislação laboral. O calendário da UGT de combate ao novo Código Laboral vai, assim, manter-se. Apesar de alguns sindicatos associados terem decidido emitir pré-avisos de greve, gerais ou parciais, o Conselho Geral da central (órgão que estatutariamente declara a greve) deverá ratificar, segunda-feira, a decisão tomada no passado dia 21 de não adesão à greve de Dezembro. Essa forma de luta só será ponderada quando terminar, a 8 de Janeiro, a discussão pública da proposta do Governo de legislação laboral. Uma decisão que desautorizasse o Secretariado Nacional é vista por vários dirigentes da central como «impensável», «impossível» e «inviável». As razões apontadas são várias, a começar por não haver memória de um Conselho Geral desrespeitar uma decisão do Secretariado, ainda por cima tomada de forma «absolutamente clara, como raras vezes aconteceu», frisa o dirigente da UGT Barbosa de Oliveira. Outros, como Bettencourt Picanço, alertam para que tal facto «significaria a queda dos órgãos dirigentes da UGT». Uma decisão que desautorizasse o Secretariado Nacional é vista por vários dirigentes da central como «impensável», «impossível» e «inviável». As razões apontadas são várias, a começar por não haver memória de um Conselho Geral desrespeitar uma decisão do Secretariado, ainda por cima tomada de forma «absolutamente clara, como raras vezes aconteceu», frisa o dirigente da UGT Barbosa de Oliveira. Outros, como Bettencourt Picanço, alertam para que tal facto «significaria a queda dos órgãos dirigentes da UGT». Por último, referem a correlação de forças: num universo de cerca de 60 sindicatos apenas seis se abstiveram na votação da resolução do Secretariado, argumentando com a pressão dos seus associados; destes, só quatro decidiram apresentar pré-avisos gerais de greve para dia 10. Entre eles encontram-se os sindicatos dos trabalhadores de empresas de transportes como a Carris, Metro e TAP (Sitra e Sitema), das refinarias de Sines e Leça da Palmeira, vidro da Marinha Grande, etc. (Sindeq), e dos seguros (Sinapsa). O Sitese (Escritório, Comércio, Hotelaria e Serviços) emite apenas pré-avisos para empresas (como a RTP, a Carris, o Metro, EPAL, etc.), e o Sitesc (Trabalhadores de Escritório, Serviços e Comércio) acabou por aceitar a resolução. Por último, referem a correlação de forças: num universo de cerca de 60 sindicatos apenas seis se abstiveram na votação da resolução do Secretariado, argumentando com a pressão dos seus associados; destes, só quatro decidiram apresentar pré-avisos gerais de greve para dia 10. Entre eles encontram-se os sindicatos dos trabalhadores de empresas de transportes como a Carris, Metro e TAP (Sitra e Sitema), das refinarias de Sines e Leça da Palmeira, vidro da Marinha Grande, etc. (Sindeq), e dos seguros (Sinapsa). O Sitese (Escritório, Comércio, Hotelaria e Serviços) emite apenas pré-avisos para empresas (como a RTP, a Carris, o Metro, EPAL, etc.), e o Sitesc (Trabalhadores de Escritório, Serviços e Comércio) acabou por aceitar a resolução. Entretanto, os socialistas não alteraram a sua posição face à greve geral. Afirmam «compreender as razões» que levaram a CGTP a convocar a greve, mas não vão mais longe, escudando-se no facto de a competência para convocar protestos laborais não pertencer aos partidos políticos. Entretanto, os socialistas não alteraram a sua posição face à greve geral. Afirmam «compreender as razões» que levaram a CGTP a convocar a greve, mas não vão mais longe, escudando-se no facto de a competência para convocar protestos laborais não pertencer aos partidos políticos. Por outro lado, os dirigentes do PS recordam as palavras de Ferro Rodrigues na entrevista a Judite de Sousa, na RTP: «Espero que uma má iniciativa se traduza numa boa mexida». Por isso, preferem apostar na «oposição construtiva» e apresentar propostas de alteração ao Código do Trabalho de Bagão Félix, que, aliás, esta semana, na comissão parlamentar, não fechou definitivamente as portas à possibilidade de acolher sugestões socialistas. O tema irá ser abordado na Comissão Política do PS que reunirá quinta-feira. Por outro lado, os dirigentes do PS recordam as palavras de Ferro Rodrigues na entrevista a Judite de Sousa, na RTP: «Espero que uma má iniciativa se traduza numa boa mexida». Por isso, preferem apostar na «oposição construtiva» e apresentar propostas de alteração ao Código do Trabalho de Bagão Félix, que, aliás, esta semana, na comissão parlamentar, não fechou definitivamente as portas à possibilidade de acolher sugestões socialistas. O tema irá ser abordado na Comissão Política do PS que reunirá quinta-feira. 30 Novembro 2002

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