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31-03-2003
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UGT passa ao lado da greve geral Isabel Lopes com Cristina Figueiredo e Maria Teresa Oliveira O APOIO de Mário Soares à greve geral decretada pela CGTP para 10 de Dezembro e o elogio ao líder desta central, Carvalho da Silva, caíram mal na UGT - a central que apadrinhou politicamente há mais de 20 anos - mas não alteraram a estratégia da União Geral de Trabalhadores. Mesmo no PS, o partido de que foi fundador, o apelo de Soares ao empenhamento partidário na greve não surtiu efeito. Vários dirigentes da UGT contactados pelo EXPRESSO, na sua maioria socialistas, desvalorizaram as afirmações de Mário Soares, considerando tratar-se «apenas de uma opinião», e defenderam a separação das esferas sindical e partidária. «A UGT não está zangada com Mário Soares», foi uma afirmação comum, mas ninguém negou que a central e o seu secretário-geral foram «menorizados» relativamente à CGTP e a Carvalho da Silva. «Por omissão, a UGT e João Proença foram visados nas declarações de Mário Soares», lamentou Rui Oliveira e Costa. Vários dirigentes da UGT contactados pelo EXPRESSO, na sua maioria socialistas, desvalorizaram as afirmações de Mário Soares, considerando tratar-se «apenas de uma opinião», e defenderam a separação das esferas sindical e partidária. «A UGT não está zangada com Mário Soares», foi uma afirmação comum, mas ninguém negou que a central e o seu secretário-geral foram «menorizados» relativamente à CGTP e a Carvalho da Silva. «Por omissão, a UGT e João Proença foram visados nas declarações de Mário Soares», lamentou Rui Oliveira e Costa. O calendário da UGT de combate ao novo Código Laboral vai, assim, manter-se. Apesar de alguns sindicatos associados terem decidido emitir pré-avisos de greve, gerais ou parciais, o Conselho Geral da central (órgão que estatutariamente declara a greve) deverá ratificar, segunda-feira, a decisão tomada no passado dia 21 de não adesão à greve de Dezembro. Essa forma de luta só será ponderada quando terminar, a 8 de Janeiro, a discussão pública da proposta do Governo de legislação laboral. O calendário da UGT de combate ao novo Código Laboral vai, assim, manter-se. Apesar de alguns sindicatos associados terem decidido emitir pré-avisos de greve, gerais ou parciais, o Conselho Geral da central (órgão que estatutariamente declara a greve) deverá ratificar, segunda-feira, a decisão tomada no passado dia 21 de não adesão à greve de Dezembro. Essa forma de luta só será ponderada quando terminar, a 8 de Janeiro, a discussão pública da proposta do Governo de legislação laboral. Uma decisão que desautorizasse o Secretariado Nacional é vista por vários dirigentes da central como «impensável», «impossível» e «inviável». As razões apontadas são várias, a começar por não haver memória de um Conselho Geral desrespeitar uma decisão do Secretariado, ainda por cima tomada de forma «absolutamente clara, como raras vezes aconteceu», frisa o dirigente da UGT Barbosa de Oliveira. Outros, como Bettencourt Picanço, alertam para que tal facto «significaria a queda dos órgãos dirigentes da UGT». Uma decisão que desautorizasse o Secretariado Nacional é vista por vários dirigentes da central como «impensável», «impossível» e «inviável». As razões apontadas são várias, a começar por não haver memória de um Conselho Geral desrespeitar uma decisão do Secretariado, ainda por cima tomada de forma «absolutamente clara, como raras vezes aconteceu», frisa o dirigente da UGT Barbosa de Oliveira. Outros, como Bettencourt Picanço, alertam para que tal facto «significaria a queda dos órgãos dirigentes da UGT». Por último, referem a correlação de forças: num universo de cerca de 60 sindicatos apenas seis se abstiveram na votação da resolução do Secretariado, argumentando com a pressão dos seus associados; destes, só quatro decidiram apresentar pré-avisos gerais de greve para dia 10. Entre eles encontram-se os sindicatos dos trabalhadores de empresas de transportes como a Carris, Metro e TAP (Sitra e Sitema), das refinarias de Sines e Leça da Palmeira, vidro da Marinha Grande, etc. (Sindeq), e dos seguros (Sinapsa). O Sitese (Escritório, Comércio, Hotelaria e Serviços) emite apenas pré-avisos para empresas (como a RTP, a Carris, o Metro, EPAL, etc.), e o Sitesc (Trabalhadores de Escritório, Serviços e Comércio) acabou por aceitar a resolução. Por último, referem a correlação de forças: num universo de cerca de 60 sindicatos apenas seis se abstiveram na votação da resolução do Secretariado, argumentando com a pressão dos seus associados; destes, só quatro decidiram apresentar pré-avisos gerais de greve para dia 10. Entre eles encontram-se os sindicatos dos trabalhadores de empresas de transportes como a Carris, Metro e TAP (Sitra e Sitema), das refinarias de Sines e Leça da Palmeira, vidro da Marinha Grande, etc. (Sindeq), e dos seguros (Sinapsa). O Sitese (Escritório, Comércio, Hotelaria e Serviços) emite apenas pré-avisos para empresas (como a RTP, a Carris, o Metro, EPAL, etc.), e o Sitesc (Trabalhadores de Escritório, Serviços e Comércio) acabou por aceitar a resolução. Entretanto, os socialistas não alteraram a sua posição face à greve geral. Afirmam «compreender as razões» que levaram a CGTP a convocar a greve, mas não vão mais longe, escudando-se no facto de a competência para convocar protestos laborais não pertencer aos partidos políticos. Entretanto, os socialistas não alteraram a sua posição face à greve geral. Afirmam «compreender as razões» que levaram a CGTP a convocar a greve, mas não vão mais longe, escudando-se no facto de a competência para convocar protestos laborais não pertencer aos partidos políticos. Por outro lado, os dirigentes do PS recordam as palavras de Ferro Rodrigues na entrevista a Judite de Sousa, na RTP: «Espero que uma má iniciativa se traduza numa boa mexida». Por isso, preferem apostar na «oposição construtiva» e apresentar propostas de alteração ao Código do Trabalho de Bagão Félix, que, aliás, esta semana, na comissão parlamentar, não fechou definitivamente as portas à possibilidade de acolher sugestões socialistas. O tema irá ser abordado na Comissão Política do PS que reunirá quinta-feira. Por outro lado, os dirigentes do PS recordam as palavras de Ferro Rodrigues na entrevista a Judite de Sousa, na RTP: «Espero que uma má iniciativa se traduza numa boa mexida». Por isso, preferem apostar na «oposição construtiva» e apresentar propostas de alteração ao Código do Trabalho de Bagão Félix, que, aliás, esta semana, na comissão parlamentar, não fechou definitivamente as portas à possibilidade de acolher sugestões socialistas. O tema irá ser abordado na Comissão Política do PS que reunirá quinta-feira. 30 Novembro 2002

UGT passa ao lado da greve geral Isabel Lopes com Cristina Figueiredo e Maria Teresa Oliveira O APOIO de Mário Soares à greve geral decretada pela CGTP para 10 de Dezembro e o elogio ao líder desta central, Carvalho da Silva, caíram mal na UGT - a central que apadrinhou politicamente há mais de 20 anos - mas não alteraram a estratégia da União Geral de Trabalhadores. Mesmo no PS, o partido de que foi fundador, o apelo de Soares ao empenhamento partidário na greve não surtiu efeito. Vários dirigentes da UGT contactados pelo EXPRESSO, na sua maioria socialistas, desvalorizaram as afirmações de Mário Soares, considerando tratar-se «apenas de uma opinião», e defenderam a separação das esferas sindical e partidária. «A UGT não está zangada com Mário Soares», foi uma afirmação comum, mas ninguém negou que a central e o seu secretário-geral foram «menorizados» relativamente à CGTP e a Carvalho da Silva. «Por omissão, a UGT e João Proença foram visados nas declarações de Mário Soares», lamentou Rui Oliveira e Costa. Vários dirigentes da UGT contactados pelo EXPRESSO, na sua maioria socialistas, desvalorizaram as afirmações de Mário Soares, considerando tratar-se «apenas de uma opinião», e defenderam a separação das esferas sindical e partidária. «A UGT não está zangada com Mário Soares», foi uma afirmação comum, mas ninguém negou que a central e o seu secretário-geral foram «menorizados» relativamente à CGTP e a Carvalho da Silva. «Por omissão, a UGT e João Proença foram visados nas declarações de Mário Soares», lamentou Rui Oliveira e Costa. O calendário da UGT de combate ao novo Código Laboral vai, assim, manter-se. Apesar de alguns sindicatos associados terem decidido emitir pré-avisos de greve, gerais ou parciais, o Conselho Geral da central (órgão que estatutariamente declara a greve) deverá ratificar, segunda-feira, a decisão tomada no passado dia 21 de não adesão à greve de Dezembro. Essa forma de luta só será ponderada quando terminar, a 8 de Janeiro, a discussão pública da proposta do Governo de legislação laboral. O calendário da UGT de combate ao novo Código Laboral vai, assim, manter-se. Apesar de alguns sindicatos associados terem decidido emitir pré-avisos de greve, gerais ou parciais, o Conselho Geral da central (órgão que estatutariamente declara a greve) deverá ratificar, segunda-feira, a decisão tomada no passado dia 21 de não adesão à greve de Dezembro. Essa forma de luta só será ponderada quando terminar, a 8 de Janeiro, a discussão pública da proposta do Governo de legislação laboral. Uma decisão que desautorizasse o Secretariado Nacional é vista por vários dirigentes da central como «impensável», «impossível» e «inviável». As razões apontadas são várias, a começar por não haver memória de um Conselho Geral desrespeitar uma decisão do Secretariado, ainda por cima tomada de forma «absolutamente clara, como raras vezes aconteceu», frisa o dirigente da UGT Barbosa de Oliveira. Outros, como Bettencourt Picanço, alertam para que tal facto «significaria a queda dos órgãos dirigentes da UGT». Uma decisão que desautorizasse o Secretariado Nacional é vista por vários dirigentes da central como «impensável», «impossível» e «inviável». As razões apontadas são várias, a começar por não haver memória de um Conselho Geral desrespeitar uma decisão do Secretariado, ainda por cima tomada de forma «absolutamente clara, como raras vezes aconteceu», frisa o dirigente da UGT Barbosa de Oliveira. Outros, como Bettencourt Picanço, alertam para que tal facto «significaria a queda dos órgãos dirigentes da UGT». Por último, referem a correlação de forças: num universo de cerca de 60 sindicatos apenas seis se abstiveram na votação da resolução do Secretariado, argumentando com a pressão dos seus associados; destes, só quatro decidiram apresentar pré-avisos gerais de greve para dia 10. Entre eles encontram-se os sindicatos dos trabalhadores de empresas de transportes como a Carris, Metro e TAP (Sitra e Sitema), das refinarias de Sines e Leça da Palmeira, vidro da Marinha Grande, etc. (Sindeq), e dos seguros (Sinapsa). O Sitese (Escritório, Comércio, Hotelaria e Serviços) emite apenas pré-avisos para empresas (como a RTP, a Carris, o Metro, EPAL, etc.), e o Sitesc (Trabalhadores de Escritório, Serviços e Comércio) acabou por aceitar a resolução. Por último, referem a correlação de forças: num universo de cerca de 60 sindicatos apenas seis se abstiveram na votação da resolução do Secretariado, argumentando com a pressão dos seus associados; destes, só quatro decidiram apresentar pré-avisos gerais de greve para dia 10. Entre eles encontram-se os sindicatos dos trabalhadores de empresas de transportes como a Carris, Metro e TAP (Sitra e Sitema), das refinarias de Sines e Leça da Palmeira, vidro da Marinha Grande, etc. (Sindeq), e dos seguros (Sinapsa). O Sitese (Escritório, Comércio, Hotelaria e Serviços) emite apenas pré-avisos para empresas (como a RTP, a Carris, o Metro, EPAL, etc.), e o Sitesc (Trabalhadores de Escritório, Serviços e Comércio) acabou por aceitar a resolução. Entretanto, os socialistas não alteraram a sua posição face à greve geral. Afirmam «compreender as razões» que levaram a CGTP a convocar a greve, mas não vão mais longe, escudando-se no facto de a competência para convocar protestos laborais não pertencer aos partidos políticos. Entretanto, os socialistas não alteraram a sua posição face à greve geral. Afirmam «compreender as razões» que levaram a CGTP a convocar a greve, mas não vão mais longe, escudando-se no facto de a competência para convocar protestos laborais não pertencer aos partidos políticos. Por outro lado, os dirigentes do PS recordam as palavras de Ferro Rodrigues na entrevista a Judite de Sousa, na RTP: «Espero que uma má iniciativa se traduza numa boa mexida». Por isso, preferem apostar na «oposição construtiva» e apresentar propostas de alteração ao Código do Trabalho de Bagão Félix, que, aliás, esta semana, na comissão parlamentar, não fechou definitivamente as portas à possibilidade de acolher sugestões socialistas. O tema irá ser abordado na Comissão Política do PS que reunirá quinta-feira. Por outro lado, os dirigentes do PS recordam as palavras de Ferro Rodrigues na entrevista a Judite de Sousa, na RTP: «Espero que uma má iniciativa se traduza numa boa mexida». Por isso, preferem apostar na «oposição construtiva» e apresentar propostas de alteração ao Código do Trabalho de Bagão Félix, que, aliás, esta semana, na comissão parlamentar, não fechou definitivamente as portas à possibilidade de acolher sugestões socialistas. O tema irá ser abordado na Comissão Política do PS que reunirá quinta-feira. 30 Novembro 2002

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