Portugal Diário

27-01-2003
marcar artigo

PS contra aumento das propinas

PD 02-12-2002 15:57 Augusto Santos Silva afirma que socialistas opõem-se ao aumento das propinas para compensar cortes O ex-ministro da Educação Augusto Santos Silva disse hoje que o governo terá a total oposição do Partido Socialista se aumentar as propinas para justificar uma diminuição do investimento público no ensino superior. «Não aceitamos que se ponha a questão do valor das propinas como uma espécie de compensação para as instituições, no caso de o Estado querer reduzir as verbas a que está obrigado», adiantou. Augusto Santos Silva falava à Agência Lusa a propósito das declarações do Ministro da Ciência e do Ensino Superior ao Diário Económico em que este referia que em relação ao ensino superior, todos os cenários estão em aberto, inclusive a alteração do valor das propinas. Ao DE, o titular da parta do ensino superior reconheceu a necessidade de «aumentar as receitas próprias» no peso do financiamento das instituições, afirmando, no entanto, que ainda nada está definido. O ministro afirmou ainda que «não quer limitar o debate», por isso não tem nenhuma opção tomada, mas declarou que «a fórmula de financiamento está ultrapassada». Augusto Santos Silva, ex-ministro da Educação do governo socialista e actualmente deputado, contesta esta postura de Pedro Lynce. «Esta tudo em aberto? Parece-me uma afirmação estranhíssima. Acho estranho que um membro do governo em vez de avançar com uma proposta se multiplique em declarações que, na substância, querem dizer o seguinte: Aceito todas as ideias que me queriam dar», referiu. O deputado socialista defende que o papel de um ministro é suscitar o debate público com base numa proposta e «não atirar para o ar declarações». Do ponto de vista do Partido Socialista, adiantou, a mudança no financiamento das instituições do ensino superior não pode significar a diminuição da despesa e do investimento público no ensino superior. «Defendemos uma propina única indexada ao salário o que não quer dizer que seja proibido discutir o seu valor ou a indexação, mas achamos que a lei actual é uma boa lei e nem todos o seus instrumentos estão aproveitados, devendo ser pensados antes de mudar a legislação», acrescentou. Em declarações à Agência Lusa, Augusto Santos Silva lançou ainda criticas ao ministro por hoje dar posse a novos dirigentes de organismos do Ministério da Ciência e do Ensino Superior numa cerimónia que considera «contrastar com a contenção orçamental». «Trata-se de uma cerimónia que contrasta com aspectos orçamentais em que vive quer o ensino superior quer a política para a Ciência em Portugal», referiu. O ex-governante considera que a nomeação de novos dirigentes significa também a saída de uma equipa de «excelentes profissionais». «Não entendo esta contradição de ministro que não se cansa de elogiar o trabalho desenvolvido, mas que ao fim de sete meses muda toda a equipa», referiu. O ministro da Ciência e do Ensino Superior, Pedro Lynce, empossa hoje os novos dirigentes do Gabinete de Relações Internacionais da Ciência e do Ensino Superior (GRICES), que funde o antigo Instituto de Cooperação Científica e Tecnológica Internacional e o serviço idêntico do Ministério da Educação. Toma ainda posse o presidente do Museu Nacional da Ciência e da Técnica, o presidente do Instituto Tecnológico e Nuclear, o vice- presidente da Fundação para a Ciência e Tecnologia, os responsáveis pela Inspecção Geral da Ciência e do Ensino Superior e pelo Gabinete de Gestão Financeira da Ciência e do Ensino Superior.

PS contra aumento das propinas

PD 02-12-2002 15:57 Augusto Santos Silva afirma que socialistas opõem-se ao aumento das propinas para compensar cortes O ex-ministro da Educação Augusto Santos Silva disse hoje que o governo terá a total oposição do Partido Socialista se aumentar as propinas para justificar uma diminuição do investimento público no ensino superior. «Não aceitamos que se ponha a questão do valor das propinas como uma espécie de compensação para as instituições, no caso de o Estado querer reduzir as verbas a que está obrigado», adiantou. Augusto Santos Silva falava à Agência Lusa a propósito das declarações do Ministro da Ciência e do Ensino Superior ao Diário Económico em que este referia que em relação ao ensino superior, todos os cenários estão em aberto, inclusive a alteração do valor das propinas. Ao DE, o titular da parta do ensino superior reconheceu a necessidade de «aumentar as receitas próprias» no peso do financiamento das instituições, afirmando, no entanto, que ainda nada está definido. O ministro afirmou ainda que «não quer limitar o debate», por isso não tem nenhuma opção tomada, mas declarou que «a fórmula de financiamento está ultrapassada». Augusto Santos Silva, ex-ministro da Educação do governo socialista e actualmente deputado, contesta esta postura de Pedro Lynce. «Esta tudo em aberto? Parece-me uma afirmação estranhíssima. Acho estranho que um membro do governo em vez de avançar com uma proposta se multiplique em declarações que, na substância, querem dizer o seguinte: Aceito todas as ideias que me queriam dar», referiu. O deputado socialista defende que o papel de um ministro é suscitar o debate público com base numa proposta e «não atirar para o ar declarações». Do ponto de vista do Partido Socialista, adiantou, a mudança no financiamento das instituições do ensino superior não pode significar a diminuição da despesa e do investimento público no ensino superior. «Defendemos uma propina única indexada ao salário o que não quer dizer que seja proibido discutir o seu valor ou a indexação, mas achamos que a lei actual é uma boa lei e nem todos o seus instrumentos estão aproveitados, devendo ser pensados antes de mudar a legislação», acrescentou. Em declarações à Agência Lusa, Augusto Santos Silva lançou ainda criticas ao ministro por hoje dar posse a novos dirigentes de organismos do Ministério da Ciência e do Ensino Superior numa cerimónia que considera «contrastar com a contenção orçamental». «Trata-se de uma cerimónia que contrasta com aspectos orçamentais em que vive quer o ensino superior quer a política para a Ciência em Portugal», referiu. O ex-governante considera que a nomeação de novos dirigentes significa também a saída de uma equipa de «excelentes profissionais». «Não entendo esta contradição de ministro que não se cansa de elogiar o trabalho desenvolvido, mas que ao fim de sete meses muda toda a equipa», referiu. O ministro da Ciência e do Ensino Superior, Pedro Lynce, empossa hoje os novos dirigentes do Gabinete de Relações Internacionais da Ciência e do Ensino Superior (GRICES), que funde o antigo Instituto de Cooperação Científica e Tecnológica Internacional e o serviço idêntico do Ministério da Educação. Toma ainda posse o presidente do Museu Nacional da Ciência e da Técnica, o presidente do Instituto Tecnológico e Nuclear, o vice- presidente da Fundação para a Ciência e Tecnologia, os responsáveis pela Inspecção Geral da Ciência e do Ensino Superior e pelo Gabinete de Gestão Financeira da Ciência e do Ensino Superior.

marcar artigo