Carta de conforto exaltou os ânimos

29-05-2002
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Carta de Conforto Exaltou Os Ânimos

Quarta-feira, 15 de Maio de 2002 "Leia! Leia, se faz favor! Leia o penúltimo parágrafo! Isso é uma desonestidade intelectual! Leia!", gritou, já exaltado, Arons de Carvalho ao ministro Morais Sarmento. Na sala onde decorria a reunião levantou-se um burburinho e até a presidente da Comissão, a deputada Assunção Esteves, teve que dizer ao antigo secretário de Estado da Comunicação Social que não estava em posição de dar ordens ao ministro. O episódio mais bizarro do encontro foi motivado pelas declarações do ministro Morais Sarmento, há poucos dias, aos microfones da TSF, durante uma entrevista em que acusou Arons de Carvalho de ter escrito uma "carta de conforto" em relação a um empréstimo de 125 milhões euros (cerca de 25 milhões contos) contraído pela RTP junto de um banco suíço sem o prévio conhecimento do ministério das Finanças. Munidos dos respectivos documentos, deputado e ministro teimaram nas suas versões. O primeiro afirmou que escreveu a carta a pedido da Direcção-Geral do Tesouro (DGT) e recordou o parecer desta quando refere que "se poderia considerar a hipótese de se subscrever uma carta que não vinculasse o Estado no sentido de se substituir à empresa no incumprimento das suas obrigações, limitando a sua redacção a aspectos mais relacionados com o conhecimento que o Estado tem da operação e da própria empresa". "Nada aqui pode ser entendido como uma garantia do Estado ou da secretaria de Estado, a secretaria apoia esta transacção, e acredita e espera que a RTP terá sempre recursos suficientes para pagar todos os montantes em dívida da transacção", escreve Arons na carta ao banco suíço. "O ministro demonstrou aqui que não tem coragem nem verticalidade. E ficou claro que se precipitou ao acusar-me", afirmou Arons de Carvalho no final da reunião. Morais Sarmento, imperturbável, respondeu, qual Galileu Galilei: "Mantenho a apreciação feita de que a decisão da carta de apoio tenha sido conhecida ou sancionada pela DGT e pelo ministério da Finanças." Maria Lopes OUTROS TÍTULOS EM DESTAQUE Um só canal generalista, o resto logo se vê

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