Portugal Diário

02-02-2005
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Ex-ministro diz que desse resultado depende a dinâmica do PSD para as legislativas O ex-autarca e antigo ministro Isaltino Morais fixou hoje como «grande objectivo do PSD nos próximos dois anos» a vitória nas eleições autárquicas de 2005, fazendo depender deste resultado uma nova vitória nas legislativas de 2006. «É do resultado das eleições autárquicas que depende a dinâmica do PSD para o combate eleitoral das legislativas», afirmou Isaltino Morais, perante o XXV Congresso do PSD, onde recordou o que passou em 2001, quando o PSD obteve uma vitória autárquica na altura inesperada. «Alguém duvida que foram vitórias como as de Rui Rio, no Porto, e de Pedro Santana Lopes, em Lisboa, a causa próxima da demissão de António Guterres?», questionou o ex-ministro das Cidades, Ordenamento do Território e Ambiente. Lembrando que nessa época o PSD estava na oposição «com disponibilidade e vontade de vencer», Isaltino Morais deu aos congressistas a receita para vencer em 2005. «Só ganharemos estas eleições autárquicas se estivermos unidos, se apostarmos nos melhores candidatos, sem dar lugar a protagonistas de última hora. Não deve haver lugar para esses», frisou o ex-autarca de Oeiras. Isaltino Morais manifestou ainda a sua confiança no futuro secretário-geral do partido, Miguel Relvas, para conduzir o PSD a esta vitória. «O novo secretário-geral é um homem do poder local, que acredita na capacidade dos autarcas social-democratas», disse Isaltino, acrescentando que, para lá do primeiro-ministro, Relvas foi «um dos poucos homens descentralizadores do Governo». Também o presidente da Câmara Municipal de Sintra, Fernando Seara, chamou a atenção do presidente do partido para os problemas dos autarcas. «Peço que ouça algumas vozes, que pense que algumas leis têm de ser alteradas, como a das finanças locais», apelou o autarca a Durão Barroso. Como «homem do desporto», Fernando Seara pediu - e obteve - ao Congresso uma salva de palmas para a selecção de Portugal, desejando- lhe boa sorte para o campeonato europeu que se inicia dentro de três semanas. Outro «alerta» ao Governo foi deixado neste Congresso pelo presidente dos Trabalhadores Social-Democratas, Arménio Santos, que pediu mais atenção para o problema do desemprego. «Estamos a fazer tudo que está ao nosso alcance para que o tecido empresarial aguente a crise?», questionou Arménio Santos, acrescentando que «a contenção salarial se reflecte no poder de compra das famílias» e que «as pensões continuam aquém da dignidade devida aos pensionistas». Apesar de manifestar, por diversas vezes, a confiança dos TSD na política do Governo e o «respeito e admiração» pela ministra das Finanças Manuela Ferreira Leite, Arménio Santos deixou um alerta: «espero que a classe média, a mais penalizada pela crise, seja também a primeira a ser lembrada pelo Governo quando a crise for ultrapassada».

Ex-ministro diz que desse resultado depende a dinâmica do PSD para as legislativas O ex-autarca e antigo ministro Isaltino Morais fixou hoje como «grande objectivo do PSD nos próximos dois anos» a vitória nas eleições autárquicas de 2005, fazendo depender deste resultado uma nova vitória nas legislativas de 2006. «É do resultado das eleições autárquicas que depende a dinâmica do PSD para o combate eleitoral das legislativas», afirmou Isaltino Morais, perante o XXV Congresso do PSD, onde recordou o que passou em 2001, quando o PSD obteve uma vitória autárquica na altura inesperada. «Alguém duvida que foram vitórias como as de Rui Rio, no Porto, e de Pedro Santana Lopes, em Lisboa, a causa próxima da demissão de António Guterres?», questionou o ex-ministro das Cidades, Ordenamento do Território e Ambiente. Lembrando que nessa época o PSD estava na oposição «com disponibilidade e vontade de vencer», Isaltino Morais deu aos congressistas a receita para vencer em 2005. «Só ganharemos estas eleições autárquicas se estivermos unidos, se apostarmos nos melhores candidatos, sem dar lugar a protagonistas de última hora. Não deve haver lugar para esses», frisou o ex-autarca de Oeiras. Isaltino Morais manifestou ainda a sua confiança no futuro secretário-geral do partido, Miguel Relvas, para conduzir o PSD a esta vitória. «O novo secretário-geral é um homem do poder local, que acredita na capacidade dos autarcas social-democratas», disse Isaltino, acrescentando que, para lá do primeiro-ministro, Relvas foi «um dos poucos homens descentralizadores do Governo». Também o presidente da Câmara Municipal de Sintra, Fernando Seara, chamou a atenção do presidente do partido para os problemas dos autarcas. «Peço que ouça algumas vozes, que pense que algumas leis têm de ser alteradas, como a das finanças locais», apelou o autarca a Durão Barroso. Como «homem do desporto», Fernando Seara pediu - e obteve - ao Congresso uma salva de palmas para a selecção de Portugal, desejando- lhe boa sorte para o campeonato europeu que se inicia dentro de três semanas. Outro «alerta» ao Governo foi deixado neste Congresso pelo presidente dos Trabalhadores Social-Democratas, Arménio Santos, que pediu mais atenção para o problema do desemprego. «Estamos a fazer tudo que está ao nosso alcance para que o tecido empresarial aguente a crise?», questionou Arménio Santos, acrescentando que «a contenção salarial se reflecte no poder de compra das famílias» e que «as pensões continuam aquém da dignidade devida aos pensionistas». Apesar de manifestar, por diversas vezes, a confiança dos TSD na política do Governo e o «respeito e admiração» pela ministra das Finanças Manuela Ferreira Leite, Arménio Santos deixou um alerta: «espero que a classe média, a mais penalizada pela crise, seja também a primeira a ser lembrada pelo Governo quando a crise for ultrapassada».

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