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26-04-2002
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6 a 8 meses de benefício... Como já foi dito, a composição do novo Governo não entusiasma nem desilude. Até porque as expectativas já estavam tão baixas que dificilmente poderão cair mais. E o próprio primeiro-ministro se apressou a explicar aos portugueses, em tom defensivo, que era o Governo possível, que preferiu jogar pelo seguro, que escolheu combatentes e não personalidades. A ver vamos. O novo Executivo do PSD-CDS/PP dificilmente gozará do tradicional «estado de graça», dado o cepticismo que rodeou a sua constituição e as dificuldades que o país atravessa no plano da despesa pública e do crescimento da economia. Mas terá o benefício da dúvida, pelo menos, nos próximos 6 a 8 meses. O novo Executivo do PSD-CDS/PP dificilmente gozará do tradicional «estado de graça», dado o cepticismo que rodeou a sua constituição e as dificuldades que o país atravessa no plano da despesa pública e do crescimento da economia. Mas terá o benefício da dúvida, pelo menos, nos próximos 6 a 8 meses. Até ao fim do ano ver-se-á até que ponto vai a sua determinação e capacidade para levar a cabo a inadiável contenção da despesa do Estado. Que passará por pontos tão reveladores e politicamente sensíveis como a limitação nas transferências de verbas para as autarquias e as ilhas, a resolução do sorvedouro de milhões em que se transformou a RTP-1, o número de nomeações de «boys» laranjas e do PP, o congelamento dos salários da administração pública ou o grau de despesismo público no megalómano projecto de dez estádios para o Euro-2004. Em Dezembro, passados um ou dois Orçamentos, far-se-á o balanço. Até ao fim do ano ver-se-á até que ponto vai a sua determinação e capacidade para levar a cabo a inadiável contenção da despesa do Estado. Que passará por pontos tão reveladores e politicamente sensíveis como a limitação nas transferências de verbas para as autarquias e as ilhas, a resolução do sorvedouro de milhões em que se transformou a RTP-1, o número de nomeações de «boys» laranjas e do PP, o congelamento dos salários da administração pública ou o grau de despesismo público no megalómano projecto de dez estádios para o Euro-2004. Em Dezembro, passados um ou dois Orçamentos, far-se-á o balanço. Ao mesmo tempo, avaliar-se-á até onde está disposto a ir Durão Barroso em questões tão emblemáticas como a reforma do sistema eleitoral e a redução do número de deputados, a generalização dos medicamentos genéricos (por vontade política, contra os lóbis da indústria farmacêutica e dos proprietários de farmácias), a flexibilização da ultra-securitária e paralisante legislação de trabalho, a revisão curricular do ensino secundário ou a alternativa à co-incineração para o tratamento dos resíduos perigosos. Espere-se pelo final do ano. Ao mesmo tempo, avaliar-se-á até onde está disposto a ir Durão Barroso em questões tão emblemáticas como a reforma do sistema eleitoral e a redução do número de deputados, a generalização dos medicamentos genéricos (por vontade política, contra os lóbis da indústria farmacêutica e dos proprietários de farmácias), a flexibilização da ultra-securitária e paralisante legislação de trabalho, a revisão curricular do ensino secundário ou a alternativa à co-incineração para o tratamento dos resíduos perigosos. Espere-se pelo final do ano. Entretanto, percorram-se os nomes escolhidos para as várias pastas. Entretanto, percorram-se os nomes escolhidos para as várias pastas. Estado e Finanças. Manuela Ferreira Leite tem a firmeza, o rigor e a competência técnica para impor o urgente saneamento e a indispensável austeridade nas finanças públicas. Mas o seu sucesso depende da cobertura e da estratégia política do primeiro-ministro em matérias tão decisivas como as admissões e salários na função pública, os gastos na Saúde, na Educação ou na Defesa, as transferências para o poder local e regional. E o futuro do seu entendimento com Durão Barroso é, por enquanto, uma incógnita. Manuela Ferreira Leite não tem o perfil (nem o tempo, dado o número de pastas que acumula...) para ser o «número dois» político de Durão, fazendo o contraponto com o líder do PP. Tal função caberá ao núcleo político de S. Bento formado por Morais Sarmento, Marques Mendes e José Luís Arnaut. Estado e Finanças. Manuela Ferreira Leite tem a firmeza, o rigor e a competência técnica para impor o urgente saneamento e a indispensável austeridade nas finanças públicas. Mas o seu sucesso depende da cobertura e da estratégia política do primeiro-ministro em matérias tão decisivas como as admissões e salários na função pública, os gastos na Saúde, na Educação ou na Defesa, as transferências para o poder local e regional. E o futuro do seu entendimento com Durão Barroso é, por enquanto, uma incógnita. Manuela Ferreira Leite não tem o perfil (nem o tempo, dado o número de pastas que acumula...) para ser o «número dois» político de Durão, fazendo o contraponto com o líder do PP. Tal função caberá ao núcleo político de S. Bento formado por Morais Sarmento, Marques Mendes e José Luís Arnaut. Estado e Defesa Nacional. Paulo Portas consegue um estatuto invejável neste Executivo e, além da respeitabilidade que a Defesa lhe confere, poderá construir uma boa imagem num sector tão maltratado nos últimos anos pelo poder socialista. Apesar das limitações orçamentais e das reticências do PSD à Lei de Programação Militar, tem capacidade para avançar com o rearmamento e a profissionalização das Forças Armadas. O que ficará como uma proeza. Será, com Marques Mendes e Morais Sarmento, um dos «pivots» políticos nucleares do Governo. Estado e Defesa Nacional. Paulo Portas consegue um estatuto invejável neste Executivo e, além da respeitabilidade que a Defesa lhe confere, poderá construir uma boa imagem num sector tão maltratado nos últimos anos pelo poder socialista. Apesar das limitações orçamentais e das reticências do PSD à Lei de Programação Militar, tem capacidade para avançar com o rearmamento e a profissionalização das Forças Armadas. O que ficará como uma proeza. Será, com Marques Mendes e Morais Sarmento, um dos «pivots» políticos nucleares do Governo. Negócios Estrangeiros e Comunidades Portuguesas. O diplomata Martins da Cruz, não obstante o relacionamento pessoal que há muito mantém com Durão Barroso, poderá ter nos Assuntos Europeus, «dossier» que o primeiro-ministro quer chamar a si, uma fonte de desentendimentos e conflitos. Que já terá estado, aliás, na origem das reticências que colocou a aceitar o cargo. Parece fazer tantas amizades como inimizades, o que não é cartão de visita muito recomendável numa área como a diplomacia. Negócios Estrangeiros e Comunidades Portuguesas. O diplomata Martins da Cruz, não obstante o relacionamento pessoal que há muito mantém com Durão Barroso, poderá ter nos Assuntos Europeus, «dossier» que o primeiro-ministro quer chamar a si, uma fonte de desentendimentos e conflitos. Que já terá estado, aliás, na origem das reticências que colocou a aceitar o cargo. Parece fazer tantas amizades como inimizades, o que não é cartão de visita muito recomendável numa área como a diplomacia. Administração Interna. Há muitos anos fora do país, Figueiredo Lopes tem longa experiência governativa, mas não deixou marcas enquanto ministro ou secretário de Estado. Será uma surpresa se se revelar mais do que um hábil gestor corrente dos problemas tradicionais desta pasta complicada. Administração Interna. Há muitos anos fora do país, Figueiredo Lopes tem longa experiência governativa, mas não deixou marcas enquanto ministro ou secretário de Estado. Será uma surpresa se se revelar mais do que um hábil gestor corrente dos problemas tradicionais desta pasta complicada. Justiça. Celeste Cardona é uma política combativa e voluntariosa, mas parece um erro de «casting» nesta pasta, dada a sua vocação para as questões da fiscalidade e as exigências de conhecimentos de um sector com equilíbrios tão instáveis e insatisfações tão generalizadas. É difícil perceber a lógica e a intenção de tal escolha. Justiça. Celeste Cardona é uma política combativa e voluntariosa, mas parece um erro de «casting» nesta pasta, dada a sua vocação para as questões da fiscalidade e as exigências de conhecimentos de um sector com equilíbrios tão instáveis e insatisfações tão generalizadas. É difícil perceber a lógica e a intenção de tal escolha. Presidência. Morais Sarmento sempre deu a ideia de ser a melhor cabeça do sofrível núcleo político que o líder do PSD constituiu há três anos. Tornou-se a estrela governamental dos últimos dias com a sua corajosa e inteligente confissão de um passado de toxicodependência. Será, certamente, um dos esteios de Barroso na condução política do Governo. Mas terá, na Comunicação Social, que resolver a «batata quente» do futuro da RTP. Presidência. Morais Sarmento sempre deu a ideia de ser a melhor cabeça do sofrível núcleo político que o líder do PSD constituiu há três anos. Tornou-se a estrela governamental dos últimos dias com a sua corajosa e inteligente confissão de um passado de toxicodependência. Será, certamente, um dos esteios de Barroso na condução política do Governo. Mas terá, na Comunicação Social, que resolver a «batata quente» do futuro da RTP. Assuntos Parlamentares. Marques Mendes surge para ocupar o vazio deixado pela indisponibilidade de Dias Loureiro. É quem pensa melhor politicamente e com mais visão táctica e estratégica no PSD. E, se já se revelara precioso para a liderança de Marcelo, pode tornar-se indispensável para a chefia governativa de Durão Barroso... se as incompatibilidades entre ambos não superarem a coesão entre membros do mesmo Governo. Ganha uma tribuna política de destaque para os tempos mais próximos. Assuntos Parlamentares. Marques Mendes surge para ocupar o vazio deixado pela indisponibilidade de Dias Loureiro. É quem pensa melhor politicamente e com mais visão táctica e estratégica no PSD. E, se já se revelara precioso para a liderança de Marcelo, pode tornar-se indispensável para a chefia governativa de Durão Barroso... se as incompatibilidades entre ambos não superarem a coesão entre membros do mesmo Governo. Ganha uma tribuna política de destaque para os tempos mais próximos. Adjunto do primeiro-ministro. José Luís Arnaut já deu provas de ser um excelente organizador nas campanhas eleitorais e no aparelho do PSD. A sua entrada directa para ministro é uma recompensa da fidelidade ao líder, mas não deixa de surpreender. Já lá vai o tempo do cavaquismo original, em que os jovens quadros e promessas do aparelho tinham que se iniciar e dar provas numa Secretaria ou Subsecretaria de Estado. É uma espécie de António José Seguro do PSD. Adjunto do primeiro-ministro. José Luís Arnaut já deu provas de ser um excelente organizador nas campanhas eleitorais e no aparelho do PSD. A sua entrada directa para ministro é uma recompensa da fidelidade ao líder, mas não deixa de surpreender. Já lá vai o tempo do cavaquismo original, em que os jovens quadros e promessas do aparelho tinham que se iniciar e dar provas numa Secretaria ou Subsecretaria de Estado. É uma espécie de António José Seguro do PSD. Economia. A pasta surge como um «prémio de consolação» para quem foi aventado para as Finanças e é considerado o autor da polémica proposta do «choque fiscal» (que Durão Barroso parece ter colocado já na gaveta dos projectos a esquecer). Carlos Tavares fica com as telecomunicações e o fim do pacote de privatizações, mas não terá o protagonismo que muitos esperariam. Economia. A pasta surge como um «prémio de consolação» para quem foi aventado para as Finanças e é considerado o autor da polémica proposta do «choque fiscal» (que Durão Barroso parece ter colocado já na gaveta dos projectos a esquecer). Carlos Tavares fica com as telecomunicações e o fim do pacote de privatizações, mas não terá o protagonismo que muitos esperariam. Agricultura e Pescas. Sevinate Pinto é um técnico reconhecido por todos os quadrantes. O problema é que já quase não há agricultura... nem pescas Agricultura e Pescas. Sevinate Pinto é um técnico reconhecido por todos os quadrantes. O problema é que já quase não há agricultura... nem pescas Educação. David Justino ganhou visibilidade como ministro-sombra do PSD e é um dos poucos a passar do Gabinete-sombra para a respectiva pasta. A suspensão ou não da revisão curricular deixada pelo Governo cessante será o primeiro teste à sua gestão dos ensinos básico e secundário. Educação. David Justino ganhou visibilidade como ministro-sombra do PSD e é um dos poucos a passar do Gabinete-sombra para a respectiva pasta. A suspensão ou não da revisão curricular deixada pelo Governo cessante será o primeiro teste à sua gestão dos ensinos básico e secundário. Ciência, Tecnologia e Ensino Superior. Pedro Lynce tem os desafios de organizar (e justificar a criação) de um novo Ministério e de dar sequência ao trabalho deixado por Mariano Gago na área da Ciência e Tecnologia. Sem esquecer o eterno problema do financiamento do Ensino Superior e da falta de qualidade académica de algumas universidades privadas. Ciência, Tecnologia e Ensino Superior. Pedro Lynce tem os desafios de organizar (e justificar a criação) de um novo Ministério e de dar sequência ao trabalho deixado por Mariano Gago na área da Ciência e Tecnologia. Sem esquecer o eterno problema do financiamento do Ensino Superior e da falta de qualidade académica de algumas universidades privadas. Cultura. Pedro Roseta promete ser outro erro de «casting». Não por falta de currículo político ou intelectual, mas por não se lhe conhecerem ideias ou propostas para o sector. E por ser mais um pensador do que um organizador ou um decisor. Cultura. Pedro Roseta promete ser outro erro de «casting». Não por falta de currículo político ou intelectual, mas por não se lhe conhecerem ideias ou propostas para o sector. E por ser mais um pensador do que um organizador ou um decisor. Saúde. Luís Filipe Pereira entra com a desconfiança de provir de um grupo económico com interesses na área que vai tutelar. É um «handicap» que pode inibi-lo ainda mais do que é usual ver-se nos políticos chamados a gerir um sector ultradespesista e tolhido por vários e poderosos lóbis. Saúde. Luís Filipe Pereira entra com a desconfiança de provir de um grupo económico com interesses na área que vai tutelar. É um «handicap» que pode inibi-lo ainda mais do que é usual ver-se nos políticos chamados a gerir um sector ultradespesista e tolhido por vários e poderosos lóbis. Emprego e Solidariedade. Bagão Félix vai tutelar uma das pastas politicamente mais sensíveis. Porque Ferro Rodrigues e o PS deixaram obra e reformas com um acentuado cunho político em benefício dos mais desfavorecidos. E porque a legislação de trabalho continua a ser um travão ao desenvolvimento económico. Não será fácil agradar a gregos e troianos. Emprego e Solidariedade. Bagão Félix vai tutelar uma das pastas politicamente mais sensíveis. Porque Ferro Rodrigues e o PS deixaram obra e reformas com um acentuado cunho político em benefício dos mais desfavorecidos. E porque a legislação de trabalho continua a ser um travão ao desenvolvimento económico. Não será fácil agradar a gregos e troianos. Obras Públicas e Turismo. Valente de Oliveira parece ter sido uma solução de recurso para várias pastas em aberto, acabando por cair numa que exigiria mais um executivo determinado do que um pensador ponderado, como é o seu caso. Promete ser uma espécie de João Cravinho na mesma pasta: muitos planos e poucas obras. Obras Públicas e Turismo. Valente de Oliveira parece ter sido uma solução de recurso para várias pastas em aberto, acabando por cair numa que exigiria mais um executivo determinado do que um pensador ponderado, como é o seu caso. Promete ser uma espécie de João Cravinho na mesma pasta: muitos planos e poucas obras. Ambiente, Cidades e Ordenamento do Território. Sendo mais um construtor do que um ordenador, teme-se que não dê sequência ao louvável e modernizador trabalho de José Sócrates na área do Ambiente. E, revelando o grau de confiança que tem no novo Executivo, decidiu apenas suspender e não abandonar o cargo de presidente da Câmara de Oeiras. É uma espécie de Narciso Miranda do Governo PSD-CDS/PP. Ambiente, Cidades e Ordenamento do Território. Sendo mais um construtor do que um ordenador, teme-se que não dê sequência ao louvável e modernizador trabalho de José Sócrates na área do Ambiente. E, revelando o grau de confiança que tem no novo Executivo, decidiu apenas suspender e não abandonar o cargo de presidente da Câmara de Oeiras. É uma espécie de Narciso Miranda do Governo PSD-CDS/PP. Como se depreende, as expectativas não são altas. Mas esse pode ser o maior trunfo do novo Executivo. Como se depreende, as expectativas não são altas. Mas esse pode ser o maior trunfo do novo Executivo. 4 Abril 2002

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Comentários

1 a 20 de 48 escort 18:03 9 Abril 2002 Buraco das contas públicas

Benefício será indispensável, mas os portugueses não dispensam saber o tamanho do buraco socialista, fruto da enorme irresponsabilidade e total ausência de sentido de Estado como estes senhores vinham governando este pobre país. Partiram impunes assobiando para disfarçar. É o costume. dvxpaz 23:23 5 Abril 2002 o despesismo da saúde

Não pode o novo ministro andar a pagar ao pessoal as listas de espera à peça, realizadas no horário normal de serviço. Nem pode o ministro pagar, nem o Tribunal de Contas autorizar. Para mais, nas barbas deles. Sebastião José 19:45 5 Abril 2002 caixote

Essa de quem paga é o Zé é comigo? O "analista da TV" é sublime! Lembrei-me da prima Emília, que tem um laboratório de análises clínicas. E ganha muito dinheiro. caixote 19:30 5 Abril 2002 Ainda não perceberam que a hora é de pragmatismo

que já se nota na contenção estudada de P.Portas e na figura de estado de D.Barroso .

Seria uma tonteria estragar com lapsos aquilo que custou tanto a ganhar ( e com os possíveis candidatos experientes a vêr ; até já o tom do analista da TV , M.Rebelo de Sousa ,já mudou de registo ).

Falta saber o que vale mais : se o ganho de uns ou se a perda dos outros ? Vamos entrar numa época de punhos de renda ? Talvez : quem paga é o Zé ! Mon Cherne Ami 18:38 5 Abril 2002 crackdown

Não me trate mal. Já não chega eu ser uma carrupa niveata? Um mal nunca vem só.

Mas, pronto se não navega (?) na minha onda, talvez surf na onda do Braço Direito. Ele parece ser uma pessoa muito susceptível. Acha que ele nos poderia informar se o Dr. Henrique Freitas foi antigo combatente para nos certificarmos de que a escolha foi acertada? É que foi com enorme surpresa que tomei conhecimento de que o Dr. Isaías Afonso foi preterido. Que choque, pior do que o choque fiscal! Braço Direito 14:28 5 Abril 2002 Sleepy

Já alguma vez alguém lhe disse que quando não sabemos do que estamos a falar mais vale estarmos calados?

Pois se nunca recebeu este conselho, recebe agora.

Fez mal em falar. Devia ter estado caladinho para não dizer asneiras.

O senhor não sabia que o Dr. Henrique Freitas será o próximo secretário de Estado da Defesa Nacional e dos Antigos Combatentes, pois não?

Quem sabe, sabe. E o sleepy não sabe! crackdown 12:57 5 Abril 2002 Mon cher(ne) ami

Decididamente, não navego na «sua» onda.

Acontece aos melhores. E há que convir que estou em desvantagem, perante tão magnífico exemplar de teleósteo, ilustre membro da não menos ilustre família dos Serranídeos. Mon Cherne Ami 12:30 5 Abril 2002 Não core, crackdown

"Vejo que andou tanto tempo por águas turvas, que se lhe toldou a visão!" Apesar de ter a visão toldada, eu não cometeria o erro de o associar à guarda pretoriana. Peço que me leiam os seus comentários, devido ao problema que me afecta, e deduzo que o crackdown não seria capaz de cometer alguns erros de palmatória. Só teria razão para corar, na minha modesta opinião, na situação inversa: a de eu o ter considerado como membro da guarda pretoriana. E se atribuísse algum crédito às opiniões de um pobre cherne ami. O que não creio.

Cumprimentos. crackdown 12:11 5 Abril 2002 Mon cherne ami

Até coro de vergonha, pela jactância!

Mon Cherne Ami 11:53 5 Abril 2002 crackdown e o pó

"Pelo seu comentário, percebo que me devo ter expressado muito mal! Acontece." Desta vez aconteceu consigo, mon cher ami crackdown. A referência à guarda pretoriana era dirigida a Sarmento e Asnô. Nunca a si. Nem pó!

Moisés 11:32 5 Abril 2002 Ignorância a quanto obrigas!

É natural que um novo executivo promova uma esperança nos portugueses, tipo:

Chegou a hora!

Agora é que isto vai para a frente!

Com estes Portugal vai apanhar o comboio europeu!

Esta esperança é legítima mas dura pouco tempo!

Hoje em dia os governos nacionais dentro da União Europeia servem apenas para controlar a envolvente às empresas e promover, como um bom relações públicas, as mesmas em mercados externos.

Não se iludam os portugueses que vamos regressar ao tempo das vacas gordas ( se é que alguma vez o vivemos ).

Só espero que o novo executivo tenha a coragem, determinação e competência para tratar dos negócios das nossas empresas (e das empresas espanholas) sem prejudicar a vida dos portugueses.

De certo não haverá coincidências na presença de Aznar na festa do PSD e a escolha de o embaixador em Madrid para Ministro dos Negócios Estrangeiros e administrador do Santander para Ministro da Economia.

É verdade, a mim também me custa a acreditar. Mas como dizia o Tonceas " É a vida!" crackdown 09:48 5 Abril 2002 Mon cherne ami (18.39)

Vejo que andou tanto tempo por águas turvas, que se lhe toldou a visão!

Guarda pretoriana? Nem pó! caixote 09:33 5 Abril 2002 Para "alarme" e todos os demais que prenunciam um mau futuro para este Governo!

Lamento desiludi-los . Este governo tem muitas e variadas razões e condições para fazer figura . Para começar tem o "capital" de críticas ao cessante para corrigir , depois é no interesse do "dueto" dirigente fazer qualquer coisa que se veja com vista ao futuro ( que suponho já combinado , mesmo que haja que engolir alguns sapos vivos ) .

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Aceitam-se apostas ! alarme 02:01 5 Abril 2002 "(...) Paulo Portas consegue um estatuto invejável neste Executivo e, além da respeitabilidade que a Defesa lhe confere".... ahahahaha.... ehehehehehe.... ihihihihihihi.... ohohohohohoh.... uhuhuhuhuhuuhuhuhhuhuhuhh....

Conhecem a anedota da ambulância?, um homem todo metido atrás, e ela por ali fora, como uma sirene... uhuuhuhuhuhuhuhuuhuhuhuhuhuhu Nepervil 23:39 4 Abril 2002 Se Carlos Tavares, o ministro da Economia, não terá o protagonismo que muitos esperariam, quer isso dizer que será Manuela Ferreira Leite a ficar com as empresas do sector energético, como a EDP, a REN, a Galp?

É curioso que ninguém fale neste sector. Tanto barulho fizeram com o programa das energias renováveis, com o protocolo do mercado ibérico da electricidade, com a influência do sector energético no ambiente (protocolo de Kyoto) e tantas outras questões relacionadas com o sector, como esta última da alegada fraude da EDP na venda da comparticipação na Optimus, etc, etc, e agora ninguém quer saber o que vai acontecer ao sector da energia, quem fica com tudo isto no próximo governo?

Carlos Tavares ou Manuela Ferreira Leite? E o secretário de Estado? Será como um que passou por lá e nunca ninguém o viu? E o Director Geral da Energia? Será um amigo do António Mexia? Será um que faz favores à EDP?

Pelos vistos os senhores jornalistas andam alheados dum tema que promete. zippiz 23:28 4 Abril 2002 a PJ que temos...

muito interessante a PJ ...mas não há coincidências !

...mas a corrupção só agora começou ?

ou a PJ está a apresentar antecipadamente a factura a Durão ?

Sim , porque ninguem é tão ingénuo que pense que ao fim de 6 anos de governo social-cristão de Guterres só agora ,uma semana antes da entrada do governo social-"popular" de Durão , se está em condições de acusar os sujeitos... sleepy 22:42 4 Abril 2002 O Paulete começa mal!

E não é que o rapazote prometia (no nº19 dos compromissos em matéria de defesa nacional do capítulo III do seu programa de governo) a "criação da Secretaria de Estado dos ex-combatentes no âmbito do Ministério da Defesa"?

Cadê ela?

Vai na volta, foi com o Ministério da Comunidades ao circo!

A quem estarão a arranjar um lugarzinho no futuro Alto Comissariado das Comunidades Combatentes? Ao "nosso" inestimável Dr. Isaías, pois claro! Ai... Diogo Sotto Mai 20:58 4 Abril 2002 Competência Técnica

Manuela F. Leite vai ter de gerir as contradições propostas na Campanha Eleitoral. Gastar menos e fazer mais.

Para ajudar M. F. Leite o governo do PS fez uma interessante experiência que ninguém quis referir e, menos ainda, tirar alguma ilação.

No mês de Janeiro, o Governo cortou todas as despesas possíveis do chamado Subsector Estado que é aquilo que controla directamente, no seguimento do que vinha fazendo com o plano Pina Moura.

Assim, a depesa corrente foi inferior em 13,2% à despesa do mês homólogo do ano anterior e a depesa total desceu 12%, enquanto que a receita total subiu 2,6%. E no final de Janeiro a dívida total do Estado atingiu 72,3 mil milhões de euros.

Mas, em Fevereiro deste ano, a situação alterou-se, as remunerações certas e permanentes do pessoal aumentaram 4,3% e a despesa corrente acabou por aumentar 6,1% relativamente ao mesmo mês do ano passado. Daí que o Saldo Primário acabasse por ser menor que o de há um ano, apenas +106,9 mil milhões de euros.

Como é sabido pelos noticiários, os cortes de despesas foram quase brutais, até o combustível para os navios de guerra e para os Caças F-16 foi racionado. Não foram adquiridas as viaturas habituais para as forças policiais e GNR, reduziram-se os subsídios a tudo e mais alguma coisa. Mesmo assim, a despesa total aumentou 8,2% no mês de Fevereiro relativamente ao mesmo mês do ano anterior e a receita só aumentou 2,3%.

E os tais institutos caríssimos que podem desaparecer são muito poucos. Ninguém vê como fazer desaparecer o mais caro de todos, o Instituto Nacional de Estatística, apesar de estar agora a gastar muito menos, acabado que foi o Censo.

Não se vislumbra pois quais as medidas a tomar para cortar as despesas do Estado, até porque agora o PSD/PP estão no reino da realidade, não podem falar em boys que não existem, nem em instituos fantasmas que levam milhares de milhões de euros, nem em gigantescos investimentos, já que Alqueva, auto-estradas, etc., excepto os Estádios, estão acabados ou quase.

Não, se Manuela quiser cortar mesmo despesas tem de fechar escolas, hospitais, cortar em pensões, reduzir salários ou não os aumentar, enfim, terá de enfrentar a fúria de todos e, mesmo assim, não irá muito longe. Qualquer economista sabe como é difícil cortar despesas de uma média empresa, quanto mais do gigantesco aparelho de Estado.

Se Manuela quiser equilibrar as finanças não terá alternativa senão aumentar o IVA, o único imposto de efeitos imediatos e, mesmo assim, não vai sobrar nada.

Durão e Portas fizeram uma campanha na base de uma ideia errada, a de que podem cortar com grande rapidez as despesas do Estado e assim reduzir os impostos e equilibrar as contas públicas.

Se o quiserem fazer vão perturbar todo o funcionamento do País; não haverá mais segurança nas ruas, melhores estradas, ou simples reparação das existentes, e tudo o mais vai sofrer.

A única notícia financeira positiva é o Saldo positivo da Segurança Social em 2001 que foi de 23.938 milhões de euros. A receita global do Sistema aumentou 9,6% relativamente a 2000. A despesa total foi inferior em 5% relativamente ao orçamento de 2001. Mas, a elasticidade do Sistema não é grande. Se o Governo Durão/Portas resolver subtrair parte das contribuições para Fundos Privados destinados a enriquecer ainda mais homens como Ricardo Salgado e Jardim Gonçalves, além dos bancos espanhóis, então assistiremos ao ruir imediato da Segurança Social. Há quem se alarme que a SS não terá as contas equilibradas a parte de 2032 em vez de 2040 com a actual fórmula de cálculo das pensões. Mas, se Bagão Félix resolver cumprir o que prometeu aos seus patrões das seguradoras privadas, a catástrofe financeira da SS será imediata e a derrota eleitoral do PSD e do CDS nas próximas eleições uma certeza.

Os actuais detentores do Poder, apesar de serem de direita, têm de escolher entre os grandes interesses privados ou a vitória nas próximas eleições. Ninguém vai dar um voto aos partidos da coligação só porque os bilionários enriqueceram um pouco mais com os dinheiros da Segurança Social.

A única privatização possível da Segurança Social é a sua entrega aos LEGÍTIMOS PROPRIETÁRIOS, os TRABALHADORES QUE DESCONTAM, os quais poderão eleger uma administração para gerir o sistema independemente do poder político e sem quaisquer favores políticos, cabendo então ao Estado custear favores, como pensões a quem não contribuiu ou adicionais para quem contribuiu sobre salários muito baixos durante a vida. bigorna 19:27 4 Abril 2002 Pastas e lobys

A Saúde está bem entregue :um homem do Grupo Mello.

O Emprego tem também alguém que vai fomentar o negócio das Companhias de Seguros.

A Economia tem um homem do Banco Santander :vai promover a Espanização da economia portuguesa.

O BES E O BCP estão por certo representados aos mais diversos níveis ...estão sempre presentes...com PS ou PSD ! psergio 19:08 4 Abril 2002 Novos, mas já muito velhos...

Começa mal.

Oeiras não perde o seu presidente: o fenómeno futebol que criou os monstros da ubiquidade, extende-se (mais uma vez) ao poder executivo da Nação.

Mas há mais, com a bela desculpa de garantir executores de experiência, saíram da toca escura em que se encontravam e voltaram à ribalta, uma série de seres que julgava perdidos para sempre...

Isto não é mais que o retorno dos boys, sustituindo outros boys para entrarem mais boys.

Mas, engraçado, mais uma vez a "inteligentsia" dos média deitou o seu lânguido olhar pela corte e dá o "benefíco da dúvida".

Que brilhante forma de agir, ataca-se o guterrismo porque não fez nada... (as auto-estradas duplicaram..., mas não é por aí que os desejo ...) canta-se e louva-se a alternância, como se ela, em si mesma, tivesse o dom, a virtude, a castidade de nos resolver os problemas.

Aos comentadores, aos jornalistas atentos, mas cuja atenção se perde nos cândidos modos da "mudança", que aponta para uma mudança de tom, do rosa para o laranja, numa composição pobre de sentido e de espírito...

Estes nobres guerreiros apenas têm como arma a pena e faz pena a forma como armam os seus fracos conceitos, no bem adorado "beneficio da dúvida".

É pena...

Na América um presidente é bajulado, desculpado, suavemente aconselhado... e porque é o "herói" que sofreu a maior perda na história da sua nação... E em Portugal, porque só agora vão formar o poder...

Num dia destes, um jornalista, perguntava a um incauto entrevistado: "mas não acha que é preciso resolver a crise económica em que estamos..."

"Crise" económica...

O problema está em duas causas: a estratégia definida para o país à 15 anos atrás (e perseguida pelo guterrismo) e os lugares de topo dos boys...

E tudo aponta para que se mantenha o "status quo": a estratégia de desenvolvimento assente na construção e no voraz apetite dos boys, sempre atentos às vagas, aos lugares e aos privilégios (monetários, claro!)...

Um governo que se preze faz como a D. Alice: Tirou um curso de formação na área das novas tecnologias e mudou de emprego, de costureira passou a operadora de informática; retirou o telemóvel à filha que lhe consumia cerca de 100 euros por mês; retirou a semanada ao filho, que com 27 anos ainda estudava... seguintes >

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6 a 8 meses de benefício... Como já foi dito, a composição do novo Governo não entusiasma nem desilude. Até porque as expectativas já estavam tão baixas que dificilmente poderão cair mais. E o próprio primeiro-ministro se apressou a explicar aos portugueses, em tom defensivo, que era o Governo possível, que preferiu jogar pelo seguro, que escolheu combatentes e não personalidades. A ver vamos. O novo Executivo do PSD-CDS/PP dificilmente gozará do tradicional «estado de graça», dado o cepticismo que rodeou a sua constituição e as dificuldades que o país atravessa no plano da despesa pública e do crescimento da economia. Mas terá o benefício da dúvida, pelo menos, nos próximos 6 a 8 meses. O novo Executivo do PSD-CDS/PP dificilmente gozará do tradicional «estado de graça», dado o cepticismo que rodeou a sua constituição e as dificuldades que o país atravessa no plano da despesa pública e do crescimento da economia. Mas terá o benefício da dúvida, pelo menos, nos próximos 6 a 8 meses. Até ao fim do ano ver-se-á até que ponto vai a sua determinação e capacidade para levar a cabo a inadiável contenção da despesa do Estado. Que passará por pontos tão reveladores e politicamente sensíveis como a limitação nas transferências de verbas para as autarquias e as ilhas, a resolução do sorvedouro de milhões em que se transformou a RTP-1, o número de nomeações de «boys» laranjas e do PP, o congelamento dos salários da administração pública ou o grau de despesismo público no megalómano projecto de dez estádios para o Euro-2004. Em Dezembro, passados um ou dois Orçamentos, far-se-á o balanço. Até ao fim do ano ver-se-á até que ponto vai a sua determinação e capacidade para levar a cabo a inadiável contenção da despesa do Estado. Que passará por pontos tão reveladores e politicamente sensíveis como a limitação nas transferências de verbas para as autarquias e as ilhas, a resolução do sorvedouro de milhões em que se transformou a RTP-1, o número de nomeações de «boys» laranjas e do PP, o congelamento dos salários da administração pública ou o grau de despesismo público no megalómano projecto de dez estádios para o Euro-2004. Em Dezembro, passados um ou dois Orçamentos, far-se-á o balanço. Ao mesmo tempo, avaliar-se-á até onde está disposto a ir Durão Barroso em questões tão emblemáticas como a reforma do sistema eleitoral e a redução do número de deputados, a generalização dos medicamentos genéricos (por vontade política, contra os lóbis da indústria farmacêutica e dos proprietários de farmácias), a flexibilização da ultra-securitária e paralisante legislação de trabalho, a revisão curricular do ensino secundário ou a alternativa à co-incineração para o tratamento dos resíduos perigosos. Espere-se pelo final do ano. Ao mesmo tempo, avaliar-se-á até onde está disposto a ir Durão Barroso em questões tão emblemáticas como a reforma do sistema eleitoral e a redução do número de deputados, a generalização dos medicamentos genéricos (por vontade política, contra os lóbis da indústria farmacêutica e dos proprietários de farmácias), a flexibilização da ultra-securitária e paralisante legislação de trabalho, a revisão curricular do ensino secundário ou a alternativa à co-incineração para o tratamento dos resíduos perigosos. Espere-se pelo final do ano. Entretanto, percorram-se os nomes escolhidos para as várias pastas. Entretanto, percorram-se os nomes escolhidos para as várias pastas. Estado e Finanças. Manuela Ferreira Leite tem a firmeza, o rigor e a competência técnica para impor o urgente saneamento e a indispensável austeridade nas finanças públicas. Mas o seu sucesso depende da cobertura e da estratégia política do primeiro-ministro em matérias tão decisivas como as admissões e salários na função pública, os gastos na Saúde, na Educação ou na Defesa, as transferências para o poder local e regional. E o futuro do seu entendimento com Durão Barroso é, por enquanto, uma incógnita. Manuela Ferreira Leite não tem o perfil (nem o tempo, dado o número de pastas que acumula...) para ser o «número dois» político de Durão, fazendo o contraponto com o líder do PP. Tal função caberá ao núcleo político de S. Bento formado por Morais Sarmento, Marques Mendes e José Luís Arnaut. Estado e Finanças. Manuela Ferreira Leite tem a firmeza, o rigor e a competência técnica para impor o urgente saneamento e a indispensável austeridade nas finanças públicas. Mas o seu sucesso depende da cobertura e da estratégia política do primeiro-ministro em matérias tão decisivas como as admissões e salários na função pública, os gastos na Saúde, na Educação ou na Defesa, as transferências para o poder local e regional. E o futuro do seu entendimento com Durão Barroso é, por enquanto, uma incógnita. Manuela Ferreira Leite não tem o perfil (nem o tempo, dado o número de pastas que acumula...) para ser o «número dois» político de Durão, fazendo o contraponto com o líder do PP. Tal função caberá ao núcleo político de S. Bento formado por Morais Sarmento, Marques Mendes e José Luís Arnaut. Estado e Defesa Nacional. Paulo Portas consegue um estatuto invejável neste Executivo e, além da respeitabilidade que a Defesa lhe confere, poderá construir uma boa imagem num sector tão maltratado nos últimos anos pelo poder socialista. Apesar das limitações orçamentais e das reticências do PSD à Lei de Programação Militar, tem capacidade para avançar com o rearmamento e a profissionalização das Forças Armadas. O que ficará como uma proeza. Será, com Marques Mendes e Morais Sarmento, um dos «pivots» políticos nucleares do Governo. Estado e Defesa Nacional. Paulo Portas consegue um estatuto invejável neste Executivo e, além da respeitabilidade que a Defesa lhe confere, poderá construir uma boa imagem num sector tão maltratado nos últimos anos pelo poder socialista. Apesar das limitações orçamentais e das reticências do PSD à Lei de Programação Militar, tem capacidade para avançar com o rearmamento e a profissionalização das Forças Armadas. O que ficará como uma proeza. Será, com Marques Mendes e Morais Sarmento, um dos «pivots» políticos nucleares do Governo. Negócios Estrangeiros e Comunidades Portuguesas. O diplomata Martins da Cruz, não obstante o relacionamento pessoal que há muito mantém com Durão Barroso, poderá ter nos Assuntos Europeus, «dossier» que o primeiro-ministro quer chamar a si, uma fonte de desentendimentos e conflitos. Que já terá estado, aliás, na origem das reticências que colocou a aceitar o cargo. Parece fazer tantas amizades como inimizades, o que não é cartão de visita muito recomendável numa área como a diplomacia. Negócios Estrangeiros e Comunidades Portuguesas. O diplomata Martins da Cruz, não obstante o relacionamento pessoal que há muito mantém com Durão Barroso, poderá ter nos Assuntos Europeus, «dossier» que o primeiro-ministro quer chamar a si, uma fonte de desentendimentos e conflitos. Que já terá estado, aliás, na origem das reticências que colocou a aceitar o cargo. Parece fazer tantas amizades como inimizades, o que não é cartão de visita muito recomendável numa área como a diplomacia. Administração Interna. Há muitos anos fora do país, Figueiredo Lopes tem longa experiência governativa, mas não deixou marcas enquanto ministro ou secretário de Estado. Será uma surpresa se se revelar mais do que um hábil gestor corrente dos problemas tradicionais desta pasta complicada. Administração Interna. Há muitos anos fora do país, Figueiredo Lopes tem longa experiência governativa, mas não deixou marcas enquanto ministro ou secretário de Estado. Será uma surpresa se se revelar mais do que um hábil gestor corrente dos problemas tradicionais desta pasta complicada. Justiça. Celeste Cardona é uma política combativa e voluntariosa, mas parece um erro de «casting» nesta pasta, dada a sua vocação para as questões da fiscalidade e as exigências de conhecimentos de um sector com equilíbrios tão instáveis e insatisfações tão generalizadas. É difícil perceber a lógica e a intenção de tal escolha. Justiça. Celeste Cardona é uma política combativa e voluntariosa, mas parece um erro de «casting» nesta pasta, dada a sua vocação para as questões da fiscalidade e as exigências de conhecimentos de um sector com equilíbrios tão instáveis e insatisfações tão generalizadas. É difícil perceber a lógica e a intenção de tal escolha. Presidência. Morais Sarmento sempre deu a ideia de ser a melhor cabeça do sofrível núcleo político que o líder do PSD constituiu há três anos. Tornou-se a estrela governamental dos últimos dias com a sua corajosa e inteligente confissão de um passado de toxicodependência. Será, certamente, um dos esteios de Barroso na condução política do Governo. Mas terá, na Comunicação Social, que resolver a «batata quente» do futuro da RTP. Presidência. Morais Sarmento sempre deu a ideia de ser a melhor cabeça do sofrível núcleo político que o líder do PSD constituiu há três anos. Tornou-se a estrela governamental dos últimos dias com a sua corajosa e inteligente confissão de um passado de toxicodependência. Será, certamente, um dos esteios de Barroso na condução política do Governo. Mas terá, na Comunicação Social, que resolver a «batata quente» do futuro da RTP. Assuntos Parlamentares. Marques Mendes surge para ocupar o vazio deixado pela indisponibilidade de Dias Loureiro. É quem pensa melhor politicamente e com mais visão táctica e estratégica no PSD. E, se já se revelara precioso para a liderança de Marcelo, pode tornar-se indispensável para a chefia governativa de Durão Barroso... se as incompatibilidades entre ambos não superarem a coesão entre membros do mesmo Governo. Ganha uma tribuna política de destaque para os tempos mais próximos. Assuntos Parlamentares. Marques Mendes surge para ocupar o vazio deixado pela indisponibilidade de Dias Loureiro. É quem pensa melhor politicamente e com mais visão táctica e estratégica no PSD. E, se já se revelara precioso para a liderança de Marcelo, pode tornar-se indispensável para a chefia governativa de Durão Barroso... se as incompatibilidades entre ambos não superarem a coesão entre membros do mesmo Governo. Ganha uma tribuna política de destaque para os tempos mais próximos. Adjunto do primeiro-ministro. José Luís Arnaut já deu provas de ser um excelente organizador nas campanhas eleitorais e no aparelho do PSD. A sua entrada directa para ministro é uma recompensa da fidelidade ao líder, mas não deixa de surpreender. Já lá vai o tempo do cavaquismo original, em que os jovens quadros e promessas do aparelho tinham que se iniciar e dar provas numa Secretaria ou Subsecretaria de Estado. É uma espécie de António José Seguro do PSD. Adjunto do primeiro-ministro. José Luís Arnaut já deu provas de ser um excelente organizador nas campanhas eleitorais e no aparelho do PSD. A sua entrada directa para ministro é uma recompensa da fidelidade ao líder, mas não deixa de surpreender. Já lá vai o tempo do cavaquismo original, em que os jovens quadros e promessas do aparelho tinham que se iniciar e dar provas numa Secretaria ou Subsecretaria de Estado. É uma espécie de António José Seguro do PSD. Economia. A pasta surge como um «prémio de consolação» para quem foi aventado para as Finanças e é considerado o autor da polémica proposta do «choque fiscal» (que Durão Barroso parece ter colocado já na gaveta dos projectos a esquecer). Carlos Tavares fica com as telecomunicações e o fim do pacote de privatizações, mas não terá o protagonismo que muitos esperariam. Economia. A pasta surge como um «prémio de consolação» para quem foi aventado para as Finanças e é considerado o autor da polémica proposta do «choque fiscal» (que Durão Barroso parece ter colocado já na gaveta dos projectos a esquecer). Carlos Tavares fica com as telecomunicações e o fim do pacote de privatizações, mas não terá o protagonismo que muitos esperariam. Agricultura e Pescas. Sevinate Pinto é um técnico reconhecido por todos os quadrantes. O problema é que já quase não há agricultura... nem pescas Agricultura e Pescas. Sevinate Pinto é um técnico reconhecido por todos os quadrantes. O problema é que já quase não há agricultura... nem pescas Educação. David Justino ganhou visibilidade como ministro-sombra do PSD e é um dos poucos a passar do Gabinete-sombra para a respectiva pasta. A suspensão ou não da revisão curricular deixada pelo Governo cessante será o primeiro teste à sua gestão dos ensinos básico e secundário. Educação. David Justino ganhou visibilidade como ministro-sombra do PSD e é um dos poucos a passar do Gabinete-sombra para a respectiva pasta. A suspensão ou não da revisão curricular deixada pelo Governo cessante será o primeiro teste à sua gestão dos ensinos básico e secundário. Ciência, Tecnologia e Ensino Superior. Pedro Lynce tem os desafios de organizar (e justificar a criação) de um novo Ministério e de dar sequência ao trabalho deixado por Mariano Gago na área da Ciência e Tecnologia. Sem esquecer o eterno problema do financiamento do Ensino Superior e da falta de qualidade académica de algumas universidades privadas. Ciência, Tecnologia e Ensino Superior. Pedro Lynce tem os desafios de organizar (e justificar a criação) de um novo Ministério e de dar sequência ao trabalho deixado por Mariano Gago na área da Ciência e Tecnologia. Sem esquecer o eterno problema do financiamento do Ensino Superior e da falta de qualidade académica de algumas universidades privadas. Cultura. Pedro Roseta promete ser outro erro de «casting». Não por falta de currículo político ou intelectual, mas por não se lhe conhecerem ideias ou propostas para o sector. E por ser mais um pensador do que um organizador ou um decisor. Cultura. Pedro Roseta promete ser outro erro de «casting». Não por falta de currículo político ou intelectual, mas por não se lhe conhecerem ideias ou propostas para o sector. E por ser mais um pensador do que um organizador ou um decisor. Saúde. Luís Filipe Pereira entra com a desconfiança de provir de um grupo económico com interesses na área que vai tutelar. É um «handicap» que pode inibi-lo ainda mais do que é usual ver-se nos políticos chamados a gerir um sector ultradespesista e tolhido por vários e poderosos lóbis. Saúde. Luís Filipe Pereira entra com a desconfiança de provir de um grupo económico com interesses na área que vai tutelar. É um «handicap» que pode inibi-lo ainda mais do que é usual ver-se nos políticos chamados a gerir um sector ultradespesista e tolhido por vários e poderosos lóbis. Emprego e Solidariedade. Bagão Félix vai tutelar uma das pastas politicamente mais sensíveis. Porque Ferro Rodrigues e o PS deixaram obra e reformas com um acentuado cunho político em benefício dos mais desfavorecidos. E porque a legislação de trabalho continua a ser um travão ao desenvolvimento económico. Não será fácil agradar a gregos e troianos. Emprego e Solidariedade. Bagão Félix vai tutelar uma das pastas politicamente mais sensíveis. Porque Ferro Rodrigues e o PS deixaram obra e reformas com um acentuado cunho político em benefício dos mais desfavorecidos. E porque a legislação de trabalho continua a ser um travão ao desenvolvimento económico. Não será fácil agradar a gregos e troianos. Obras Públicas e Turismo. Valente de Oliveira parece ter sido uma solução de recurso para várias pastas em aberto, acabando por cair numa que exigiria mais um executivo determinado do que um pensador ponderado, como é o seu caso. Promete ser uma espécie de João Cravinho na mesma pasta: muitos planos e poucas obras. Obras Públicas e Turismo. Valente de Oliveira parece ter sido uma solução de recurso para várias pastas em aberto, acabando por cair numa que exigiria mais um executivo determinado do que um pensador ponderado, como é o seu caso. Promete ser uma espécie de João Cravinho na mesma pasta: muitos planos e poucas obras. Ambiente, Cidades e Ordenamento do Território. Sendo mais um construtor do que um ordenador, teme-se que não dê sequência ao louvável e modernizador trabalho de José Sócrates na área do Ambiente. E, revelando o grau de confiança que tem no novo Executivo, decidiu apenas suspender e não abandonar o cargo de presidente da Câmara de Oeiras. É uma espécie de Narciso Miranda do Governo PSD-CDS/PP. Ambiente, Cidades e Ordenamento do Território. Sendo mais um construtor do que um ordenador, teme-se que não dê sequência ao louvável e modernizador trabalho de José Sócrates na área do Ambiente. E, revelando o grau de confiança que tem no novo Executivo, decidiu apenas suspender e não abandonar o cargo de presidente da Câmara de Oeiras. É uma espécie de Narciso Miranda do Governo PSD-CDS/PP. Como se depreende, as expectativas não são altas. Mas esse pode ser o maior trunfo do novo Executivo. Como se depreende, as expectativas não são altas. Mas esse pode ser o maior trunfo do novo Executivo. 4 Abril 2002

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Comentários

1 a 20 de 48 escort 18:03 9 Abril 2002 Buraco das contas públicas

Benefício será indispensável, mas os portugueses não dispensam saber o tamanho do buraco socialista, fruto da enorme irresponsabilidade e total ausência de sentido de Estado como estes senhores vinham governando este pobre país. Partiram impunes assobiando para disfarçar. É o costume. dvxpaz 23:23 5 Abril 2002 o despesismo da saúde

Não pode o novo ministro andar a pagar ao pessoal as listas de espera à peça, realizadas no horário normal de serviço. Nem pode o ministro pagar, nem o Tribunal de Contas autorizar. Para mais, nas barbas deles. Sebastião José 19:45 5 Abril 2002 caixote

Essa de quem paga é o Zé é comigo? O "analista da TV" é sublime! Lembrei-me da prima Emília, que tem um laboratório de análises clínicas. E ganha muito dinheiro. caixote 19:30 5 Abril 2002 Ainda não perceberam que a hora é de pragmatismo

que já se nota na contenção estudada de P.Portas e na figura de estado de D.Barroso .

Seria uma tonteria estragar com lapsos aquilo que custou tanto a ganhar ( e com os possíveis candidatos experientes a vêr ; até já o tom do analista da TV , M.Rebelo de Sousa ,já mudou de registo ).

Falta saber o que vale mais : se o ganho de uns ou se a perda dos outros ? Vamos entrar numa época de punhos de renda ? Talvez : quem paga é o Zé ! Mon Cherne Ami 18:38 5 Abril 2002 crackdown

Não me trate mal. Já não chega eu ser uma carrupa niveata? Um mal nunca vem só.

Mas, pronto se não navega (?) na minha onda, talvez surf na onda do Braço Direito. Ele parece ser uma pessoa muito susceptível. Acha que ele nos poderia informar se o Dr. Henrique Freitas foi antigo combatente para nos certificarmos de que a escolha foi acertada? É que foi com enorme surpresa que tomei conhecimento de que o Dr. Isaías Afonso foi preterido. Que choque, pior do que o choque fiscal! Braço Direito 14:28 5 Abril 2002 Sleepy

Já alguma vez alguém lhe disse que quando não sabemos do que estamos a falar mais vale estarmos calados?

Pois se nunca recebeu este conselho, recebe agora.

Fez mal em falar. Devia ter estado caladinho para não dizer asneiras.

O senhor não sabia que o Dr. Henrique Freitas será o próximo secretário de Estado da Defesa Nacional e dos Antigos Combatentes, pois não?

Quem sabe, sabe. E o sleepy não sabe! crackdown 12:57 5 Abril 2002 Mon cher(ne) ami

Decididamente, não navego na «sua» onda.

Acontece aos melhores. E há que convir que estou em desvantagem, perante tão magnífico exemplar de teleósteo, ilustre membro da não menos ilustre família dos Serranídeos. Mon Cherne Ami 12:30 5 Abril 2002 Não core, crackdown

"Vejo que andou tanto tempo por águas turvas, que se lhe toldou a visão!" Apesar de ter a visão toldada, eu não cometeria o erro de o associar à guarda pretoriana. Peço que me leiam os seus comentários, devido ao problema que me afecta, e deduzo que o crackdown não seria capaz de cometer alguns erros de palmatória. Só teria razão para corar, na minha modesta opinião, na situação inversa: a de eu o ter considerado como membro da guarda pretoriana. E se atribuísse algum crédito às opiniões de um pobre cherne ami. O que não creio.

Cumprimentos. crackdown 12:11 5 Abril 2002 Mon cherne ami

Até coro de vergonha, pela jactância!

Mon Cherne Ami 11:53 5 Abril 2002 crackdown e o pó

"Pelo seu comentário, percebo que me devo ter expressado muito mal! Acontece." Desta vez aconteceu consigo, mon cher ami crackdown. A referência à guarda pretoriana era dirigida a Sarmento e Asnô. Nunca a si. Nem pó!

Moisés 11:32 5 Abril 2002 Ignorância a quanto obrigas!

É natural que um novo executivo promova uma esperança nos portugueses, tipo:

Chegou a hora!

Agora é que isto vai para a frente!

Com estes Portugal vai apanhar o comboio europeu!

Esta esperança é legítima mas dura pouco tempo!

Hoje em dia os governos nacionais dentro da União Europeia servem apenas para controlar a envolvente às empresas e promover, como um bom relações públicas, as mesmas em mercados externos.

Não se iludam os portugueses que vamos regressar ao tempo das vacas gordas ( se é que alguma vez o vivemos ).

Só espero que o novo executivo tenha a coragem, determinação e competência para tratar dos negócios das nossas empresas (e das empresas espanholas) sem prejudicar a vida dos portugueses.

De certo não haverá coincidências na presença de Aznar na festa do PSD e a escolha de o embaixador em Madrid para Ministro dos Negócios Estrangeiros e administrador do Santander para Ministro da Economia.

É verdade, a mim também me custa a acreditar. Mas como dizia o Tonceas " É a vida!" crackdown 09:48 5 Abril 2002 Mon cherne ami (18.39)

Vejo que andou tanto tempo por águas turvas, que se lhe toldou a visão!

Guarda pretoriana? Nem pó! caixote 09:33 5 Abril 2002 Para "alarme" e todos os demais que prenunciam um mau futuro para este Governo!

Lamento desiludi-los . Este governo tem muitas e variadas razões e condições para fazer figura . Para começar tem o "capital" de críticas ao cessante para corrigir , depois é no interesse do "dueto" dirigente fazer qualquer coisa que se veja com vista ao futuro ( que suponho já combinado , mesmo que haja que engolir alguns sapos vivos ) .

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Aceitam-se apostas ! alarme 02:01 5 Abril 2002 "(...) Paulo Portas consegue um estatuto invejável neste Executivo e, além da respeitabilidade que a Defesa lhe confere".... ahahahaha.... ehehehehehe.... ihihihihihihi.... ohohohohohoh.... uhuhuhuhuhuuhuhuhhuhuhuhh....

Conhecem a anedota da ambulância?, um homem todo metido atrás, e ela por ali fora, como uma sirene... uhuuhuhuhuhuhuhuuhuhuhuhuhuhu Nepervil 23:39 4 Abril 2002 Se Carlos Tavares, o ministro da Economia, não terá o protagonismo que muitos esperariam, quer isso dizer que será Manuela Ferreira Leite a ficar com as empresas do sector energético, como a EDP, a REN, a Galp?

É curioso que ninguém fale neste sector. Tanto barulho fizeram com o programa das energias renováveis, com o protocolo do mercado ibérico da electricidade, com a influência do sector energético no ambiente (protocolo de Kyoto) e tantas outras questões relacionadas com o sector, como esta última da alegada fraude da EDP na venda da comparticipação na Optimus, etc, etc, e agora ninguém quer saber o que vai acontecer ao sector da energia, quem fica com tudo isto no próximo governo?

Carlos Tavares ou Manuela Ferreira Leite? E o secretário de Estado? Será como um que passou por lá e nunca ninguém o viu? E o Director Geral da Energia? Será um amigo do António Mexia? Será um que faz favores à EDP?

Pelos vistos os senhores jornalistas andam alheados dum tema que promete. zippiz 23:28 4 Abril 2002 a PJ que temos...

muito interessante a PJ ...mas não há coincidências !

...mas a corrupção só agora começou ?

ou a PJ está a apresentar antecipadamente a factura a Durão ?

Sim , porque ninguem é tão ingénuo que pense que ao fim de 6 anos de governo social-cristão de Guterres só agora ,uma semana antes da entrada do governo social-"popular" de Durão , se está em condições de acusar os sujeitos... sleepy 22:42 4 Abril 2002 O Paulete começa mal!

E não é que o rapazote prometia (no nº19 dos compromissos em matéria de defesa nacional do capítulo III do seu programa de governo) a "criação da Secretaria de Estado dos ex-combatentes no âmbito do Ministério da Defesa"?

Cadê ela?

Vai na volta, foi com o Ministério da Comunidades ao circo!

A quem estarão a arranjar um lugarzinho no futuro Alto Comissariado das Comunidades Combatentes? Ao "nosso" inestimável Dr. Isaías, pois claro! Ai... Diogo Sotto Mai 20:58 4 Abril 2002 Competência Técnica

Manuela F. Leite vai ter de gerir as contradições propostas na Campanha Eleitoral. Gastar menos e fazer mais.

Para ajudar M. F. Leite o governo do PS fez uma interessante experiência que ninguém quis referir e, menos ainda, tirar alguma ilação.

No mês de Janeiro, o Governo cortou todas as despesas possíveis do chamado Subsector Estado que é aquilo que controla directamente, no seguimento do que vinha fazendo com o plano Pina Moura.

Assim, a depesa corrente foi inferior em 13,2% à despesa do mês homólogo do ano anterior e a depesa total desceu 12%, enquanto que a receita total subiu 2,6%. E no final de Janeiro a dívida total do Estado atingiu 72,3 mil milhões de euros.

Mas, em Fevereiro deste ano, a situação alterou-se, as remunerações certas e permanentes do pessoal aumentaram 4,3% e a despesa corrente acabou por aumentar 6,1% relativamente ao mesmo mês do ano passado. Daí que o Saldo Primário acabasse por ser menor que o de há um ano, apenas +106,9 mil milhões de euros.

Como é sabido pelos noticiários, os cortes de despesas foram quase brutais, até o combustível para os navios de guerra e para os Caças F-16 foi racionado. Não foram adquiridas as viaturas habituais para as forças policiais e GNR, reduziram-se os subsídios a tudo e mais alguma coisa. Mesmo assim, a despesa total aumentou 8,2% no mês de Fevereiro relativamente ao mesmo mês do ano anterior e a receita só aumentou 2,3%.

E os tais institutos caríssimos que podem desaparecer são muito poucos. Ninguém vê como fazer desaparecer o mais caro de todos, o Instituto Nacional de Estatística, apesar de estar agora a gastar muito menos, acabado que foi o Censo.

Não se vislumbra pois quais as medidas a tomar para cortar as despesas do Estado, até porque agora o PSD/PP estão no reino da realidade, não podem falar em boys que não existem, nem em instituos fantasmas que levam milhares de milhões de euros, nem em gigantescos investimentos, já que Alqueva, auto-estradas, etc., excepto os Estádios, estão acabados ou quase.

Não, se Manuela quiser cortar mesmo despesas tem de fechar escolas, hospitais, cortar em pensões, reduzir salários ou não os aumentar, enfim, terá de enfrentar a fúria de todos e, mesmo assim, não irá muito longe. Qualquer economista sabe como é difícil cortar despesas de uma média empresa, quanto mais do gigantesco aparelho de Estado.

Se Manuela quiser equilibrar as finanças não terá alternativa senão aumentar o IVA, o único imposto de efeitos imediatos e, mesmo assim, não vai sobrar nada.

Durão e Portas fizeram uma campanha na base de uma ideia errada, a de que podem cortar com grande rapidez as despesas do Estado e assim reduzir os impostos e equilibrar as contas públicas.

Se o quiserem fazer vão perturbar todo o funcionamento do País; não haverá mais segurança nas ruas, melhores estradas, ou simples reparação das existentes, e tudo o mais vai sofrer.

A única notícia financeira positiva é o Saldo positivo da Segurança Social em 2001 que foi de 23.938 milhões de euros. A receita global do Sistema aumentou 9,6% relativamente a 2000. A despesa total foi inferior em 5% relativamente ao orçamento de 2001. Mas, a elasticidade do Sistema não é grande. Se o Governo Durão/Portas resolver subtrair parte das contribuições para Fundos Privados destinados a enriquecer ainda mais homens como Ricardo Salgado e Jardim Gonçalves, além dos bancos espanhóis, então assistiremos ao ruir imediato da Segurança Social. Há quem se alarme que a SS não terá as contas equilibradas a parte de 2032 em vez de 2040 com a actual fórmula de cálculo das pensões. Mas, se Bagão Félix resolver cumprir o que prometeu aos seus patrões das seguradoras privadas, a catástrofe financeira da SS será imediata e a derrota eleitoral do PSD e do CDS nas próximas eleições uma certeza.

Os actuais detentores do Poder, apesar de serem de direita, têm de escolher entre os grandes interesses privados ou a vitória nas próximas eleições. Ninguém vai dar um voto aos partidos da coligação só porque os bilionários enriqueceram um pouco mais com os dinheiros da Segurança Social.

A única privatização possível da Segurança Social é a sua entrega aos LEGÍTIMOS PROPRIETÁRIOS, os TRABALHADORES QUE DESCONTAM, os quais poderão eleger uma administração para gerir o sistema independemente do poder político e sem quaisquer favores políticos, cabendo então ao Estado custear favores, como pensões a quem não contribuiu ou adicionais para quem contribuiu sobre salários muito baixos durante a vida. bigorna 19:27 4 Abril 2002 Pastas e lobys

A Saúde está bem entregue :um homem do Grupo Mello.

O Emprego tem também alguém que vai fomentar o negócio das Companhias de Seguros.

A Economia tem um homem do Banco Santander :vai promover a Espanização da economia portuguesa.

O BES E O BCP estão por certo representados aos mais diversos níveis ...estão sempre presentes...com PS ou PSD ! psergio 19:08 4 Abril 2002 Novos, mas já muito velhos...

Começa mal.

Oeiras não perde o seu presidente: o fenómeno futebol que criou os monstros da ubiquidade, extende-se (mais uma vez) ao poder executivo da Nação.

Mas há mais, com a bela desculpa de garantir executores de experiência, saíram da toca escura em que se encontravam e voltaram à ribalta, uma série de seres que julgava perdidos para sempre...

Isto não é mais que o retorno dos boys, sustituindo outros boys para entrarem mais boys.

Mas, engraçado, mais uma vez a "inteligentsia" dos média deitou o seu lânguido olhar pela corte e dá o "benefíco da dúvida".

Que brilhante forma de agir, ataca-se o guterrismo porque não fez nada... (as auto-estradas duplicaram..., mas não é por aí que os desejo ...) canta-se e louva-se a alternância, como se ela, em si mesma, tivesse o dom, a virtude, a castidade de nos resolver os problemas.

Aos comentadores, aos jornalistas atentos, mas cuja atenção se perde nos cândidos modos da "mudança", que aponta para uma mudança de tom, do rosa para o laranja, numa composição pobre de sentido e de espírito...

Estes nobres guerreiros apenas têm como arma a pena e faz pena a forma como armam os seus fracos conceitos, no bem adorado "beneficio da dúvida".

É pena...

Na América um presidente é bajulado, desculpado, suavemente aconselhado... e porque é o "herói" que sofreu a maior perda na história da sua nação... E em Portugal, porque só agora vão formar o poder...

Num dia destes, um jornalista, perguntava a um incauto entrevistado: "mas não acha que é preciso resolver a crise económica em que estamos..."

"Crise" económica...

O problema está em duas causas: a estratégia definida para o país à 15 anos atrás (e perseguida pelo guterrismo) e os lugares de topo dos boys...

E tudo aponta para que se mantenha o "status quo": a estratégia de desenvolvimento assente na construção e no voraz apetite dos boys, sempre atentos às vagas, aos lugares e aos privilégios (monetários, claro!)...

Um governo que se preze faz como a D. Alice: Tirou um curso de formação na área das novas tecnologias e mudou de emprego, de costureira passou a operadora de informática; retirou o telemóvel à filha que lhe consumia cerca de 100 euros por mês; retirou a semanada ao filho, que com 27 anos ainda estudava... seguintes >

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