Unanimidade

12-01-2005
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Unanimidade

Sexta-feira, 07 de Janeiro de 2005

em São Bento

para voto de pesar

A maioria parlamentar, composta pelos deputados do PSD e CDS, admitiu ontem que Portugal não está preparado para enfrentar um fenómeno natural do tipo do sucedido no Sudeste asiático.

O reconhecimento surgiu durante a discussão de um voto de pesar (aprovado por unanimidade) apresentado pelo presidente da AR, Mota Amaral, sobre o maremoto, onde se manifestam "condolências e o empenho solidário para as tarefas de reconstrução".

"Estamos totalmente desprotegidos cientificamente", desabafou Narana Coissoró, do CDS, depois de ter criticado a comunidade internacional em geral por estar despreocupada de se abastecer "de toda a panóplia para que ao menor sinal estejam apetrechados para atenuar estes desastres".

O líder parlamentar do PSD, Guilherme Silva, admitiu praticamente o mesmo depois de se mostrar chocado por não existirem "mecanismos de cooperação internacional que permitissem aos serviços de protecção civil dos países puderem ter uma intervenção que poupasse milhares de vítimas". "Também temos que pensar em termos de Portugal para medidas que possam atenuar estas consequências", concluiu o social-democrata.

Esta preocupação não foi acolhida pelo Governo, que através do secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares, Montalvão Machado, optou por inventariar o apoio aos países necessitados.

O primeiro a levantar a questão foi o bloquista Francisco Louçã, que alertou para os riscos das "restrições orçamentais no Instituto de Metereologia". Louçã lembrou que a falta de pagamento das quotas internacionais impedia aquele organismo de "aceder à vigilância por satélite" dos fenómenos. Imputou ainda responsabilidades à União Europeia, ao lembrar a inexistência de uma agência europeia.

Da parte do PS, António José Seguro preferiu destacar o "desafio" que ficava. "É de sabermos se somos capazes, no plano mundial, de tratar melhor da nossa casa". António Filipe, do PCP, mostrou-se também chocado com o facto de não ter sido "possível encontrar forma de alertar aquela gente" para o riscos que corriam. Nuno Sá Lourenço

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Sexta-feira, 07 de Janeiro de 2005

em São Bento

para voto de pesar

A maioria parlamentar, composta pelos deputados do PSD e CDS, admitiu ontem que Portugal não está preparado para enfrentar um fenómeno natural do tipo do sucedido no Sudeste asiático.

O reconhecimento surgiu durante a discussão de um voto de pesar (aprovado por unanimidade) apresentado pelo presidente da AR, Mota Amaral, sobre o maremoto, onde se manifestam "condolências e o empenho solidário para as tarefas de reconstrução".

"Estamos totalmente desprotegidos cientificamente", desabafou Narana Coissoró, do CDS, depois de ter criticado a comunidade internacional em geral por estar despreocupada de se abastecer "de toda a panóplia para que ao menor sinal estejam apetrechados para atenuar estes desastres".

O líder parlamentar do PSD, Guilherme Silva, admitiu praticamente o mesmo depois de se mostrar chocado por não existirem "mecanismos de cooperação internacional que permitissem aos serviços de protecção civil dos países puderem ter uma intervenção que poupasse milhares de vítimas". "Também temos que pensar em termos de Portugal para medidas que possam atenuar estas consequências", concluiu o social-democrata.

Esta preocupação não foi acolhida pelo Governo, que através do secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares, Montalvão Machado, optou por inventariar o apoio aos países necessitados.

O primeiro a levantar a questão foi o bloquista Francisco Louçã, que alertou para os riscos das "restrições orçamentais no Instituto de Metereologia". Louçã lembrou que a falta de pagamento das quotas internacionais impedia aquele organismo de "aceder à vigilância por satélite" dos fenómenos. Imputou ainda responsabilidades à União Europeia, ao lembrar a inexistência de uma agência europeia.

Da parte do PS, António José Seguro preferiu destacar o "desafio" que ficava. "É de sabermos se somos capazes, no plano mundial, de tratar melhor da nossa casa". António Filipe, do PCP, mostrou-se também chocado com o facto de não ter sido "possível encontrar forma de alertar aquela gente" para o riscos que corriam. Nuno Sá Lourenço

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