António José Seguro aceitou liderança parlamentar do PS

01-03-2004
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António José Seguro Aceitou Liderança Parlamentar do PS

Por SÃO JOSÉ ALMEIDA

Quinta-feira, 26 de Fevereiro de 2004 António José Seguro deverá ser o próximo líder parlamentar do PS, substituindo António Costa que integrará, em segundo lugar, a lista socialista ao Parlamento Europeu. O convite feito pela direcção do partido foi ontem aceite por Seguro, que almoçou com o secretário-geral socialista, Eduardo Ferro Rodrigues. Seguro esteve hesitante em aceitar o convite que lhe vinha sendo feito há uns dias, porque os seus projectos pessoais passavam por regressar ao Parlamento Europeu. Mas a insistência da direcção do partido e os apoios recebidos da estrutura partidária deixaram Seguro sem campo para poder recusar a candidatura a líder parlamentar, como candidato oficial da direcção. Os apoios recebidos por Seguro envolvem pesos pesados do PS. Ao que o PÚBLICO sabe um dos primeiros entusiastas desta candidatura foi Jorge Coelho. Ontem, mesmo outro nome representativo da máquina partidária, José Junqueiro, assumiu em declarações ao PÚBLICO o apoio a Seguro. Junqueiro, cujo nome tinha já sido ventilado nos corredores do poder partidário como uma hipótese de candidato, afirmou ao PÚBLICO que tal possibilidade nunca esteve em cima da mesa para a liderança. Junqueiro, líder da federação do PS de Viseu, fez mesmo questão declarar ao PÚBLICO: "Na minha opinião, António José Seguro é uma pessoa extremamente bem preparada para desempenhar essas funções e que, finalmente, representa a renovação." Recusas de Sócrates, Vera Jardim e Santos Silva O nome de Seguro tem sido ponderado pela direcção do PS depois de terem sido colocadas outras hipóteses. A primeira foi o nome de José Sócrates, mas o próprio afastou de pronto o seu nome do debate. Surgiram então três hipóteses, Vera Jardim, Alberto Martins e Augusto Santos Silva, mas estes também se mostraram indisponíveis para ocupar aquele que é o lugar de mais prestígio, mas também de mais exposição pública, a seguir ao de secretário-geral. A hipótese Seguro surgiu então como uma forma de dar o passo em frente no que se refere à continuação na aposta na mudança geracional. E, de todos os nomes que foram equacionados, esta foi a escolha que melhor colhe no aparelho e nas estruturas partidárias, a par com José Sócrates. Depois de a direcção ter optado por Seguro como candidato oficial à liderança da bancada e de os apoios por parte das estruturas representativas do partido se terem multiplicado em apoios à ideia, seguiu-se o trabalho de convencer o próprio putativo candidato a aceitar a missão de ser a segunda cara institucional do PS e deixa de lado ou no mínimo adiar os seus interesses europeus. Recorde-se que Seguro foi eurodeputado eleito em 1999, mas acabou por deixar o seu mandato europeu a meio para vir assumir a pasta de ministro adjunto do primeiro-ministro na ponta final do último Governo de António Guterres. Esta atitude, aliás, foi referida ao PÚBLICO como um exemplo da "capacidade de sacrifico em nome do interesse partidário que António José Seguro tem" e apontada como a prova de que, "por muito que desejasse regressar ao Parlamento Europeu, Seguro sabe que não pode recusar esta tarefa". Ontem, do ponto de vista formal ninguém queria oficializar a candidatura. O próprio António José Seguro não fez declarações assumindo-se como candidato. Mas o que é facto é que a notícia avançada ontem pelo PÚBLICO não era desmentida por ninguém e informalmente o nome de Seguro era dado já como garantido na liderança do grupo parlamentar o mais tardar a partir de Junho. OUTROS TÍTULOS EM NACIONAL Julgamento de Carlos Silvino recomeça em breve na Boa-Hora

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