Por imposição da direcção do PSD, Mota Amaral convida

27-02-2005
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"boys", de que o PSD está apostado

Por imposição da direcção do PSD, Mota Amaral convida

apesar de estar de acordo com a continuação desta à frente da secretaria-geral, não a podia nomear.

Mas nada se conseguiu nesse sentido, alegadamente devido à oposição de membros da direcção do PSD.

Isabel Corte Real Será Secretária-geral da AR

Por SÃO JOSÉ ALMEIDA

Quinta-feira, 11 de Abril de 2002 Público

Por imposição da direcção do PSD, Mota Amaral convida hoje formalmente Isabel Corte Real para substituir Adelina Sá Carvalho

Isabel Corte Real será hoje convidada formalmente por João Bosco Mota Amaral, ontem eleito presidente da Assembleia da República, para ocupar o cargo de secretária-geral da Assembleia da República. O convite deverá ser aceite, pelo que, em breve, Isabel Corte Real substituirá Adelina Sá Carvalho, que ocupa aquele cargo desde 1996.

Há mesmo quem atribua a Isabel Corte Real, ex-secretária de Estado da Modernização Administrativa com Cavaco Silva, um papel vital na obtenção da segunda maioria absoluta, em 1991, graças ao papel que desempenhou na reestruturação dos índices salariais da função pública. Actualmente, Isabel Corte Real trabalha na direcção do Instituto Nacional de Administração (INA) e antes de pertencer aos Governos de Cavaco esteve na Direcção-Geral da Modernização Administrativa, quando este organismo de Estado era dirigido precisamente por Adelina Sá Carvalho. Foi, aliás, a actual secretária-geral que sondou Isabel Corte Real antes da formalização do convite.

De acordo com as informações recolhidas pelo PÚBLICO, a substituição de Adelina Sá Carvalho está a criar algum mal-estar na Assembleia da República, nos partidos da oposição e mesmo entre alguns sectores do PSD que gostariam que o sinal de mudança na condição do Estado fosse dado desde logo em relação à Assembleia da República e à secretária-geral. Isto porque, como defenderam em declarações prestadas ao PÚBLICO deputados sociais-democratas, a actuação de Adelina Sá Carvalho foi de tal forma marcante, na forma como "recuperou" e "dignificou" a Assembleia, que deveria ser usada como exemplo de que no PSD não há "boys", de que o PSD está apostado na modernização do Estado.

A delicadeza deste caso e desta nomeação - que depende legalmente do presidente da Assembleia da República -, bem como as divergências que provocou dentro do PSD, é demonstrada pelo facto de Mota Amaral ter sido obrigado a explicar pessoalmente a Adelina Sá Carvalho - a quem trata por tu e de quem foi colega na Faculdade de Direito de Lisboa - que, apesar de estar de acordo com a continuação desta à frente da secretaria-geral, não a podia nomear.

"boys", de que o PSD está apostado

Por imposição da direcção do PSD, Mota Amaral convida

apesar de estar de acordo com a continuação desta à frente da secretaria-geral, não a podia nomear.

Mas nada se conseguiu nesse sentido, alegadamente devido à oposição de membros da direcção do PSD.

Isabel Corte Real Será Secretária-geral da AR

Por SÃO JOSÉ ALMEIDA

Quinta-feira, 11 de Abril de 2002 Público

Por imposição da direcção do PSD, Mota Amaral convida hoje formalmente Isabel Corte Real para substituir Adelina Sá Carvalho

Isabel Corte Real será hoje convidada formalmente por João Bosco Mota Amaral, ontem eleito presidente da Assembleia da República, para ocupar o cargo de secretária-geral da Assembleia da República. O convite deverá ser aceite, pelo que, em breve, Isabel Corte Real substituirá Adelina Sá Carvalho, que ocupa aquele cargo desde 1996.

Há mesmo quem atribua a Isabel Corte Real, ex-secretária de Estado da Modernização Administrativa com Cavaco Silva, um papel vital na obtenção da segunda maioria absoluta, em 1991, graças ao papel que desempenhou na reestruturação dos índices salariais da função pública. Actualmente, Isabel Corte Real trabalha na direcção do Instituto Nacional de Administração (INA) e antes de pertencer aos Governos de Cavaco esteve na Direcção-Geral da Modernização Administrativa, quando este organismo de Estado era dirigido precisamente por Adelina Sá Carvalho. Foi, aliás, a actual secretária-geral que sondou Isabel Corte Real antes da formalização do convite.

De acordo com as informações recolhidas pelo PÚBLICO, a substituição de Adelina Sá Carvalho está a criar algum mal-estar na Assembleia da República, nos partidos da oposição e mesmo entre alguns sectores do PSD que gostariam que o sinal de mudança na condição do Estado fosse dado desde logo em relação à Assembleia da República e à secretária-geral. Isto porque, como defenderam em declarações prestadas ao PÚBLICO deputados sociais-democratas, a actuação de Adelina Sá Carvalho foi de tal forma marcante, na forma como "recuperou" e "dignificou" a Assembleia, que deveria ser usada como exemplo de que no PSD não há "boys", de que o PSD está apostado na modernização do Estado.

A delicadeza deste caso e desta nomeação - que depende legalmente do presidente da Assembleia da República -, bem como as divergências que provocou dentro do PSD, é demonstrada pelo facto de Mota Amaral ter sido obrigado a explicar pessoalmente a Adelina Sá Carvalho - a quem trata por tu e de quem foi colega na Faculdade de Direito de Lisboa - que, apesar de estar de acordo com a continuação desta à frente da secretaria-geral, não a podia nomear.

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