Código de Trabalho contra modelo social assente em direitos sociais

08-12-2002
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Código de Trabalho Contra Modelo Social Assente em Direitos Sociais

Por SÃO JOSÉ ALMEIDA

Sexta-feira, 06 de Dezembro de 2002

A deputada do BE Ana Drago acusou o Governo de pôr em causa o "modelo social" e afirmou a justeza da greve geral

"Aniquilar o modelo social e civilizacional assente na defesa intransigente dos direitos sociais como base de um Estado democrático moderno e que tem regido as relações de trabalho nos últimos quase trinta anos" é o fim último da proposta do Governo de Código de Trabalho, segundo a deputada do Bloco de Esquerda, Ana Drago.

Usando a tribuna da Assembleia para assumir o apoio do BE à greve geral de dia 10, Ana Drago acusou o PSD e o CDS de estarem a servir os fins desejados por "interesses que se preferem escudar no silêncio". E sustentou que a falência do modelo de desenvolvimento não se deve aos trabalhadores, frisando mesmo que os trabalhadores portugueses "são os que mais horas trabalham por dia, são os mais inseridos no mercado de trabalho, são vítimas excepcionais da sinistralidade laboral e das doenças profissionais (...) são os mais expostos à arbitrariedade do patronato".

Daí que a deputada tenha afirmado que a proposta do Governo tem como fim "desregulamentar", "desproteger", "precarizar" salários e "protecção", "flexibilizar". Em suma, segundo Ana Drago: "O Código de Trabalho é, no fim de contas, tudo o que o patronato sem escrúpulos não ousaria pedir em voz alta e que o Governo lhe deu agora de mão beijada: a morte da contratação e da negociação colectiva entre trabalho organizado e empregador."

E concluindo, afirmou: "É a morte de um modelo de sociedade que sustentou a construção e a consolidação da democracia portuguesa."

São José Almeida

Código de Trabalho Contra Modelo Social Assente em Direitos Sociais

Por SÃO JOSÉ ALMEIDA

Sexta-feira, 06 de Dezembro de 2002

A deputada do BE Ana Drago acusou o Governo de pôr em causa o "modelo social" e afirmou a justeza da greve geral

"Aniquilar o modelo social e civilizacional assente na defesa intransigente dos direitos sociais como base de um Estado democrático moderno e que tem regido as relações de trabalho nos últimos quase trinta anos" é o fim último da proposta do Governo de Código de Trabalho, segundo a deputada do Bloco de Esquerda, Ana Drago.

Usando a tribuna da Assembleia para assumir o apoio do BE à greve geral de dia 10, Ana Drago acusou o PSD e o CDS de estarem a servir os fins desejados por "interesses que se preferem escudar no silêncio". E sustentou que a falência do modelo de desenvolvimento não se deve aos trabalhadores, frisando mesmo que os trabalhadores portugueses "são os que mais horas trabalham por dia, são os mais inseridos no mercado de trabalho, são vítimas excepcionais da sinistralidade laboral e das doenças profissionais (...) são os mais expostos à arbitrariedade do patronato".

Daí que a deputada tenha afirmado que a proposta do Governo tem como fim "desregulamentar", "desproteger", "precarizar" salários e "protecção", "flexibilizar". Em suma, segundo Ana Drago: "O Código de Trabalho é, no fim de contas, tudo o que o patronato sem escrúpulos não ousaria pedir em voz alta e que o Governo lhe deu agora de mão beijada: a morte da contratação e da negociação colectiva entre trabalho organizado e empregador."

E concluindo, afirmou: "É a morte de um modelo de sociedade que sustentou a construção e a consolidação da democracia portuguesa."

São José Almeida

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