Carrilho Sem Apoios Expressos na Bancada
Por S.J.A.
Sexta-feira, 24 de Outubro de 2003
O dirigente e deputado do PS Manuel Maria Carrilho não recebeu ontem de manhã nenhum apoio expresso durante a reunião do grupo parlamentar. O seu artigo publicado no "Diário de Notícias" onde defendia a antecipação do congresso e criticava a estratégia da direcção face ao caso casa Pia, por ter alimentado "a confusão entre relações pessoais e funções institucionais", arrastando "o partido para uma cascata de passos em falso", não foi elogiado por nenhum participante na reunião e a ele apenas se registaram referências críticas, nomeadamente as proferidas por Ana Benavente, que integra o Secretariado. Já fora da reunião, deputados como José Junqueiro classificaram o texto de Carrilho de "positivo", enquanto José Lello afirmou que é "um exercício de puro narcisismo".
Carrilho não interveio na reunião dos deputados e acabou mesmo por sair a meio, mas fazendo saber aos jornalistas que tencionava intervir na reunião da comissão política que se realizou à noite, depois de estar em directo numa televisão. Quem também se previa com uma intervenção crítica para a direcção e que já na reunião dos deputados se demarcou da linha oficial foi João Soares.
Repetindo que a Assembleia não devia ter autorizado a prisão de Paulo Pedroso, Soares defendeu que a este deputado é que competia decidir se ia ou não à Assembleia, na linha do princípio de que o deputado é autónomo no exercício do seu mandato.
Já em relação à direcção, João Soares tratou de reafirmar que não deseja nenhum congresso extraordinário, mas deixou claro que tem de haver uma "clarificação" da parte da direcção e a adopção de uma estratégia para o país.
Mas tratou de se demarcar também de Carrilho e desvalorizou mesmo a importância do texto que o ex-ministro da Cultura publicou ontem. Começando por dizer que não tinha lido a "correspondência", afirmou: "Tenho que ler a carta, tenho que ler também o 'Equador'[último romance de Miguel Sousa Tavares]".
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Carrilho Sem Apoios Expressos na Bancada
Por S.J.A.
Sexta-feira, 24 de Outubro de 2003
O dirigente e deputado do PS Manuel Maria Carrilho não recebeu ontem de manhã nenhum apoio expresso durante a reunião do grupo parlamentar. O seu artigo publicado no "Diário de Notícias" onde defendia a antecipação do congresso e criticava a estratégia da direcção face ao caso casa Pia, por ter alimentado "a confusão entre relações pessoais e funções institucionais", arrastando "o partido para uma cascata de passos em falso", não foi elogiado por nenhum participante na reunião e a ele apenas se registaram referências críticas, nomeadamente as proferidas por Ana Benavente, que integra o Secretariado. Já fora da reunião, deputados como José Junqueiro classificaram o texto de Carrilho de "positivo", enquanto José Lello afirmou que é "um exercício de puro narcisismo".
Carrilho não interveio na reunião dos deputados e acabou mesmo por sair a meio, mas fazendo saber aos jornalistas que tencionava intervir na reunião da comissão política que se realizou à noite, depois de estar em directo numa televisão. Quem também se previa com uma intervenção crítica para a direcção e que já na reunião dos deputados se demarcou da linha oficial foi João Soares.
Repetindo que a Assembleia não devia ter autorizado a prisão de Paulo Pedroso, Soares defendeu que a este deputado é que competia decidir se ia ou não à Assembleia, na linha do princípio de que o deputado é autónomo no exercício do seu mandato.
Já em relação à direcção, João Soares tratou de reafirmar que não deseja nenhum congresso extraordinário, mas deixou claro que tem de haver uma "clarificação" da parte da direcção e a adopção de uma estratégia para o país.
Mas tratou de se demarcar também de Carrilho e desvalorizou mesmo a importância do texto que o ex-ministro da Cultura publicou ontem. Começando por dizer que não tinha lido a "correspondência", afirmou: "Tenho que ler a carta, tenho que ler também o 'Equador'[último romance de Miguel Sousa Tavares]".