Pires de Lima recusa pronunciar-se sobre dívidas do "totonegócio"

08-02-2005
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Pires de Lima Recusa Pronunciar-se Sobre Dívidas do "Totonegócio"

Sábado, 05 de Fevereiro de 2005

Cabeça de lista do CSD pelo Porto almoçou com Pinto da Costa e Lobo Xavier, para quem os clubes nada devem ao fisc

Margarida Gomes

O cabeça de lista do CDS-PP pelo círculo do Porto, António Pires de Lima, recusou-se ontem a comentar o braço de ferro que o ministro das Finanças, Bagão Felix, mantém com os clubes de futebol, a propósito das dívidas do chamado "totonegócio".

O ministro, indicado para o Governo pelo CDS, ordenou recentemente que os serviços da administração discal desencadeassem processos para cobrança à Liga de Clubes, Federação Portuguesa de Futebol e aos clubes, mas esta semana o dirigente centrista e mandatário da lista de candidatos do partido pelo Porto, Lobo Xavier, veio a terreiro, na qualidade de fiscalista, afirmar que com o acordo do "totonegócio" a dívida está extinta e como tal os clubes nada devem ao fisco.

Confrontado ontem pelos jornalistas, Pires de Lima declarou que nada tinha a dizer sobre a questão. "Trata-se de uma questão que diz respeito ao Estado, ao Governo e aos clubes. Eu sou cabeça de lista pelo CDS Porto e não sou jurista. Não vou imiscuir-me numa questão que me ultrapassa", disse o candidato a deputado no final de um almoço como presidente do FC Porto, Pinto da Costa, e Lobo Xavier, vice-presidente do clube, que ontem também não se pronunciou sobre o "totonegócio". O encontro contou ainda com Álvaro Castello-Branco e Diogo Feyo, também candidatos pelo Porto, e teve lugar no âmbito da pré-campanha dos populares para as legislativas.

Questionado pelo PÚBLICO, Pires de Lima explicou que o encontro com o presidente do FC Porto não se realizou nas instalações do Estádio do Dragão, como a candidatura pretendia e chegou a anunciar, por uma questão de conveniência das duas partes. Aos jornalistas, o número um pelo Porto elogiou, uma vez mais, "a forma como Pinto da Costa conduz com êxito e há muitos anos uma instituição que é absolutamente emblemática não só para a região, mas também para o país", e fez questão de deixar expresso "o gosto e a honra" que teve em conversar com o presidente do clube das Antas.

No final, ficou um recado indirecto para Rui Rio, presidente da Câmara do Porto e primeiro vice-presidente do PSD: "Só faltaria que o cabeça de lista do CDS, que é uma pessoa independente e que não tem preconceitos de alguma espécie durante esta campanha eleitoral, não procurasse conversar, como conversei, amigavelmente com o sr. Pinto da Costa."

O presidente do FC Porto, por seu lado, explicou que a sua presença no almoço, onde as dívidas ao clube ficaram à porta, segundo revelou, se deveu a um convite endereçado por Lobo Xavier. Afirmando que o clube está disponível para regularizar as dívidas do "totonegócio", Pinto da Costa declarou que "o FC Porto quer que sejam averiguados com todo o rigor os valores que o clube tem em causa", ao mesmo tempo que reclama que seja analisado o contrato que foi feito entre a Federação, a Liga e o Governo.

Pires de Lima Recusa Pronunciar-se Sobre Dívidas do "Totonegócio"

Sábado, 05 de Fevereiro de 2005

Cabeça de lista do CSD pelo Porto almoçou com Pinto da Costa e Lobo Xavier, para quem os clubes nada devem ao fisc

Margarida Gomes

O cabeça de lista do CDS-PP pelo círculo do Porto, António Pires de Lima, recusou-se ontem a comentar o braço de ferro que o ministro das Finanças, Bagão Felix, mantém com os clubes de futebol, a propósito das dívidas do chamado "totonegócio".

O ministro, indicado para o Governo pelo CDS, ordenou recentemente que os serviços da administração discal desencadeassem processos para cobrança à Liga de Clubes, Federação Portuguesa de Futebol e aos clubes, mas esta semana o dirigente centrista e mandatário da lista de candidatos do partido pelo Porto, Lobo Xavier, veio a terreiro, na qualidade de fiscalista, afirmar que com o acordo do "totonegócio" a dívida está extinta e como tal os clubes nada devem ao fisco.

Confrontado ontem pelos jornalistas, Pires de Lima declarou que nada tinha a dizer sobre a questão. "Trata-se de uma questão que diz respeito ao Estado, ao Governo e aos clubes. Eu sou cabeça de lista pelo CDS Porto e não sou jurista. Não vou imiscuir-me numa questão que me ultrapassa", disse o candidato a deputado no final de um almoço como presidente do FC Porto, Pinto da Costa, e Lobo Xavier, vice-presidente do clube, que ontem também não se pronunciou sobre o "totonegócio". O encontro contou ainda com Álvaro Castello-Branco e Diogo Feyo, também candidatos pelo Porto, e teve lugar no âmbito da pré-campanha dos populares para as legislativas.

Questionado pelo PÚBLICO, Pires de Lima explicou que o encontro com o presidente do FC Porto não se realizou nas instalações do Estádio do Dragão, como a candidatura pretendia e chegou a anunciar, por uma questão de conveniência das duas partes. Aos jornalistas, o número um pelo Porto elogiou, uma vez mais, "a forma como Pinto da Costa conduz com êxito e há muitos anos uma instituição que é absolutamente emblemática não só para a região, mas também para o país", e fez questão de deixar expresso "o gosto e a honra" que teve em conversar com o presidente do clube das Antas.

No final, ficou um recado indirecto para Rui Rio, presidente da Câmara do Porto e primeiro vice-presidente do PSD: "Só faltaria que o cabeça de lista do CDS, que é uma pessoa independente e que não tem preconceitos de alguma espécie durante esta campanha eleitoral, não procurasse conversar, como conversei, amigavelmente com o sr. Pinto da Costa."

O presidente do FC Porto, por seu lado, explicou que a sua presença no almoço, onde as dívidas ao clube ficaram à porta, segundo revelou, se deveu a um convite endereçado por Lobo Xavier. Afirmando que o clube está disponível para regularizar as dívidas do "totonegócio", Pinto da Costa declarou que "o FC Porto quer que sejam averiguados com todo o rigor os valores que o clube tem em causa", ao mesmo tempo que reclama que seja analisado o contrato que foi feito entre a Federação, a Liga e o Governo.

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