Estado deve manter deve manter o controlo sobre alguns sectores da economia

11-08-2004
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Estado Deve Manter Deve Manter o Controlo Sobre Alguns Sectores da Economia

Segunda-feira, 19 de Julho de 2004

"Cada vez mais as nossas empresas e as nossas riquezas vão parar às mãos de outros europeus", queixou-se Santana Lopes em carta enviada a António Guterres em 2000

"Política económica. Foi crítico [no Conselho de Ministros] em Catalezete, face à desagregação do tecido produtivo.

(...) Sem dúvida que houve uma desagregação do tecido produtivo nacional tal como ele existia; e a grande dúvida que eu tenho é saber se houve substituição de componentes essenciais que desapareceram. A mim parece-me que não houve. (..) Mas o sector primário nunca pode deixar de existir para o equilíbrio da alma de um país. Na indústria, muitos sectores eram tradicionais (...) são sectores que desapareceram mesmo.

Semanário, 5/6/1993

"Em Portugal, a inflação está baixa, o investimento está a aumentar, o PIB vai crescer cerca de 3,5 por cento este ano. Mas tudo isto é muito à custa das obras públicas. O grande drama do País é a capacidade do tecido produtivo próprio. Quando um país não tem autonomia mínima em recursos perda a sua verdadeira independência".

(...)

"Por outro lado, acho inacreditável que não haja opiniões diferentes entre os partidos sobre as privatizações de sectores estratégicos da economia e sobre as alianças estratégicas que foram feitas, nomeadamente com a EDP e a Portugal Telecom com empresas espanholas.

Está a defender que o Estado deve manter o controlo sobre alguns sectores da economia?

(Pausa) Confesso que sim".

Semanário, 17/12/1997

"E já viu que se cada vez menos nos aproximamos da média europeia, cada vez mais as nossas empresas e as nossas riquezas vão parar às mãos de outros europeus? Desde que é primeiro-ministro, a TAP já não é portuguesa, a GALP é italiana e outras vão pelo mesmo caminho".

(...)

"Por outro lado, a Portugal Telecom e outras empresas de capitais públicos vão tomando conta de cada vez mais sectores e de sectores cada vez mais importantes. Considera normal os portugueses pagarem as suas contas de telefone e a PT entrar em televisões, ser dona de rádios e de importantes jornais e querer ser dona de clubes de futebol?

Expresso 11/11/2000, carta a Guterres.

"A minha posição é considerar importante que Portugal continue a existir por si e a ter protegidas essas reservas de soberania para se manter como Estado e como nação realmente independente"

DN, 16/5/2002

"Antes de se falar de qualquer privatização ou concessão de um sistema [das águas] que a Lisboa pertence, é Lisboa - como é evidente - que tem de ter a palavra decisiva"

DN 26/9/2002

"O modelo [de integração do gás natural na EDP] tem virtualidades. Mas encaro com reservas essa solução. (...) Desmantelar uma empresa como a Galpenergia e integrá-la na EDP suscita-me reservas"

"A Caixa Geral de Depósitos deveria funcionar como braço armado do Estado na defesa da manutenção dos interesses estratégicos de Portugal?

Acho que pode e deve ser... Não é preciso que o Governo assuma isso publicamente"

Diário Económico, 9/5/2003

Vai manter o calendário das privatizações e alienação do património do estado?

Não posso garantir em absoluto, mas a minha orientação é essa.

Vai anular a venda da GALP?

Não. Vai haver continuidade. Vai haver continuidade e portanto...

Sabe que é um negócio muito contestado, nomeadamente pelos outros concorrentes?

Sei. Mas se o dossier estiver concluído por este Governo como deduzo das informações que tenho, se houver contestação ela deve ser produzida nos locais próprios.

SIC,11/7/2004

Estado Deve Manter Deve Manter o Controlo Sobre Alguns Sectores da Economia

Segunda-feira, 19 de Julho de 2004

"Cada vez mais as nossas empresas e as nossas riquezas vão parar às mãos de outros europeus", queixou-se Santana Lopes em carta enviada a António Guterres em 2000

"Política económica. Foi crítico [no Conselho de Ministros] em Catalezete, face à desagregação do tecido produtivo.

(...) Sem dúvida que houve uma desagregação do tecido produtivo nacional tal como ele existia; e a grande dúvida que eu tenho é saber se houve substituição de componentes essenciais que desapareceram. A mim parece-me que não houve. (..) Mas o sector primário nunca pode deixar de existir para o equilíbrio da alma de um país. Na indústria, muitos sectores eram tradicionais (...) são sectores que desapareceram mesmo.

Semanário, 5/6/1993

"Em Portugal, a inflação está baixa, o investimento está a aumentar, o PIB vai crescer cerca de 3,5 por cento este ano. Mas tudo isto é muito à custa das obras públicas. O grande drama do País é a capacidade do tecido produtivo próprio. Quando um país não tem autonomia mínima em recursos perda a sua verdadeira independência".

(...)

"Por outro lado, acho inacreditável que não haja opiniões diferentes entre os partidos sobre as privatizações de sectores estratégicos da economia e sobre as alianças estratégicas que foram feitas, nomeadamente com a EDP e a Portugal Telecom com empresas espanholas.

Está a defender que o Estado deve manter o controlo sobre alguns sectores da economia?

(Pausa) Confesso que sim".

Semanário, 17/12/1997

"E já viu que se cada vez menos nos aproximamos da média europeia, cada vez mais as nossas empresas e as nossas riquezas vão parar às mãos de outros europeus? Desde que é primeiro-ministro, a TAP já não é portuguesa, a GALP é italiana e outras vão pelo mesmo caminho".

(...)

"Por outro lado, a Portugal Telecom e outras empresas de capitais públicos vão tomando conta de cada vez mais sectores e de sectores cada vez mais importantes. Considera normal os portugueses pagarem as suas contas de telefone e a PT entrar em televisões, ser dona de rádios e de importantes jornais e querer ser dona de clubes de futebol?

Expresso 11/11/2000, carta a Guterres.

"A minha posição é considerar importante que Portugal continue a existir por si e a ter protegidas essas reservas de soberania para se manter como Estado e como nação realmente independente"

DN, 16/5/2002

"Antes de se falar de qualquer privatização ou concessão de um sistema [das águas] que a Lisboa pertence, é Lisboa - como é evidente - que tem de ter a palavra decisiva"

DN 26/9/2002

"O modelo [de integração do gás natural na EDP] tem virtualidades. Mas encaro com reservas essa solução. (...) Desmantelar uma empresa como a Galpenergia e integrá-la na EDP suscita-me reservas"

"A Caixa Geral de Depósitos deveria funcionar como braço armado do Estado na defesa da manutenção dos interesses estratégicos de Portugal?

Acho que pode e deve ser... Não é preciso que o Governo assuma isso publicamente"

Diário Económico, 9/5/2003

Vai manter o calendário das privatizações e alienação do património do estado?

Não posso garantir em absoluto, mas a minha orientação é essa.

Vai anular a venda da GALP?

Não. Vai haver continuidade. Vai haver continuidade e portanto...

Sabe que é um negócio muito contestado, nomeadamente pelos outros concorrentes?

Sei. Mas se o dossier estiver concluído por este Governo como deduzo das informações que tenho, se houver contestação ela deve ser produzida nos locais próprios.

SIC,11/7/2004

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