Semanário Económico

14-09-2004
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Álvaro Barreto, Ministro das Actividades Económicas

Políticas anteriores prosseguem com alteração filosófica

27-07-2004, Pedro Marques Pereira, pmpereira@economica.iol.pt

Álvaro Barreto, um dos pesos-pesados do novo Executivo, irá desempenhar o papel central nesta nova fase de Governo, mais focada no relançamento da economia do que no controle das finanças públicas. A mudança de tom é bem ilustrada com a inclusão da pasta do Trabalho nas atribuições do novo ministro das Actividades Economicas. As questões laborais passam a ser abordadas mais na perspectiva da competitividade da economia do que na rede de apoio social.

¿Só tendo empresas competitivas é que se consegue criar mais trabalho,¿ lembra Cristina Casalinho, economista chefe do Banco BPI. No fundo, o objectivo é tratar da origem do problema do desemprego, em vez de minimizar os sintomas. Excluindo esta alteração filosófica, Álvaro Barreto não deverá impôr grandes alterações à política do seu antecessor.

Carlos Tavares lançou a reforma do sector energético e alterou todo o sistema de apoio às empresas. No entanto, apesar de toda a artilharia estar colocada no terreno, a ministra das Finanças cortou nas munições. Sem dinheiro para por estes mecanismos a mexer, fica por demonstrar se esta arquitectura é ou não a mais adequada para relançar a economia.

Ainda está igualmente por esclarecer se as privatizações se mantém na esfera de influência da Economia ou se as Finanças voltam a assumir a condução dos processos ainda por concluir, com destaque para as operações no sector energético, Galp, EDP e REN. Neste domínio será igualmente curioso saber como decidirá Álvaro Barreto a venda da participação que o Estado ainda detém na Portucel, o antigo ¿patrão¿de Álvaro Barreto.

Álvaro Barreto, Ministro das Actividades Económicas

Políticas anteriores prosseguem com alteração filosófica

27-07-2004, Pedro Marques Pereira, pmpereira@economica.iol.pt

Álvaro Barreto, um dos pesos-pesados do novo Executivo, irá desempenhar o papel central nesta nova fase de Governo, mais focada no relançamento da economia do que no controle das finanças públicas. A mudança de tom é bem ilustrada com a inclusão da pasta do Trabalho nas atribuições do novo ministro das Actividades Economicas. As questões laborais passam a ser abordadas mais na perspectiva da competitividade da economia do que na rede de apoio social.

¿Só tendo empresas competitivas é que se consegue criar mais trabalho,¿ lembra Cristina Casalinho, economista chefe do Banco BPI. No fundo, o objectivo é tratar da origem do problema do desemprego, em vez de minimizar os sintomas. Excluindo esta alteração filosófica, Álvaro Barreto não deverá impôr grandes alterações à política do seu antecessor.

Carlos Tavares lançou a reforma do sector energético e alterou todo o sistema de apoio às empresas. No entanto, apesar de toda a artilharia estar colocada no terreno, a ministra das Finanças cortou nas munições. Sem dinheiro para por estes mecanismos a mexer, fica por demonstrar se esta arquitectura é ou não a mais adequada para relançar a economia.

Ainda está igualmente por esclarecer se as privatizações se mantém na esfera de influência da Economia ou se as Finanças voltam a assumir a condução dos processos ainda por concluir, com destaque para as operações no sector energético, Galp, EDP e REN. Neste domínio será igualmente curioso saber como decidirá Álvaro Barreto a venda da participação que o Estado ainda detém na Portucel, o antigo ¿patrão¿de Álvaro Barreto.

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