BE volta a criticar Governo por causa do Centro Materno-Infantil do Norte

05-05-2004
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BE Volta a Criticar Governo por Causa do Centro Materno-Infantil do Norte

Por MARGARIDA GOMES

Terça-feira, 27 de Abril de 2004

"O projecto do Centro Materno-Infantil do Norte é um algo de muito pouco sólido e não está sequer integrado numa planificação geral do Serviço Nacional de Saúde, nem mesmo em relação à região Norte", declarou ontem a deputada do Bloco de Esquerda, Alda Sousa, no final de uma visita às instalações da Maternidade Júlio Dinis, um dos estabelecimentos que vai ser desactivado com a entrada em funcionamento da futura unidade de assistência materno-infantil.

Insistindo no argumento de que "a decisão de instalar o Centro Materno-Infantil do Norte (CMIN) nos terrenos adjacentes ao Hospital de S. João foi tomada por um dos 'lobbies' do PSD", a deputada do BE argumenta que o projecto da nova unidade de saúde "continua muito pouco definido". "Continuo a fazer a mesma leitura que fazia, não há nenhum elemento que me faça mudar de ideias de isto ter sido uma decisão política para a qual se procuram justificações técnicas", declarou ao PÚBLICO Alda Sousa.

Exigindo que todas as instituições envolvidas na futura unidade de saúde tenham "o mesmo tratamento", Alda Sousa insistiu no facto de "o CMIN não estar integrado numa definição de uma política de saúde materno-infantil". "A maternidade vai ser fechada para ser integrada no Centro Materno-Infantil no S. João e o que é que vai acontecer com as maternidades que estão afastadas dos hospitais centrais?", pergunta a bloquista. "Parece que para caso o Ministério da Saúde inventa uma justificação técnica. Não há uma coerência de uma linha programática de acção para a saúde, não há uma estratégia por parte deste ministério e as coisas são resolvidas um bocado pelo empurra e pelos lobbies", acusaainda, lamentando que o Governo não tenha partido de um "projecto pensado" quando avançou com a ideia de construção do CMIN.

"Dada esta confusão toda, a comissão tripartida que nós propusemos [no projecto de resolução sobre o CMIN que foi votado recentemente na Assembleia da República] fazia todo o sentido. Fazia todo o sentido haver uma comissão em que as várias instituições de saúde, mais os utentes mais a tutela e, eventualmente a Câmara do Porto, discutissem de igual para igual qual poderia ser a melhor solução. Ao contrário do que tentaram sugerir, a evolução dos acontecimentos não me faz pensar que nomeação dessa comissão fosse um atraso", considerou, acusando a actual maioria PSD/CDS-PP de ter desperdiçado uma oportunidade para encontrar "a melhor solução".

A deputada, que na visita que efectuou à maternidade se fez acompanhar de Fátima Grácio e de Luísa Ferreira da Silva, da comissão coordenadora distrital do BE, apelou à necessidade de haver uma participação da Maternidade Júlio Dinis e do Hospital de Crianças Maria Pia no processo de constituição do CMIN, ao qual, em sua opinião, deve ser garantida autonomia funcional.

O Bloco de Esquerda pretende realizar em breve uma visita idêntica ao Hosptial Maria Pia, o único hospital de crianças na região Norte do país que será também desactivado com a entrada em funcionamento da nova unidade, em finais de 2006, início de 2007.

BE Volta a Criticar Governo por Causa do Centro Materno-Infantil do Norte

Por MARGARIDA GOMES

Terça-feira, 27 de Abril de 2004

"O projecto do Centro Materno-Infantil do Norte é um algo de muito pouco sólido e não está sequer integrado numa planificação geral do Serviço Nacional de Saúde, nem mesmo em relação à região Norte", declarou ontem a deputada do Bloco de Esquerda, Alda Sousa, no final de uma visita às instalações da Maternidade Júlio Dinis, um dos estabelecimentos que vai ser desactivado com a entrada em funcionamento da futura unidade de assistência materno-infantil.

Insistindo no argumento de que "a decisão de instalar o Centro Materno-Infantil do Norte (CMIN) nos terrenos adjacentes ao Hospital de S. João foi tomada por um dos 'lobbies' do PSD", a deputada do BE argumenta que o projecto da nova unidade de saúde "continua muito pouco definido". "Continuo a fazer a mesma leitura que fazia, não há nenhum elemento que me faça mudar de ideias de isto ter sido uma decisão política para a qual se procuram justificações técnicas", declarou ao PÚBLICO Alda Sousa.

Exigindo que todas as instituições envolvidas na futura unidade de saúde tenham "o mesmo tratamento", Alda Sousa insistiu no facto de "o CMIN não estar integrado numa definição de uma política de saúde materno-infantil". "A maternidade vai ser fechada para ser integrada no Centro Materno-Infantil no S. João e o que é que vai acontecer com as maternidades que estão afastadas dos hospitais centrais?", pergunta a bloquista. "Parece que para caso o Ministério da Saúde inventa uma justificação técnica. Não há uma coerência de uma linha programática de acção para a saúde, não há uma estratégia por parte deste ministério e as coisas são resolvidas um bocado pelo empurra e pelos lobbies", acusaainda, lamentando que o Governo não tenha partido de um "projecto pensado" quando avançou com a ideia de construção do CMIN.

"Dada esta confusão toda, a comissão tripartida que nós propusemos [no projecto de resolução sobre o CMIN que foi votado recentemente na Assembleia da República] fazia todo o sentido. Fazia todo o sentido haver uma comissão em que as várias instituições de saúde, mais os utentes mais a tutela e, eventualmente a Câmara do Porto, discutissem de igual para igual qual poderia ser a melhor solução. Ao contrário do que tentaram sugerir, a evolução dos acontecimentos não me faz pensar que nomeação dessa comissão fosse um atraso", considerou, acusando a actual maioria PSD/CDS-PP de ter desperdiçado uma oportunidade para encontrar "a melhor solução".

A deputada, que na visita que efectuou à maternidade se fez acompanhar de Fátima Grácio e de Luísa Ferreira da Silva, da comissão coordenadora distrital do BE, apelou à necessidade de haver uma participação da Maternidade Júlio Dinis e do Hospital de Crianças Maria Pia no processo de constituição do CMIN, ao qual, em sua opinião, deve ser garantida autonomia funcional.

O Bloco de Esquerda pretende realizar em breve uma visita idêntica ao Hosptial Maria Pia, o único hospital de crianças na região Norte do país que será também desactivado com a entrada em funcionamento da nova unidade, em finais de 2006, início de 2007.

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