Agostinho Silva é o novo deputado do PSD-Braga

18-12-2002
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Agostinho Silva É o Novo Deputado do PSD-Braga

Por ALEXANDRE PRAÇA

Sexta-feira, 13 de Dezembro de 2002

Substitui Tavares Moreira

É uma estreia na vida parlamentar para este advogado e professor, de 39 anos de idade, que deseja ficar até ao final do mandato e promete dar uma atenção especial a Esposende, o concelho de onde é natural

O distrito de Braga passou a contar com um novo deputado. O número de eleitos continua nos 18 - 9 do PSD, 8 do PS e 1 do CDS -, mas como os sociais-democratas "perderam" o seu cabeça-de-lista - dado que Tavares Moreira suspendeu o mandato -, esta semana a Assembleia da República (AR) recebeu um "caloiro" nas lides parlamentares. Trata-se do advogado Agostinho Silva, que ficou colocado no 11º lugar da lista de candidatos "laranja", e que foi adjunto do anterior e do actual presidente da Câmara de Esposende, respectivamente Alberto Figueiredo e João Cepa (ver caixa).

"Nunca pensei esperar tanto tempo [para entrar na AR]", confessou ao PÚBLICO, numa alusão às expectativas criadas após as eleições, que apontavam para a eventual integração no Governo (ou noutros lugares da administração pública) de alguns dos eleitos do PSD por Braga. Só que, à excepção de Luís Cirilo - que assumiu o cargo de governador civil do distrito - mais nenhum dos restantes deputados abandonou S. Bento. Agostinho Silva ficou assim em lista de espera. Mas agora, que já se estreou no Parlamento, acredita que não será uma experiência transitória: "Seria bom ficar até ao final do mandato, mas não posso exigir nada. Estou apenas ao serviço do partido", afiança.

O pedido de suspensão apresentado por Tavares Moreira pode variar entre um mínimo de 50 dias e um máximo de dez meses. Apesar de ainda estar a "apalpar os cantos à casa" - no que tem sido ajudado pelos seus colegas de partido ou de curso -, Agostinho promete "ser uma mais-valia para a defesa dos interesses do distrito". As primeiras iniciativas parlamentares em que pretende apostar respeitam ao concelho de Esposende.

Esta inesperada substituição foi motivada pelo facto de Tavares Moreira ter suspenso o mandato de deputado na semana passada, após ter sido chamado ao Banco de Portugal (BP) para prestar declarações num processo de contra-ordenação ao Central Banco de Investimento (CBI). Segundo noticiou o semanário Expresso no último sábado, o BP suspeita que terá havido ocultação de prejuízos e manipulação de contas durante os exercícios de 2000 e 2001 do CBI - numa altura em que Tavares Moreira era responsável pelo banco. Uma operação realizada em "off-shores" da Suíça e que terá envolvido montantes superiores a 25 milhões de euros. Numa carta que enviou à comissão de ética da Assembleia da República, o ex-governador do BP assegura estar de "consciência absolutamente tranquila" e que não retirou "qualquer benefício ou vantagem pessoal" da situação. Com esta suspensão de mandato, Tavares Moreira "liberta-se" da imunidade parlamentar e fica disponível para responder às acusações deste processo.

Agostinho Silva É o Novo Deputado do PSD-Braga

Por ALEXANDRE PRAÇA

Sexta-feira, 13 de Dezembro de 2002

Substitui Tavares Moreira

É uma estreia na vida parlamentar para este advogado e professor, de 39 anos de idade, que deseja ficar até ao final do mandato e promete dar uma atenção especial a Esposende, o concelho de onde é natural

O distrito de Braga passou a contar com um novo deputado. O número de eleitos continua nos 18 - 9 do PSD, 8 do PS e 1 do CDS -, mas como os sociais-democratas "perderam" o seu cabeça-de-lista - dado que Tavares Moreira suspendeu o mandato -, esta semana a Assembleia da República (AR) recebeu um "caloiro" nas lides parlamentares. Trata-se do advogado Agostinho Silva, que ficou colocado no 11º lugar da lista de candidatos "laranja", e que foi adjunto do anterior e do actual presidente da Câmara de Esposende, respectivamente Alberto Figueiredo e João Cepa (ver caixa).

"Nunca pensei esperar tanto tempo [para entrar na AR]", confessou ao PÚBLICO, numa alusão às expectativas criadas após as eleições, que apontavam para a eventual integração no Governo (ou noutros lugares da administração pública) de alguns dos eleitos do PSD por Braga. Só que, à excepção de Luís Cirilo - que assumiu o cargo de governador civil do distrito - mais nenhum dos restantes deputados abandonou S. Bento. Agostinho Silva ficou assim em lista de espera. Mas agora, que já se estreou no Parlamento, acredita que não será uma experiência transitória: "Seria bom ficar até ao final do mandato, mas não posso exigir nada. Estou apenas ao serviço do partido", afiança.

O pedido de suspensão apresentado por Tavares Moreira pode variar entre um mínimo de 50 dias e um máximo de dez meses. Apesar de ainda estar a "apalpar os cantos à casa" - no que tem sido ajudado pelos seus colegas de partido ou de curso -, Agostinho promete "ser uma mais-valia para a defesa dos interesses do distrito". As primeiras iniciativas parlamentares em que pretende apostar respeitam ao concelho de Esposende.

Esta inesperada substituição foi motivada pelo facto de Tavares Moreira ter suspenso o mandato de deputado na semana passada, após ter sido chamado ao Banco de Portugal (BP) para prestar declarações num processo de contra-ordenação ao Central Banco de Investimento (CBI). Segundo noticiou o semanário Expresso no último sábado, o BP suspeita que terá havido ocultação de prejuízos e manipulação de contas durante os exercícios de 2000 e 2001 do CBI - numa altura em que Tavares Moreira era responsável pelo banco. Uma operação realizada em "off-shores" da Suíça e que terá envolvido montantes superiores a 25 milhões de euros. Numa carta que enviou à comissão de ética da Assembleia da República, o ex-governador do BP assegura estar de "consciência absolutamente tranquila" e que não retirou "qualquer benefício ou vantagem pessoal" da situação. Com esta suspensão de mandato, Tavares Moreira "liberta-se" da imunidade parlamentar e fica disponível para responder às acusações deste processo.

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