EXPRESSO: Vidas

31-12-2002
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23/11/2002

GENTE

Uma gaffe premonitória? Coordenação de Pedro Andrade

FOTOGRAFIAS DE RUI OCHÔA Almeida Santos, que foi um dos mais bem-humorados presidentes da Assembleia da República, provou no Congresso do PS que continua em forma. O presidente do Partido Socialista abriu os trabalhos elogiando a atitude de Ferro Rodrigues, por este ter feito questão de avalizar a sua liderança em Congresso apenas nove meses depois de ter sido eleito em Convenção, e provocou logo um sorriso aos delegados ao «duvidar» do sucesso da iniciativa: «Se é que o vai ser (avalizado). Há grandes dúvidas a esse respeito!» , que foi um dos mais bem-humorados presidentes da Assembleia da República, provou no Congresso do PS que continua em forma. O presidente do Partido Socialista abriu os trabalhos elogiando a atitude de, por este ter feito questão de avalizar a sua liderança em Congresso apenas nove meses depois de ter sido eleito em Convenção, e provocou logo um sorriso aos delegados ao «duvidar» do sucesso da iniciativa: Mas gargalhada mesmo arrancou à assistência ao prosseguir o elogio da «atitude muito nobre» do secretário-geral: «Não há memória de um líder parlamentar a ter tido». Líder... parlamentar? GENTE percebe que os seis anos de condução do Parlamento tenham induzido Almeida Santos à «gaffe»... ou será que o histórico socialista também é dos que pensa que o sucessor de Ferro passou pela primeira fila do hemiciclo antes de «acostar» ao Largo do Rato?

A noviça entusiasta Mais até do que Ferro Rodrigues, a verdadeira estrela do XIII Congresso socialista foi Ana Gomes (ao centro, na foto). A ainda embaixadora de Portugal na Indonésia foi a verdadeira nota de novidade numa equipa que o secretário-geral prometia renovada e surpreendeu ao anunciar trocar a agitada carreira diplomática pela pachorrenta vida partidária. Chegou discreta e tímida ao Coliseu dos Recreios, prestando parcas declarações, refugiando-se no facto de ainda ser diplomata. Mas, uma vez instalada na plateia, revelou-se uma das mais entusiastas socialistas presentes, saltando e levantando o punho sempre que do palco vinha um apelo que tocava mais fundo no seu coração de esquerda. Com efeito, não é preciso falar quando o gesto... é tudo. Mais até do que, a verdadeira estrela do XIII Congresso socialista foi(ao centro, na foto). A ainda embaixadora de Portugal na Indonésia foi a verdadeira nota de novidade numa equipa que o secretário-geral prometia renovada e surpreendeu ao anunciar trocar a agitada carreira diplomática pela pachorrenta vida partidária. Chegou discreta e tímida ao Coliseu dos Recreios, prestando parcas declarações, refugiando-se no facto de ainda ser diplomata. Mas, uma vez instalada na plateia, revelou-se uma das mais entusiastas socialistas presentes, saltando e levantando o punho sempre que do palco vinha um apelo que tocava mais fundo no seu coração de esquerda. Com efeito, não é preciso falar quando o gesto... é tudo.

Bocejo de esquerda O bocejo de Manuel Alegre deve ter sido apanhado pelas objectivas enquanto falava José Sócrates ou Jaime Gama ou António José Seguro, ferozes defensores de um rumo moderado para o Partido Socialista. Alegre, que recorreu à sempre útil metáfora futebolística para demonstrar o seu apoio a Ferro Rodrigues - «Não somos um clube de futebol que muda de treinador consoante o resultado» -, falou entusiasticamente na necessidade de o PS negociar com a esquerda, caso não tenha maioria absoluta nas próximas legislativas. E não só foi dos oradores mais aplaudidos como não há registo fotográfico de bocejos enquanto falava. Se isto quer dizer alguma coisa... O bocejo dedeve ter sido apanhado pelas objectivas enquanto falavaouou, ferozes defensores de um rumo moderado para o Partido Socialista. Alegre, que recorreu à sempre útil metáfora futebolística para demonstrar o seu apoio a-, falou entusiasticamente na necessidade de o PS negociar com a esquerda, caso não tenha maioria absoluta nas próximas legislativas. E não só foi dos oradores mais aplaudidos como não há registo fotográfico de bocejos enquanto falava. Se isto quer dizer alguma coisa...

Se nem o Salazar! Escrupuloso vigilante dos escassíssimos quatro minutos atribuídos aos 96 congressistas inscritos para intervir no debate sobre a moção do secretário-geral, Almeida Santos enfrentou muitas dificuldades para conseguir limitar a capacidade oratória dos socialistas. Logo de início: o primeiro a intervir, e a ultrapassar largamente o tempo, foi Manuel Alegre. E de nada valeram os apelos do presidente da Mesa a que o tribuno limitasse a intervenção, pois o seu microfone estava sem som. Quando, finalmente, conseguiu voltar a fazer-se ouvir, Almeida Santos não poupou... os responsáveis técnicos: «Eu peço aos camaradas que estão no registo de som que não me voltem a cortar o pio. Nem o Salazar conseguiu isso!»

Recorde na Invicta Hernâni Gonçalves (na foto), vereador da Câmara do Porto, não consegue disfarçar o orgulho: recebeu pelo correio, na terça-feira, o diploma do Guinness que sanciona a participação de 2627 Pais Natal no desfile que coordenou no dia 23 de Dezembro do ano passado. É a primeira vez que a «Mui Leal e Invicta Cidade» entra no livro de recordes do Guinness, pela mão de Gonçalves, apadrinhado pelo ex-presidente da Câmara Nuno Cardoso. Rui Rio já tinha ganho as eleições e preparava-se para substituir o executivo socialista e o Desfile Mundial de Pais Natal era o último grande gesto de Cardoso. «O Porto precisa de pensar grande», disse na altura o vereador, com palavras que ainda hoje repete com grande frequência. A autarquia conseguiu reunir os Pais Natal numa mega-operação que teve atenções mediáticas internacionais e que agora é desafiada por cidades chinesas e norte-americanas. «Se eles nos ultrapassarem, o Porto deve voltar à carga», ameaçou Hernâni Gonçalves. RUI DUARTE SILVA

Gays precisam-se NICOLAS ASFOURI / EPA A guerra também se ganha na retaguarda e que o diga a falecida rainha-mãe Isabel de Inglaterra que, enquanto os machos da corte discutiam estratégias para defender a Grã-Bretanha da ameaça nazi, assumia a tarefa de proteger a castidade das herdeiras - Isabel (na foto) e Margarida. O velho cinto de castidade sucumbiu à estratégia da matriarca que, numa política de recursos humanos literalmente proteccionista, abriu os portões do Palácio de Buckingham aos fiéis súbditos cuja virilidade não cumpria os mínimos exigidos pelo Exército real. Era a Coroa no feminino. «A rainha-mãe julgou melhor empregar homens que não lhes podiam tocar», revelava esta semana Liam Brook, ex-funcionário do palácio, aos tablóides londrinos, explicando o porquê de tanto serviçal com tendências homossexuais. O hábito fez escola e desde então uma invasão gay tomou conta do palácio. Nas décadas seguintes os mais velhos tratavam de mostrar os cantos à casa aos caloiros, mantendo-se o costume. Mas, hoje, os britânicos interrogam-se: para que manter esta tradição entre os serviçais, já que os actuais herdeiros da coroa são os príncipes Guilherme e Henrique? A guerra também se ganha na retaguarda e que o diga a falecida rainha-mãede Inglaterra que, enquanto os machos da corte discutiam estratégias para defender a Grã-Bretanha da ameaça nazi, assumia a tarefa de proteger a castidade das herdeiras -(na foto) e. O velho cinto de castidade sucumbiu à estratégia da matriarca que, numa política de recursos humanos literalmente proteccionista, abriu os portões do Palácio de Buckingham aos fiéis súbditos cuja virilidade não cumpria os mínimos exigidos pelo Exército real. Era a Coroa no feminino. «A rainha-mãe julgou melhor empregar homens que não lhes podiam tocar», revelava esta semana, ex-funcionário do palácio, aos tablóides londrinos, explicando o porquê de tanto serviçal com tendências homossexuais. O hábito fez escola e desde então uma invasão gay tomou conta do palácio. Nas décadas seguintes os mais velhos tratavam de mostrar os cantos à casa aos caloiros, mantendo-se o costume. Mas, hoje, os britânicos interrogam-se: para que manter esta tradição entre os serviçais, já que os actuais herdeiros da coroa são os príncipes

Cadilhe labiríntico... Na sua posse como presidente da Agência Portuguesa para o Investimento (API), Miguel Cadilhe forçou as centenas de convidados a passarem por um corredor escuro, sinuoso e labiríntico para entrarem na sala da Alfândega do Porto em que decorreu a sessão. A intenção era clara - até agora investir em Portugal era um inferno de pareceres, em que entidades burocratizadas e estúpidas só criavam dificuldades a um empresário. Mesmo desculpando algum exagero de forma, a verdade é que os cartazes estrategicamente colocados no circuito deixavam a ideia de um país subdesenvolvido, terceiro-mundista, uma visão que a alguns empresários pareceu de mau gosto e que institutos como o ICEP ou o IAPMEI, a quem cabia até agora apoiar o investimento, por certo não apreciaram. A ideia, glosada depois nos discursos de Cadilhe e do próprio ministro da Economia, Carlos Tavares, era que se até agora se vivia no inferno, com a API os investidores estarão no céu. Uma mensagem que coloca mais pressão numa agência cujos gestores têm uma componente variável no salário em função do seu sucesso.

... e com bom sucesso SÉRGIO GRANADEIRO Miguel Cadilhe não resistiu na sua intervenção como presidente da API a fazer uma graçola com o facto da agência estar situada no Edifício Península, na Praça do Bom Sucesso, aliás o mesmo que acolheu os serviços da Porto 2001. A sua apresentação terminava mesmo com essa indicação, transmitindo às centenas de empresários e gestores presentes a mensagem de que se tratava de uma escolha premonitória. Na sessão, a Sonae era o grupo mais representado - Paulo Azevedo, António Casanova e Ângelo Paupério, entre outros -, Paulo Fernandes, da Cofina, não se coibiu de se manter ao telemóvel durante o discurso de Carlos Tavares, e Mira Amaral entrou na sala já com a sessão a meio, curiosamente num momento em que Cadilhe dizia que esta iniciativa «chega atrasada». Ludgero Marques, da Associação Empresarial de Portugal (AEP), posou para as fotografias quase abraçado ao seu ex-rival Rocha de Matos, da Associação Industrial Portuguesa. Mas, a jogar em casa, a AEP não compareceu em força, como se esperava. Talvez porque o actual ministro da Economia ainda não caiu nas suas boas graças e há mesmo directores que, em privado, vão ameaçando com manifestações à porta do seu ministério... não resistiu na sua intervenção como presidente da API a fazer uma graçola com o facto da agência estar situada no Edifício Península, na Praça do Bom Sucesso, aliás o mesmo que acolheu os serviços da Porto 2001. A sua apresentação terminava mesmo com essa indicação, transmitindo às centenas de empresários e gestores presentes a mensagem de que se tratava de uma escolha premonitória. Na sessão, a Sonae era o grupo mais representado -, entre outros -,, da Cofina, não se coibiu de se manter ao telemóvel durante o discurso de, eentrou na sala já com a sessão a meio, curiosamente num momento em que Cadilhe dizia que esta iniciativa, da Associação Empresarial de Portugal (AEP), posou para as fotografias quase abraçado ao seu ex-rival, da Associação Industrial Portuguesa. Mas, a jogar em casa, a AEP não compareceu em força, como se esperava. Talvez porque o actual ministro da Economia ainda não caiu nas suas boas graças e há mesmo directores que, em privado, vão ameaçando com manifestações à porta do seu ministério...

Manifesto anti-Cardoso Já se sabe que na política, como no futebol, o que hoje é verdade, amanhã é mentira e que, como diria o Eça, só os burros não mudam de opinião. Mas também é verdade que só por estranhos interesses se pode mudar de ideias de uma dia para o outro. Uma semana antes de fazer as pazes com Nuno Cardoso e surgir em almoços amigáveis com o ex-presidente da Câmara do Porto que, por sinal, passou a ter assento na Comissão Nacional do PS, Orlando Gaspar, o chefe dos socialistas portuenses, enviara aos mais destacados militantes um extenso dossier que constituía um verdadeiro manifesto anti-Cardoso. O dossier desancava Cardoso de alto a baixo, culpando-o pela derrocada eleitoral autárquica ao «orquestrar uma campanha contra o seu próprio partido». Gaspar traçava o perfil do seu ex-inimigo desde que Fernando Gomes o foi buscar à Faculdade de Engenharia para o assessorar no trânsito, lembrava que ele dissera que não acumularia vencimentos mas que depois levantou os seus salários da Câmara, acusava que durante a campanha eleitoral iniciou obras em ruas com nítido propósito de provocar a ira dos portuenses e não se esquecia das suas opiniões, já no mandato de Rui Rio, sempre contrárias às dos vereadores socialistas. «O PS dispensa os seus apelos porque sabemos melhor do que ele o que devemos fazer», escreveu Gaspar, para quem Cardoso provou, pelos seus actos, que «não é um político, tão-pouco um militante, muito menos um timoneiro». Gaspar dizia ainda que «consta» que Cardoso terá dito a um dirigente nacional que seria candidato nas próximas autárquicas «pelo partido ou contra ele». Enfim, um rol extenso de queixas e acusações que, numa semana, ficou desactualizado. Gaspar terá tentado impedir a entrada de Cardoso na Comissão Nacional mas, como não o conseguiu vencer, preferiu a aliança. É a vida, como diria António Guterres. Já se sabe que na política, como no futebol, o que hoje é verdade, amanhã é mentira e que, como diria o Eça, só os burros não mudam de opinião. Mas também é verdade que só por estranhos interesses se pode mudar de ideias de uma dia para o outro. Uma semana antes de fazer as pazes come surgir em almoços amigáveis com o ex-presidente da Câmara do Porto que, por sinal, passou a ter assento na Comissão Nacional do PS,, o chefe dos socialistas portuenses, enviara aos mais destacados militantes um extenso dossier que constituía um verdadeiro manifesto anti-Cardoso. O dossier desancava Cardoso de alto a baixo, culpando-o pela derrocada eleitoral autárquica ao. Gaspar traçava o perfil do seu ex-inimigo desde queo foi buscar à Faculdade de Engenharia para o assessorar no trânsito, lembrava que ele dissera que não acumularia vencimentos mas que depois levantou os seus salários da Câmara, acusava que durante a campanha eleitoral iniciou obras em ruas com nítido propósito de provocar a ira dos portuenses e não se esquecia das suas opiniões, já no mandato de, sempre contrárias às dos vereadores socialistas., escreveu Gaspar, para quem Cardoso provou, pelos seus actos, que. Gaspar dizia ainda queque Cardoso terá dito a um dirigente nacional que seria candidato nas próximas autárquicas. Enfim, um rol extenso de queixas e acusações que, numa semana, ficou desactualizado. Gaspar terá tentado impedir a entrada de Cardoso na Comissão Nacional mas, como não o conseguiu vencer, preferiu a aliança. É a vida, como diria

Mais papistas que a «papisa» Durante a discussão na especialidade do Orçamento do Estado o deputado socialista Afonso Candal, falando para Manuela Ferreira Leite, disse: «A senhora, que tinha idade para ser minha avó...» Como em tantas ocasiões acontece, houve quem risse e houve quem protestasse. Mas o incidente teve o seu quê de inédito: 34 parlamentares do PSD (incluindo Guilherme Silva, o líder da bancada), indignados, decidiram apresentar um voto de protesto. A saber, porque «esta expressão traduz de quem a utiliza um intuito de carácter discriminatório, demonstrando que toda a retórica teórica de igualdade se esboroa de forma grosseira quando no debate político se não resiste a ceder ao real sentimento de que uma mulher que é ministra de Estado e das Finanças é, apesar de tudo, na cabeça de quem assim fala, 'apenas' mulher. É inadmissível que um deputado se exprima com mal disfarçado desprezo pelas mulheres, utilizando nesta Assembleia linguagem manifestamente discriminatória em relação ao género». Safa! Isto é que é ser mais papista... que a «papisa»! Durante a discussão na especialidade do Orçamento do Estado o deputado socialista, falando para, disse:Como em tantas ocasiões acontece, houve quem risse e houve quem protestasse. Mas o incidente teve o seu quê de inédito: 34 parlamentares do PSD (incluindo, o líder da bancada), indignados, decidiram apresentar um voto de protesto. A saber, porque. Safa! Isto é que é ser mais papista... que a «papisa»!

Caldeiradas laranja Sabe qual é a mais recente sede do PSD? GENTE também não sabia, mas descobriu que foi inaugurada na segunda-feira e fica na ilha da Madeira: é a sede da freguesia da Ponta do Pargo. Depois do episódio da campanha eleitoral, em que a mulher do líder do PSD, Margarida Sousa Uva, comparou José Manuel Durão Barroso a um cherne, o partido continua a mostrar a sua inclinação para as actividades piscatórias. Segundo o comunicado à Imprensa, feito pelo PSD da Madeira (que insiste em auto-intitular-se PSD-Partido da Autonomia), a nova sede «vem proporcionar a todos os militantes e simpatizantes da Ponta do Pargo um novo local para a realização de reuniões e de actividades lúdicas». Como, por exemplo, organizar boas caldeiradas?

Vale a pena ser cientista? RUI DUARTE SILVA O jornalista do EXPRESSO Jorge Massada (ao centro) lançou na segunda-feira passada, no auditório da Biblioteca Almeida Garrett, no Palácio de Cristal do Porto, o livro «Vale a Pena ser Cientista?» perante uma plateia de 300 pessoas que assistiu ao debate de apresentação. Os investigadores Alexandre Quintanilha, António Coutinho, Arsélio Pato de Carvalho (actual reitor da Universidade de Coimbra), Manuel Sobrinho Simões e José Mariano Gago (autor do prefácio) discutiram durante duas horas e meia com o público as peripécias da Ciência em Portugal. O livro conta, sob a forma de entrevista, a história dos quatro primeiros, os seus pequenos segredos de infância, as suas descobertas de juventude, a forma como «fintaram» a guerra colonial, o fascínio pela investigação e o regresso a um país de onde a maior parte deles teve de sair para percorrer o caminho que os levou ao «top» científico nacional e internacional. O jornalista do EXPRESSO(ao centro) lançou na segunda-feira passada, no auditório da Biblioteca Almeida Garrett, no Palácio de Cristal do Porto, o livro «Vale a Pena ser Cientista?» perante uma plateia de 300 pessoas que assistiu ao debate de apresentação. Os investigadores(actual reitor da Universidade de Coimbra),(autor do prefácio) discutiram durante duas horas e meia com o público as peripécias da Ciência em Portugal. O livro conta, sob a forma de entrevista, a história dos quatro primeiros, os seus pequenos segredos de infância, as suas descobertas de juventude, a forma como «fintaram» a guerra colonial, o fascínio pela investigação e o regresso a um país de onde a maior parte deles teve de sair para percorrer o caminho que os levou ao «top» científico nacional e internacional.

Sickert, o Estripador À vez, já foram acusados postumamente mais suspeitos da autoria dos crimes do mistério de Whitechapel do que o número de vítimas. Só os próprios intervenientes terão levado para a sepultura a certeza sobre a autoria dos assassínios das cinco prostitutas, ocorridos em 1888. Ainda assim, o assunto apaixonou gerações; livros e teses acumulam-se sobre Jack, o Estripador. A mais recente interessada no tema é Patricia Cornwell. A escritora norte-americana deslocou-se a Londres, onde conheceu um elemento da Scotland Yard especialista em «Jack the Ripper». Entusiasmada com as suspeitas do agente sobre o pintor Walter Richard Sickert, a autora de policiais decidiu aprofundar as investigações. Comprou 30 quadros do autor e uma mesa do artista, contratou médicos legistas para analisarem possíveis rastos de ADN. Cornwell lançou agora um livro com as conclusões, «Retrato de um assassino - Caso encerrado». Pelo menos para ela.

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Uma gaffe premonitória? Coordenação de Pedro Andrade

FOTOGRAFIAS DE RUI OCHÔA Almeida Santos, que foi um dos mais bem-humorados presidentes da Assembleia da República, provou no Congresso do PS que continua em forma. O presidente do Partido Socialista abriu os trabalhos elogiando a atitude de Ferro Rodrigues, por este ter feito questão de avalizar a sua liderança em Congresso apenas nove meses depois de ter sido eleito em Convenção, e provocou logo um sorriso aos delegados ao «duvidar» do sucesso da iniciativa: «Se é que o vai ser (avalizado). Há grandes dúvidas a esse respeito!» , que foi um dos mais bem-humorados presidentes da Assembleia da República, provou no Congresso do PS que continua em forma. O presidente do Partido Socialista abriu os trabalhos elogiando a atitude de, por este ter feito questão de avalizar a sua liderança em Congresso apenas nove meses depois de ter sido eleito em Convenção, e provocou logo um sorriso aos delegados ao «duvidar» do sucesso da iniciativa: Mas gargalhada mesmo arrancou à assistência ao prosseguir o elogio da «atitude muito nobre» do secretário-geral: «Não há memória de um líder parlamentar a ter tido». Líder... parlamentar? GENTE percebe que os seis anos de condução do Parlamento tenham induzido Almeida Santos à «gaffe»... ou será que o histórico socialista também é dos que pensa que o sucessor de Ferro passou pela primeira fila do hemiciclo antes de «acostar» ao Largo do Rato?

A noviça entusiasta Mais até do que Ferro Rodrigues, a verdadeira estrela do XIII Congresso socialista foi Ana Gomes (ao centro, na foto). A ainda embaixadora de Portugal na Indonésia foi a verdadeira nota de novidade numa equipa que o secretário-geral prometia renovada e surpreendeu ao anunciar trocar a agitada carreira diplomática pela pachorrenta vida partidária. Chegou discreta e tímida ao Coliseu dos Recreios, prestando parcas declarações, refugiando-se no facto de ainda ser diplomata. Mas, uma vez instalada na plateia, revelou-se uma das mais entusiastas socialistas presentes, saltando e levantando o punho sempre que do palco vinha um apelo que tocava mais fundo no seu coração de esquerda. Com efeito, não é preciso falar quando o gesto... é tudo. Mais até do que, a verdadeira estrela do XIII Congresso socialista foi(ao centro, na foto). A ainda embaixadora de Portugal na Indonésia foi a verdadeira nota de novidade numa equipa que o secretário-geral prometia renovada e surpreendeu ao anunciar trocar a agitada carreira diplomática pela pachorrenta vida partidária. Chegou discreta e tímida ao Coliseu dos Recreios, prestando parcas declarações, refugiando-se no facto de ainda ser diplomata. Mas, uma vez instalada na plateia, revelou-se uma das mais entusiastas socialistas presentes, saltando e levantando o punho sempre que do palco vinha um apelo que tocava mais fundo no seu coração de esquerda. Com efeito, não é preciso falar quando o gesto... é tudo.

Bocejo de esquerda O bocejo de Manuel Alegre deve ter sido apanhado pelas objectivas enquanto falava José Sócrates ou Jaime Gama ou António José Seguro, ferozes defensores de um rumo moderado para o Partido Socialista. Alegre, que recorreu à sempre útil metáfora futebolística para demonstrar o seu apoio a Ferro Rodrigues - «Não somos um clube de futebol que muda de treinador consoante o resultado» -, falou entusiasticamente na necessidade de o PS negociar com a esquerda, caso não tenha maioria absoluta nas próximas legislativas. E não só foi dos oradores mais aplaudidos como não há registo fotográfico de bocejos enquanto falava. Se isto quer dizer alguma coisa... O bocejo dedeve ter sido apanhado pelas objectivas enquanto falavaouou, ferozes defensores de um rumo moderado para o Partido Socialista. Alegre, que recorreu à sempre útil metáfora futebolística para demonstrar o seu apoio a-, falou entusiasticamente na necessidade de o PS negociar com a esquerda, caso não tenha maioria absoluta nas próximas legislativas. E não só foi dos oradores mais aplaudidos como não há registo fotográfico de bocejos enquanto falava. Se isto quer dizer alguma coisa...

Se nem o Salazar! Escrupuloso vigilante dos escassíssimos quatro minutos atribuídos aos 96 congressistas inscritos para intervir no debate sobre a moção do secretário-geral, Almeida Santos enfrentou muitas dificuldades para conseguir limitar a capacidade oratória dos socialistas. Logo de início: o primeiro a intervir, e a ultrapassar largamente o tempo, foi Manuel Alegre. E de nada valeram os apelos do presidente da Mesa a que o tribuno limitasse a intervenção, pois o seu microfone estava sem som. Quando, finalmente, conseguiu voltar a fazer-se ouvir, Almeida Santos não poupou... os responsáveis técnicos: «Eu peço aos camaradas que estão no registo de som que não me voltem a cortar o pio. Nem o Salazar conseguiu isso!»

Recorde na Invicta Hernâni Gonçalves (na foto), vereador da Câmara do Porto, não consegue disfarçar o orgulho: recebeu pelo correio, na terça-feira, o diploma do Guinness que sanciona a participação de 2627 Pais Natal no desfile que coordenou no dia 23 de Dezembro do ano passado. É a primeira vez que a «Mui Leal e Invicta Cidade» entra no livro de recordes do Guinness, pela mão de Gonçalves, apadrinhado pelo ex-presidente da Câmara Nuno Cardoso. Rui Rio já tinha ganho as eleições e preparava-se para substituir o executivo socialista e o Desfile Mundial de Pais Natal era o último grande gesto de Cardoso. «O Porto precisa de pensar grande», disse na altura o vereador, com palavras que ainda hoje repete com grande frequência. A autarquia conseguiu reunir os Pais Natal numa mega-operação que teve atenções mediáticas internacionais e que agora é desafiada por cidades chinesas e norte-americanas. «Se eles nos ultrapassarem, o Porto deve voltar à carga», ameaçou Hernâni Gonçalves. RUI DUARTE SILVA

Gays precisam-se NICOLAS ASFOURI / EPA A guerra também se ganha na retaguarda e que o diga a falecida rainha-mãe Isabel de Inglaterra que, enquanto os machos da corte discutiam estratégias para defender a Grã-Bretanha da ameaça nazi, assumia a tarefa de proteger a castidade das herdeiras - Isabel (na foto) e Margarida. O velho cinto de castidade sucumbiu à estratégia da matriarca que, numa política de recursos humanos literalmente proteccionista, abriu os portões do Palácio de Buckingham aos fiéis súbditos cuja virilidade não cumpria os mínimos exigidos pelo Exército real. Era a Coroa no feminino. «A rainha-mãe julgou melhor empregar homens que não lhes podiam tocar», revelava esta semana Liam Brook, ex-funcionário do palácio, aos tablóides londrinos, explicando o porquê de tanto serviçal com tendências homossexuais. O hábito fez escola e desde então uma invasão gay tomou conta do palácio. Nas décadas seguintes os mais velhos tratavam de mostrar os cantos à casa aos caloiros, mantendo-se o costume. Mas, hoje, os britânicos interrogam-se: para que manter esta tradição entre os serviçais, já que os actuais herdeiros da coroa são os príncipes Guilherme e Henrique? A guerra também se ganha na retaguarda e que o diga a falecida rainha-mãede Inglaterra que, enquanto os machos da corte discutiam estratégias para defender a Grã-Bretanha da ameaça nazi, assumia a tarefa de proteger a castidade das herdeiras -(na foto) e. O velho cinto de castidade sucumbiu à estratégia da matriarca que, numa política de recursos humanos literalmente proteccionista, abriu os portões do Palácio de Buckingham aos fiéis súbditos cuja virilidade não cumpria os mínimos exigidos pelo Exército real. Era a Coroa no feminino. «A rainha-mãe julgou melhor empregar homens que não lhes podiam tocar», revelava esta semana, ex-funcionário do palácio, aos tablóides londrinos, explicando o porquê de tanto serviçal com tendências homossexuais. O hábito fez escola e desde então uma invasão gay tomou conta do palácio. Nas décadas seguintes os mais velhos tratavam de mostrar os cantos à casa aos caloiros, mantendo-se o costume. Mas, hoje, os britânicos interrogam-se: para que manter esta tradição entre os serviçais, já que os actuais herdeiros da coroa são os príncipes

Cadilhe labiríntico... Na sua posse como presidente da Agência Portuguesa para o Investimento (API), Miguel Cadilhe forçou as centenas de convidados a passarem por um corredor escuro, sinuoso e labiríntico para entrarem na sala da Alfândega do Porto em que decorreu a sessão. A intenção era clara - até agora investir em Portugal era um inferno de pareceres, em que entidades burocratizadas e estúpidas só criavam dificuldades a um empresário. Mesmo desculpando algum exagero de forma, a verdade é que os cartazes estrategicamente colocados no circuito deixavam a ideia de um país subdesenvolvido, terceiro-mundista, uma visão que a alguns empresários pareceu de mau gosto e que institutos como o ICEP ou o IAPMEI, a quem cabia até agora apoiar o investimento, por certo não apreciaram. A ideia, glosada depois nos discursos de Cadilhe e do próprio ministro da Economia, Carlos Tavares, era que se até agora se vivia no inferno, com a API os investidores estarão no céu. Uma mensagem que coloca mais pressão numa agência cujos gestores têm uma componente variável no salário em função do seu sucesso.

... e com bom sucesso SÉRGIO GRANADEIRO Miguel Cadilhe não resistiu na sua intervenção como presidente da API a fazer uma graçola com o facto da agência estar situada no Edifício Península, na Praça do Bom Sucesso, aliás o mesmo que acolheu os serviços da Porto 2001. A sua apresentação terminava mesmo com essa indicação, transmitindo às centenas de empresários e gestores presentes a mensagem de que se tratava de uma escolha premonitória. Na sessão, a Sonae era o grupo mais representado - Paulo Azevedo, António Casanova e Ângelo Paupério, entre outros -, Paulo Fernandes, da Cofina, não se coibiu de se manter ao telemóvel durante o discurso de Carlos Tavares, e Mira Amaral entrou na sala já com a sessão a meio, curiosamente num momento em que Cadilhe dizia que esta iniciativa «chega atrasada». Ludgero Marques, da Associação Empresarial de Portugal (AEP), posou para as fotografias quase abraçado ao seu ex-rival Rocha de Matos, da Associação Industrial Portuguesa. Mas, a jogar em casa, a AEP não compareceu em força, como se esperava. Talvez porque o actual ministro da Economia ainda não caiu nas suas boas graças e há mesmo directores que, em privado, vão ameaçando com manifestações à porta do seu ministério... não resistiu na sua intervenção como presidente da API a fazer uma graçola com o facto da agência estar situada no Edifício Península, na Praça do Bom Sucesso, aliás o mesmo que acolheu os serviços da Porto 2001. A sua apresentação terminava mesmo com essa indicação, transmitindo às centenas de empresários e gestores presentes a mensagem de que se tratava de uma escolha premonitória. Na sessão, a Sonae era o grupo mais representado -, entre outros -,, da Cofina, não se coibiu de se manter ao telemóvel durante o discurso de, eentrou na sala já com a sessão a meio, curiosamente num momento em que Cadilhe dizia que esta iniciativa, da Associação Empresarial de Portugal (AEP), posou para as fotografias quase abraçado ao seu ex-rival, da Associação Industrial Portuguesa. Mas, a jogar em casa, a AEP não compareceu em força, como se esperava. Talvez porque o actual ministro da Economia ainda não caiu nas suas boas graças e há mesmo directores que, em privado, vão ameaçando com manifestações à porta do seu ministério...

Manifesto anti-Cardoso Já se sabe que na política, como no futebol, o que hoje é verdade, amanhã é mentira e que, como diria o Eça, só os burros não mudam de opinião. Mas também é verdade que só por estranhos interesses se pode mudar de ideias de uma dia para o outro. Uma semana antes de fazer as pazes com Nuno Cardoso e surgir em almoços amigáveis com o ex-presidente da Câmara do Porto que, por sinal, passou a ter assento na Comissão Nacional do PS, Orlando Gaspar, o chefe dos socialistas portuenses, enviara aos mais destacados militantes um extenso dossier que constituía um verdadeiro manifesto anti-Cardoso. O dossier desancava Cardoso de alto a baixo, culpando-o pela derrocada eleitoral autárquica ao «orquestrar uma campanha contra o seu próprio partido». Gaspar traçava o perfil do seu ex-inimigo desde que Fernando Gomes o foi buscar à Faculdade de Engenharia para o assessorar no trânsito, lembrava que ele dissera que não acumularia vencimentos mas que depois levantou os seus salários da Câmara, acusava que durante a campanha eleitoral iniciou obras em ruas com nítido propósito de provocar a ira dos portuenses e não se esquecia das suas opiniões, já no mandato de Rui Rio, sempre contrárias às dos vereadores socialistas. «O PS dispensa os seus apelos porque sabemos melhor do que ele o que devemos fazer», escreveu Gaspar, para quem Cardoso provou, pelos seus actos, que «não é um político, tão-pouco um militante, muito menos um timoneiro». Gaspar dizia ainda que «consta» que Cardoso terá dito a um dirigente nacional que seria candidato nas próximas autárquicas «pelo partido ou contra ele». Enfim, um rol extenso de queixas e acusações que, numa semana, ficou desactualizado. Gaspar terá tentado impedir a entrada de Cardoso na Comissão Nacional mas, como não o conseguiu vencer, preferiu a aliança. É a vida, como diria António Guterres. Já se sabe que na política, como no futebol, o que hoje é verdade, amanhã é mentira e que, como diria o Eça, só os burros não mudam de opinião. Mas também é verdade que só por estranhos interesses se pode mudar de ideias de uma dia para o outro. Uma semana antes de fazer as pazes come surgir em almoços amigáveis com o ex-presidente da Câmara do Porto que, por sinal, passou a ter assento na Comissão Nacional do PS,, o chefe dos socialistas portuenses, enviara aos mais destacados militantes um extenso dossier que constituía um verdadeiro manifesto anti-Cardoso. O dossier desancava Cardoso de alto a baixo, culpando-o pela derrocada eleitoral autárquica ao. Gaspar traçava o perfil do seu ex-inimigo desde queo foi buscar à Faculdade de Engenharia para o assessorar no trânsito, lembrava que ele dissera que não acumularia vencimentos mas que depois levantou os seus salários da Câmara, acusava que durante a campanha eleitoral iniciou obras em ruas com nítido propósito de provocar a ira dos portuenses e não se esquecia das suas opiniões, já no mandato de, sempre contrárias às dos vereadores socialistas., escreveu Gaspar, para quem Cardoso provou, pelos seus actos, que. Gaspar dizia ainda queque Cardoso terá dito a um dirigente nacional que seria candidato nas próximas autárquicas. Enfim, um rol extenso de queixas e acusações que, numa semana, ficou desactualizado. Gaspar terá tentado impedir a entrada de Cardoso na Comissão Nacional mas, como não o conseguiu vencer, preferiu a aliança. É a vida, como diria

Mais papistas que a «papisa» Durante a discussão na especialidade do Orçamento do Estado o deputado socialista Afonso Candal, falando para Manuela Ferreira Leite, disse: «A senhora, que tinha idade para ser minha avó...» Como em tantas ocasiões acontece, houve quem risse e houve quem protestasse. Mas o incidente teve o seu quê de inédito: 34 parlamentares do PSD (incluindo Guilherme Silva, o líder da bancada), indignados, decidiram apresentar um voto de protesto. A saber, porque «esta expressão traduz de quem a utiliza um intuito de carácter discriminatório, demonstrando que toda a retórica teórica de igualdade se esboroa de forma grosseira quando no debate político se não resiste a ceder ao real sentimento de que uma mulher que é ministra de Estado e das Finanças é, apesar de tudo, na cabeça de quem assim fala, 'apenas' mulher. É inadmissível que um deputado se exprima com mal disfarçado desprezo pelas mulheres, utilizando nesta Assembleia linguagem manifestamente discriminatória em relação ao género». Safa! Isto é que é ser mais papista... que a «papisa»! Durante a discussão na especialidade do Orçamento do Estado o deputado socialista, falando para, disse:Como em tantas ocasiões acontece, houve quem risse e houve quem protestasse. Mas o incidente teve o seu quê de inédito: 34 parlamentares do PSD (incluindo, o líder da bancada), indignados, decidiram apresentar um voto de protesto. A saber, porque. Safa! Isto é que é ser mais papista... que a «papisa»!

Caldeiradas laranja Sabe qual é a mais recente sede do PSD? GENTE também não sabia, mas descobriu que foi inaugurada na segunda-feira e fica na ilha da Madeira: é a sede da freguesia da Ponta do Pargo. Depois do episódio da campanha eleitoral, em que a mulher do líder do PSD, Margarida Sousa Uva, comparou José Manuel Durão Barroso a um cherne, o partido continua a mostrar a sua inclinação para as actividades piscatórias. Segundo o comunicado à Imprensa, feito pelo PSD da Madeira (que insiste em auto-intitular-se PSD-Partido da Autonomia), a nova sede «vem proporcionar a todos os militantes e simpatizantes da Ponta do Pargo um novo local para a realização de reuniões e de actividades lúdicas». Como, por exemplo, organizar boas caldeiradas?

Vale a pena ser cientista? RUI DUARTE SILVA O jornalista do EXPRESSO Jorge Massada (ao centro) lançou na segunda-feira passada, no auditório da Biblioteca Almeida Garrett, no Palácio de Cristal do Porto, o livro «Vale a Pena ser Cientista?» perante uma plateia de 300 pessoas que assistiu ao debate de apresentação. Os investigadores Alexandre Quintanilha, António Coutinho, Arsélio Pato de Carvalho (actual reitor da Universidade de Coimbra), Manuel Sobrinho Simões e José Mariano Gago (autor do prefácio) discutiram durante duas horas e meia com o público as peripécias da Ciência em Portugal. O livro conta, sob a forma de entrevista, a história dos quatro primeiros, os seus pequenos segredos de infância, as suas descobertas de juventude, a forma como «fintaram» a guerra colonial, o fascínio pela investigação e o regresso a um país de onde a maior parte deles teve de sair para percorrer o caminho que os levou ao «top» científico nacional e internacional. O jornalista do EXPRESSO(ao centro) lançou na segunda-feira passada, no auditório da Biblioteca Almeida Garrett, no Palácio de Cristal do Porto, o livro «Vale a Pena ser Cientista?» perante uma plateia de 300 pessoas que assistiu ao debate de apresentação. Os investigadores(actual reitor da Universidade de Coimbra),(autor do prefácio) discutiram durante duas horas e meia com o público as peripécias da Ciência em Portugal. O livro conta, sob a forma de entrevista, a história dos quatro primeiros, os seus pequenos segredos de infância, as suas descobertas de juventude, a forma como «fintaram» a guerra colonial, o fascínio pela investigação e o regresso a um país de onde a maior parte deles teve de sair para percorrer o caminho que os levou ao «top» científico nacional e internacional.

Sickert, o Estripador À vez, já foram acusados postumamente mais suspeitos da autoria dos crimes do mistério de Whitechapel do que o número de vítimas. Só os próprios intervenientes terão levado para a sepultura a certeza sobre a autoria dos assassínios das cinco prostitutas, ocorridos em 1888. Ainda assim, o assunto apaixonou gerações; livros e teses acumulam-se sobre Jack, o Estripador. A mais recente interessada no tema é Patricia Cornwell. A escritora norte-americana deslocou-se a Londres, onde conheceu um elemento da Scotland Yard especialista em «Jack the Ripper». Entusiasmada com as suspeitas do agente sobre o pintor Walter Richard Sickert, a autora de policiais decidiu aprofundar as investigações. Comprou 30 quadros do autor e uma mesa do artista, contratou médicos legistas para analisarem possíveis rastos de ADN. Cornwell lançou agora um livro com as conclusões, «Retrato de um assassino - Caso encerrado». Pelo menos para ela.

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