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Hipertensão: uma epidemia silenciosa
A hipertensão arterial está sobretudo relacionada com o risco acrescido das doenças cardiovasculares. O controlo da patologia é difícil devido à ausência de sintomas. Esta é, aliás, uma das principais causas que explicam o não tratamento da hipertensão.
A hipertensão apresenta-se com uma elevada prevalência em Portugal, sendo considerada por muitos especialista como uma “epidemia silenciosa”. Segundo as estatísticas apresentadas por diversos especialistas presentes no 20º Encontro Nacional de Clínica Geral, apenas 20 por cento dos doentes diagnosticados estão controlados, o que significa que 80 por cento dos doentes hipertensos, mesmo a fazer terapêutica anti-hipertensiva, não estão controlados.
Segundo Acílio Vaz Gala, especialista do departamento médico do grupo Rottapharm, estes números tem uma mensagem: “há muitos doentes hipertensos que, apesar de estarem a ser tratados, não têm controlada a sua pressão arterial”. Por outras palavras, “estamos a sobrecarregar muitos doentes hipertensos com medicação que, em termos de profilaxia de acidentes vasculares cerebrais, doença isquémica, etc, não vai fazer nada”.
A lercanidipina, o novo antagonista do cálcio de 3ª geração, distingue-se pela duração prolongada das suas acções terapêuticas, pelo início gradual e suave do seu efeito antihipertensivo e selectividade vascular marcada.
“Trata-se de um excelente fármaco em termos dos seus perfis de eficácia e tolerabilidade”, afirma Acílio Vaz Gala, explicando que “podemos dizer que, em termos globais, se trata de um fármaco com o melhor perfil terapêutico e, assim sendo, não tenho a menor dúvida que se vai tornar no fármaco mais prescrito dentro do grupo dos antagonistas de cálcio”.
A escassez de sintomatologia é a causa principal de falta de tratamento eficaz em 50 por cento dos doentes diagnosticados como hipertensos. No entanto, o especialista alerta para o facto de “esta ser uma terapêutica que deverá ser feita para o resto da vida. Os estudos demonstram que os benefícios não serão visíveis nunca antes dos três anos de tratamento”.
Acílio Gala explica que a diferença entre as gerações dos antagonistas do cálcio “não se prende tanto com a eficácia, mas com a questão da tolerabilidade”. Nesta área específica, e porque estamos a falar de tratamentos prolongados, é preciso “convencer” o doente a fazer a terapêutica para o resto da vida.
“Por um lado, porque é eficaz e por outro, porque não vai ter problemas, uma vez que o fármaco não apresenta efeitos secundários”. Esta é “a grande vantagem que diferencia a lercanidipina dos outros antagonistas do cálcio”.
27 de Março de 2003
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Hipertensão: uma epidemia silenciosa
A hipertensão arterial está sobretudo relacionada com o risco acrescido das doenças cardiovasculares. O controlo da patologia é difícil devido à ausência de sintomas. Esta é, aliás, uma das principais causas que explicam o não tratamento da hipertensão.
A hipertensão apresenta-se com uma elevada prevalência em Portugal, sendo considerada por muitos especialista como uma “epidemia silenciosa”. Segundo as estatísticas apresentadas por diversos especialistas presentes no 20º Encontro Nacional de Clínica Geral, apenas 20 por cento dos doentes diagnosticados estão controlados, o que significa que 80 por cento dos doentes hipertensos, mesmo a fazer terapêutica anti-hipertensiva, não estão controlados.
Segundo Acílio Vaz Gala, especialista do departamento médico do grupo Rottapharm, estes números tem uma mensagem: “há muitos doentes hipertensos que, apesar de estarem a ser tratados, não têm controlada a sua pressão arterial”. Por outras palavras, “estamos a sobrecarregar muitos doentes hipertensos com medicação que, em termos de profilaxia de acidentes vasculares cerebrais, doença isquémica, etc, não vai fazer nada”.
A lercanidipina, o novo antagonista do cálcio de 3ª geração, distingue-se pela duração prolongada das suas acções terapêuticas, pelo início gradual e suave do seu efeito antihipertensivo e selectividade vascular marcada.
“Trata-se de um excelente fármaco em termos dos seus perfis de eficácia e tolerabilidade”, afirma Acílio Vaz Gala, explicando que “podemos dizer que, em termos globais, se trata de um fármaco com o melhor perfil terapêutico e, assim sendo, não tenho a menor dúvida que se vai tornar no fármaco mais prescrito dentro do grupo dos antagonistas de cálcio”.
A escassez de sintomatologia é a causa principal de falta de tratamento eficaz em 50 por cento dos doentes diagnosticados como hipertensos. No entanto, o especialista alerta para o facto de “esta ser uma terapêutica que deverá ser feita para o resto da vida. Os estudos demonstram que os benefícios não serão visíveis nunca antes dos três anos de tratamento”.
Acílio Gala explica que a diferença entre as gerações dos antagonistas do cálcio “não se prende tanto com a eficácia, mas com a questão da tolerabilidade”. Nesta área específica, e porque estamos a falar de tratamentos prolongados, é preciso “convencer” o doente a fazer a terapêutica para o resto da vida.
“Por um lado, porque é eficaz e por outro, porque não vai ter problemas, uma vez que o fármaco não apresenta efeitos secundários”. Esta é “a grande vantagem que diferencia a lercanidipina dos outros antagonistas do cálcio”.
27 de Março de 2003
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