Semanário Económico

01-12-2003
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Morais Sarmento aceita concentração

Grupos asseguram Liberdade de Imprensa

16-10-2003, Semanário Económico, seconomico@economica.iol.pt

Entre 139 países, Portugal ocupa o 7º lugar no ranking elaborado pelos RSF.

De acordo com um estudo elaborado pelos Repórteres Sem Fronteira (RSF), Portugal ocupa a sétima posição entre os 139 países no Top sobre liberdade de imprensa. Este é um indicador positivo, já que não há uma interferência acentuada por parte dos grupos de media nacionais nas condições de independência dos jornalistas.

No topo desta lista estão países como a Finlândia, Islândia, Noruega e Holanda, seguindo-se o Canadá, Irlanda, Portugal, Alemanha e Suécia.

Entre os países da União Europeia, Itália surge como o pior posicionado, muito devido aos condicionalismos impostos por Sílvio Berlusconi que nomeou dirigentes da sua confiança para gerir as estações televisivas. Uma forma de pressão que coaduna com os seus interesses enquanto primeiro-ministro e patrão de um grupo privado de comunicação.

Aliás, na conferência “Fórum Telecom & Media”, Jaime Castellanos, presidente do Grupo Recoletos, destaca precisamente a importância de garantir a liberdade de imprensa quando afirma que “é política da Recoletos respeitar as decisões tomadas pelas próprias direcções de cada meio, não intervindo nos produtos”.

Também Jorge Sampaio, Presidente da República, vincou já a necessidade de preservar a pluralidade de meios de comunicação social. Jorge Sampaio deixou recentemente o alerta ao país para os perigos de uma excessiva concentração. “Pode pôr em risco a alternância política e a pluralidade cultural de opinião”. A questão que está a preocupara oSindicato dos Jornalistas e o Bloco de Esquerda é que a concentração dos meios d comunicação social num reduzido número de grupos económicos, pode ter onsquências perversas ao nível da liberdade de expressão e, por consequência, sobre o próprio sistema democrático. Segundo Joaquim Vieira, do Observatório de Imprensa, “a concetração favorece que, detendo a propriedade, decidir utilizá-la sem escrúpulos”.

Recorde-se que o processo de concentração que permitiu a constituição dos actuais grupos de media começou há 15 anos, na sequência da abertura do sector audiovisual à iniciativa privada. Nesta processo primeiro foram as rádios, depois as televisões, e só depois se efectuou a privatização de títulos de imprensa que pertenciam ao Estado, tais como o “DN” e o “JN”.

Morais Sarmento aceita concentração

Grupos asseguram Liberdade de Imprensa

16-10-2003, Semanário Económico, seconomico@economica.iol.pt

Entre 139 países, Portugal ocupa o 7º lugar no ranking elaborado pelos RSF.

De acordo com um estudo elaborado pelos Repórteres Sem Fronteira (RSF), Portugal ocupa a sétima posição entre os 139 países no Top sobre liberdade de imprensa. Este é um indicador positivo, já que não há uma interferência acentuada por parte dos grupos de media nacionais nas condições de independência dos jornalistas.

No topo desta lista estão países como a Finlândia, Islândia, Noruega e Holanda, seguindo-se o Canadá, Irlanda, Portugal, Alemanha e Suécia.

Entre os países da União Europeia, Itália surge como o pior posicionado, muito devido aos condicionalismos impostos por Sílvio Berlusconi que nomeou dirigentes da sua confiança para gerir as estações televisivas. Uma forma de pressão que coaduna com os seus interesses enquanto primeiro-ministro e patrão de um grupo privado de comunicação.

Aliás, na conferência “Fórum Telecom & Media”, Jaime Castellanos, presidente do Grupo Recoletos, destaca precisamente a importância de garantir a liberdade de imprensa quando afirma que “é política da Recoletos respeitar as decisões tomadas pelas próprias direcções de cada meio, não intervindo nos produtos”.

Também Jorge Sampaio, Presidente da República, vincou já a necessidade de preservar a pluralidade de meios de comunicação social. Jorge Sampaio deixou recentemente o alerta ao país para os perigos de uma excessiva concentração. “Pode pôr em risco a alternância política e a pluralidade cultural de opinião”. A questão que está a preocupara oSindicato dos Jornalistas e o Bloco de Esquerda é que a concentração dos meios d comunicação social num reduzido número de grupos económicos, pode ter onsquências perversas ao nível da liberdade de expressão e, por consequência, sobre o próprio sistema democrático. Segundo Joaquim Vieira, do Observatório de Imprensa, “a concetração favorece que, detendo a propriedade, decidir utilizá-la sem escrúpulos”.

Recorde-se que o processo de concentração que permitiu a constituição dos actuais grupos de media começou há 15 anos, na sequência da abertura do sector audiovisual à iniciativa privada. Nesta processo primeiro foram as rádios, depois as televisões, e só depois se efectuou a privatização de títulos de imprensa que pertenciam ao Estado, tais como o “DN” e o “JN”.

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