EXPRESSO online

21-11-2002
marcar artigo

Polémicas Artigo de Mário Soares publicado no EXPRESSO

LEIA O TEXTO PUBLICADO NA EDIÇÃO Nº1553 «Estamos a assistir agora, em Portugal, depois da experiência inesquecível do 'Verão quente' de 1975, a um afloramento serôdio dessa velhíssima polémica, que se julgava ultrapassada, desta vez entre os 'renovadores' e os 'conservadores', reclamando-se por igual do PCP. Uns querem mais liberdade e democracia interna, num partido que nunca as teve, e outros persistem agarrados a uma dogmática e ao recurso a expulsões sem sentido nem eco na sociedade actual. Um debate patético!» Carta aberta Pedro Nuno Pimenta Braz

Caro dr. Mário Soares, Caro dr. Mário Soares, Permita-me vir por este meio dirigir-me ao senhor, a propósito do seu artigo, publicado pelo jornal EXPRESSO, sobre o momento da esquerda neste início do século XXI. Embora de acordo nalguns pontos, outros existem em que discordo, razão pela qual lhe dirijo esta missiva. Permita-me vir por este meio dirigir-me ao senhor, a propósito do seu artigo, publicado pelo jornal EXPRESSO, sobre o momento da esquerda neste início do século XXI. Embora de acordo nalguns pontos, outros existem em que discordo, razão pela qual lhe dirijo esta missiva. Chamo-me Pedro Nuno Pimenta Braz, tenho 37 anos, sou militante do Partido Socialista, sou católico e republicano. Chamo-me Pedro Nuno Pimenta Braz, tenho 37 anos, sou militante do Partido Socialista, sou católico e republicano. Parece-me que a divisão, hoje em dia, entre ser de esquerda ou ser de direita, mais do que por conteúdos filosóficos, deve resultar da implementação de medidas concretas que consubstanciem e traduzam uma necessária reflexão doutrinária. Parece-me que a divisão, hoje em dia, entre ser de esquerda ou ser de direita, mais do que por conteúdos filosóficos, deve resultar da implementação de medidas concretas que consubstanciem e traduzam uma necessária reflexão doutrinária. Sou do PS, porque sou social-democrata. Sou do PS, porque sou social-democrata. Porque sou social-democrata, sou de esquerda. Porque sou social-democrata, sou de esquerda. Claro, o único partido verdadeiramente social-democrata em Portugal é o PS. Em termos de ciência política, ser socialista num sistema democrático é defender a genuína social-democracia. São conceitos redundantes que apenas a história dos homens, nas lutas fratricidas do movimento operário pela dignidade de quem trabalha, ajuda a explicar. Posso atrever-me a dizer que o «socialista democrático» conserva em si o afecto e a consciência histórica que possibilitou o advir da esquerda moderna. Claro, o único partido verdadeiramente social-democrata em Portugal é o PS. Em termos de ciência política, ser socialista num sistema democrático é defender a genuína social-democracia. São conceitos redundantes que apenas a história dos homens, nas lutas fratricidas do movimento operário pela dignidade de quem trabalha, ajuda a explicar. Posso atrever-me a dizer que o «socialista democrático» conserva em si o afecto e a consciência histórica que possibilitou o advir da esquerda moderna. Bom, mas qual é essa esquerda? Bom, mas qual é essa esquerda? Concordo consigo quando refere que é necessário uma globalização ética e dos valores - esses, aliás, não se plebiscitam, valem por si. Contudo, a globalização ética só tem sentido se existir uma verdadeira globalização económica. É que o desenvolvimento não resulta do nada, sendo apenas exequível quando existe dinâmica económica. Concordo consigo quando refere que é necessário uma globalização ética e dos valores - esses, aliás, não se plebiscitam, valem por si. Contudo, a globalização ética só tem sentido se existir uma verdadeira globalização económica. É que o desenvolvimento não resulta do nada, sendo apenas exequível quando existe dinâmica económica. Sublinhe-se: desde as suas origens, não tem o Homem perseguido sempre essa globalização? O que é o comércio internacional desde os seus tempos mais remotos senão a procura persistente da alteridade? O que foram os descobrimentos portugueses? A globalização sempre existiu e continuará a existir. Não parará. É parte intrínseca da descoberta do Homem de si próprio. Contrariá-la é contranatural. Foi, porém, a inovação tecnológica nas telecomunicações que a intensificou. Deste modo, mais do que ser contra a globalização, ser de esquerda é promover a globalização do melhor que há no Homem, i.e., promover regras e equidade no relacionamento entre nações. Na actualidade, não existirá progresso nem desenvolvimento sustentado sem globalização económica. Assim, uma esquerda moderna tem de a transformar, dotando-a de um rosto humano, nunca contrariá-la. O tempo não volta para trás. Sublinhe-se: desde as suas origens, não tem o Homem perseguido sempre essa globalização? O que é o comércio internacional desde os seus tempos mais remotos senão a procura persistente da alteridade? O que foram os descobrimentos portugueses? A globalização sempre existiu e continuará a existir. Não parará. É parte intrínseca da descoberta do Homem de si próprio. Contrariá-la é contranatural. Foi, porém, a inovação tecnológica nas telecomunicações que a intensificou. Deste modo, mais do que ser contra a globalização, ser de esquerda é promover a globalização do melhor que há no Homem, i.e., promover regras e equidade no relacionamento entre nações. Na actualidade, não existirá progresso nem desenvolvimento sustentado sem globalização económica. Assim, uma esquerda moderna tem de a transformar, dotando-a de um rosto humano, nunca contrariá-la. O tempo não volta para trás. Alega também que o PS é um partido laico. Concordo e discordo. Concordo, se entender laicismo como igual respeito pelas convicções religiosas de cada um ou pela ausência delas. Discordo, se entender laicismo como ataque sistémico aos militantes que possuam convicções religiosas e católicas em particular. Essa não é a tradição do PS, que tem a liberdade como um dos seus mais nobres valores. Aliás, quero dizer-lhe que se for esse o entendimento, lutarei com todas as minhas forças contra anticlericalismos grosseiros e ultrapassados. Sou católico e não irei deixar de sê-lo, como é óbvio. Mais uma vez, essa tentação de alguns militantes mccartianos - não estou a dizer que é o caso - não tem qualquer correspondência com as bases, nem com as suas preocupações e anseios quotidianos. Alega também que o PS é um partido laico. Concordo e discordo. Concordo, se entender laicismo como igual respeito pelas convicções religiosas de cada um ou pela ausência delas. Discordo, se entender laicismo como ataque sistémico aos militantes que possuam convicções religiosas e católicas em particular. Essa não é a tradição do PS, que tem a liberdade como um dos seus mais nobres valores. Aliás, quero dizer-lhe que se for esse o entendimento, lutarei com todas as minhas forças contra anticlericalismos grosseiros e ultrapassados. Sou católico e não irei deixar de sê-lo, como é óbvio. Mais uma vez, essa tentação de alguns militantes mccartianos - não estou a dizer que é o caso - não tem qualquer correspondência com as bases, nem com as suas preocupações e anseios quotidianos. Chegado aqui, entrava naquilo que penso que configura a genuína esquerda hodierna: a que não se perde só em considerações teórico-políticas, mas que sabe encarar, frontalmente, os problemas sociais que assolam as sociedades modernas. Como? Com medida concretas, sem ceder a lóbis - quer externos, quer internos... -, deixando de lado o provincianismo de quem, subitamente, ficou deslumbrado com o poder. Chegado aqui, entrava naquilo que penso que configura a genuína esquerda hodierna: a que não se perde só em considerações teórico-políticas, mas que sabe encarar, frontalmente, os problemas sociais que assolam as sociedades modernas. Como? Com medida concretas, sem ceder a lóbis - quer externos, quer internos... -, deixando de lado o provincianismo de quem, subitamente, ficou deslumbrado com o poder. No PS, a verve tem de ser substituída, definitivamente, pela acção. Nos últimos seis anos, o mal do PS não foi ter errado na implementação de medidas concretas, mas antes, pura e simplesmente, não as ter sequer implementado. No PS, a verve tem de ser substituída, definitivamente, pela acção. Nos últimos seis anos, o mal do PS não foi ter errado na implementação de medidas concretas, mas antes, pura e simplesmente, não as ter sequer implementado. Alguns militantes falam de medidas «fracturantes». Todavia, perdem-se em jogos ideológicos que traduzem preocupantes e profundas disfunções quanto ao diagnóstico dos anseios do povo que trabalha. Eis algumas das medidas ...«fracturantes»: Alguns militantes falam de medidas «fracturantes». Todavia, perdem-se em jogos ideológicos que traduzem preocupantes e profundas disfunções quanto ao diagnóstico dos anseios do povo que trabalha. Eis algumas das medidas ...«fracturantes»: Existirá alguma medida mais fracturante para a esquerda do que uma verdadeira reforma do sistema fiscal? Penso que não. Reforma onde quem possuir rendimentos mais elevados - de facto - mais será tributado, onde as mais-valias da especulação bolsista sejam tributadas, onde termine o sigilo bancário - quem tem medo? -, onde se promova uma reestruturação de toda a administração fiscal, onde sejam validados todos os sinais exteriores de riqueza para controlo fiscal, onde, enfim, se acabe com a penalização permanente dos trabalhadores por conta de outrem. Isto é ser de esquerda, mas nada disto foi feito, nem nada disto é proposto pelo actual PS. Existirá alguma medida mais fracturante para a esquerda do que uma verdadeira reforma do sistema fiscal? Penso que não. Reforma onde quem possuir rendimentos mais elevados - de facto - mais será tributado, onde as mais-valias da especulação bolsista sejam tributadas, onde termine o sigilo bancário - quem tem medo? -, onde se promova uma reestruturação de toda a administração fiscal, onde sejam validados todos os sinais exteriores de riqueza para controlo fiscal, onde, enfim, se acabe com a penalização permanente dos trabalhadores por conta de outrem. Isto é ser de esquerda, mas nada disto foi feito, nem nada disto é proposto pelo actual PS. Existirá alguma medida mais fracturante para a esquerda do que uma verdadeira reforma do Sistema Nacional de Saúde? Onde exista a exclusividade obrigatória para os médicos que pretendam nele trabalhar, onde se termine com as clínicas privadas dentro de hospitais públicos - vg H.D. de Santarém -, onde se responsabilize os administradores dos hospitais por gestões danosas, onde se promova a criação de farmácias hospitalares com venda ao público, onde se liberalizem os alvarás das farmácias, etc, etc. Isto é ser de esquerda, mas nada disto foi feito, nem nada disto é proposto pelo actual PS. Existirá alguma medida mais fracturante para a esquerda do que uma verdadeira reforma do Sistema Nacional de Saúde? Onde exista a exclusividade obrigatória para os médicos que pretendam nele trabalhar, onde se termine com as clínicas privadas dentro de hospitais públicos - vg H.D. de Santarém -, onde se responsabilize os administradores dos hospitais por gestões danosas, onde se promova a criação de farmácias hospitalares com venda ao público, onde se liberalizem os alvarás das farmácias, etc, etc. Isto é ser de esquerda, mas nada disto foi feito, nem nada disto é proposto pelo actual PS. Existirá alguma medida mais fracturante para a esquerda do que uma verdadeira reforma do Sistema Educativo? Onde se invista com determinação no ensino público e não na sua «sucatização», onde se estabilizem os conteúdos programáticos, onde se dignifiquem os professores, onde se construam escolas do primeiro ciclo modernas e funcionais, etc, etc. Sabia, por exemplo, que na maioria das escolas do primeiro ciclo de Santarém ainda não existem computadores, que as crianças não possuem refeitórios, que não existe equipamento desportivo, que não têm vigilância e vão surgindo seringas nas casas de banho? Isto é ser de esquerda, mas nada disto foi feito, nem nada disto é proposto pelo actual PS. Existirá alguma medida mais fracturante para a esquerda do que uma verdadeira reforma do Sistema Educativo? Onde se invista com determinação no ensino público e não na sua «sucatização», onde se estabilizem os conteúdos programáticos, onde se dignifiquem os professores, onde se construam escolas do primeiro ciclo modernas e funcionais, etc, etc. Sabia, por exemplo, que na maioria das escolas do primeiro ciclo de Santarém ainda não existem computadores, que as crianças não possuem refeitórios, que não existe equipamento desportivo, que não têm vigilância e vão surgindo seringas nas casas de banho? Isto é ser de esquerda, mas nada disto foi feito, nem nada disto é proposto pelo actual PS. Existirá alguma medida mais fracturante para a esquerda do que uma verdadeira reforma na administração pública? Reforma de carreiras e estatuto, modernizando os serviços, responsabilizando as chefias, promovendo critérios de competência, rigor nos gastos - ai, ai...-, criando incentivos monetários, limitação do uso das viaturas pelos dirigentes, etc. Isto é ser de esquerda, mas nada disto foi feito, nem nada disto é proposto pelo actual PS. Existirá alguma medida mais fracturante para a esquerda do que uma verdadeira reforma na administração pública? Reforma de carreiras e estatuto, modernizando os serviços, responsabilizando as chefias, promovendo critérios de competência, rigor nos gastos - ai, ai...-, criando incentivos monetários, limitação do uso das viaturas pelos dirigentes, etc. Isto é ser de esquerda, mas nada disto foi feito, nem nada disto é proposto pelo actual PS. Existirá alguma medida mais fracturante para a esquerda do que uma verdadeira reforma interna e estatutária dos partido políticos? Só alterando profundamente os seus estatutos é que poderá ocorrer uma verdadeira renovação interna no PS. Que credibilidade têm antigos ministros, agora na oposição, tentando justificar o injustificável, em circunlóquios patéticos que só os debilitam? Que renovação pode existir se as inerências são mais do que muitas, se são os mesmo que dirigem o partido há 20 anos que estão a organizar o próximo congresso, onde vão apresentar um projecto de estatutos que os torna a privilegiar? Existirá alguma medida mais fracturante para a esquerda do que uma verdadeira reforma interna e estatutária dos partido políticos? Só alterando profundamente os seus estatutos é que poderá ocorrer uma verdadeira renovação interna no PS. Que credibilidade têm antigos ministros, agora na oposição, tentando justificar o injustificável, em circunlóquios patéticos que só os debilitam? Que renovação pode existir se as inerências são mais do que muitas, se são os mesmo que dirigem o partido há 20 anos que estão a organizar o próximo congresso, onde vão apresentar um projecto de estatutos que os torna a privilegiar? · · · · · · · · Ao invés, o que é ser de direita? É, precisamente, o contraponto de tudo isto e que o actual governo está a levar a cabo: aumentar os impostos ao consumo - IVA - que penaliza quem tem mais dificuldades, esquecendo quer a evasão fiscal quer, claro está, uma reforma estruturante do sistema fiscal. Acresce ainda a privatização do Serviço Nacional de Saúde e da Segurança Social, o desinvestimento no ensino público, o enfraquecimento da administração pública e a alteração «à vol d'oiseau» das leis laborais - sem a concomitante melhoria do funcionamento dos Tribunais de Trabalho. Ao invés, o que é ser de direita? É, precisamente, o contraponto de tudo isto e que o actual governo está a levar a cabo: aumentar os impostos ao consumo - IVA - que penaliza quem tem mais dificuldades, esquecendo quer a evasão fiscal quer, claro está, uma reforma estruturante do sistema fiscal. Acresce ainda a privatização do Serviço Nacional de Saúde e da Segurança Social, o desinvestimento no ensino público, o enfraquecimento da administração pública e a alteração «à vol d'oiseau» das leis laborais - sem a concomitante melhoria do funcionamento dos Tribunais de Trabalho. Por outro lado, as esquerdas são várias e muito diferentes. Por isso não se podem federar. Existem distâncias que não são ultrapassáveis. Os valores democráticos não são negociáveis. Por outro lado, as esquerdas são várias e muito diferentes. Por isso não se podem federar. Existem distâncias que não são ultrapassáveis. Os valores democráticos não são negociáveis. Sinceramente, não acredito que o camarada Ferro Rodrigues venha a protagonizar, a médio prazo, o futuro da esquerda em Portugal. Ganhará este congresso, mas já perdeu o partido. Federar as esquerdas é negociar valores irrenunciáveis. Alguém esperará que tanto o PCP como o Bloco de Esquerda alterem discursos e reneguem, candidamente, princípios que sempre defenderam? Algum desses partidos concorda com o sistema democrático, ou apenas o suportam porque não têm alternativa? Nesta matéria, concordo em absoluto com António Guterres: são eles que se têm de modificar, nunca o PS! Sinceramente, não acredito que o camarada Ferro Rodrigues venha a protagonizar, a médio prazo, o futuro da esquerda em Portugal. Ganhará este congresso, mas já perdeu o partido. Federar as esquerdas é negociar valores irrenunciáveis. Alguém esperará que tanto o PCP como o Bloco de Esquerda alterem discursos e reneguem, candidamente, princípios que sempre defenderam? Algum desses partidos concorda com o sistema democrático, ou apenas o suportam porque não têm alternativa? Nesta matéria, concordo em absoluto com António Guterres: são eles que se têm de modificar, nunca o PS! Caro dr. Mário Soares, ser de esquerda é levar à prática os princípios da igualdade de oportunidades, da liberdade e da solidariedade. Ser de esquerda também é possuir rigor, decisão e determinação! Ser de esquerda é não nos tornarmos a perder em infindáveis reflexões de sapiência, mas, pelo contrário, olhar para as pessoas e implementar MEDIDAS CONCRETAS que solucionem e aliviem o seu quotidiano. Caso contrário, o PS nunca mais aprenderá com os seus erros. Caro dr. Mário Soares, ser de esquerda é levar à prática os princípios da igualdade de oportunidades, da liberdade e da solidariedade. Ser de esquerda também é possuir rigor, decisão e determinação! Ser de esquerda é não nos tornarmos a perder em infindáveis reflexões de sapiência, mas, pelo contrário, olhar para as pessoas e implementar MEDIDAS CONCRETAS que solucionem e aliviem o seu quotidiano. Caso contrário, o PS nunca mais aprenderá com os seus erros. Creia, sinceramente, que só existe uma pessoa no PS que consubstanciará a necessária transformação: chama-se António Vitorino e será, após o ciclo PSD/PP, o futuro primeiro-ministro de Portugal. Creia, sinceramente, que só existe uma pessoa no PS que consubstanciará a necessária transformação: chama-se António Vitorino e será, após o ciclo PSD/PP, o futuro primeiro-ministro de Portugal. Agradeço-lhe a atenção que me dispensou e espero que continue a servir este nosso País com a nobreza com que sempre o fez. Agradeço-lhe a atenção que me dispensou e espero que continue a servir este nosso País com a nobreza com que sempre o fez. Cordiais saudações socialistas Cordiais saudações socialistas 17:07 19 Agosto 2002

enviar imprimir comentar [24]

Comentários

1 a 20 de 24 TouNaLua 02:37 7 Novembro 2002 Tantos conceitos por causa dum partido que está à beira de deixar de existir por causa de outros tantos conceitos? cascavel 03:50 19 Setembro 2002 pseudo moralista

Está a precisar de ser embalsamado! tfmouse 12:58 18 Setembro 2002 Carta Aberta Sr.Dr.MSoares

Brilhante meu caro, ha ja bastante tempo q nao lia de um "um socialaista,republicano,cristao" tao lucido reparo, e uma visao que nao tem por fim, so criticar, mas sim sujere da ideias,enfim alarga horizontes,nao tendo por fim o egocentrismo reinante, mas subleva o todo. So tenho alguma magoa e q tudo o q escreveu nao passe so de boas intencoes/ideias mas so isso...Alias de boas intencoes esta o mundo cheio-mas estas nao pagam escolas,nem enchem "barrigas" e continuamos cada vez mais na cauda da Europa!!!

Cordiais saudacoes roupa_branca 16:47 22 Agosto 2002 AlvesMar..a Anedota ou o Asco???!

"...Defender a igualdade entre o Homem e a Mulher (cuja igualdade psicológica é patente…), entre heterossexuais e homossexuais (cuja normalidade é "cientificamente comprovada", afinal são "iguais a nós") não atribuindo a estes qualquer qualificação com carga negativa ou pejorativa..." Que irónico ..que giro....alias o seu lider é conhecido pelas grandes proezas heterossexuais....ahahhahaah...que ridiculo..numa altura em que por essa Europa fora, os ditos politicos gays se assumem livremente (ministros, presidentes das câmaras Paris Berlim etc..)...aqui em Portugal é o que se vê...Não percebeu que as novas gerações nao querem HIPOCRISIA!!!!!tristezaaa..você ainda diz mal da esquerda???alias foi o proprio PP que andou a dizer que a homossexualidade era uma doença nao???Poixx...é melhor contratarem bons médicos para o vosso lider!!!!...

AlvesMar 15:44 21 Agosto 2002 Tenham dó...

Pelos vistos o meu pequeno texto irónico não alcançou o objectivo pretendido. Querendo eu animar um pouco este espaço de "polémica", recebo insultos em troca.

Se já não se pode brincar, então é bem triste.

E não me venham dizer que este espaço é algo de sério...

Sim, porque ou o meu texto_satirico não teve piada ou as indirectas aos numerosos esquerdistas que frequentam este espaço atingiram o alvo em cheio...

Saudaçoes populares. JOTAP 05:52 21 Agosto 2002 NUNO MIGUEL 14:48

"dra"Jamila o "chico" e o "toino"? !!!!!O Nuno ,rico,so precisa de escova!!!

Alves-Mar 19:36

Quase chorei.....patetico!!! AlvesMar 00:45 21 Agosto 2002 Em cheio...

"Sou filosófica e políticamente ubíquo, quere-se dizer, tenho «uma idade», e já não brinco com carrinhos..."

Para sua informação, tambeu eu não brinco já com carrinhos. E se "ter uma idade" é ser-se ubíquo fisolofica e politicamente então não tenho "idade".

Saudações populares...

PS: Pense. Hooom 23:49 20 Agosto 2002 Artigo de Mário Soares publicado no EXPRESSO

Em princípio concordo muito mais com o sangue novo evidenciado pela carta aberta. Gostaria, no entanto, de acrescentar uma transcrição dum nosso ditador recente:

«Sou profundamente antiparlamentar por que detesto os discursos ocos, palavrosos, as interpelações vistosas, vazias, a exploração das paixões. Os nossos partidos formaram-se à volta de pessoas, de interesses mesquinhos, de apetites, existindo para satisfazer esses apetites e interesses».

Desabafava, assim, Salazar a António Ferro.

Asdrúbal 21:10 20 Agosto 2002 AlvesMar ; uma idade...

Muito obrigado pela sua explicação. É por isso que eu sou de direita, de esquerda e do centro (esquerda e direita). Sou filosófica e políticamente ubíquo, quere-se dizer, tenho «uma idade», e já não brinco com carrinhos... AlvesMar 19:36 20 Agosto 2002 Ser-se de Esquerda...

Caros amigos, caso ainda não esteja óbvio e manifestamente mais que comprovado, gostaria de vos lembrar o que é ser de Esquerda.

Ser de Esquerda é, pois, ser-se Bom. Sim, Bom. É ser-se solidário com a pobreza, ajudar quem é pobre e que não pode (ler quer) fugir a tal situação de precaridade financeira. É tributar (ler roubar, ou descontar, para não ferir susceptibilidades…) mais quem mais tem, devido ao trabalho ou investimentos, para distribuir (ler dar) de igual modo a quem pouco ou nada tem.

Ser de Esquerda é ser-se positivo, optimista, acreditar nas virtudes do Homem e na sua boa vontade. É ser-se generoso, auxiliar povos que nada fazem no seu país e acolhê-los nos nossos países civilizados. Isto tentando dar-lhes condições "dignas", respeitando os direitos do Homem. Condições que muitos portugueses não têm, mas isso é secundário pois a calamidade que atinge tais povos é tal que se torna urgente a solidariedade.

Ser de Esquerda é contrariar a globalização existente, promovendo uma outra mais "PortoAlegriana", pacifista, bela, justa, cor-de-rosa e atribuindo-lhe uma bandeira vermelha, com flores (rosas) e o tradicional punho "de esquerda".

Esta sim, deve ser a globalização defendida. No entanto, ainda nenhum "esquerdista" disse como e em que plano deve ser concretizada nem qual os seus módulos. Mas isso não urge. Urgente é, sim, contrariar esta. Esta globalização selvagem, promovida pela "administraçao Bush", que nem eleita foi, e pelo restante "mundo ocidental".

Uma revolução seria bem-vinda, mas avance-se o primeiro com coragem de a enfrentar…

Ser de Esquerda é defender o laicismo. Sim, ou melhor dito, o anti-cristianismo (no nosso caso, o anti-catolicismo). E, paralelamente, fazer a apologia a religiões orientais como o budismo, hinduismo, ou outras. É evidente : cristianismo não, não-cristianismo sim, porque os "pobres terceiro-mundistas" têm religiões bem mais crediveis, puras e captivantes que a "nossa".

Ser de Esquerda é ser-se contra o conservadorismo. Apoiar reformas "libertadoras" de moralismos retrógados. Defender a igualdade entre o Homem e a Mulher (cuja igualdade psicológica é patente…), entre heterossexuais e homossexuais (cuja normalidade é "cientificamente comprovada", afinal são "iguais a nós") não atribuindo a estes qualquer qualificação com carga negativa ou pejorativa.

É enfrentar as tradições e costumes. Lutar por uma sociedade multicultural. Sim, porque está mais que visto que gentes de culturas completamente diferentes ou "adversas" (muçulmanos e cristãos/ocidentais) podem conviver juntos. O melhor seria mesmo de misturar tais gentes em bairros únicos. Isto para acelarar a "integração" de minorias. É este o método. Não, como é evidente, promover o patriotismo nestas minorias, como o defende um tal José Pacheco Pereira, mas sim o inverso, ou seja, promover a aniquilação cultural da maioria em prole dum "mix" de ambos… Bonita e agradável que seria esta convivência pacifica, onde o respeito seria o valor-mor…

Ser de Esquerda é, e concluo, ser-se responsável e simpático. É promover o diálogo, os debates, os consensos. Sim, porque mesmo que um governo tenha maioria absoluta (mesmo em coligação pós-eleitoral), deve respeitar os outros "menos de 49%". Se com este método não se põem as "reformas necessárias" em prática, pouco importa. O que aqui interessa é dizer que "boas reformas" levam anos a serem concluídas. O nosso atraso pode bem esperar. Afinal, não temos contas a prestar á U.E. . Afinal a U.E. defende um modelo liberal de desenvolvimento, e contra isso deve lutar quem se diz de Esquerda…

Finalmente, quero lançar um apelo aos nossos amigos teóricos. Todos nós sabemos que vocês detêm a sabedoria e o know-how para desenvolver o nosso país em relativamente poucos anos. Pena é que os portugueses não se apercebam disso. Gente como Eduardo Prado Coelho, Manuel Maria Carrilho, Manuel Alegre, Francisco Louçã ou até o sábio Miguel Portas, ouçam o meu apelo : Trabalhem. Por muito nobres que sejam as vossas actividades (colunas de opinião, debates, convenções ou monólogos parlamentares, etc…), trabalhem. Façam o que ainda não foi feito pelos "economicistas" e pragmáticos de Direita. Levem a cabo as vossas "ideologias", pondo-as na práctica. Esperemos então pelo derrubamento deste governo para fazerem o que não fizeram em 6 anos de "Esquerdismo".

Viva a Esquerda. Lutemos contra o Mal, a Direita…

(Esqueci-me de incluir no "pacote esquerdista" as causas… A luta pró-legalização_do_aborto, a luta pró-legalização_das_drogas_leves…"et j'en passe"…)

D. Mário Soares 16:59 20 Agosto 2002 Estes gajos só têm inveja...

Eh pá, Nuno Miguel, essa gente que queres ver aqui a discutir, não tem nobreza nenhuma. É tudo pé fresco na política. Ainda têm muito que aprender. Põe os olhos no teu camarada Pedro Nuno, católico e republicano - benza-o o supremo arquitecto! - e ainda poderás serás candidato a primeiro-ministro. Já consultei o Alfredo e está garantido: ele vai ser o nosso grande estadista do século XXI, o estadista da esquerda hodierna!

Quanto a ti, um pouco mais de gratidão, também não te ficaria mal... Afinal, se não fosse eu, não estarias p'raqui a deitar postas de pescada. O que é que essa gente tem a dizer? O que é que essa gente tem dito? Nada. Até arrepia. Intriguistas. É tudo intriguistas. Anda aí muita gente que inveja o meu estatuto de "pai da democracia". Mas qual é o mal de se discutir aqui o futuro de Portugal em torno das elevadas e nobres personalidades que nos trouxeram até esta gloriosa situação de Portugal?

É tudo inveja, é o que é!!

Teu nobre e dedicado

Dom Mário Soares Nuno-Miguel 14:48 20 Agosto 2002 Sugestão e convite

Observando todo o conteúdo noticioso deste jornal bem como grande parte dos comentários aos artigos publicados, apercebo-me de que estará essencialmente empenhado em participar activamente na políca nacional e eventualmente em dar o seu contributo por forma a permitir que os cidadãos possam mostrar o que lhes vai na alma. Vejo que fervilham os comentários denotando aquilo a que designo por uma partidarite aguda e que mais não passam de simples ataques pessoais que ainda que constituam um desabafo, pouco impacto terão no percurso social deste país e como tal, porque acima de tudo penso que devemos tratar dos valores sociais para assim contruirmos os alicerces nos quais assentaremos todas as filosofias políticas, queria sugerir um tema para debate neste fórum caso julguem pertinente. Sendo assim, tendo fé na boa vontade de quem gere este mesmo espaço, gostaria de deixar expressa a minha intenção de trocar algumas impressões sobre diversos temas polémicos, alguns defendidos quer por Francisco Louçã quer pela dra. Jamila Madeira, nomeadamente sobre questões de legalização da prostituição e a despenalização das drogas, tão acérrimamente defendidas por cada um destes elementos, respectivamente. Sendo uma questão de interesse nacional, penso que a inclusão de um espaço /fórum para debate com alguns políticos que tivessem a amabilidade de disponibilizarem nem que fosse uma hora do seu tempo por semana quando lhes fosse possível, constituiria uma mais valia quer para o Expresso Online quer para todos os leitores que diariamente ocupam parte do seu tempo a lê-lo e a comentá-lo. Fica assim desde já feito um convite da minha parte quer à equipa do Expresso Online quer inicialmente à dra. Jamila Madeira e também a Francisco Louçã e António Saleiro, entre outros que certamente poderiam dar o seu contributo para esclarecerem os cidadãos quanto às suas intenções para o desenvolvimento do país. Obrigado. roupa_branca 13:47 20 Agosto 2002 Alías nas próximas eleicões ...

...no boletim de voto vou escrever em letras gigantes VOTO NA REFORMA FISCAL...em cima do nome de todos os partidos...Não me interessa que fique voto nulo...CHEGA!!!!!!!!FIMMMMMMMMM da PALHAÇADA!!!! Asdrúbal 13:12 20 Agosto 2002 Uma IV República

Subscrevo absolutamente o «Escaravelho». Portugal precisa de novas instituições, de um sistema político renovado e mais eficaz e legítimo (entre outros, com uma "válvula de segurança" no topo do Estado), de gente nova e de partidos políticos férreamente submetidos às elementares regras da transparência financeira.

O resto é conversa para entretenimento da arráia miúda e do que está. roupa_branca 13:11 20 Agosto 2002 Gosteiiiiii.....buésss...positivo

Acho que alguns dos comentários a esta carta além de cretinos são de péssimo gosto e injustos...a essência desta Carta Aberta relativamente ao que devia ser o socialismo é muito positiva e coerente..devia ser mesmo isso..e mais nada..nunca se contrariar a globalização...mas sim planea-la...gostei de tudo o que foi dito sobre a reforma fiscal..o sigilo bancário...a admnistração pública...etc...essas deveriam ser as soluções a adoptar para Portugal...aliás nos dias de hoje nem há pessoas de esquerda nem de direita..mas sim os que pagam impostos e os que nao pagam..isso sim é a verdade..e além dos mais, e já que nos viramos para a Europa, temos é de ser competitivos..e a competitividade só tem pernas para andar quando aqui dentro estivermos "bem de saúde".... o partido socialista foi um caos...o Guterres sempre foi um provincianinho que aproveitou o cargo para frequentar altos circulos sociais e se sentir o maior...um palhaço!!!...já esta "turma" cherne..é muito bemm..muito sangue azul..muito beta...muito elitista...muito revista caras..e tem uma visão completamente estúpida e salazarista do povo e das suas necessidades...profundamente asquerosos..e se pudessem, privatizavam tudo para as suas próprias empresas..contribuindo cada vez mais para um Portugal Abrasileirado....as medidas descritas neste depoimento..são muito lucidas sim!!!Gostei!!!..a classe politica em Portugal é que é verdadeiramente asquerosa....onde estão os técnicos????Os professores universitários???As pessoas competentes..essas nunca são convidadas para cargos de decisão politica???..Só alcança um lugar desses quem anda de bandeirinha e a lamber botas a pseudo lideres partidarios??..É isso a democracia em Portugal???parolice completa!!!!!(quanto ao Dr Mário Soares,devia tomar comprimidos para dormir, porque a contribuição dele na descolonização foi muito boa para os EUA, que têm as patas todas metidas nos PALOPs)...para acabar porque resolveram inventar a Profissão politico???coisa mais ridicula nao existe...o curriculo técnico é que devia importar..não as baboseiradas que se dizem nas feiras e no calor dos patéticos comicios!!Fora a Politica Portuguesa!!!queremos competência!!!! Escaravelho 09:36 20 Agosto 2002 Não entro em polémicas, e muito menos naquelas que servem para dar destaque ao Partido Socialista e a Mário Soares, que há muito tempo que devia estar retirado da política. Não contem comigo. Escaravelho 09:34 20 Agosto 2002 Não entro em polémicas, e muito menos naquelas que servem para dar destaque ao partido socialista e a Mário Soares, que há muito q Asdrúbal 02:25 20 Agosto 2002 Oh meu filho...que grande trapalhada!

Católico, republicano, membro do Partido Socialista, de esquerda e social-democrata...é um Dinossauro Neo-Proletário Post-Moderno. Só pode... mamdp 01:32 20 Agosto 2002 Excepções

Caro conservador

Com o meu curto desabafo nem sequer pretendia "tocar" no seu comentário, porque simplesmente nem o tinha lido. De facto só uma pequena fracção de tempo (o tempo de elaboração)levou a que o meu comentário surgisse após o seu.

Quanto ao resto, concordo consigo. O povo português é pouco exigente e em média os políticos são o reflexo disso.

Tudo o que "puxa" a mexericos, bailaricos, e comes e bebes "temos gente"... Reflectir, pensar na "causa das coisas", exigir... livra! não vá virar-se o "feitiço contra o feiticeiro"...

Afinal ser exigente exige que se corresponda...

conservador 00:56 20 Agosto 2002 Caro mamdp,

Não sei se os comentários feitos a esta carta aberta ao Dr.Soares por parte de um militante do PS o atingiram em algum ponto sensível, mas garanto-lhe que os comentários que faço não têm qualquer propósito satírico ou irónico, são pelo contrário sérios e objectivos. O que não pode ser levado a sério são estes discursos autistas dos teóricos de esquerda que vêm disfarçar o seu desnorte face ao governo dinâmico do país com retóricas frágeis que visam tentar monopolizar valores para a esquerda e revalidar inutilmente as suas propostas obsoletas, pretendendo disfarçar um passado recente de governação desastrosa para o país em que se praticaram dos mais baixos aproveitamentos e desperdícios de dinheiros públicos, com fins eleitoralistas e politico-partidários.

Acha que estes comentários são de baixo nível e reflectem os nossos atrasos culturais? Permita-me que lhe diga que os devaneios "esquerdo-filosóficos" como os deste artigo reflectem, por sua vez, o atraso de uma espécie de elite de pseudo-intelectuais de esquerda que falam a mais e fazem a menos e que com a sua falta de acção se acrescentam ao lote de pessoas que não produzem neste país. Sem querer estereotipar, é claro.

Não julgo que o nosso povo seja muito exigente, antes pelo contrário. Agora o que tem de ser exigido é sem dúvida a dignidade do Estado e a seriedade da acção governativa, bem como o respeito pelos dinheiros públicos e o governo com sentido de Estado. Mas parece-me que exigir isto a certos governos é demasiado.

Quanto ao dar pouco, quem dá pouco é quem não produz, é quem não trabalha a sério nem sabe o que é trabalhar. Fique a saber que muitas destas pessoas que elaboram os seus requintados comentários filosóficos de esquerda nestes fórums nem sabem o que significa trabalhar, produzir. seguintes >

Inserir Comentário

Polémicas Artigo de Mário Soares publicado no EXPRESSO

LEIA O TEXTO PUBLICADO NA EDIÇÃO Nº1553 «Estamos a assistir agora, em Portugal, depois da experiência inesquecível do 'Verão quente' de 1975, a um afloramento serôdio dessa velhíssima polémica, que se julgava ultrapassada, desta vez entre os 'renovadores' e os 'conservadores', reclamando-se por igual do PCP. Uns querem mais liberdade e democracia interna, num partido que nunca as teve, e outros persistem agarrados a uma dogmática e ao recurso a expulsões sem sentido nem eco na sociedade actual. Um debate patético!» Carta aberta Pedro Nuno Pimenta Braz

Caro dr. Mário Soares, Caro dr. Mário Soares, Permita-me vir por este meio dirigir-me ao senhor, a propósito do seu artigo, publicado pelo jornal EXPRESSO, sobre o momento da esquerda neste início do século XXI. Embora de acordo nalguns pontos, outros existem em que discordo, razão pela qual lhe dirijo esta missiva. Permita-me vir por este meio dirigir-me ao senhor, a propósito do seu artigo, publicado pelo jornal EXPRESSO, sobre o momento da esquerda neste início do século XXI. Embora de acordo nalguns pontos, outros existem em que discordo, razão pela qual lhe dirijo esta missiva. Chamo-me Pedro Nuno Pimenta Braz, tenho 37 anos, sou militante do Partido Socialista, sou católico e republicano. Chamo-me Pedro Nuno Pimenta Braz, tenho 37 anos, sou militante do Partido Socialista, sou católico e republicano. Parece-me que a divisão, hoje em dia, entre ser de esquerda ou ser de direita, mais do que por conteúdos filosóficos, deve resultar da implementação de medidas concretas que consubstanciem e traduzam uma necessária reflexão doutrinária. Parece-me que a divisão, hoje em dia, entre ser de esquerda ou ser de direita, mais do que por conteúdos filosóficos, deve resultar da implementação de medidas concretas que consubstanciem e traduzam uma necessária reflexão doutrinária. Sou do PS, porque sou social-democrata. Sou do PS, porque sou social-democrata. Porque sou social-democrata, sou de esquerda. Porque sou social-democrata, sou de esquerda. Claro, o único partido verdadeiramente social-democrata em Portugal é o PS. Em termos de ciência política, ser socialista num sistema democrático é defender a genuína social-democracia. São conceitos redundantes que apenas a história dos homens, nas lutas fratricidas do movimento operário pela dignidade de quem trabalha, ajuda a explicar. Posso atrever-me a dizer que o «socialista democrático» conserva em si o afecto e a consciência histórica que possibilitou o advir da esquerda moderna. Claro, o único partido verdadeiramente social-democrata em Portugal é o PS. Em termos de ciência política, ser socialista num sistema democrático é defender a genuína social-democracia. São conceitos redundantes que apenas a história dos homens, nas lutas fratricidas do movimento operário pela dignidade de quem trabalha, ajuda a explicar. Posso atrever-me a dizer que o «socialista democrático» conserva em si o afecto e a consciência histórica que possibilitou o advir da esquerda moderna. Bom, mas qual é essa esquerda? Bom, mas qual é essa esquerda? Concordo consigo quando refere que é necessário uma globalização ética e dos valores - esses, aliás, não se plebiscitam, valem por si. Contudo, a globalização ética só tem sentido se existir uma verdadeira globalização económica. É que o desenvolvimento não resulta do nada, sendo apenas exequível quando existe dinâmica económica. Concordo consigo quando refere que é necessário uma globalização ética e dos valores - esses, aliás, não se plebiscitam, valem por si. Contudo, a globalização ética só tem sentido se existir uma verdadeira globalização económica. É que o desenvolvimento não resulta do nada, sendo apenas exequível quando existe dinâmica económica. Sublinhe-se: desde as suas origens, não tem o Homem perseguido sempre essa globalização? O que é o comércio internacional desde os seus tempos mais remotos senão a procura persistente da alteridade? O que foram os descobrimentos portugueses? A globalização sempre existiu e continuará a existir. Não parará. É parte intrínseca da descoberta do Homem de si próprio. Contrariá-la é contranatural. Foi, porém, a inovação tecnológica nas telecomunicações que a intensificou. Deste modo, mais do que ser contra a globalização, ser de esquerda é promover a globalização do melhor que há no Homem, i.e., promover regras e equidade no relacionamento entre nações. Na actualidade, não existirá progresso nem desenvolvimento sustentado sem globalização económica. Assim, uma esquerda moderna tem de a transformar, dotando-a de um rosto humano, nunca contrariá-la. O tempo não volta para trás. Sublinhe-se: desde as suas origens, não tem o Homem perseguido sempre essa globalização? O que é o comércio internacional desde os seus tempos mais remotos senão a procura persistente da alteridade? O que foram os descobrimentos portugueses? A globalização sempre existiu e continuará a existir. Não parará. É parte intrínseca da descoberta do Homem de si próprio. Contrariá-la é contranatural. Foi, porém, a inovação tecnológica nas telecomunicações que a intensificou. Deste modo, mais do que ser contra a globalização, ser de esquerda é promover a globalização do melhor que há no Homem, i.e., promover regras e equidade no relacionamento entre nações. Na actualidade, não existirá progresso nem desenvolvimento sustentado sem globalização económica. Assim, uma esquerda moderna tem de a transformar, dotando-a de um rosto humano, nunca contrariá-la. O tempo não volta para trás. Alega também que o PS é um partido laico. Concordo e discordo. Concordo, se entender laicismo como igual respeito pelas convicções religiosas de cada um ou pela ausência delas. Discordo, se entender laicismo como ataque sistémico aos militantes que possuam convicções religiosas e católicas em particular. Essa não é a tradição do PS, que tem a liberdade como um dos seus mais nobres valores. Aliás, quero dizer-lhe que se for esse o entendimento, lutarei com todas as minhas forças contra anticlericalismos grosseiros e ultrapassados. Sou católico e não irei deixar de sê-lo, como é óbvio. Mais uma vez, essa tentação de alguns militantes mccartianos - não estou a dizer que é o caso - não tem qualquer correspondência com as bases, nem com as suas preocupações e anseios quotidianos. Alega também que o PS é um partido laico. Concordo e discordo. Concordo, se entender laicismo como igual respeito pelas convicções religiosas de cada um ou pela ausência delas. Discordo, se entender laicismo como ataque sistémico aos militantes que possuam convicções religiosas e católicas em particular. Essa não é a tradição do PS, que tem a liberdade como um dos seus mais nobres valores. Aliás, quero dizer-lhe que se for esse o entendimento, lutarei com todas as minhas forças contra anticlericalismos grosseiros e ultrapassados. Sou católico e não irei deixar de sê-lo, como é óbvio. Mais uma vez, essa tentação de alguns militantes mccartianos - não estou a dizer que é o caso - não tem qualquer correspondência com as bases, nem com as suas preocupações e anseios quotidianos. Chegado aqui, entrava naquilo que penso que configura a genuína esquerda hodierna: a que não se perde só em considerações teórico-políticas, mas que sabe encarar, frontalmente, os problemas sociais que assolam as sociedades modernas. Como? Com medida concretas, sem ceder a lóbis - quer externos, quer internos... -, deixando de lado o provincianismo de quem, subitamente, ficou deslumbrado com o poder. Chegado aqui, entrava naquilo que penso que configura a genuína esquerda hodierna: a que não se perde só em considerações teórico-políticas, mas que sabe encarar, frontalmente, os problemas sociais que assolam as sociedades modernas. Como? Com medida concretas, sem ceder a lóbis - quer externos, quer internos... -, deixando de lado o provincianismo de quem, subitamente, ficou deslumbrado com o poder. No PS, a verve tem de ser substituída, definitivamente, pela acção. Nos últimos seis anos, o mal do PS não foi ter errado na implementação de medidas concretas, mas antes, pura e simplesmente, não as ter sequer implementado. No PS, a verve tem de ser substituída, definitivamente, pela acção. Nos últimos seis anos, o mal do PS não foi ter errado na implementação de medidas concretas, mas antes, pura e simplesmente, não as ter sequer implementado. Alguns militantes falam de medidas «fracturantes». Todavia, perdem-se em jogos ideológicos que traduzem preocupantes e profundas disfunções quanto ao diagnóstico dos anseios do povo que trabalha. Eis algumas das medidas ...«fracturantes»: Alguns militantes falam de medidas «fracturantes». Todavia, perdem-se em jogos ideológicos que traduzem preocupantes e profundas disfunções quanto ao diagnóstico dos anseios do povo que trabalha. Eis algumas das medidas ...«fracturantes»: Existirá alguma medida mais fracturante para a esquerda do que uma verdadeira reforma do sistema fiscal? Penso que não. Reforma onde quem possuir rendimentos mais elevados - de facto - mais será tributado, onde as mais-valias da especulação bolsista sejam tributadas, onde termine o sigilo bancário - quem tem medo? -, onde se promova uma reestruturação de toda a administração fiscal, onde sejam validados todos os sinais exteriores de riqueza para controlo fiscal, onde, enfim, se acabe com a penalização permanente dos trabalhadores por conta de outrem. Isto é ser de esquerda, mas nada disto foi feito, nem nada disto é proposto pelo actual PS. Existirá alguma medida mais fracturante para a esquerda do que uma verdadeira reforma do sistema fiscal? Penso que não. Reforma onde quem possuir rendimentos mais elevados - de facto - mais será tributado, onde as mais-valias da especulação bolsista sejam tributadas, onde termine o sigilo bancário - quem tem medo? -, onde se promova uma reestruturação de toda a administração fiscal, onde sejam validados todos os sinais exteriores de riqueza para controlo fiscal, onde, enfim, se acabe com a penalização permanente dos trabalhadores por conta de outrem. Isto é ser de esquerda, mas nada disto foi feito, nem nada disto é proposto pelo actual PS. Existirá alguma medida mais fracturante para a esquerda do que uma verdadeira reforma do Sistema Nacional de Saúde? Onde exista a exclusividade obrigatória para os médicos que pretendam nele trabalhar, onde se termine com as clínicas privadas dentro de hospitais públicos - vg H.D. de Santarém -, onde se responsabilize os administradores dos hospitais por gestões danosas, onde se promova a criação de farmácias hospitalares com venda ao público, onde se liberalizem os alvarás das farmácias, etc, etc. Isto é ser de esquerda, mas nada disto foi feito, nem nada disto é proposto pelo actual PS. Existirá alguma medida mais fracturante para a esquerda do que uma verdadeira reforma do Sistema Nacional de Saúde? Onde exista a exclusividade obrigatória para os médicos que pretendam nele trabalhar, onde se termine com as clínicas privadas dentro de hospitais públicos - vg H.D. de Santarém -, onde se responsabilize os administradores dos hospitais por gestões danosas, onde se promova a criação de farmácias hospitalares com venda ao público, onde se liberalizem os alvarás das farmácias, etc, etc. Isto é ser de esquerda, mas nada disto foi feito, nem nada disto é proposto pelo actual PS. Existirá alguma medida mais fracturante para a esquerda do que uma verdadeira reforma do Sistema Educativo? Onde se invista com determinação no ensino público e não na sua «sucatização», onde se estabilizem os conteúdos programáticos, onde se dignifiquem os professores, onde se construam escolas do primeiro ciclo modernas e funcionais, etc, etc. Sabia, por exemplo, que na maioria das escolas do primeiro ciclo de Santarém ainda não existem computadores, que as crianças não possuem refeitórios, que não existe equipamento desportivo, que não têm vigilância e vão surgindo seringas nas casas de banho? Isto é ser de esquerda, mas nada disto foi feito, nem nada disto é proposto pelo actual PS. Existirá alguma medida mais fracturante para a esquerda do que uma verdadeira reforma do Sistema Educativo? Onde se invista com determinação no ensino público e não na sua «sucatização», onde se estabilizem os conteúdos programáticos, onde se dignifiquem os professores, onde se construam escolas do primeiro ciclo modernas e funcionais, etc, etc. Sabia, por exemplo, que na maioria das escolas do primeiro ciclo de Santarém ainda não existem computadores, que as crianças não possuem refeitórios, que não existe equipamento desportivo, que não têm vigilância e vão surgindo seringas nas casas de banho? Isto é ser de esquerda, mas nada disto foi feito, nem nada disto é proposto pelo actual PS. Existirá alguma medida mais fracturante para a esquerda do que uma verdadeira reforma na administração pública? Reforma de carreiras e estatuto, modernizando os serviços, responsabilizando as chefias, promovendo critérios de competência, rigor nos gastos - ai, ai...-, criando incentivos monetários, limitação do uso das viaturas pelos dirigentes, etc. Isto é ser de esquerda, mas nada disto foi feito, nem nada disto é proposto pelo actual PS. Existirá alguma medida mais fracturante para a esquerda do que uma verdadeira reforma na administração pública? Reforma de carreiras e estatuto, modernizando os serviços, responsabilizando as chefias, promovendo critérios de competência, rigor nos gastos - ai, ai...-, criando incentivos monetários, limitação do uso das viaturas pelos dirigentes, etc. Isto é ser de esquerda, mas nada disto foi feito, nem nada disto é proposto pelo actual PS. Existirá alguma medida mais fracturante para a esquerda do que uma verdadeira reforma interna e estatutária dos partido políticos? Só alterando profundamente os seus estatutos é que poderá ocorrer uma verdadeira renovação interna no PS. Que credibilidade têm antigos ministros, agora na oposição, tentando justificar o injustificável, em circunlóquios patéticos que só os debilitam? Que renovação pode existir se as inerências são mais do que muitas, se são os mesmo que dirigem o partido há 20 anos que estão a organizar o próximo congresso, onde vão apresentar um projecto de estatutos que os torna a privilegiar? Existirá alguma medida mais fracturante para a esquerda do que uma verdadeira reforma interna e estatutária dos partido políticos? Só alterando profundamente os seus estatutos é que poderá ocorrer uma verdadeira renovação interna no PS. Que credibilidade têm antigos ministros, agora na oposição, tentando justificar o injustificável, em circunlóquios patéticos que só os debilitam? Que renovação pode existir se as inerências são mais do que muitas, se são os mesmo que dirigem o partido há 20 anos que estão a organizar o próximo congresso, onde vão apresentar um projecto de estatutos que os torna a privilegiar? · · · · · · · · Ao invés, o que é ser de direita? É, precisamente, o contraponto de tudo isto e que o actual governo está a levar a cabo: aumentar os impostos ao consumo - IVA - que penaliza quem tem mais dificuldades, esquecendo quer a evasão fiscal quer, claro está, uma reforma estruturante do sistema fiscal. Acresce ainda a privatização do Serviço Nacional de Saúde e da Segurança Social, o desinvestimento no ensino público, o enfraquecimento da administração pública e a alteração «à vol d'oiseau» das leis laborais - sem a concomitante melhoria do funcionamento dos Tribunais de Trabalho. Ao invés, o que é ser de direita? É, precisamente, o contraponto de tudo isto e que o actual governo está a levar a cabo: aumentar os impostos ao consumo - IVA - que penaliza quem tem mais dificuldades, esquecendo quer a evasão fiscal quer, claro está, uma reforma estruturante do sistema fiscal. Acresce ainda a privatização do Serviço Nacional de Saúde e da Segurança Social, o desinvestimento no ensino público, o enfraquecimento da administração pública e a alteração «à vol d'oiseau» das leis laborais - sem a concomitante melhoria do funcionamento dos Tribunais de Trabalho. Por outro lado, as esquerdas são várias e muito diferentes. Por isso não se podem federar. Existem distâncias que não são ultrapassáveis. Os valores democráticos não são negociáveis. Por outro lado, as esquerdas são várias e muito diferentes. Por isso não se podem federar. Existem distâncias que não são ultrapassáveis. Os valores democráticos não são negociáveis. Sinceramente, não acredito que o camarada Ferro Rodrigues venha a protagonizar, a médio prazo, o futuro da esquerda em Portugal. Ganhará este congresso, mas já perdeu o partido. Federar as esquerdas é negociar valores irrenunciáveis. Alguém esperará que tanto o PCP como o Bloco de Esquerda alterem discursos e reneguem, candidamente, princípios que sempre defenderam? Algum desses partidos concorda com o sistema democrático, ou apenas o suportam porque não têm alternativa? Nesta matéria, concordo em absoluto com António Guterres: são eles que se têm de modificar, nunca o PS! Sinceramente, não acredito que o camarada Ferro Rodrigues venha a protagonizar, a médio prazo, o futuro da esquerda em Portugal. Ganhará este congresso, mas já perdeu o partido. Federar as esquerdas é negociar valores irrenunciáveis. Alguém esperará que tanto o PCP como o Bloco de Esquerda alterem discursos e reneguem, candidamente, princípios que sempre defenderam? Algum desses partidos concorda com o sistema democrático, ou apenas o suportam porque não têm alternativa? Nesta matéria, concordo em absoluto com António Guterres: são eles que se têm de modificar, nunca o PS! Caro dr. Mário Soares, ser de esquerda é levar à prática os princípios da igualdade de oportunidades, da liberdade e da solidariedade. Ser de esquerda também é possuir rigor, decisão e determinação! Ser de esquerda é não nos tornarmos a perder em infindáveis reflexões de sapiência, mas, pelo contrário, olhar para as pessoas e implementar MEDIDAS CONCRETAS que solucionem e aliviem o seu quotidiano. Caso contrário, o PS nunca mais aprenderá com os seus erros. Caro dr. Mário Soares, ser de esquerda é levar à prática os princípios da igualdade de oportunidades, da liberdade e da solidariedade. Ser de esquerda também é possuir rigor, decisão e determinação! Ser de esquerda é não nos tornarmos a perder em infindáveis reflexões de sapiência, mas, pelo contrário, olhar para as pessoas e implementar MEDIDAS CONCRETAS que solucionem e aliviem o seu quotidiano. Caso contrário, o PS nunca mais aprenderá com os seus erros. Creia, sinceramente, que só existe uma pessoa no PS que consubstanciará a necessária transformação: chama-se António Vitorino e será, após o ciclo PSD/PP, o futuro primeiro-ministro de Portugal. Creia, sinceramente, que só existe uma pessoa no PS que consubstanciará a necessária transformação: chama-se António Vitorino e será, após o ciclo PSD/PP, o futuro primeiro-ministro de Portugal. Agradeço-lhe a atenção que me dispensou e espero que continue a servir este nosso País com a nobreza com que sempre o fez. Agradeço-lhe a atenção que me dispensou e espero que continue a servir este nosso País com a nobreza com que sempre o fez. Cordiais saudações socialistas Cordiais saudações socialistas 17:07 19 Agosto 2002

enviar imprimir comentar [24]

Comentários

1 a 20 de 24 TouNaLua 02:37 7 Novembro 2002 Tantos conceitos por causa dum partido que está à beira de deixar de existir por causa de outros tantos conceitos? cascavel 03:50 19 Setembro 2002 pseudo moralista

Está a precisar de ser embalsamado! tfmouse 12:58 18 Setembro 2002 Carta Aberta Sr.Dr.MSoares

Brilhante meu caro, ha ja bastante tempo q nao lia de um "um socialaista,republicano,cristao" tao lucido reparo, e uma visao que nao tem por fim, so criticar, mas sim sujere da ideias,enfim alarga horizontes,nao tendo por fim o egocentrismo reinante, mas subleva o todo. So tenho alguma magoa e q tudo o q escreveu nao passe so de boas intencoes/ideias mas so isso...Alias de boas intencoes esta o mundo cheio-mas estas nao pagam escolas,nem enchem "barrigas" e continuamos cada vez mais na cauda da Europa!!!

Cordiais saudacoes roupa_branca 16:47 22 Agosto 2002 AlvesMar..a Anedota ou o Asco???!

"...Defender a igualdade entre o Homem e a Mulher (cuja igualdade psicológica é patente…), entre heterossexuais e homossexuais (cuja normalidade é "cientificamente comprovada", afinal são "iguais a nós") não atribuindo a estes qualquer qualificação com carga negativa ou pejorativa..." Que irónico ..que giro....alias o seu lider é conhecido pelas grandes proezas heterossexuais....ahahhahaah...que ridiculo..numa altura em que por essa Europa fora, os ditos politicos gays se assumem livremente (ministros, presidentes das câmaras Paris Berlim etc..)...aqui em Portugal é o que se vê...Não percebeu que as novas gerações nao querem HIPOCRISIA!!!!!tristezaaa..você ainda diz mal da esquerda???alias foi o proprio PP que andou a dizer que a homossexualidade era uma doença nao???Poixx...é melhor contratarem bons médicos para o vosso lider!!!!...

AlvesMar 15:44 21 Agosto 2002 Tenham dó...

Pelos vistos o meu pequeno texto irónico não alcançou o objectivo pretendido. Querendo eu animar um pouco este espaço de "polémica", recebo insultos em troca.

Se já não se pode brincar, então é bem triste.

E não me venham dizer que este espaço é algo de sério...

Sim, porque ou o meu texto_satirico não teve piada ou as indirectas aos numerosos esquerdistas que frequentam este espaço atingiram o alvo em cheio...

Saudaçoes populares. JOTAP 05:52 21 Agosto 2002 NUNO MIGUEL 14:48

"dra"Jamila o "chico" e o "toino"? !!!!!O Nuno ,rico,so precisa de escova!!!

Alves-Mar 19:36

Quase chorei.....patetico!!! AlvesMar 00:45 21 Agosto 2002 Em cheio...

"Sou filosófica e políticamente ubíquo, quere-se dizer, tenho «uma idade», e já não brinco com carrinhos..."

Para sua informação, tambeu eu não brinco já com carrinhos. E se "ter uma idade" é ser-se ubíquo fisolofica e politicamente então não tenho "idade".

Saudações populares...

PS: Pense. Hooom 23:49 20 Agosto 2002 Artigo de Mário Soares publicado no EXPRESSO

Em princípio concordo muito mais com o sangue novo evidenciado pela carta aberta. Gostaria, no entanto, de acrescentar uma transcrição dum nosso ditador recente:

«Sou profundamente antiparlamentar por que detesto os discursos ocos, palavrosos, as interpelações vistosas, vazias, a exploração das paixões. Os nossos partidos formaram-se à volta de pessoas, de interesses mesquinhos, de apetites, existindo para satisfazer esses apetites e interesses».

Desabafava, assim, Salazar a António Ferro.

Asdrúbal 21:10 20 Agosto 2002 AlvesMar ; uma idade...

Muito obrigado pela sua explicação. É por isso que eu sou de direita, de esquerda e do centro (esquerda e direita). Sou filosófica e políticamente ubíquo, quere-se dizer, tenho «uma idade», e já não brinco com carrinhos... AlvesMar 19:36 20 Agosto 2002 Ser-se de Esquerda...

Caros amigos, caso ainda não esteja óbvio e manifestamente mais que comprovado, gostaria de vos lembrar o que é ser de Esquerda.

Ser de Esquerda é, pois, ser-se Bom. Sim, Bom. É ser-se solidário com a pobreza, ajudar quem é pobre e que não pode (ler quer) fugir a tal situação de precaridade financeira. É tributar (ler roubar, ou descontar, para não ferir susceptibilidades…) mais quem mais tem, devido ao trabalho ou investimentos, para distribuir (ler dar) de igual modo a quem pouco ou nada tem.

Ser de Esquerda é ser-se positivo, optimista, acreditar nas virtudes do Homem e na sua boa vontade. É ser-se generoso, auxiliar povos que nada fazem no seu país e acolhê-los nos nossos países civilizados. Isto tentando dar-lhes condições "dignas", respeitando os direitos do Homem. Condições que muitos portugueses não têm, mas isso é secundário pois a calamidade que atinge tais povos é tal que se torna urgente a solidariedade.

Ser de Esquerda é contrariar a globalização existente, promovendo uma outra mais "PortoAlegriana", pacifista, bela, justa, cor-de-rosa e atribuindo-lhe uma bandeira vermelha, com flores (rosas) e o tradicional punho "de esquerda".

Esta sim, deve ser a globalização defendida. No entanto, ainda nenhum "esquerdista" disse como e em que plano deve ser concretizada nem qual os seus módulos. Mas isso não urge. Urgente é, sim, contrariar esta. Esta globalização selvagem, promovida pela "administraçao Bush", que nem eleita foi, e pelo restante "mundo ocidental".

Uma revolução seria bem-vinda, mas avance-se o primeiro com coragem de a enfrentar…

Ser de Esquerda é defender o laicismo. Sim, ou melhor dito, o anti-cristianismo (no nosso caso, o anti-catolicismo). E, paralelamente, fazer a apologia a religiões orientais como o budismo, hinduismo, ou outras. É evidente : cristianismo não, não-cristianismo sim, porque os "pobres terceiro-mundistas" têm religiões bem mais crediveis, puras e captivantes que a "nossa".

Ser de Esquerda é ser-se contra o conservadorismo. Apoiar reformas "libertadoras" de moralismos retrógados. Defender a igualdade entre o Homem e a Mulher (cuja igualdade psicológica é patente…), entre heterossexuais e homossexuais (cuja normalidade é "cientificamente comprovada", afinal são "iguais a nós") não atribuindo a estes qualquer qualificação com carga negativa ou pejorativa.

É enfrentar as tradições e costumes. Lutar por uma sociedade multicultural. Sim, porque está mais que visto que gentes de culturas completamente diferentes ou "adversas" (muçulmanos e cristãos/ocidentais) podem conviver juntos. O melhor seria mesmo de misturar tais gentes em bairros únicos. Isto para acelarar a "integração" de minorias. É este o método. Não, como é evidente, promover o patriotismo nestas minorias, como o defende um tal José Pacheco Pereira, mas sim o inverso, ou seja, promover a aniquilação cultural da maioria em prole dum "mix" de ambos… Bonita e agradável que seria esta convivência pacifica, onde o respeito seria o valor-mor…

Ser de Esquerda é, e concluo, ser-se responsável e simpático. É promover o diálogo, os debates, os consensos. Sim, porque mesmo que um governo tenha maioria absoluta (mesmo em coligação pós-eleitoral), deve respeitar os outros "menos de 49%". Se com este método não se põem as "reformas necessárias" em prática, pouco importa. O que aqui interessa é dizer que "boas reformas" levam anos a serem concluídas. O nosso atraso pode bem esperar. Afinal, não temos contas a prestar á U.E. . Afinal a U.E. defende um modelo liberal de desenvolvimento, e contra isso deve lutar quem se diz de Esquerda…

Finalmente, quero lançar um apelo aos nossos amigos teóricos. Todos nós sabemos que vocês detêm a sabedoria e o know-how para desenvolver o nosso país em relativamente poucos anos. Pena é que os portugueses não se apercebam disso. Gente como Eduardo Prado Coelho, Manuel Maria Carrilho, Manuel Alegre, Francisco Louçã ou até o sábio Miguel Portas, ouçam o meu apelo : Trabalhem. Por muito nobres que sejam as vossas actividades (colunas de opinião, debates, convenções ou monólogos parlamentares, etc…), trabalhem. Façam o que ainda não foi feito pelos "economicistas" e pragmáticos de Direita. Levem a cabo as vossas "ideologias", pondo-as na práctica. Esperemos então pelo derrubamento deste governo para fazerem o que não fizeram em 6 anos de "Esquerdismo".

Viva a Esquerda. Lutemos contra o Mal, a Direita…

(Esqueci-me de incluir no "pacote esquerdista" as causas… A luta pró-legalização_do_aborto, a luta pró-legalização_das_drogas_leves…"et j'en passe"…)

D. Mário Soares 16:59 20 Agosto 2002 Estes gajos só têm inveja...

Eh pá, Nuno Miguel, essa gente que queres ver aqui a discutir, não tem nobreza nenhuma. É tudo pé fresco na política. Ainda têm muito que aprender. Põe os olhos no teu camarada Pedro Nuno, católico e republicano - benza-o o supremo arquitecto! - e ainda poderás serás candidato a primeiro-ministro. Já consultei o Alfredo e está garantido: ele vai ser o nosso grande estadista do século XXI, o estadista da esquerda hodierna!

Quanto a ti, um pouco mais de gratidão, também não te ficaria mal... Afinal, se não fosse eu, não estarias p'raqui a deitar postas de pescada. O que é que essa gente tem a dizer? O que é que essa gente tem dito? Nada. Até arrepia. Intriguistas. É tudo intriguistas. Anda aí muita gente que inveja o meu estatuto de "pai da democracia". Mas qual é o mal de se discutir aqui o futuro de Portugal em torno das elevadas e nobres personalidades que nos trouxeram até esta gloriosa situação de Portugal?

É tudo inveja, é o que é!!

Teu nobre e dedicado

Dom Mário Soares Nuno-Miguel 14:48 20 Agosto 2002 Sugestão e convite

Observando todo o conteúdo noticioso deste jornal bem como grande parte dos comentários aos artigos publicados, apercebo-me de que estará essencialmente empenhado em participar activamente na políca nacional e eventualmente em dar o seu contributo por forma a permitir que os cidadãos possam mostrar o que lhes vai na alma. Vejo que fervilham os comentários denotando aquilo a que designo por uma partidarite aguda e que mais não passam de simples ataques pessoais que ainda que constituam um desabafo, pouco impacto terão no percurso social deste país e como tal, porque acima de tudo penso que devemos tratar dos valores sociais para assim contruirmos os alicerces nos quais assentaremos todas as filosofias políticas, queria sugerir um tema para debate neste fórum caso julguem pertinente. Sendo assim, tendo fé na boa vontade de quem gere este mesmo espaço, gostaria de deixar expressa a minha intenção de trocar algumas impressões sobre diversos temas polémicos, alguns defendidos quer por Francisco Louçã quer pela dra. Jamila Madeira, nomeadamente sobre questões de legalização da prostituição e a despenalização das drogas, tão acérrimamente defendidas por cada um destes elementos, respectivamente. Sendo uma questão de interesse nacional, penso que a inclusão de um espaço /fórum para debate com alguns políticos que tivessem a amabilidade de disponibilizarem nem que fosse uma hora do seu tempo por semana quando lhes fosse possível, constituiria uma mais valia quer para o Expresso Online quer para todos os leitores que diariamente ocupam parte do seu tempo a lê-lo e a comentá-lo. Fica assim desde já feito um convite da minha parte quer à equipa do Expresso Online quer inicialmente à dra. Jamila Madeira e também a Francisco Louçã e António Saleiro, entre outros que certamente poderiam dar o seu contributo para esclarecerem os cidadãos quanto às suas intenções para o desenvolvimento do país. Obrigado. roupa_branca 13:47 20 Agosto 2002 Alías nas próximas eleicões ...

...no boletim de voto vou escrever em letras gigantes VOTO NA REFORMA FISCAL...em cima do nome de todos os partidos...Não me interessa que fique voto nulo...CHEGA!!!!!!!!FIMMMMMMMMM da PALHAÇADA!!!! Asdrúbal 13:12 20 Agosto 2002 Uma IV República

Subscrevo absolutamente o «Escaravelho». Portugal precisa de novas instituições, de um sistema político renovado e mais eficaz e legítimo (entre outros, com uma "válvula de segurança" no topo do Estado), de gente nova e de partidos políticos férreamente submetidos às elementares regras da transparência financeira.

O resto é conversa para entretenimento da arráia miúda e do que está. roupa_branca 13:11 20 Agosto 2002 Gosteiiiiii.....buésss...positivo

Acho que alguns dos comentários a esta carta além de cretinos são de péssimo gosto e injustos...a essência desta Carta Aberta relativamente ao que devia ser o socialismo é muito positiva e coerente..devia ser mesmo isso..e mais nada..nunca se contrariar a globalização...mas sim planea-la...gostei de tudo o que foi dito sobre a reforma fiscal..o sigilo bancário...a admnistração pública...etc...essas deveriam ser as soluções a adoptar para Portugal...aliás nos dias de hoje nem há pessoas de esquerda nem de direita..mas sim os que pagam impostos e os que nao pagam..isso sim é a verdade..e além dos mais, e já que nos viramos para a Europa, temos é de ser competitivos..e a competitividade só tem pernas para andar quando aqui dentro estivermos "bem de saúde".... o partido socialista foi um caos...o Guterres sempre foi um provincianinho que aproveitou o cargo para frequentar altos circulos sociais e se sentir o maior...um palhaço!!!...já esta "turma" cherne..é muito bemm..muito sangue azul..muito beta...muito elitista...muito revista caras..e tem uma visão completamente estúpida e salazarista do povo e das suas necessidades...profundamente asquerosos..e se pudessem, privatizavam tudo para as suas próprias empresas..contribuindo cada vez mais para um Portugal Abrasileirado....as medidas descritas neste depoimento..são muito lucidas sim!!!Gostei!!!..a classe politica em Portugal é que é verdadeiramente asquerosa....onde estão os técnicos????Os professores universitários???As pessoas competentes..essas nunca são convidadas para cargos de decisão politica???..Só alcança um lugar desses quem anda de bandeirinha e a lamber botas a pseudo lideres partidarios??..É isso a democracia em Portugal???parolice completa!!!!!(quanto ao Dr Mário Soares,devia tomar comprimidos para dormir, porque a contribuição dele na descolonização foi muito boa para os EUA, que têm as patas todas metidas nos PALOPs)...para acabar porque resolveram inventar a Profissão politico???coisa mais ridicula nao existe...o curriculo técnico é que devia importar..não as baboseiradas que se dizem nas feiras e no calor dos patéticos comicios!!Fora a Politica Portuguesa!!!queremos competência!!!! Escaravelho 09:36 20 Agosto 2002 Não entro em polémicas, e muito menos naquelas que servem para dar destaque ao Partido Socialista e a Mário Soares, que há muito tempo que devia estar retirado da política. Não contem comigo. Escaravelho 09:34 20 Agosto 2002 Não entro em polémicas, e muito menos naquelas que servem para dar destaque ao partido socialista e a Mário Soares, que há muito q Asdrúbal 02:25 20 Agosto 2002 Oh meu filho...que grande trapalhada!

Católico, republicano, membro do Partido Socialista, de esquerda e social-democrata...é um Dinossauro Neo-Proletário Post-Moderno. Só pode... mamdp 01:32 20 Agosto 2002 Excepções

Caro conservador

Com o meu curto desabafo nem sequer pretendia "tocar" no seu comentário, porque simplesmente nem o tinha lido. De facto só uma pequena fracção de tempo (o tempo de elaboração)levou a que o meu comentário surgisse após o seu.

Quanto ao resto, concordo consigo. O povo português é pouco exigente e em média os políticos são o reflexo disso.

Tudo o que "puxa" a mexericos, bailaricos, e comes e bebes "temos gente"... Reflectir, pensar na "causa das coisas", exigir... livra! não vá virar-se o "feitiço contra o feiticeiro"...

Afinal ser exigente exige que se corresponda...

conservador 00:56 20 Agosto 2002 Caro mamdp,

Não sei se os comentários feitos a esta carta aberta ao Dr.Soares por parte de um militante do PS o atingiram em algum ponto sensível, mas garanto-lhe que os comentários que faço não têm qualquer propósito satírico ou irónico, são pelo contrário sérios e objectivos. O que não pode ser levado a sério são estes discursos autistas dos teóricos de esquerda que vêm disfarçar o seu desnorte face ao governo dinâmico do país com retóricas frágeis que visam tentar monopolizar valores para a esquerda e revalidar inutilmente as suas propostas obsoletas, pretendendo disfarçar um passado recente de governação desastrosa para o país em que se praticaram dos mais baixos aproveitamentos e desperdícios de dinheiros públicos, com fins eleitoralistas e politico-partidários.

Acha que estes comentários são de baixo nível e reflectem os nossos atrasos culturais? Permita-me que lhe diga que os devaneios "esquerdo-filosóficos" como os deste artigo reflectem, por sua vez, o atraso de uma espécie de elite de pseudo-intelectuais de esquerda que falam a mais e fazem a menos e que com a sua falta de acção se acrescentam ao lote de pessoas que não produzem neste país. Sem querer estereotipar, é claro.

Não julgo que o nosso povo seja muito exigente, antes pelo contrário. Agora o que tem de ser exigido é sem dúvida a dignidade do Estado e a seriedade da acção governativa, bem como o respeito pelos dinheiros públicos e o governo com sentido de Estado. Mas parece-me que exigir isto a certos governos é demasiado.

Quanto ao dar pouco, quem dá pouco é quem não produz, é quem não trabalha a sério nem sabe o que é trabalhar. Fique a saber que muitas destas pessoas que elaboram os seus requintados comentários filosóficos de esquerda nestes fórums nem sabem o que significa trabalhar, produzir. seguintes >

Inserir Comentário

marcar artigo