"Bloco de Esquerda Facilita Maioria"
Sexta-feira, 22 de Novembro de 2002 O PÚBLICO incluiu ontem uma nota informando os leitores de que, "ainda que involuntariamente", o Bloco teria sido "determinante para a aprovação do relatório" da maioria sobre o caso Benfica. Essa informação é enviesada. Devo por isso aos leitores o seguinte esclarecimento. Na manhã de ontem, participei na reunião da comissão de Assuntos Constitucionais, em que se discutia o relatório referente a um projecto de lei do Bloco. Estive depois na comissão de inquérito sobre o Benfica, onde discuti com os deputados socialistas presentes o texto das conclusões minoritárias. Às 12h tive que sair da comissão, "voluntariamente", para participar na conferência de líderes, que delibera sobre os agendamentos e todas as questões essenciais da vida parlamentar. Por isso, não pude acompanhar as votações da comissão de inquérito - o jornalista terá que reconhecer que não se pode estar em dois lugares ao mesmo tempo, e que seria totalmente injustificável faltar à conferência de líderes. Sabendo que não poderia participar na votação, deixei na comissão do Benfica uma carta explicando a razão da ausência e manifestando o meu apoio ao texto da oposição. Devo ainda esclarecer que a contabilização da votação que o PÚBLICO fez é virtual: o PSD tinha na sala ao lado dois deputados a participar noutra comissão, e que estavam preparados para vir a qualquer momento fazer a maioria. A maioria aprovaria sempre o seu relatório amnistiando o Governo. Fica o facto de que Vilarinho e Durão Barroso trataram, em campanha eleitoral, do futuro de uma dívida fiscal e de um estádio, e que o Governo resolveu o assunto assim que tomou posse. A oposição questionou a negociata e fez bem. Francisco Louçã Deputado do Bloco de Esquerda OUTROS TÍTULOS EM ESPAÇO PÚBLICO OPINIÃO
A CASA ENCANTADA
O défice
O desgoverno das universidades
O FIO DO HORIZONTE
Cansaço do euro
CARTAS AO DIRECTOR
"Bloco de Esquerda facilita maioria"
"Auto-avaliação" - Um mito com consequências
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"Bloco de Esquerda Facilita Maioria"
Sexta-feira, 22 de Novembro de 2002 O PÚBLICO incluiu ontem uma nota informando os leitores de que, "ainda que involuntariamente", o Bloco teria sido "determinante para a aprovação do relatório" da maioria sobre o caso Benfica. Essa informação é enviesada. Devo por isso aos leitores o seguinte esclarecimento. Na manhã de ontem, participei na reunião da comissão de Assuntos Constitucionais, em que se discutia o relatório referente a um projecto de lei do Bloco. Estive depois na comissão de inquérito sobre o Benfica, onde discuti com os deputados socialistas presentes o texto das conclusões minoritárias. Às 12h tive que sair da comissão, "voluntariamente", para participar na conferência de líderes, que delibera sobre os agendamentos e todas as questões essenciais da vida parlamentar. Por isso, não pude acompanhar as votações da comissão de inquérito - o jornalista terá que reconhecer que não se pode estar em dois lugares ao mesmo tempo, e que seria totalmente injustificável faltar à conferência de líderes. Sabendo que não poderia participar na votação, deixei na comissão do Benfica uma carta explicando a razão da ausência e manifestando o meu apoio ao texto da oposição. Devo ainda esclarecer que a contabilização da votação que o PÚBLICO fez é virtual: o PSD tinha na sala ao lado dois deputados a participar noutra comissão, e que estavam preparados para vir a qualquer momento fazer a maioria. A maioria aprovaria sempre o seu relatório amnistiando o Governo. Fica o facto de que Vilarinho e Durão Barroso trataram, em campanha eleitoral, do futuro de uma dívida fiscal e de um estádio, e que o Governo resolveu o assunto assim que tomou posse. A oposição questionou a negociata e fez bem. Francisco Louçã Deputado do Bloco de Esquerda OUTROS TÍTULOS EM ESPAÇO PÚBLICO OPINIÃO
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