Champalimaud desiste de processo contra jornalista

12-04-2002
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Champalimaud Desiste de Processo Contra Jornalista

Domingo, 7 de Abril de 2002 Pedido de indemnização era de 2,5 milhões de euros O banqueiro António Champalimaud desistiu da queixa contra o jornalista Rui Costa Pinto na qual reclamava uma indemnização de 2,5 milhões de euros (500 mil contos). A queixa dizia respeito a vários trabalhos publicados entre 1992 e 1999 no semanário "O Independente" relativos a negócios que envolviam o banqueiro, como a privatização da Mundial Confiança, a compra do Banco Pinto & Sottomayor e os trabalhos das comissões de inquérito parlamentar a alguns desses mesmos negócios. O processo foi intentado por Champalimaud em 1999 contra "O Independente" e o jornalista Rui Costa Pinto, actualmente na "Visão". A sociedade proprietária do semanário, Soci, celebrou um acordo com o banqueiro, mas o jornalista recusou-se a assiná-lo, por discordar dos seus termos. Costa Pinto acabaria por sair d' "O Independente" na sequência desta recusa. A sentença comunicada quinta-feira pela 12ª vara cível de Lisboa dá conta da desistência da queixa contra o jornalista e sanciona o acordo entre Champalimaud e a Soci. Consequentemente, conclui a sentença, foi julgado "extinto o direito que o autor pretendia fazer valer através desta acção quanto a ambos os réus". Ao desistir do pedido e não apenas da instância, o banqueiro dá por terminado o processo, enquanto que se tivesse desistido apenas da instância poderia voltar a pedir uma indemnização. Segundo o advogado do jornalista, Jorge Ferreira, ex-deputado do CDS-PP, ao desistir do pedido, Champalimaud reconhece que não há fundamento para a indemnização. "Com a desistência do pedido que apresentou em tribunal, o sr. António Champalimaud reconheceu que a sua pretensão era infundada, dando razão à defesa e aos argumentos que o jornalista apresentou", disse Jorge Ferreira ao PÚBLICO, acrescentando que a desistência do pedido "significa uma grande vitória para a liberdade de expressão e para o jornalismo português". Para o ex-deputado, que foi relator de uma das comissões de inquérito parlamentar que investigou vários negócios envolvendo António Champalimaud e o Estado português, "a acção intentada pelo sr. António Champalimaud visou apenas intimidar e silenciar um jornalista independente e incómodo". Eunice Lourenço OUTROS TÍTULOS EM MEDIA Rasto de Bin Laden despista "media"

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