Seis secretarias de Estado ficam nas mãos do CDS-PP

07-04-2002
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Seis Secretarias de Estado Ficam nas Mãos do CDS-PP

Quarta-feira, 3 de Abril de 2002

Indicados os ministros, começou a dança dos secretários de Estado. Já há convites feitos, mas as negociações ainda decorrem

O CDS-PP vai ficar com seis secretarias de Estado no governo de coligação, estando ainda a ser negociadas as pastas que lhes serão atribuídas. Uma das probabilidades é que seja para o CDS-PP a secretaria de Estado do comércio e indústria, já que Paulo Portas queira uma pasta económica para o seu partido.

Os democratas-cristãos também devem ficar com uma pasta nas obras públicas. E podem ter a secretaria de Estado da Justiça, cujo ministério será ocupado por Maria Celeste Cardona, dirigente do CDS-PP. A regra, contudo, deverá ser a de cruzar pastas, ou seja, figuras do CDS-PP a trabalhar sob as ordens de ministros do PSD e vice-versa.

O exemplo é dado desde logo por Paulo Portas, ministro de Estado e da Defesa, que terá o social-democrata Henrique de Freitas como secretário de Estado. A Defesa é, assim, para já um dos poucos ministérios arrumados.

As Finanças, tuteladas por Manuela Ferreira Leite, não terão qualquer secretário de Estado do CDS-PP e já têm dois nomes confirmados: Vasco Valdez, que deve regressar aos Assuntos Fiscais, e Norberto Rosa, que poderá ficar com o Orçamento. Ferreira Leite deve ter pelo menos mais dois secretários de Estado, já que também terá a tutela da administração pública e dos fundos europeus.

Miguel Frasquilho, cabeça de lista do PSD por Setúbal e um dos economistas que participou na elaboração do programa eleitoral, deve ficar com uma secretaria de Estado, nas Finanças ou na Economia. Neste último ministério já é certo que o madeirense Miguel de Sousa será o secretário de Estado do Turismo. O açoreano Âlvaro Dâmaso, ex-líder do PSD e ex-presidente da Bolsa de Lisboa, também poderá ser secretário de Estado de Carlos Tavares, o futuro ministro da Economia.

Outra equipa que começa a arrumar-se é a do novo ministério das Cidades, tutelado por Isaltino Morais. Neste novo ministério, que terá a tutela das autarquias, participam os secretários de Estado José Eduardo Martins, para o Ambiente, e José Mário Ferreira Almeida, secretário de Estado adjunto. Isaltino pode ter ainda um terceiro secretário de Estado com a pasta das Autarquias.

Enquanto algumas equipas começam a estar definidas, há ainda ministros que não sabem sequer se terão secretários de Estado ou quanto terão. É o caso da Educação, que poderá ter um ou dois secretários de Estado.

Recorde-se que, durante a campanha eleitoral, Durão Barroso prometeu o governo mais pequeno dos últimos 20 anos. Para já escolheu 17 ministros - já houve governos com apenas 15 -, pelo que, a redução prometida poderá ser feita nas secretarias de Estado, que devem ser à volta de trinta.

Cultura e Agricultura são ministérios que podem não ter secretários de Estado. Já os Assuntos Parlamentares é certo que não terá. Quanto ao ministro da Presidência, Nuno Morais Sarmento, uma das áreas que irá tutelar é a da comunicação social e poderá não ter secretários de Estado. Ontem, era também dado como porta-voz do governo.

Por seu lado, José Luís Arnaut, ministro adjunto, vai tutelar o desporto, o combate à toxicodependência, a protecção das minorias, a defesa do consumidor e a igualdade, pelouros que deve distribuir por secretários de Estado e altos comissários. A pasta mais importante é, sem dúvida, a do desporto, para a qual pode ser convidado Hermínio Loureiro, que presidiu à comissão parlamentar de acompanhamento do Euro 2004.

Outro ministro que deve ter vários secretários de Estado é Valente de Oliveira, o tutelar das Obras Públicas. Um dos nomes que poderá escolher é o de Salter Cid, que já foi seu secretário de Estado nos governos de Cavaco Silva.

H.P./ E.L.

Seis Secretarias de Estado Ficam nas Mãos do CDS-PP

Quarta-feira, 3 de Abril de 2002

Indicados os ministros, começou a dança dos secretários de Estado. Já há convites feitos, mas as negociações ainda decorrem

O CDS-PP vai ficar com seis secretarias de Estado no governo de coligação, estando ainda a ser negociadas as pastas que lhes serão atribuídas. Uma das probabilidades é que seja para o CDS-PP a secretaria de Estado do comércio e indústria, já que Paulo Portas queira uma pasta económica para o seu partido.

Os democratas-cristãos também devem ficar com uma pasta nas obras públicas. E podem ter a secretaria de Estado da Justiça, cujo ministério será ocupado por Maria Celeste Cardona, dirigente do CDS-PP. A regra, contudo, deverá ser a de cruzar pastas, ou seja, figuras do CDS-PP a trabalhar sob as ordens de ministros do PSD e vice-versa.

O exemplo é dado desde logo por Paulo Portas, ministro de Estado e da Defesa, que terá o social-democrata Henrique de Freitas como secretário de Estado. A Defesa é, assim, para já um dos poucos ministérios arrumados.

As Finanças, tuteladas por Manuela Ferreira Leite, não terão qualquer secretário de Estado do CDS-PP e já têm dois nomes confirmados: Vasco Valdez, que deve regressar aos Assuntos Fiscais, e Norberto Rosa, que poderá ficar com o Orçamento. Ferreira Leite deve ter pelo menos mais dois secretários de Estado, já que também terá a tutela da administração pública e dos fundos europeus.

Miguel Frasquilho, cabeça de lista do PSD por Setúbal e um dos economistas que participou na elaboração do programa eleitoral, deve ficar com uma secretaria de Estado, nas Finanças ou na Economia. Neste último ministério já é certo que o madeirense Miguel de Sousa será o secretário de Estado do Turismo. O açoreano Âlvaro Dâmaso, ex-líder do PSD e ex-presidente da Bolsa de Lisboa, também poderá ser secretário de Estado de Carlos Tavares, o futuro ministro da Economia.

Outra equipa que começa a arrumar-se é a do novo ministério das Cidades, tutelado por Isaltino Morais. Neste novo ministério, que terá a tutela das autarquias, participam os secretários de Estado José Eduardo Martins, para o Ambiente, e José Mário Ferreira Almeida, secretário de Estado adjunto. Isaltino pode ter ainda um terceiro secretário de Estado com a pasta das Autarquias.

Enquanto algumas equipas começam a estar definidas, há ainda ministros que não sabem sequer se terão secretários de Estado ou quanto terão. É o caso da Educação, que poderá ter um ou dois secretários de Estado.

Recorde-se que, durante a campanha eleitoral, Durão Barroso prometeu o governo mais pequeno dos últimos 20 anos. Para já escolheu 17 ministros - já houve governos com apenas 15 -, pelo que, a redução prometida poderá ser feita nas secretarias de Estado, que devem ser à volta de trinta.

Cultura e Agricultura são ministérios que podem não ter secretários de Estado. Já os Assuntos Parlamentares é certo que não terá. Quanto ao ministro da Presidência, Nuno Morais Sarmento, uma das áreas que irá tutelar é a da comunicação social e poderá não ter secretários de Estado. Ontem, era também dado como porta-voz do governo.

Por seu lado, José Luís Arnaut, ministro adjunto, vai tutelar o desporto, o combate à toxicodependência, a protecção das minorias, a defesa do consumidor e a igualdade, pelouros que deve distribuir por secretários de Estado e altos comissários. A pasta mais importante é, sem dúvida, a do desporto, para a qual pode ser convidado Hermínio Loureiro, que presidiu à comissão parlamentar de acompanhamento do Euro 2004.

Outro ministro que deve ter vários secretários de Estado é Valente de Oliveira, o tutelar das Obras Públicas. Um dos nomes que poderá escolher é o de Salter Cid, que já foi seu secretário de Estado nos governos de Cavaco Silva.

H.P./ E.L.

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