SG Buiça: Réplica a Filipe Batista Silva

21-02-2005
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Como a sua resposta ao meu post dá azo a uma réplica, aqui vai:

(a azul estão excertos da réplica do sr.Filipe)

"A sua crítica é intelectualmente desonesta, pois retira as frases do seu contexto"

Não sei porquê. Por mais que leia os seua artigos na íntegra não consigo ver em que é que 'retire' as frases do contexto. Exprimem ideias bem claras e orientações específicas. Não distorci nada.

"Por exemplo, quando me insurjo contra a televisão, não me refiro ao instrumento técnico em si mesmo, mas sim à forma como esse instrumento tem sido usado para fins políticos de engenharia social, estupidificação e estandardização da população (facto absolutamente inegável)."

Isoo é um problema dos canais televisivos, não meu. E faça o obséquio de não generalizar. nem todos os canais 'estupidificam' as pessoas. Mas, se as pessoas gostam de ser 'estupidificadas' e 'massificadas' o problema é das populações, não meu. O Estado não tem nada que se meter.

"Não sou, obviamente, favorável à miséria, mas estou absolutamente convencido que o excesso de riqueza e de confortos afectam a sagacidade e o heroísmo."

Defina 'excesso de riqueza'. O que é isso?

O seu raciocínio é típico dos defensores de mundos há muito desaparecidos. As pessoas devem enriquecer na devida proporção do seu trabalho e mérito. Não é tolerável estipular 'tectos' de riqueza a partir dos quais não se poderia passar. É uma séria ofensa às liberdades individuais e à economia de mercado. mas compreendo, voc~e não gosta muito nem das liberdades individuais nem da economia de mercado. Pelo menos é o que parece.

"De resto, é sabido que o excesso alimenta o vício e que o viciado é um ser humano limitado na sua liberdade."

Mas estamos perante comportamentos individuais. Desde que o 'viciado' (seja no que for) não prejudicar terceiros o problema é dele, não meu, e muito menos de uma entidade abstracta como o Estado.

" O meu modelo está nas antigas Atenas, Germânia, Roma (exceptuando a fase decadentista), e não nas actuais Hollywood, Washington, Nova Iorque, Rio, Amesterdão."

Ora aqui está o que nos divide. Nem mais. Eu não disse que você defende mundos passados?!

Já deveria saber que, na História, geralmente as manobras de 'marcha atrás' não são bem sucedidas. Felizmente.

"Trata-se de constatar que o actual sistema é anti-natural e que está completamente esgotado."

Em que se baseia para dizer isto?

O que é 'anti-natural'?

Natural será o despostismo, o medievalismo, o feudalismo e outros de igual quilate...?

Acha o despotismo absolutista (venha de onde vier) natural? Eu não.

A LIBERDADE é que é natural, naõ o condicionamento estatal nem um palhaço qualquer (seja Rei ou Presidente) a debitar ordens sem nexo, generalistas, destinadas ao 'grupo', ao 'colectivo', que não passam de mistificações inexistentes. Ambos são conjuntos de indivíduos. Não mais.

Este sistema á a ante-câmara de um sistema mais libertário (de génese liberal) que preconizo.

"Sobre a alegada relação do nacionalismo com o comunismo que o Sr. Buiça muito gosta da evocar (vá-se lá saber porquê…), há que afirmar sem rodeios de uma vez por todas que tal relação nunca existiu, não existe e nunca existirá."

Não existe, como é óbvio, uma relação directa. Existiu no passado (e existe) uma proximidade ideológica, uma partilha de cosmovisão totalitária e mundialista, entre o nacional-SOCIALISMO e o Comunismo. Isso é indesmentível.

Aquilo que existe em comum são duas coisas: a vontade de regular os cidadãos e os vaticínios 'místicos' do fim próximo do actual estado de coisas. Um pouco à semelhança das Testemunhas de Jeová :-)

Ora, o liberalismo de tendência libertária que preconizo (que é diferente do actual estado de desenvolvimento do liberalismo) não tenta regular os indivíduos. Os indivíduos são todos diferentes e não devem ser regulados, muito menos de 'cima para baixo'. Os indivíduos devem apenas respeitar algumas (poucas) regras básicas (não matarás, não violarás e não roubarás, chega bem) e devem fazer da sua vida o que quiserem. Literalmente. A mim não me importa que o pessoal ande todo a fazer o pino, desde que não me obriguem a fazê-lo. Eis a essência do liberalismo tal como o entendo: liberdades individuais ao máximo possível como mínimo de regulação possível. A mínima regulação, mas que se quer eficaz e célere no que diz respeito, por exemplo à justiça e ao combate ao crime. Tudo seria muito mais simples.

Se acha este sistema 'anti-natural é porque o quer substituir. Logo, deveria anunciar isso aos seus hipotéticos apoiantes, o facto de querer acabar com a democracia liberal e sunstitui-la por algo mais....'natural'. Anuncie CLARAMENTE isso e diga-me depois quantos votinhos tem.

"Será na crença nacionalista da desigualdade humana? Será na preconização da primazia das estruturas tradicionais, como a Nação e a Família? Será na defesa de uma sociedade meritocrática e hierarquizada? Será na rejeição categórica do internacionalismo? Será na rejeição do aborto, das drogas, dos comportamentos anti-naturais?"

O liberalismo acredita (está à vista) na desigualdade económica inevitável humana. Mais: o liberalismo tem uma forte influencia Darwinista.

Igualdade defendo a de oportunidades, que me parece essêncial, acompanhada de um sistema social que evite a miséria.

O liberalismo não valoriza 'Naçaõ' e 'Família' da mesma forma que você uma vez que temos a noção que as sociedades não são imóveis e se transformam. Aquilo a que você chama 'estruturas tradicionais' já foram revolucionárias. Quando o monoteísmo cristão substituiu o paganismo europeu isso foi fortemente revolucionário e os 'tradicionalistas' pagãos da altura tambem ficaram muio aborrecidos por lhes terem arrumado com as tradições que tinham há muitos séculos. Como vê é tudo uma questão de perspectiva. A lição que se tira da História humana é exactamente que NADA é imutável e definitivo (nem o liberalismo, veja lá), tudo se transforma.

O que são comportamentos 'anti-naturais'? Acha acaso natural um mamífero como nós estar em frente a um computador a carregar em teclas? Tenha lá paciência, os indivíduos devem poder ter os comportamentos que quiserem desde que não prejudiquem directamente terceiros e nem você nem eu temos NADA a ver com isso. Não venha com essas teorias moralistas que, mais uma vez, só demonstram o carácter regulacionista e totalitário do seu pensamento que são cada vez mais rejeitados pelas sociedades modernas. Se bem entendo aonde quer chegar, sempre lhe digo que tais comportamentos podem ser encontrados em diversos mamíferos na natureza selvagem. Será que estão a 'abstrair-se' e a ser 'anti-naturais'?

Quem é que regula o que é natural? Eu? Você? Não, nenhum de nós. Só o exercício do livre-arbítrio dos indivíduos, nada mais. O que é bom para mim pode não ser bom para si, e vice-versa. Agora multiplique isto por todos os indivíduos e pode constatar que as sociedades não são susceptíveis de ser 'homogeneizadas' pois os indivíduos são todos diferentes.

" Uma das suas tónicas é a de que a Causa Nacionalista está irremediavelmente perdida, que a nossa luta é em vão… Isso só pode ser entendido como uma jogada desespera com vista a travar o nosso ânimo, a nossa convicção, a nossa firmeza, resultado de uma inquietação indesmentível e crescente da sua parte. Se, de facto, o nacionalismo do séc. XXI estivesse assim tão condenado ao fracasso, talvez você não dedicasse tantas horas diárias a combater os nacionalistas que você e os comunistas tanto se orgulham de odiar."

Não odeio ninguem, e muito menos me orgulharia de tal coisa. Ou acha que discordar é odiar?

Deixo o ódio para outros.

Não me associe de modo algum aos comunistas. Não seja intelectualmente desonesto, sabe bem que não há harmonização possível com os comunistas da parte liberal, pois eles são colectivistas e totalitários.

Inquietação da minha parte?? Essa é boa. Sou tranquilo por natureza, gosto apenas de polemizar, que é um exercício interessante do ponto de vista intelectual e cultural. Não iria polemizar com quem pensa como eu, não acha?

Não há nenhuma inquietação em relação ao sistema político e ao seu futuro. Acho que se vai transformar, (nada é imóvel, lembra-se?)aperfeiçoar e evoluir, como tudo na vida. O que não acho, muito sinceramente, é que o caminho do nacionalismo tradicionalista e conservador tenha qualquer futuro. A observação empírica da realidade mostra isso mesmo, basta olhar o mundo na sua vastidão, complexidade e diversidade.

"não por consideração ou respeito para com o seu projecto de protagonismo pessoal,"

Esta é de rir. Protagonismo pessoal? Eu?

Deve estar a brincar comigo. não preciso de protagonismos nem de holofotes, vivo bem sem essa parafernália. Gosto de 'bloggar' e de uma boa polémica. Há algo de mal nisso? Gosto de uma boa tertúlia.Há algum problema? Tenha paciência....

Os meus leitores são bem 'desobstruídos mentalmente' e pensam pela cabecinha deles, não se preocupe.

" tão progressista, liberal, materialista e inimigo das suas ideias como é o caso do Sr. Buiça"

Estou desvanecido com os elogios. Obrigado. Caracterizou-me ideológicamente. Muito bem.

Mas não sou inimigo de ninguém, muito menos do Corcunda, pessoa educada, culta e que, embora seja ideológicamente diferente de mim, é um óptimo polemista e com quem dá gosto discutir e trocar ideias. Não está ensimesmado nem herméticamente fechado à discussão. Percebe?

Existem óptimos blogs nacionalistas (e de muitas outras tendências), que são feitos por boa gente, gente culta e amiga da troca de ideias, da discussão, de algum humor e de boas polémicas.

Capicce?

Cumprimentos

PS (salvo seja) - Está ver como se engana Filipe. Não, não sou favorável ao aborto livre. Só se deve tolerar esta prática nos casos previstos ne lei portuguesa, que está muito bem como está. Não mais do que isso. Não generalize, o ser 'liberal' não quer dizer que se esteja obrigatoriamente a favor do aborto livre, pois o aborto é uma prática que afecta terceiros, neste caso, o embrião. Durante estes últimos tempos vivi de perto essa realidade. Graças á minha (e não só) capacidade persuasiva consegui evitar uma IVG perfeitamente escusada. Foi com grande alegria que, na semana passada nasceu mais um prima minha. Se não fosse eu (e mais alguns) ela não estaria agora aqui. Não quero ser condecorado no 10 de Junho nem nenhuma taça, mas acho que fiz bem.

O Liberalismo pressupõe responsabilidade e o aborto livre promove a desresponsabilização. O que deve haver é mais educação sexual (a ignorãncia ainda existe por aí) e maior divulgação dos anticoncepcionais (pois deve haver liberdade sexual, mas com responsabilidade), para evitar situações que possam propiciar o recurso ao aborto.

Deixe de ser tão monolítico até nas análises. As coisas não são a preto-e-branco.

Eu, ao defender o liberalismo (que é um conjunto de regras mínimas), estou a defender a liberdade do o Filipe levar a sua vida da forma que mais lhe aprouver a todos os níveis. O Filipe, ao defender o que defende, está a querer impor a toda a gente a sua mundivisão e aquilo que você (e os seus camaradas) pensam que é correcto. Infringiriam e restringiriam assim a liberdade dos outros.

Gosta que se metam na sua vida?

Eu tambem não.

Como a sua resposta ao meu post dá azo a uma réplica, aqui vai:

(a azul estão excertos da réplica do sr.Filipe)

"A sua crítica é intelectualmente desonesta, pois retira as frases do seu contexto"

Não sei porquê. Por mais que leia os seua artigos na íntegra não consigo ver em que é que 'retire' as frases do contexto. Exprimem ideias bem claras e orientações específicas. Não distorci nada.

"Por exemplo, quando me insurjo contra a televisão, não me refiro ao instrumento técnico em si mesmo, mas sim à forma como esse instrumento tem sido usado para fins políticos de engenharia social, estupidificação e estandardização da população (facto absolutamente inegável)."

Isoo é um problema dos canais televisivos, não meu. E faça o obséquio de não generalizar. nem todos os canais 'estupidificam' as pessoas. Mas, se as pessoas gostam de ser 'estupidificadas' e 'massificadas' o problema é das populações, não meu. O Estado não tem nada que se meter.

"Não sou, obviamente, favorável à miséria, mas estou absolutamente convencido que o excesso de riqueza e de confortos afectam a sagacidade e o heroísmo."

Defina 'excesso de riqueza'. O que é isso?

O seu raciocínio é típico dos defensores de mundos há muito desaparecidos. As pessoas devem enriquecer na devida proporção do seu trabalho e mérito. Não é tolerável estipular 'tectos' de riqueza a partir dos quais não se poderia passar. É uma séria ofensa às liberdades individuais e à economia de mercado. mas compreendo, voc~e não gosta muito nem das liberdades individuais nem da economia de mercado. Pelo menos é o que parece.

"De resto, é sabido que o excesso alimenta o vício e que o viciado é um ser humano limitado na sua liberdade."

Mas estamos perante comportamentos individuais. Desde que o 'viciado' (seja no que for) não prejudicar terceiros o problema é dele, não meu, e muito menos de uma entidade abstracta como o Estado.

" O meu modelo está nas antigas Atenas, Germânia, Roma (exceptuando a fase decadentista), e não nas actuais Hollywood, Washington, Nova Iorque, Rio, Amesterdão."

Ora aqui está o que nos divide. Nem mais. Eu não disse que você defende mundos passados?!

Já deveria saber que, na História, geralmente as manobras de 'marcha atrás' não são bem sucedidas. Felizmente.

"Trata-se de constatar que o actual sistema é anti-natural e que está completamente esgotado."

Em que se baseia para dizer isto?

O que é 'anti-natural'?

Natural será o despostismo, o medievalismo, o feudalismo e outros de igual quilate...?

Acha o despotismo absolutista (venha de onde vier) natural? Eu não.

A LIBERDADE é que é natural, naõ o condicionamento estatal nem um palhaço qualquer (seja Rei ou Presidente) a debitar ordens sem nexo, generalistas, destinadas ao 'grupo', ao 'colectivo', que não passam de mistificações inexistentes. Ambos são conjuntos de indivíduos. Não mais.

Este sistema á a ante-câmara de um sistema mais libertário (de génese liberal) que preconizo.

"Sobre a alegada relação do nacionalismo com o comunismo que o Sr. Buiça muito gosta da evocar (vá-se lá saber porquê…), há que afirmar sem rodeios de uma vez por todas que tal relação nunca existiu, não existe e nunca existirá."

Não existe, como é óbvio, uma relação directa. Existiu no passado (e existe) uma proximidade ideológica, uma partilha de cosmovisão totalitária e mundialista, entre o nacional-SOCIALISMO e o Comunismo. Isso é indesmentível.

Aquilo que existe em comum são duas coisas: a vontade de regular os cidadãos e os vaticínios 'místicos' do fim próximo do actual estado de coisas. Um pouco à semelhança das Testemunhas de Jeová :-)

Ora, o liberalismo de tendência libertária que preconizo (que é diferente do actual estado de desenvolvimento do liberalismo) não tenta regular os indivíduos. Os indivíduos são todos diferentes e não devem ser regulados, muito menos de 'cima para baixo'. Os indivíduos devem apenas respeitar algumas (poucas) regras básicas (não matarás, não violarás e não roubarás, chega bem) e devem fazer da sua vida o que quiserem. Literalmente. A mim não me importa que o pessoal ande todo a fazer o pino, desde que não me obriguem a fazê-lo. Eis a essência do liberalismo tal como o entendo: liberdades individuais ao máximo possível como mínimo de regulação possível. A mínima regulação, mas que se quer eficaz e célere no que diz respeito, por exemplo à justiça e ao combate ao crime. Tudo seria muito mais simples.

Se acha este sistema 'anti-natural é porque o quer substituir. Logo, deveria anunciar isso aos seus hipotéticos apoiantes, o facto de querer acabar com a democracia liberal e sunstitui-la por algo mais....'natural'. Anuncie CLARAMENTE isso e diga-me depois quantos votinhos tem.

"Será na crença nacionalista da desigualdade humana? Será na preconização da primazia das estruturas tradicionais, como a Nação e a Família? Será na defesa de uma sociedade meritocrática e hierarquizada? Será na rejeição categórica do internacionalismo? Será na rejeição do aborto, das drogas, dos comportamentos anti-naturais?"

O liberalismo acredita (está à vista) na desigualdade económica inevitável humana. Mais: o liberalismo tem uma forte influencia Darwinista.

Igualdade defendo a de oportunidades, que me parece essêncial, acompanhada de um sistema social que evite a miséria.

O liberalismo não valoriza 'Naçaõ' e 'Família' da mesma forma que você uma vez que temos a noção que as sociedades não são imóveis e se transformam. Aquilo a que você chama 'estruturas tradicionais' já foram revolucionárias. Quando o monoteísmo cristão substituiu o paganismo europeu isso foi fortemente revolucionário e os 'tradicionalistas' pagãos da altura tambem ficaram muio aborrecidos por lhes terem arrumado com as tradições que tinham há muitos séculos. Como vê é tudo uma questão de perspectiva. A lição que se tira da História humana é exactamente que NADA é imutável e definitivo (nem o liberalismo, veja lá), tudo se transforma.

O que são comportamentos 'anti-naturais'? Acha acaso natural um mamífero como nós estar em frente a um computador a carregar em teclas? Tenha lá paciência, os indivíduos devem poder ter os comportamentos que quiserem desde que não prejudiquem directamente terceiros e nem você nem eu temos NADA a ver com isso. Não venha com essas teorias moralistas que, mais uma vez, só demonstram o carácter regulacionista e totalitário do seu pensamento que são cada vez mais rejeitados pelas sociedades modernas. Se bem entendo aonde quer chegar, sempre lhe digo que tais comportamentos podem ser encontrados em diversos mamíferos na natureza selvagem. Será que estão a 'abstrair-se' e a ser 'anti-naturais'?

Quem é que regula o que é natural? Eu? Você? Não, nenhum de nós. Só o exercício do livre-arbítrio dos indivíduos, nada mais. O que é bom para mim pode não ser bom para si, e vice-versa. Agora multiplique isto por todos os indivíduos e pode constatar que as sociedades não são susceptíveis de ser 'homogeneizadas' pois os indivíduos são todos diferentes.

" Uma das suas tónicas é a de que a Causa Nacionalista está irremediavelmente perdida, que a nossa luta é em vão… Isso só pode ser entendido como uma jogada desespera com vista a travar o nosso ânimo, a nossa convicção, a nossa firmeza, resultado de uma inquietação indesmentível e crescente da sua parte. Se, de facto, o nacionalismo do séc. XXI estivesse assim tão condenado ao fracasso, talvez você não dedicasse tantas horas diárias a combater os nacionalistas que você e os comunistas tanto se orgulham de odiar."

Não odeio ninguem, e muito menos me orgulharia de tal coisa. Ou acha que discordar é odiar?

Deixo o ódio para outros.

Não me associe de modo algum aos comunistas. Não seja intelectualmente desonesto, sabe bem que não há harmonização possível com os comunistas da parte liberal, pois eles são colectivistas e totalitários.

Inquietação da minha parte?? Essa é boa. Sou tranquilo por natureza, gosto apenas de polemizar, que é um exercício interessante do ponto de vista intelectual e cultural. Não iria polemizar com quem pensa como eu, não acha?

Não há nenhuma inquietação em relação ao sistema político e ao seu futuro. Acho que se vai transformar, (nada é imóvel, lembra-se?)aperfeiçoar e evoluir, como tudo na vida. O que não acho, muito sinceramente, é que o caminho do nacionalismo tradicionalista e conservador tenha qualquer futuro. A observação empírica da realidade mostra isso mesmo, basta olhar o mundo na sua vastidão, complexidade e diversidade.

"não por consideração ou respeito para com o seu projecto de protagonismo pessoal,"

Esta é de rir. Protagonismo pessoal? Eu?

Deve estar a brincar comigo. não preciso de protagonismos nem de holofotes, vivo bem sem essa parafernália. Gosto de 'bloggar' e de uma boa polémica. Há algo de mal nisso? Gosto de uma boa tertúlia.Há algum problema? Tenha paciência....

Os meus leitores são bem 'desobstruídos mentalmente' e pensam pela cabecinha deles, não se preocupe.

" tão progressista, liberal, materialista e inimigo das suas ideias como é o caso do Sr. Buiça"

Estou desvanecido com os elogios. Obrigado. Caracterizou-me ideológicamente. Muito bem.

Mas não sou inimigo de ninguém, muito menos do Corcunda, pessoa educada, culta e que, embora seja ideológicamente diferente de mim, é um óptimo polemista e com quem dá gosto discutir e trocar ideias. Não está ensimesmado nem herméticamente fechado à discussão. Percebe?

Existem óptimos blogs nacionalistas (e de muitas outras tendências), que são feitos por boa gente, gente culta e amiga da troca de ideias, da discussão, de algum humor e de boas polémicas.

Capicce?

Cumprimentos

PS (salvo seja) - Está ver como se engana Filipe. Não, não sou favorável ao aborto livre. Só se deve tolerar esta prática nos casos previstos ne lei portuguesa, que está muito bem como está. Não mais do que isso. Não generalize, o ser 'liberal' não quer dizer que se esteja obrigatoriamente a favor do aborto livre, pois o aborto é uma prática que afecta terceiros, neste caso, o embrião. Durante estes últimos tempos vivi de perto essa realidade. Graças á minha (e não só) capacidade persuasiva consegui evitar uma IVG perfeitamente escusada. Foi com grande alegria que, na semana passada nasceu mais um prima minha. Se não fosse eu (e mais alguns) ela não estaria agora aqui. Não quero ser condecorado no 10 de Junho nem nenhuma taça, mas acho que fiz bem.

O Liberalismo pressupõe responsabilidade e o aborto livre promove a desresponsabilização. O que deve haver é mais educação sexual (a ignorãncia ainda existe por aí) e maior divulgação dos anticoncepcionais (pois deve haver liberdade sexual, mas com responsabilidade), para evitar situações que possam propiciar o recurso ao aborto.

Deixe de ser tão monolítico até nas análises. As coisas não são a preto-e-branco.

Eu, ao defender o liberalismo (que é um conjunto de regras mínimas), estou a defender a liberdade do o Filipe levar a sua vida da forma que mais lhe aprouver a todos os níveis. O Filipe, ao defender o que defende, está a querer impor a toda a gente a sua mundivisão e aquilo que você (e os seus camaradas) pensam que é correcto. Infringiriam e restringiriam assim a liberdade dos outros.

Gosta que se metam na sua vida?

Eu tambem não.

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