Omissão do cristianismo é "erro histórico clamoroso"

13-06-2003
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Omissão do Cristianismo É "Erro Histórico Clamoroso"

Por H.P.

Sexta-feira, 13 de Junho de 2003 O assunto foi levado ao debate pelo CDS-PP. O preâmbulo da futura Constituição europeia refere a herança da Antiguidade e do Século das Luzes e omite qualquer referência "às raízes cristãs da Europa", disse o líder parlamentar Telmo Correia. O primeiro-ministro não teve dúvidas e considerou que "é um erro histórico clamoroso, quando se fala nas fontes culturais da Europa, excluir o cristianismo". "A Europa é sobretudo um conjunto de valores. Um conjunto de valores que radicam nos direitos humanos, que radicam na protecção dos mais fracos. E esse conjunto de valores não existe sem a herança judaico-cristã e a Europa ou é cristã ou é outra coisa, diferente da que estamos a falar", disse Durão Barroso. Considerando que "o cristianismo é uma das principais fontes daquilo a que hoje chamamos Europa", o primeiro-ministro prosseguiu: "Não quero acreditar que tenha sido por preconceito ideológico que se realçou - e bem - o papel da Europa das Luzes e do racionalismo, e se esqueceu tantos séculos de cristianismo." Este tema tem sido debatido nas instâncias europeias, mas Portugal nunca tinha assumido uma posição clara sobre o assunto. A veemente condenação desta omissão feita por Durão Barroso - "Lutarei por essa referência" -, no entanto, suscitou críticas do Bloco de Esquerda. "Eu não entendo porque é que o Governo português não terá o mesmo empenho numa referência declarativa, positiva, em relação ao objectivo da justiça social ou de um orçamento redistributivo", disse o deputado bloquista Luís Fazenda. Na resposta, o primeiro-ministro acusou o Bloco de Esquerda de estar a ser "muito sectário" por não querer aceitar que "a dignidade da pessoa humana foi, de facto, um conceito trazido para a nossa civilização pelo cristianismo". Os outros partidos não se mostraram muito interessados em participar nesta discussão. OUTROS TÍTULOS EM DESTAQUE Reforma da União Europeia aproxima Governo e PS

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