Cá Calharás: deputados

22-01-2012
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O sistema electrónico adoptado pelo Parlamento em 2008 para o envio de perguntas e requerimentos ao Governo foi raramente utilizado pelos deputados, que continuaram a preferir o papel em 97,6 por cento dos casos. Quando foi instalado na Assembleia, há dois anos, estimava-se uma poupança anual de "mais de 60 mil ofícios" em papel, segundo disse na altura o então deputado socialista José Junqueiro, que coordenou a introdução daquele sistema. De acordo com dados dos serviços da Assembleia da República, desde Outubro de 2009 apenas 3,2 por cento de um total de 10.626 perguntas e requerimentos ao Governo foram feitos por via electrónica. A partir de Março do próximo ano os deputados vão ter que usar a via electrónica em exclusivo, de acordo com uma deliberação aprovada quarta-feira em plenário e que visa facilitar a conversação de texto para a grafia do novo acordo Ortográfico no Parlamento. Na primeira sessão legislativa da actual legislatura, os deputados fizeram um total de 8.398 requerimentos e perguntas, das quais apenas 220 foram feitas por via electrónica. Na segunda sessão, a percentagem subiu ligeiramente. Até terça-feira tinham sido entregues 2.228 ofícios de perguntas e requerimentos, dos quais 130, cerca de 5,8 por cento, pelo sistema electrónico. É quase comovente ver o empenho com que os deputados se dedicam à adopção das novas ( com mais de 15 anos) tecnologias. É reconfortante verificar o excepcional utilização que os nossos representantes dão aos meios informáticos ao seu dispor (não me consigo lembrar de algo que lhes falte).Felizmente que tiveram desde 2008 para adoptarem novos procedimentos e ainda terão mais uns meses até Março para abandonarem o papel, mas até lá sempre se encrenca um pouco mais a actividade do governo com milhares de resmas de papel impresso onde o control find, o copy paste ou o check changes de e para nada servem.


O sistema electrónico adoptado pelo Parlamento em 2008 para o envio de perguntas e requerimentos ao Governo foi raramente utilizado pelos deputados, que continuaram a preferir o papel em 97,6 por cento dos casos. Quando foi instalado na Assembleia, há dois anos, estimava-se uma poupança anual de "mais de 60 mil ofícios" em papel, segundo disse na altura o então deputado socialista José Junqueiro, que coordenou a introdução daquele sistema. De acordo com dados dos serviços da Assembleia da República, desde Outubro de 2009 apenas 3,2 por cento de um total de 10.626 perguntas e requerimentos ao Governo foram feitos por via electrónica. A partir de Março do próximo ano os deputados vão ter que usar a via electrónica em exclusivo, de acordo com uma deliberação aprovada quarta-feira em plenário e que visa facilitar a conversação de texto para a grafia do novo acordo Ortográfico no Parlamento. Na primeira sessão legislativa da actual legislatura, os deputados fizeram um total de 8.398 requerimentos e perguntas, das quais apenas 220 foram feitas por via electrónica. Na segunda sessão, a percentagem subiu ligeiramente. Até terça-feira tinham sido entregues 2.228 ofícios de perguntas e requerimentos, dos quais 130, cerca de 5,8 por cento, pelo sistema electrónico. É quase comovente ver o empenho com que os deputados se dedicam à adopção das novas ( com mais de 15 anos) tecnologias. É reconfortante verificar o excepcional utilização que os nossos representantes dão aos meios informáticos ao seu dispor (não me consigo lembrar de algo que lhes falte).Felizmente que tiveram desde 2008 para adoptarem novos procedimentos e ainda terão mais uns meses até Março para abandonarem o papel, mas até lá sempre se encrenca um pouco mais a actividade do governo com milhares de resmas de papel impresso onde o control find, o copy paste ou o check changes de e para nada servem.

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