Zé Povinho: AS PALAVRAS E OS ACTOS

01-07-2011
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PS e PSD rejeitaram o referendo ao Tratado de Lisboa, conforme previsto, e neste caso não se pode dizer que tenha sido uma surpresa para os portugueses.Talvez haja quem não se recorde, ou talvez até o queiram esquecer, mas procedeu-se a uma alteração da Constituição para tornar possível o referendo a tratados, e todos os partidos com representação parlamentar incluíram nos seus programas eleitorais o compromisso de referendar o tratado europeu.Na política os compromissos e a palavra dada, valem o que valem, e eis que os dois partidos com maior representação parlamentar, mudam de opinião e enveredam pela ratificação parlamentar.O que mais me irrita na classe política actual, são os pretextos encontrados para explicar as cambalhotas acrobáticas que praticam. José Sócrates afirmou que era favorável ao referendo mas acaba por definir para o partido o contrário. Santana Lopes diz que “apesar do PSD ser a favor do referendo”, entende que “não é adequado aos interesses do povo, face ao tempo que já se perdeu”. Afinal para estes dois partidos “mudaram as circunstâncias”, seja lá o que isso for.Vitalino Canas acaba por deixar escorregar um argumento ainda mais fantástico dizendo que a realização de um referendo nas actuais circunstâncias seria “um grave perigo para a União Europeia” e que “o PS não contribuirá para provocar danos na União Europeia”, ao mesmo tempo que diz que a opção pela ratificação não foi por “medo”.Parece que apenas um deputado do centrão, votou a favor do referendo, de acordo com a sua consciência. Apetece-me dizer que a consciência no grupos parlamentares do PS e do PSD está em claro défice, a atender às declarações dos responsáveis políticos. *** * *** Vergonha *** * ***FOTOS - ÂNGULOS E SOMBRAS pike_YY pike_YY*** * ***CARTOON Manny Aenlle Francisco


PS e PSD rejeitaram o referendo ao Tratado de Lisboa, conforme previsto, e neste caso não se pode dizer que tenha sido uma surpresa para os portugueses.Talvez haja quem não se recorde, ou talvez até o queiram esquecer, mas procedeu-se a uma alteração da Constituição para tornar possível o referendo a tratados, e todos os partidos com representação parlamentar incluíram nos seus programas eleitorais o compromisso de referendar o tratado europeu.Na política os compromissos e a palavra dada, valem o que valem, e eis que os dois partidos com maior representação parlamentar, mudam de opinião e enveredam pela ratificação parlamentar.O que mais me irrita na classe política actual, são os pretextos encontrados para explicar as cambalhotas acrobáticas que praticam. José Sócrates afirmou que era favorável ao referendo mas acaba por definir para o partido o contrário. Santana Lopes diz que “apesar do PSD ser a favor do referendo”, entende que “não é adequado aos interesses do povo, face ao tempo que já se perdeu”. Afinal para estes dois partidos “mudaram as circunstâncias”, seja lá o que isso for.Vitalino Canas acaba por deixar escorregar um argumento ainda mais fantástico dizendo que a realização de um referendo nas actuais circunstâncias seria “um grave perigo para a União Europeia” e que “o PS não contribuirá para provocar danos na União Europeia”, ao mesmo tempo que diz que a opção pela ratificação não foi por “medo”.Parece que apenas um deputado do centrão, votou a favor do referendo, de acordo com a sua consciência. Apetece-me dizer que a consciência no grupos parlamentares do PS e do PSD está em claro défice, a atender às declarações dos responsáveis políticos. *** * *** Vergonha *** * ***FOTOS - ÂNGULOS E SOMBRAS pike_YY pike_YY*** * ***CARTOON Manny Aenlle Francisco

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