Vitalino, Vital e vitimizaçãoQuanto aos incidentes que se registaram a seguir à apresentação de cumprimentos por Vital Moreira à direcção da CGTP no arranque do desfile, já escrevi aqui o que me pareceu essencial acentuar.Mas agora, depois de conhecer as afirmações de Vitalino Canas, exigindo um pedido desculpas à CGTP e ao PCP pelos acontecimentos e acusando «ipsis verbis» o PCP de promover «uma política de ódio» que fomenta incidentes como os de hoje, é então preciso dizer mais duas coisas, ainda que em curto.A primeira é que enquanto os apupos resultam de atitudes, exaltações ou indignações que são de uma incontrolável esfera individual, já declarações como as de Vitalino Canas não tem nenhuma dessas características porque são proferidas consciente e deliberadamente por um alto responsável político do PS e, nesse sentido, são bastantes mais graves que quaisquer apupos, além de que, ao contrário dos apupos, se sabe quem as proferiu.A segunda é que é significativo que ao PS, a Vitalino Canas e a Vital Moreira não tenha bastado deixar correr a "onda" que, mediaticamente, tinha todos os ingredientes para servir os seus interesses políticos. A gulosice desmedida levou-os a assumirem explicitamente a exploração e aproveitamento político dos incidentes.Eu, por mim, não arrisco tanto mas não vão faltar cidadãos que, tudo visto, sigam aquele velho e conhecido preceito ou critério dos livros policiais: a quem aproveitava o crime ?.P.S.: a propósito, o PS ou o seu governo já pediram desculpas pelas afirmações daquele seu Secretário de Estado que disse que ia «trucidar» trabalhadores da função pública ?.
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Vitalino, Vital e vitimizaçãoQuanto aos incidentes que se registaram a seguir à apresentação de cumprimentos por Vital Moreira à direcção da CGTP no arranque do desfile, já escrevi aqui o que me pareceu essencial acentuar.Mas agora, depois de conhecer as afirmações de Vitalino Canas, exigindo um pedido desculpas à CGTP e ao PCP pelos acontecimentos e acusando «ipsis verbis» o PCP de promover «uma política de ódio» que fomenta incidentes como os de hoje, é então preciso dizer mais duas coisas, ainda que em curto.A primeira é que enquanto os apupos resultam de atitudes, exaltações ou indignações que são de uma incontrolável esfera individual, já declarações como as de Vitalino Canas não tem nenhuma dessas características porque são proferidas consciente e deliberadamente por um alto responsável político do PS e, nesse sentido, são bastantes mais graves que quaisquer apupos, além de que, ao contrário dos apupos, se sabe quem as proferiu.A segunda é que é significativo que ao PS, a Vitalino Canas e a Vital Moreira não tenha bastado deixar correr a "onda" que, mediaticamente, tinha todos os ingredientes para servir os seus interesses políticos. A gulosice desmedida levou-os a assumirem explicitamente a exploração e aproveitamento político dos incidentes.Eu, por mim, não arrisco tanto mas não vão faltar cidadãos que, tudo visto, sigam aquele velho e conhecido preceito ou critério dos livros policiais: a quem aproveitava o crime ?.P.S.: a propósito, o PS ou o seu governo já pediram desculpas pelas afirmações daquele seu Secretário de Estado que disse que ia «trucidar» trabalhadores da função pública ?.