portugal dos pequeninos: UMA VERDADE INCONVENIENTE

27-01-2012
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Para além de Pinho, na China, outro especialista nacional em chinesices, Vitalino Canas - que nunca mais deixa de ser o inspirado porta-voz do PS -, veio temperar as declarações do azarado ministro com uma pérola da sua autoria. Canas é mais um daqueles intermináveis produtos políticos que passaram por Macau no tempo das vacas gordas e que inundam o partido maioritário. De acordo com Canas, o que Pinho disse - "Portugal é um país competitivo em termos de custos salariais (...) os custos salariais são mais baixos do que a média dos países da União Europeia e a pressão para a sua subida é muito menor do que nos países do alargamento (...) "Portugal é um país em que há segurança e estabilidade política, características que não se registam em outros países europeus" e que uma avenida qualquer de Pequim lhe fez lembrar "para melhor - porque é mais bonita - a Madison Avenue de Nova Iorque" - não constitui "um problema grave". Pinho tem, de facto, todo o direito a ser infantil e, como as crianças, cruel e irresponsável mesmo com o sorriso mais patético do mundo. Até pode, no limite, ser ridículo - o detalhe possidónio nova-iorquino - mas inteiramente à sua conta. Acontece que ele criou um problema, e grave, ao seu primeiro-ministro que um mandarim como Canas tentou disfarçar com outro disparate. Aliás, Pinho é um problema e Canas, ao apoiá-lo na sua vertigem serventuária, não fez melhor figura. Mediaticamente, a viagem de Sócrates terminou ontem à boa maneira portuguesa (com uma trapalhada trágico-cómica), graças à incontinência verbal de um ministro inconsciente. Se isto não é um problema grave, dr. Canas, então não sei o que é um problema grave.


Para além de Pinho, na China, outro especialista nacional em chinesices, Vitalino Canas - que nunca mais deixa de ser o inspirado porta-voz do PS -, veio temperar as declarações do azarado ministro com uma pérola da sua autoria. Canas é mais um daqueles intermináveis produtos políticos que passaram por Macau no tempo das vacas gordas e que inundam o partido maioritário. De acordo com Canas, o que Pinho disse - "Portugal é um país competitivo em termos de custos salariais (...) os custos salariais são mais baixos do que a média dos países da União Europeia e a pressão para a sua subida é muito menor do que nos países do alargamento (...) "Portugal é um país em que há segurança e estabilidade política, características que não se registam em outros países europeus" e que uma avenida qualquer de Pequim lhe fez lembrar "para melhor - porque é mais bonita - a Madison Avenue de Nova Iorque" - não constitui "um problema grave". Pinho tem, de facto, todo o direito a ser infantil e, como as crianças, cruel e irresponsável mesmo com o sorriso mais patético do mundo. Até pode, no limite, ser ridículo - o detalhe possidónio nova-iorquino - mas inteiramente à sua conta. Acontece que ele criou um problema, e grave, ao seu primeiro-ministro que um mandarim como Canas tentou disfarçar com outro disparate. Aliás, Pinho é um problema e Canas, ao apoiá-lo na sua vertigem serventuária, não fez melhor figura. Mediaticamente, a viagem de Sócrates terminou ontem à boa maneira portuguesa (com uma trapalhada trágico-cómica), graças à incontinência verbal de um ministro inconsciente. Se isto não é um problema grave, dr. Canas, então não sei o que é um problema grave.

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