Legislativas 2015 ao minuto: CDU quer que PS se una à esquerda para formar Governo

07-10-2015
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PS deveria formar Governo à esquerda. CDU disponível João Oliveira, líder da bancada parlamentar do PCP, considera que o PS "devia tentar formar um Governo" à esquerda, realçando a disponibilidade da CDU "para construir uma política alternativa". "O PS devia tentar formar um Governo, respeitando a confiança que lhe foi dada pelos eleitores para romper este caminho que tem vindo a ser seguido por este Governo e tentar encontrar uma política alternativa", afirmou João Oliveira, que falava aos jornalistas no final da cerimónia solene do 105.º aniversário da implantação da República, no salão nobre dos Paços do Concelho, em Lisboa, explica a Lusa. Questionado se a CDU estaria disponível para uma coligação com o PS e com o Bloco de Esquerda, o comunista afirmou: "Os nossos votos, os nossos deputados e a nossa força contarão sempre para romper com esse caminho e para construir uma política alternativa".

Presidente do eurogrupo diz que resultado é "um pouco ambíguo" À entrada para a reunião dos ministros das Finanças da zona euro, o presidente do eurogrupo refutou a ideia de que o Governo tenha margem para inverter as políticas de austeridade que tem seguido, já que, sustentou, "a situação económica e financeira de Portugal" não mudou só porque houve eleições.

Passos e Portas reúnem núcleos duros esta tarde Comissões políticas do PSD e do CDS marcadas para esta segunda-feira para discutirem resultados eleitorais de ontem. Social-democratas reúnem às 17h00 e centristas uma hora depois.

Vitalino: "PS tem discurso de grande responsabilidade, de abertura à esquerda e à direita" À margem das comemorações do 5 de Outubro, o deputado socialista Vitalino Canas sublinha que o discurso feito domingo à noite por António Costa é "de grande responsabilidade, de abertura quer à esquerda quer à direita". O deputado acrescentou que o discurso de Costa vem "apelar à responsabilidade de todos, incluindo do PS" e lembrou que o líder socialista traçou as linhas - "não digo vermelhas" - para uma negociação: o fim da austeridade e o estabelecimento de uma política de crescimento. Vitalino disse que não pode ir mais longe do que foi dito pelo secretário-geral e afirmou acreditar que Costa "serão ainda mais claro" na reunião da comissão política nacional do PS marcada para terça-feira à noite. O deputado situou ainda a posição do PS no quadro político dos países que defendem a permanência na Europa e na moeda única.

PS agita-se no dia seguinte à derrota nas legislativas No rescaldo das eleições, a manhã está a ser marcada por uma grande agitação no PS, que está sob fogo dos partidos da esquerda e que, internamente, sofre os estilhaços de um partido que perde as eleições. Em artigo de opinião publicado no Observador, Óscar Gaspar, ex-assessor de António José Seguro diz que "os portugueses nunca quiseram um PS radical, do contra pelo contra e cego à realidade do país. A derrota do PS é a derrota de uma linha e de uma prática políticas, não é um qualquer amuo dos eleitores". A Antena 1 referia que o economista defendia que a liderança de Costa deve ser discutida. A reunião da comissão política do PS, marcada para terça-feira à noite, promete assim ser difícil para o secretário-geral, com a contestação da ala segurista a subir de tom - segundo o Observador, Álvaro Beleza confirma amanhã a disponibilidade para desafiar Costa. Vieira da Silva, deputado e ex-ministro do PS, recusa alianças com o Bloco de Esquerda e lembra que nada resolvem. "Como é sabido o PS e Bloco não fazem maioria. Essa questão não se coloca sequer em questão", disse à Antena 1. Para Vieira da Silva, um "Governo minoritário não é solução a outro Governo minoritário". Alberto Martins, ex-líder parlamentar de Seguro, defende ala mais moderada: "seria muito negativo somar à crise nacional uma crise no PS".

Medina diz que "nenhum partido tem o direito de deixar o País refém de instabilidade" Os portugueses deixaram domingo três mensagens, referiu Fernando Medina, que falava nas cerimónias do 5 de Outubro, na qualidade de presidente da Câmara Municipal de Lisboa. Medina, que também é secretário nacional socialista, defendeu que os portugueses quiseram "um país comprometido com a Europa e a moeda única", com uma "mudança na política económica e social" e com a "exigência de um entendimento entre os partido". Medina disse ainda que o resultado das eleições de domingo exige "uma verdadeira cultura de compromisso" e avisou que "nenhum partido tem o direito de deixar o País refém de instabilidade". Já à margem das cerimónia, e em declarações aos jornalistas, o presidente da maior autarquia afirmou que a busca desta estabilidade "vai dar trabalho, vai ser difícil", mas lembrou que "há muitas feridas para sarar no País", dando com exemplo o elevado nível de desemprego e a emigração.

Novos deputados devem tomar posse na última quinzena de Outubro Os 230 deputados que foram ontem eleitos tomam posse na primeira sessão plenária da XIII legislatura, que só deverá realizar-se na penúltima ou última semana de Outubro, segundo os prazos legais que têm de ser cumpridos.

Governo espanhol felicita Passos Coelho pela vitória nas legislativas A vice-presidente do Governo espanhol, Soraya Sáenz de Santamaría, felicitou hoje a coligação PSD/CDS-PP pela vitória nas eleições legislativas em Portugal, considerando que os cidadãos reconheceram "os esforços tremendos para sair da crise".

Álvaro Beleza disponível para avançar contra Costa O Observador avança que Álvaro Beleza vai anunciar a intenção de avançar contra António costa já amanhã, terça-feira, na reunião da Comissão Política do PS. Álvaro Beleza, um dos mais destacados apoiantes de António José Seguro, defendeu ainda ontem um congresso extraordinário. "Os portugueses não se compreenderiam que não se fizesse um debate interno e ele vai existir, mas de forma clara, serena e tranquila". Como? Com um congresso extraordinário, até porque a comissão político "é poucochinho", acrescentou.

Bruxelas felicita coligação A Comissão Europeia saudou esta segunda-feira a vitória da coligação nas eleições, defendendo que os resultados da noite de ontem mostram que os portugueses confiam no caminho que vem sendo traçado nos últimos anos. "A Comissão Europeia e o presidente Juncker congratulam o primeiro-ministro Passos Coelho pela vitória", disse hoje Margaritis Schinas.

Empresários esperam que Cavaco nomeie governo de coligação Dez empresários ouvidos pelo Económico apelam à estabilidade depois do acto eleitoral de ontem. Embora vejam o PS como o grande derrotado, não afastam o risco de eleições antecipadas.

O dia seguinte A manhã começa com reflexo positivo dos mercados (juros em queda e bolsa em alta) aos resultados eleitorais de ontem, com os analistas a realçarem que o PS "parece que vai concordar com alguma forma de acordo que dará alguma estabilidade ao governo de minoria". A coligação perdeu a maioria absoluta e elegeu 104 deputados até ao momento, com a esquerda a ocupar a maior parte dos assentos na Assembleia da República. O PS elegeu 85 deputados, o Bloco 19 (a maior representação da sua história) e o PCP 17. O PAN (partido Pessoas, Animais e Natureza) estreia-se no Parlamento com um deputado. Estão ainda por atribuir os quatro mandatos relativos aos círculos da Europa e Fora da Europa. De acordo com os mais recentes resultados oficiais, o nível de abstenção foi o mais elevado registado em eleições legislativas no país, com 43,07% e mais de 4 milhões de eleitores ausentes das urnas.

Económico As fotografias que marcaram o dia

Abstenção bate recorde numas legislativas Até às 00h20 estavam contados, de acordo com a secretaria geral do Ministério da Administração Interna, os votos de 5.333.888 eleitores, para um total de 9.375.466 inscritos, o que corresponde a uma taxa de participação de 56,89%. A abstenção de 43,11% foi a mais elevada registada até ao momento em eleições legislativas.

Termina discurso de Passos Coelho e Paulo Portas e canta-se o hino nacional,.

Cátia Simões Passos lembra a necessidade de aprovar o Orçamento do Estado e garante estar disponível para dialogar com o PS, "um partido europeísta" e que defende a moeda única, acreditando que este "estará disponível para que reformas importantes ainda possam ter lugar no país, com destaque para a reforma da segurança social."

Bloco alcança maior grupo parlamentar da sua história De acordo com os dados oficiais, o Bloco de Esquerda alcançou 18 deputados, o maior número de sempre de mandatos no Parlamento. Até agora, o máximo tinha sido alcançado em 2009, com 16 deputados.

PS deveria formar Governo à esquerda. CDU disponível João Oliveira, líder da bancada parlamentar do PCP, considera que o PS "devia tentar formar um Governo" à esquerda, realçando a disponibilidade da CDU "para construir uma política alternativa". "O PS devia tentar formar um Governo, respeitando a confiança que lhe foi dada pelos eleitores para romper este caminho que tem vindo a ser seguido por este Governo e tentar encontrar uma política alternativa", afirmou João Oliveira, que falava aos jornalistas no final da cerimónia solene do 105.º aniversário da implantação da República, no salão nobre dos Paços do Concelho, em Lisboa, explica a Lusa. Questionado se a CDU estaria disponível para uma coligação com o PS e com o Bloco de Esquerda, o comunista afirmou: "Os nossos votos, os nossos deputados e a nossa força contarão sempre para romper com esse caminho e para construir uma política alternativa".

Presidente do eurogrupo diz que resultado é "um pouco ambíguo" À entrada para a reunião dos ministros das Finanças da zona euro, o presidente do eurogrupo refutou a ideia de que o Governo tenha margem para inverter as políticas de austeridade que tem seguido, já que, sustentou, "a situação económica e financeira de Portugal" não mudou só porque houve eleições.

Passos e Portas reúnem núcleos duros esta tarde Comissões políticas do PSD e do CDS marcadas para esta segunda-feira para discutirem resultados eleitorais de ontem. Social-democratas reúnem às 17h00 e centristas uma hora depois.

Vitalino: "PS tem discurso de grande responsabilidade, de abertura à esquerda e à direita" À margem das comemorações do 5 de Outubro, o deputado socialista Vitalino Canas sublinha que o discurso feito domingo à noite por António Costa é "de grande responsabilidade, de abertura quer à esquerda quer à direita". O deputado acrescentou que o discurso de Costa vem "apelar à responsabilidade de todos, incluindo do PS" e lembrou que o líder socialista traçou as linhas - "não digo vermelhas" - para uma negociação: o fim da austeridade e o estabelecimento de uma política de crescimento. Vitalino disse que não pode ir mais longe do que foi dito pelo secretário-geral e afirmou acreditar que Costa "serão ainda mais claro" na reunião da comissão política nacional do PS marcada para terça-feira à noite. O deputado situou ainda a posição do PS no quadro político dos países que defendem a permanência na Europa e na moeda única.

PS agita-se no dia seguinte à derrota nas legislativas No rescaldo das eleições, a manhã está a ser marcada por uma grande agitação no PS, que está sob fogo dos partidos da esquerda e que, internamente, sofre os estilhaços de um partido que perde as eleições. Em artigo de opinião publicado no Observador, Óscar Gaspar, ex-assessor de António José Seguro diz que "os portugueses nunca quiseram um PS radical, do contra pelo contra e cego à realidade do país. A derrota do PS é a derrota de uma linha e de uma prática políticas, não é um qualquer amuo dos eleitores". A Antena 1 referia que o economista defendia que a liderança de Costa deve ser discutida. A reunião da comissão política do PS, marcada para terça-feira à noite, promete assim ser difícil para o secretário-geral, com a contestação da ala segurista a subir de tom - segundo o Observador, Álvaro Beleza confirma amanhã a disponibilidade para desafiar Costa. Vieira da Silva, deputado e ex-ministro do PS, recusa alianças com o Bloco de Esquerda e lembra que nada resolvem. "Como é sabido o PS e Bloco não fazem maioria. Essa questão não se coloca sequer em questão", disse à Antena 1. Para Vieira da Silva, um "Governo minoritário não é solução a outro Governo minoritário". Alberto Martins, ex-líder parlamentar de Seguro, defende ala mais moderada: "seria muito negativo somar à crise nacional uma crise no PS".

Medina diz que "nenhum partido tem o direito de deixar o País refém de instabilidade" Os portugueses deixaram domingo três mensagens, referiu Fernando Medina, que falava nas cerimónias do 5 de Outubro, na qualidade de presidente da Câmara Municipal de Lisboa. Medina, que também é secretário nacional socialista, defendeu que os portugueses quiseram "um país comprometido com a Europa e a moeda única", com uma "mudança na política económica e social" e com a "exigência de um entendimento entre os partido". Medina disse ainda que o resultado das eleições de domingo exige "uma verdadeira cultura de compromisso" e avisou que "nenhum partido tem o direito de deixar o País refém de instabilidade". Já à margem das cerimónia, e em declarações aos jornalistas, o presidente da maior autarquia afirmou que a busca desta estabilidade "vai dar trabalho, vai ser difícil", mas lembrou que "há muitas feridas para sarar no País", dando com exemplo o elevado nível de desemprego e a emigração.

Novos deputados devem tomar posse na última quinzena de Outubro Os 230 deputados que foram ontem eleitos tomam posse na primeira sessão plenária da XIII legislatura, que só deverá realizar-se na penúltima ou última semana de Outubro, segundo os prazos legais que têm de ser cumpridos.

Governo espanhol felicita Passos Coelho pela vitória nas legislativas A vice-presidente do Governo espanhol, Soraya Sáenz de Santamaría, felicitou hoje a coligação PSD/CDS-PP pela vitória nas eleições legislativas em Portugal, considerando que os cidadãos reconheceram "os esforços tremendos para sair da crise".

Álvaro Beleza disponível para avançar contra Costa O Observador avança que Álvaro Beleza vai anunciar a intenção de avançar contra António costa já amanhã, terça-feira, na reunião da Comissão Política do PS. Álvaro Beleza, um dos mais destacados apoiantes de António José Seguro, defendeu ainda ontem um congresso extraordinário. "Os portugueses não se compreenderiam que não se fizesse um debate interno e ele vai existir, mas de forma clara, serena e tranquila". Como? Com um congresso extraordinário, até porque a comissão político "é poucochinho", acrescentou.

Bruxelas felicita coligação A Comissão Europeia saudou esta segunda-feira a vitória da coligação nas eleições, defendendo que os resultados da noite de ontem mostram que os portugueses confiam no caminho que vem sendo traçado nos últimos anos. "A Comissão Europeia e o presidente Juncker congratulam o primeiro-ministro Passos Coelho pela vitória", disse hoje Margaritis Schinas.

Empresários esperam que Cavaco nomeie governo de coligação Dez empresários ouvidos pelo Económico apelam à estabilidade depois do acto eleitoral de ontem. Embora vejam o PS como o grande derrotado, não afastam o risco de eleições antecipadas.

O dia seguinte A manhã começa com reflexo positivo dos mercados (juros em queda e bolsa em alta) aos resultados eleitorais de ontem, com os analistas a realçarem que o PS "parece que vai concordar com alguma forma de acordo que dará alguma estabilidade ao governo de minoria". A coligação perdeu a maioria absoluta e elegeu 104 deputados até ao momento, com a esquerda a ocupar a maior parte dos assentos na Assembleia da República. O PS elegeu 85 deputados, o Bloco 19 (a maior representação da sua história) e o PCP 17. O PAN (partido Pessoas, Animais e Natureza) estreia-se no Parlamento com um deputado. Estão ainda por atribuir os quatro mandatos relativos aos círculos da Europa e Fora da Europa. De acordo com os mais recentes resultados oficiais, o nível de abstenção foi o mais elevado registado em eleições legislativas no país, com 43,07% e mais de 4 milhões de eleitores ausentes das urnas.

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Abstenção bate recorde numas legislativas Até às 00h20 estavam contados, de acordo com a secretaria geral do Ministério da Administração Interna, os votos de 5.333.888 eleitores, para um total de 9.375.466 inscritos, o que corresponde a uma taxa de participação de 56,89%. A abstenção de 43,11% foi a mais elevada registada até ao momento em eleições legislativas.

Termina discurso de Passos Coelho e Paulo Portas e canta-se o hino nacional,.

Cátia Simões Passos lembra a necessidade de aprovar o Orçamento do Estado e garante estar disponível para dialogar com o PS, "um partido europeísta" e que defende a moeda única, acreditando que este "estará disponível para que reformas importantes ainda possam ter lugar no país, com destaque para a reforma da segurança social."

Bloco alcança maior grupo parlamentar da sua história De acordo com os dados oficiais, o Bloco de Esquerda alcançou 18 deputados, o maior número de sempre de mandatos no Parlamento. Até agora, o máximo tinha sido alcançado em 2009, com 16 deputados.

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