Os rostos dizem tudo

05-10-2015
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No Altis, quartel-general do PS, o ambiente já antevia a derrota. Pouca gente e semblantes carregados a condizer com o tempo chuvoso deste fim de tarde, em Lisboa

Há momentos em que não são necessárias palavras, bastam expressões faciais para dizer tudo. No quartel-general dos socialistas, no hotel Altis, em Lisboa, o semblante dos poucos que se foram juntando, desde as 18h00, a António Costa e à direção do PS já prenunciava a derrota que as projeções à boca das urnas confirmam. Entraram Manuel Alegre, Edite Estrela, Ana Catarina Mendes, Vitalino Canas, entre outros. Com escassas declarações à imprensa.

À boca pequena, tenta-se agora antecipar o que se vai passar a seguir. Corre com insistência a versão que António Costa, mesmo perdendo, não pretende abandonar a liderança do PS.

José Carlos Carvalho

Como o Expresso já tinha anunciado há uma semana, o secretário-geral socialista quererá explorar a hipótese de apresentar um solução de Governo à esquerda - isto em caso de se confirmar que a coligação PàF vence mas sem maioria absoluta.

Mas boa parte do PS estará preparado para exigir a resignação imediata de Costa, lembrando-lhe que, há pouco mais de um ano, ele desafiou a liderança de António José Seguro argumentando que a vitória do PS por 31,6 nas europeias era "poucochinha".

Pode não significar nada, ou significar tudo: Francisco Assis, dado como um dos potenciais sucessores de Costa, cancelou há dois dias a sua presença nos estúdios da TVI para comentar a noite eleitoral. Foi substituído por Vieira da Silva. Expresso tentou contactá-lo, mas o eurodeputado tinha o telefone desligado.

Aguarda-se uma declaração de Assis, na sede do PS/Porto, depois de António Costa assumir a derrota.

No Altis, quartel-general do PS, o ambiente já antevia a derrota. Pouca gente e semblantes carregados a condizer com o tempo chuvoso deste fim de tarde, em Lisboa

Há momentos em que não são necessárias palavras, bastam expressões faciais para dizer tudo. No quartel-general dos socialistas, no hotel Altis, em Lisboa, o semblante dos poucos que se foram juntando, desde as 18h00, a António Costa e à direção do PS já prenunciava a derrota que as projeções à boca das urnas confirmam. Entraram Manuel Alegre, Edite Estrela, Ana Catarina Mendes, Vitalino Canas, entre outros. Com escassas declarações à imprensa.

À boca pequena, tenta-se agora antecipar o que se vai passar a seguir. Corre com insistência a versão que António Costa, mesmo perdendo, não pretende abandonar a liderança do PS.

José Carlos Carvalho

Como o Expresso já tinha anunciado há uma semana, o secretário-geral socialista quererá explorar a hipótese de apresentar um solução de Governo à esquerda - isto em caso de se confirmar que a coligação PàF vence mas sem maioria absoluta.

Mas boa parte do PS estará preparado para exigir a resignação imediata de Costa, lembrando-lhe que, há pouco mais de um ano, ele desafiou a liderança de António José Seguro argumentando que a vitória do PS por 31,6 nas europeias era "poucochinha".

Pode não significar nada, ou significar tudo: Francisco Assis, dado como um dos potenciais sucessores de Costa, cancelou há dois dias a sua presença nos estúdios da TVI para comentar a noite eleitoral. Foi substituído por Vieira da Silva. Expresso tentou contactá-lo, mas o eurodeputado tinha o telefone desligado.

Aguarda-se uma declaração de Assis, na sede do PS/Porto, depois de António Costa assumir a derrota.

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