PS com abertura para entendimentos à esquerda e à direita - Vitalino Canas

05-10-2015
marcar artigo

"O discurso do secretário-geral [do PS] é um discurso de grande responsabilidade que obviamente deve ser lido como sendo um discurso de abertura quer à esquerda quer à direita", disse, referindo-se ao discurso de António Costa na noite eleitoral de domingo.

O secretário-geral do PS defendeu que compete à coligação PSD/CDS-PP formar Governo, salientou que ninguém conte com os socialistas para serem "maioria do contra", gerando ingovernabilidade, mas exigiu virar a página da austeridade.

"Não seremos maioria do contra", declarou António Costa após ter reconhecido a derrota do PS nas eleições legislativas, quando questionado sobre um cenário de entendimento entre todas as forças da futura oposição.

António Costa defendeu que compete à coligação PSD/CDS encontrar condições de governabilidade, mas deixou advertências, dizendo que "ninguém pode contar com o PS para viabilizar políticas contrárias ao PS".

Vitalino Canas falava no final da cerimónia solene do 105.º aniversário da implantação da República, no salão nobre dos Paços do Concelho, em Lisboa.

Afirmando não poder "ir mais longe do que já foi dito ontem [domingo] pelo secretário-geral do PS", o deputado disse que "o posicionamento do PS será ainda mais claro" depois da reunião de terça-feira da comissão política do PS.

O socialista frisou ainda que a "responsabilidade principal recaiu" sob a coligação PSD/CDS-PP, que "não tem direita para negociar, só tem esquerda".

Para Vitalino Canas, o PS "deve fazer apenas aquilo que o eleitorado socialista determinou que fizesse: continuidade na Europa".

"Não ouvi do BE ou do PCP uma única palavra da linha europeia. Esse é uma parte essencial do programa do PS. Vale a pena estabelecer linhas de atuação, o PS estabeleceu as suas, outros partidos não o fizeram", concluiu.

A coligação formada por PSD e CDS-PP venceu com 38,55% dos votos (o que representa 104 deputados), tendo perdido a maioria absoluta, e o PS foi o segundo partido mais votado, com 32,38% (85 deputados), estando ainda por atribuir quatro assentos na futura Assembleia da República, referentes aos círculos da emigração.

MCL/PMF/FZM/AYMN // ZO

Lusa/fim

"O discurso do secretário-geral [do PS] é um discurso de grande responsabilidade que obviamente deve ser lido como sendo um discurso de abertura quer à esquerda quer à direita", disse, referindo-se ao discurso de António Costa na noite eleitoral de domingo.

O secretário-geral do PS defendeu que compete à coligação PSD/CDS-PP formar Governo, salientou que ninguém conte com os socialistas para serem "maioria do contra", gerando ingovernabilidade, mas exigiu virar a página da austeridade.

"Não seremos maioria do contra", declarou António Costa após ter reconhecido a derrota do PS nas eleições legislativas, quando questionado sobre um cenário de entendimento entre todas as forças da futura oposição.

António Costa defendeu que compete à coligação PSD/CDS encontrar condições de governabilidade, mas deixou advertências, dizendo que "ninguém pode contar com o PS para viabilizar políticas contrárias ao PS".

Vitalino Canas falava no final da cerimónia solene do 105.º aniversário da implantação da República, no salão nobre dos Paços do Concelho, em Lisboa.

Afirmando não poder "ir mais longe do que já foi dito ontem [domingo] pelo secretário-geral do PS", o deputado disse que "o posicionamento do PS será ainda mais claro" depois da reunião de terça-feira da comissão política do PS.

O socialista frisou ainda que a "responsabilidade principal recaiu" sob a coligação PSD/CDS-PP, que "não tem direita para negociar, só tem esquerda".

Para Vitalino Canas, o PS "deve fazer apenas aquilo que o eleitorado socialista determinou que fizesse: continuidade na Europa".

"Não ouvi do BE ou do PCP uma única palavra da linha europeia. Esse é uma parte essencial do programa do PS. Vale a pena estabelecer linhas de atuação, o PS estabeleceu as suas, outros partidos não o fizeram", concluiu.

A coligação formada por PSD e CDS-PP venceu com 38,55% dos votos (o que representa 104 deputados), tendo perdido a maioria absoluta, e o PS foi o segundo partido mais votado, com 32,38% (85 deputados), estando ainda por atribuir quatro assentos na futura Assembleia da República, referentes aos círculos da emigração.

MCL/PMF/FZM/AYMN // ZO

Lusa/fim

marcar artigo