Líder da UGT acredita que PS vai viabilizar Orçamento

07-10-2015
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O secretário-geral da UGT, Carlos Silva, acredita que o PS irá viabilizar o Orçamento do Estado para o próximo ano (OE/16), desde que algumas matérias exigidas pelos socialistas fiquem inscritas no programa do Governo saído das eleições de domingo. Uma delas é desistir do plafonamento de pensões.

"Acredito que o PS viabilize o OE", afirmou ontem aos jornalistas Carlos Silva, após a conferência de imprensa onde apresentou o caderno reivindicativo da central sindical para o próximo ano. O líder da UGT - que é dirigente e militante do PS - disse estar "convencido" de que tanto da parte de António Costa como de Passos Coelho "haverá disponibilidade para o compromisso".

A estratégia dos socialistas, segundo Carlos Silva, poderá passar pela exigência de incluir determinados pontos no programa do Governo para que depois o PS deixe passar o OE no Parlamento. "Imagine que o próximo OE tem um conjunto de medidas com as quais o PS não está de acordo. Se calhar, não passa na Assembleia da República", vaticinou o dirigente da UGT. E que matérias são essas? Carlos Silva referiu que a discussão sobre a Segurança Social não poderá implicar o plafonamento, um dos pontos-chave do programa eleitoral da coligação. Também terá de ficar assegurado que as políticas activas de emprego visem o combate à precariedade, defendeu.

Da parte da UGT, a central vai "aguardar para ver" o que aí vem. Mas uma coisa Carlos Silva garantiu: a UGT "não irá celebrar acordos [na concertação social] que não signifiquem exclusivamente a reversão das perdas dos últimos anos".

Porém, o secretário-geral admitiu que o novo cenário político saído das eleições provoca "mais pressões de vária ordem" sobre a central sindical, uma vez que a estrutura integra tanto socialistas como social-democratas. "Não havendo maioria absoluta no Parlamento, a UGT estará um pouco aqui quase como o fiel da balança", sublinhou Carlos Silva. "Estou convencido que, quer da parte do PS quer da parte da coligação PSD/CDS, haverá uma maior pressão sobre os parceiros sociais para objectivarem algumas soluções", salientou.

"O movimento sindical tem de mostrar que é imune a estas questões" e, no caso da UGT, lutar pelo caderno reivindicativo ontem aprovado. A UGT defende um aumento do salário mínimo em 30 euros, para 535 euros a partir de Janeiro de 2016 bem como um aumento salarial entre 2,5% e 3,5% para todos os trabalhadores. Reivindica ainda a reversão "mais rápida" dos cortes dos salários dos funcionários públicos do que aquela que está prevista pelo Governo (20% por ano). Para as pensões, a central sindical defende uma actualização de 5% para as mínimas e um aumento de 3,5% para as pensões inferiores a um IAS (actualmente é de 419,22 euros). Para as pensões de valor superior reivindica uma subida entre 2,5% e 3,5%. Carlos Silva disse que "há sempre lugar para a negociação", mas a UGT "não aceita mais cortes".

O secretário-geral da UGT, Carlos Silva, acredita que o PS irá viabilizar o Orçamento do Estado para o próximo ano (OE/16), desde que algumas matérias exigidas pelos socialistas fiquem inscritas no programa do Governo saído das eleições de domingo. Uma delas é desistir do plafonamento de pensões.

"Acredito que o PS viabilize o OE", afirmou ontem aos jornalistas Carlos Silva, após a conferência de imprensa onde apresentou o caderno reivindicativo da central sindical para o próximo ano. O líder da UGT - que é dirigente e militante do PS - disse estar "convencido" de que tanto da parte de António Costa como de Passos Coelho "haverá disponibilidade para o compromisso".

A estratégia dos socialistas, segundo Carlos Silva, poderá passar pela exigência de incluir determinados pontos no programa do Governo para que depois o PS deixe passar o OE no Parlamento. "Imagine que o próximo OE tem um conjunto de medidas com as quais o PS não está de acordo. Se calhar, não passa na Assembleia da República", vaticinou o dirigente da UGT. E que matérias são essas? Carlos Silva referiu que a discussão sobre a Segurança Social não poderá implicar o plafonamento, um dos pontos-chave do programa eleitoral da coligação. Também terá de ficar assegurado que as políticas activas de emprego visem o combate à precariedade, defendeu.

Da parte da UGT, a central vai "aguardar para ver" o que aí vem. Mas uma coisa Carlos Silva garantiu: a UGT "não irá celebrar acordos [na concertação social] que não signifiquem exclusivamente a reversão das perdas dos últimos anos".

Porém, o secretário-geral admitiu que o novo cenário político saído das eleições provoca "mais pressões de vária ordem" sobre a central sindical, uma vez que a estrutura integra tanto socialistas como social-democratas. "Não havendo maioria absoluta no Parlamento, a UGT estará um pouco aqui quase como o fiel da balança", sublinhou Carlos Silva. "Estou convencido que, quer da parte do PS quer da parte da coligação PSD/CDS, haverá uma maior pressão sobre os parceiros sociais para objectivarem algumas soluções", salientou.

"O movimento sindical tem de mostrar que é imune a estas questões" e, no caso da UGT, lutar pelo caderno reivindicativo ontem aprovado. A UGT defende um aumento do salário mínimo em 30 euros, para 535 euros a partir de Janeiro de 2016 bem como um aumento salarial entre 2,5% e 3,5% para todos os trabalhadores. Reivindica ainda a reversão "mais rápida" dos cortes dos salários dos funcionários públicos do que aquela que está prevista pelo Governo (20% por ano). Para as pensões, a central sindical defende uma actualização de 5% para as mínimas e um aumento de 3,5% para as pensões inferiores a um IAS (actualmente é de 419,22 euros). Para as pensões de valor superior reivindica uma subida entre 2,5% e 3,5%. Carlos Silva disse que "há sempre lugar para a negociação", mas a UGT "não aceita mais cortes".

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