JORGE NUNO PINTO DA COSTA: Ministério Público quis prender Carolina Salgado mas recuou

27-01-2012
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Ministério Público quis prender Carolina Salgado mas recuou Carolina não foi detida por causa do novo Código de Processo PenalUma procuradora do Departamento de Investigação e Acção Penal (DIAP) do Ministério Público (MP) do Porto ordenou a emissão de um mandado de detenção contra Carolina Salgado na sequência da dedução de uma acusação formal por alegados crimes de incêndio e ofensa à integridade física grave e qualificada, ambos na forma tentada, no âmbito dos casos de fogo posto nos escritórios de Pinto da Costa e do advogado Lourenço Pinto e um solicitador de nome Jorge Vieira Pinto. No caso das agressões, a vítima seria o médico Fernando Póvoas.De acordo com informações recolhidas pelo JN, a ordem de detenção e condução para o Tribunal de Instrução Criminal do Porto, onde lhe seriam aplicadas medidas de coacção, foi emitida no passado dia 3. Mas a procuradora, Teresa Morais, acabou por recuar na pretensão, face à iminente entrada em vigor no novo Código de Processo Penal, mais exigente quanto a detenções para aplicação de medidas de coacção.Segundo apurou o JN, a ex-namorada do presidente do F. C. Porto é acusada na qualidade de "autora moral" e responsável pelas ordens de execução daqueles supostos crimes.Autores materiais de foraOs alegados autores materiais seriam dois indivíduos, chamados Rui Passeira e Paulo Lemos, que confessaram ter feito uma espera para bater e assaltar Póvoas à porta do seu consultório, no Porto, a 13 de Junho de 2006 e noutra ocasião em Vila Nova de Cerveira, na casa de Pinto da Costa.Além destes episódios, Lemos confessou ainda a autoria dos dois incêndios, na madrugada de 14 de Junho. Segundo esta mesma versão do homem que garante ser o namorado que sucedeu a Pinto da Costa - segundo o MP, o interesse de Passeira seria receber cocaína gratuitamente -, Carolina terá mandado incendiar também o escritório de um solicitador, responsável por um arresto de alguns bens.Nos dois casos, Paulo Lemos disse ter feito por não provocar estragos avultados, incendiando apenas as portas dos escritórios, usando cinco litros de gasolina. Tanto Lemos como Passeira não foram acusados, porque a procuradora pretende aplicar-lhes uma suspensão provisória do processo (ver caixa).Diferentes versõesDe acordo com o MP, a motivação de Carolina nas alegadas ordens de fogo posto seria a destruição de uma suposta avultada "confissão de dívida" para com Pinto da Costa. Um documento cuja existência teria sido abordada no dia anterior entre Lourenço Pinto e o advogado José Dantas, que então negociavam uma eventual divisão de bens.Contactado pelo JN, José Dantas, advogado de Carolina Salgado, disse que vai requerer abertura de instrução, uma vez que considera a acusação "frágil". A principal prova é o depoimento de Paulo Lemos, uma testemunha considerada pelo causídico como "não-credível", dadas as diferentes versões que por aquele já foram dadas. Uma delas, constante na biografia de Pinto da Costa redigida por Felícia Cabrita, é contraditório com o testemunho prestado no DIAP. Apenas diz que Carolina quis usá-lo como "álibi".Os estragos no escritório de Lourenço Pinto, situado na Rua de Ceuta, no Porto, foram estimados em 2500 euros, sendo que o recheio valeria 75 mil euros. No caso do imóvel de Pinto da Costa, localizado na Rua do Paraíso, no Porto, em nome da Imobiliária de Cedofeita, o prejuízo foi 1650 euros. O recheio, composto por peças do espólio pessoal do dirigente, ascenderia a um milhão de euros.JN Online

Ministério Público quis prender Carolina Salgado mas recuou Carolina não foi detida por causa do novo Código de Processo PenalUma procuradora do Departamento de Investigação e Acção Penal (DIAP) do Ministério Público (MP) do Porto ordenou a emissão de um mandado de detenção contra Carolina Salgado na sequência da dedução de uma acusação formal por alegados crimes de incêndio e ofensa à integridade física grave e qualificada, ambos na forma tentada, no âmbito dos casos de fogo posto nos escritórios de Pinto da Costa e do advogado Lourenço Pinto e um solicitador de nome Jorge Vieira Pinto. No caso das agressões, a vítima seria o médico Fernando Póvoas.De acordo com informações recolhidas pelo JN, a ordem de detenção e condução para o Tribunal de Instrução Criminal do Porto, onde lhe seriam aplicadas medidas de coacção, foi emitida no passado dia 3. Mas a procuradora, Teresa Morais, acabou por recuar na pretensão, face à iminente entrada em vigor no novo Código de Processo Penal, mais exigente quanto a detenções para aplicação de medidas de coacção.Segundo apurou o JN, a ex-namorada do presidente do F. C. Porto é acusada na qualidade de "autora moral" e responsável pelas ordens de execução daqueles supostos crimes.Autores materiais de foraOs alegados autores materiais seriam dois indivíduos, chamados Rui Passeira e Paulo Lemos, que confessaram ter feito uma espera para bater e assaltar Póvoas à porta do seu consultório, no Porto, a 13 de Junho de 2006 e noutra ocasião em Vila Nova de Cerveira, na casa de Pinto da Costa.Além destes episódios, Lemos confessou ainda a autoria dos dois incêndios, na madrugada de 14 de Junho. Segundo esta mesma versão do homem que garante ser o namorado que sucedeu a Pinto da Costa - segundo o MP, o interesse de Passeira seria receber cocaína gratuitamente -, Carolina terá mandado incendiar também o escritório de um solicitador, responsável por um arresto de alguns bens.Nos dois casos, Paulo Lemos disse ter feito por não provocar estragos avultados, incendiando apenas as portas dos escritórios, usando cinco litros de gasolina. Tanto Lemos como Passeira não foram acusados, porque a procuradora pretende aplicar-lhes uma suspensão provisória do processo (ver caixa).Diferentes versõesDe acordo com o MP, a motivação de Carolina nas alegadas ordens de fogo posto seria a destruição de uma suposta avultada "confissão de dívida" para com Pinto da Costa. Um documento cuja existência teria sido abordada no dia anterior entre Lourenço Pinto e o advogado José Dantas, que então negociavam uma eventual divisão de bens.Contactado pelo JN, José Dantas, advogado de Carolina Salgado, disse que vai requerer abertura de instrução, uma vez que considera a acusação "frágil". A principal prova é o depoimento de Paulo Lemos, uma testemunha considerada pelo causídico como "não-credível", dadas as diferentes versões que por aquele já foram dadas. Uma delas, constante na biografia de Pinto da Costa redigida por Felícia Cabrita, é contraditório com o testemunho prestado no DIAP. Apenas diz que Carolina quis usá-lo como "álibi".Os estragos no escritório de Lourenço Pinto, situado na Rua de Ceuta, no Porto, foram estimados em 2500 euros, sendo que o recheio valeria 75 mil euros. No caso do imóvel de Pinto da Costa, localizado na Rua do Paraíso, no Porto, em nome da Imobiliária de Cedofeita, o prejuízo foi 1650 euros. O recheio, composto por peças do espólio pessoal do dirigente, ascenderia a um milhão de euros.JN Online

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