Rio diz que excepções são "uma pouca-vergonha"
O presidente da Câmara do Porto, Rui Rio, considerou ontem que a criação de excepções aos cortes nos vencimentos públicos constitui "uma pouca-vergonha" e "uma norma louca". "Numa altura em que se exigem enormes sacrifícios a todos, admitir-se que os funcionários públicos sofram cortes nos ordenados e que os trabalhadores das empresas públicas não serão penalizados é uma incompetência. Ninguém pode sentir que está a ser mais maltratado do que os outros", disse o autarca portuense aos jornalistas, no final de uma visita a um bairro social. "Se se acha que um corte de cinco por cento é muito, corte-se só quatro por cento, mas que seja para todos", acrescentou. Rui Rio evitou classificar o anunciado apoio do PSD àquela excepção, negociado no âmbito do Orçamento do Estado, adiantando, ainda assim, que, no caso de ainda ser deputado na Assembleia da República, obedeceria à disciplina parlamentar, mas faria uma declaração de voto criticando a medida. J.M.
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Rio diz que excepções são "uma pouca-vergonha"
O presidente da Câmara do Porto, Rui Rio, considerou ontem que a criação de excepções aos cortes nos vencimentos públicos constitui "uma pouca-vergonha" e "uma norma louca". "Numa altura em que se exigem enormes sacrifícios a todos, admitir-se que os funcionários públicos sofram cortes nos ordenados e que os trabalhadores das empresas públicas não serão penalizados é uma incompetência. Ninguém pode sentir que está a ser mais maltratado do que os outros", disse o autarca portuense aos jornalistas, no final de uma visita a um bairro social. "Se se acha que um corte de cinco por cento é muito, corte-se só quatro por cento, mas que seja para todos", acrescentou. Rui Rio evitou classificar o anunciado apoio do PSD àquela excepção, negociado no âmbito do Orçamento do Estado, adiantando, ainda assim, que, no caso de ainda ser deputado na Assembleia da República, obedeceria à disciplina parlamentar, mas faria uma declaração de voto criticando a medida. J.M.