Marcelo defende voto na coligação: “A proposta mais segura, mais sensata e mais ponderada para o futuro de Portugal”

01-10-2015
marcar artigo

Se Costa não faz acordos com a direita, das duas, uma: ou não vai fazer o que diz, ou torna o pais ingovernável. Marcelo deu a cara pela coligação: “Não vale a pena negar. Há coisas positivas que estão a acontecer”. Tem custos? Tinha que ser

Inesperadamente, Marcelo Rebelo de Sousa aproveitou uma discreta intervenção na campanha da coligação PSD/CDS na Marinha Grande para deixar um igualmente discreto apelo ao voto em Pedro Passos Coelho e Paulo Portas. Num discurso de mais de uma hora, com óbvias preocupações de equilíbrio e num tom sobretudo de análise, Marcelo deixou clara a sua opção: "Entre uma proposta de bom senso, segurança e realismo e um cheque em branco [que atribuiu às propostas de António Costa] naturalmente que é melhor a primeira via protagonizada por quem nos últimos quatro anos liderou um combate difícil".

“É mais seguro, mais sensato e mais ponderado para o futuro de Portugal”, assumiu o professor, alertando que ''o mundo não está fácil'' e ''não é possível estar a discutir estas eleições como se Portugal não estivesse na Europa e no mundo e não estivessem a chegar milhares de refugiados todos os dias''.

''Tudo isto que eu disse não é coisa pouca”, enfatizou. ''E fica a dúvida: como será possível (num contexto internacional tão complexo, com os mercados e os países emergentes instáveis) fazer tudo o que ele (António Costa) prometeu?''.

Mais: se Costa diz que não quer fazer acordos com a coligação PSD/CDS, ''vai governar como e com quem? Com o PCP? Com o BE? Mas isso nunca aconteceu na história do PS''. Marcelo lembra que, ao contrário, a escolha da coligação tem sido pedir uma maioria absoluta, sem fechar as portas ao diálogo com o maior partido da oposição.

Entenda-se: enquanto Passos e Portas deixam aberto um caminho que facilita soluções de governabilidade com ou sem maioria absoluta, António Costa fecha essas soluções. ''De um lado, temos um caminho claro, do outro um caminho intencionalmente vago''.

Num discurso emotivo, a puxar pelos seus históricos laços ao PSD mas sem esquecer rasgados elogios ao CDS, Marcelo acusou António Costa de “não poder dizer até ao dia das eleições o que é obvio”: que se ganhar, ou faz acordos ao centro ou lança o país num “caminho de risco”.

Na sala, com cerca de 250 pessoas (uma estreia do PSD na Marinha Grande, terra por excelência de esquerda), havia independentes e simpatizantes da área socialista. Que não aplaudiram quando ouviram o professor dizer: ''Não vale a pena negar. Há coisas positivas que estão a acontecer'' no país.

Antes de subir ao palco, Marcelo foi apresentado pelo presidente do PSD da Marinha Grande como “o nosso próximo Presidente da República”. Mas sobre isto, para já, ele nem abre a boca. Preferiu responder ao apelo que Teresa Morais, secretária de Estado e cabeça de lista da coligação por Leiria, lhe lançara - “meu caro professor, dê-nos o seu apoio, seja o que sei que é, este não é tempo para neutralidades” -, com um discurso que deixa marca nesta campanha eleitoral.

''Uma coisa é o comentador, outra é não haver maneira de despirmos as nossas convicções''. Se a direção do PSD ainda não foi até Marcelo, Marcelo assume que não esquece o PSD.

Se Costa não faz acordos com a direita, das duas, uma: ou não vai fazer o que diz, ou torna o pais ingovernável. Marcelo deu a cara pela coligação: “Não vale a pena negar. Há coisas positivas que estão a acontecer”. Tem custos? Tinha que ser

Inesperadamente, Marcelo Rebelo de Sousa aproveitou uma discreta intervenção na campanha da coligação PSD/CDS na Marinha Grande para deixar um igualmente discreto apelo ao voto em Pedro Passos Coelho e Paulo Portas. Num discurso de mais de uma hora, com óbvias preocupações de equilíbrio e num tom sobretudo de análise, Marcelo deixou clara a sua opção: "Entre uma proposta de bom senso, segurança e realismo e um cheque em branco [que atribuiu às propostas de António Costa] naturalmente que é melhor a primeira via protagonizada por quem nos últimos quatro anos liderou um combate difícil".

“É mais seguro, mais sensato e mais ponderado para o futuro de Portugal”, assumiu o professor, alertando que ''o mundo não está fácil'' e ''não é possível estar a discutir estas eleições como se Portugal não estivesse na Europa e no mundo e não estivessem a chegar milhares de refugiados todos os dias''.

''Tudo isto que eu disse não é coisa pouca”, enfatizou. ''E fica a dúvida: como será possível (num contexto internacional tão complexo, com os mercados e os países emergentes instáveis) fazer tudo o que ele (António Costa) prometeu?''.

Mais: se Costa diz que não quer fazer acordos com a coligação PSD/CDS, ''vai governar como e com quem? Com o PCP? Com o BE? Mas isso nunca aconteceu na história do PS''. Marcelo lembra que, ao contrário, a escolha da coligação tem sido pedir uma maioria absoluta, sem fechar as portas ao diálogo com o maior partido da oposição.

Entenda-se: enquanto Passos e Portas deixam aberto um caminho que facilita soluções de governabilidade com ou sem maioria absoluta, António Costa fecha essas soluções. ''De um lado, temos um caminho claro, do outro um caminho intencionalmente vago''.

Num discurso emotivo, a puxar pelos seus históricos laços ao PSD mas sem esquecer rasgados elogios ao CDS, Marcelo acusou António Costa de “não poder dizer até ao dia das eleições o que é obvio”: que se ganhar, ou faz acordos ao centro ou lança o país num “caminho de risco”.

Na sala, com cerca de 250 pessoas (uma estreia do PSD na Marinha Grande, terra por excelência de esquerda), havia independentes e simpatizantes da área socialista. Que não aplaudiram quando ouviram o professor dizer: ''Não vale a pena negar. Há coisas positivas que estão a acontecer'' no país.

Antes de subir ao palco, Marcelo foi apresentado pelo presidente do PSD da Marinha Grande como “o nosso próximo Presidente da República”. Mas sobre isto, para já, ele nem abre a boca. Preferiu responder ao apelo que Teresa Morais, secretária de Estado e cabeça de lista da coligação por Leiria, lhe lançara - “meu caro professor, dê-nos o seu apoio, seja o que sei que é, este não é tempo para neutralidades” -, com um discurso que deixa marca nesta campanha eleitoral.

''Uma coisa é o comentador, outra é não haver maneira de despirmos as nossas convicções''. Se a direção do PSD ainda não foi até Marcelo, Marcelo assume que não esquece o PSD.

marcar artigo