Incógnita no PS, sucessão natural no PSD e unanimidade nas lideranças das bancadas do CDS, BE e PCP

24-06-2011
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No PS, Maria de Belém não aceitou ser líder transitória, apesar de ser consensual entre Seguro e Assis. No PSD, Luís Montenegro vai a votos na próxima semana

Nova legislatura, novos protagonistas no Parlamento. Ou quase. Nas lideranças parlamentares, há dois repetentes (PCP e PEV), duas novidades (PSD e CDS-PP) e um regresso ao cargo (BE). E uma incógnita no PS.

Em fase de transição na sucessão de José Sócrates, nem tudo são rosas na bancada socialista. Ontem, Maria de Belém aceitou representar a bancada nos próximos dias, mas só deverá aceitar ser presidente do grupo parlamentar se for eleita em sede do grupo e não apenas "nomeada" a título transitório, como lhe foi ontem proposto.

Foi a conclusão de uma reunião da bancada, depois de o nome da deputada ter sido consensual para assumir funções interinamente entre os dois candidatos à liderança do partido, António José Seguro e Francisco Assis. No final da reunião, a ex-ministra socialista remeteu a questão para mais tarde, numa resposta pouco esclarecedora sobre se estaria disponível para a função até que o novo líder do partido, que será eleito a 23 de Julho, tome uma decisão definitiva. "Não faz sentido estar a tratar dessa questão agora, porque neste período nem todas as pessoas podem assumir o lugar de deputado, já que estão no exercício de funções de Governo", disse, referindo-se aos 24 socialistas que ainda ontem faziam parte do executivo e que só assumem o cargo de deputado hoje.

PSD aposta em número dois

Perante a insistência dos jornalistas no sentido de saberem se aceita ser líder parlamentar interina do PS, Maria de Belém deixou escapar um "não". "Acho que é bom que estas coisas sejam discutidas e avaliadas tendo em conta as ponderações", acrescentou, sem clarificar a sua posição.

Luís Montenegro, "número dois" de Miguel Macedo na direcção da bancada do PSD - e que antes já fora vice-presidente de Pedro Santana Lopes, de Paulo Rangel e de José Pedro Aguiar-Branco -, é a sucessão natural. O deputado eleito por Aveiro anunciou, sem surpresa, a sua candidatura na primeira reunião da bancada, ao lado de Pedro Passos Coelho. As eleições estão marcadas para dia 29.

A sua função não será fácil e Montenegro - um dirigente muito próximo de Passos - vai ter de gerir o funcionamento parlamentar da aliança com o CDS, além das necessárias pontes com o Governo. Ontem, aos jornalistas, assumiu que quer "ter no grupo parlamentar uma referência de estabilidade" e prometeu um "trabalho político frutuoso com o Governo, com o CDS e com as demais bancadas".

Os centristas já escolheram o líder. É Nuno Magalhães, que foi vice-presidente da bancada do partido nas duas últimas legislaturas. Foi eleito por unanimidade pelos 24 deputados e substitui Pedro Mota Soares, que toma hoje posse como ministro da Solidariedade e Segurança Social.

Elogiado pelo presidente do partido, Paulo Portas, como a pessoa que "pode continuar" o trabalho desenvolvido por Mota Soares, Nuno Magalhães afirmou ser uma "honra e uma responsabilidade" assumir o cargo. É que, reconheceu o também vice-presidente do partido, o cargo será uma "tarefa exigente mas muito estimulante numa legislatura que vai requerer muito trabalho".

A unanimidade foi ainda conseguida pelo PCP, na reeleição de Bernardino Soares. Pela primeira vez estará na direcção da bancada comunista o deputado João Oliveira, que se junta a António Filipe, também proposto para a vice-presidência da AR.

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O tom consensual também foi alcançado no Bloco de Esquerda: os oito deputados elegeram Luís Fazenda para líder parlamentar, o nome proposto pela comissão política. Fazenda já foi presidente da bancada parlamentar do BE na X legislatura, entre 2005 e 2009, e substitui no cargo José Manuel Pureza, que não foi eleito deputado. João Semedo ficará como vice-presidente da bancada.

Nem só de novos protagonistas viveu a primeira sessão da XII legislatura. Na hora da despedida, uma antiga deputada mobilizou todas as bancadas. Celeste Correia, secretária da mesa na anterior legislatura, não foi reeleita pelo PS. Mas, como os ainda ministros não tinham ontem tomado o lugar de deputado, a parlamentar pôde ser chamada pelo presidente interino, Guilherme Silva, para secretariar os trabalhos da primeira sessão plenária. E foi aplaudida de pé por todas as bancadas. com N.S.

No PS, Maria de Belém não aceitou ser líder transitória, apesar de ser consensual entre Seguro e Assis. No PSD, Luís Montenegro vai a votos na próxima semana

Nova legislatura, novos protagonistas no Parlamento. Ou quase. Nas lideranças parlamentares, há dois repetentes (PCP e PEV), duas novidades (PSD e CDS-PP) e um regresso ao cargo (BE). E uma incógnita no PS.

Em fase de transição na sucessão de José Sócrates, nem tudo são rosas na bancada socialista. Ontem, Maria de Belém aceitou representar a bancada nos próximos dias, mas só deverá aceitar ser presidente do grupo parlamentar se for eleita em sede do grupo e não apenas "nomeada" a título transitório, como lhe foi ontem proposto.

Foi a conclusão de uma reunião da bancada, depois de o nome da deputada ter sido consensual para assumir funções interinamente entre os dois candidatos à liderança do partido, António José Seguro e Francisco Assis. No final da reunião, a ex-ministra socialista remeteu a questão para mais tarde, numa resposta pouco esclarecedora sobre se estaria disponível para a função até que o novo líder do partido, que será eleito a 23 de Julho, tome uma decisão definitiva. "Não faz sentido estar a tratar dessa questão agora, porque neste período nem todas as pessoas podem assumir o lugar de deputado, já que estão no exercício de funções de Governo", disse, referindo-se aos 24 socialistas que ainda ontem faziam parte do executivo e que só assumem o cargo de deputado hoje.

PSD aposta em número dois

Perante a insistência dos jornalistas no sentido de saberem se aceita ser líder parlamentar interina do PS, Maria de Belém deixou escapar um "não". "Acho que é bom que estas coisas sejam discutidas e avaliadas tendo em conta as ponderações", acrescentou, sem clarificar a sua posição.

Luís Montenegro, "número dois" de Miguel Macedo na direcção da bancada do PSD - e que antes já fora vice-presidente de Pedro Santana Lopes, de Paulo Rangel e de José Pedro Aguiar-Branco -, é a sucessão natural. O deputado eleito por Aveiro anunciou, sem surpresa, a sua candidatura na primeira reunião da bancada, ao lado de Pedro Passos Coelho. As eleições estão marcadas para dia 29.

A sua função não será fácil e Montenegro - um dirigente muito próximo de Passos - vai ter de gerir o funcionamento parlamentar da aliança com o CDS, além das necessárias pontes com o Governo. Ontem, aos jornalistas, assumiu que quer "ter no grupo parlamentar uma referência de estabilidade" e prometeu um "trabalho político frutuoso com o Governo, com o CDS e com as demais bancadas".

Os centristas já escolheram o líder. É Nuno Magalhães, que foi vice-presidente da bancada do partido nas duas últimas legislaturas. Foi eleito por unanimidade pelos 24 deputados e substitui Pedro Mota Soares, que toma hoje posse como ministro da Solidariedade e Segurança Social.

Elogiado pelo presidente do partido, Paulo Portas, como a pessoa que "pode continuar" o trabalho desenvolvido por Mota Soares, Nuno Magalhães afirmou ser uma "honra e uma responsabilidade" assumir o cargo. É que, reconheceu o também vice-presidente do partido, o cargo será uma "tarefa exigente mas muito estimulante numa legislatura que vai requerer muito trabalho".

A unanimidade foi ainda conseguida pelo PCP, na reeleição de Bernardino Soares. Pela primeira vez estará na direcção da bancada comunista o deputado João Oliveira, que se junta a António Filipe, também proposto para a vice-presidência da AR.

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O tom consensual também foi alcançado no Bloco de Esquerda: os oito deputados elegeram Luís Fazenda para líder parlamentar, o nome proposto pela comissão política. Fazenda já foi presidente da bancada parlamentar do BE na X legislatura, entre 2005 e 2009, e substitui no cargo José Manuel Pureza, que não foi eleito deputado. João Semedo ficará como vice-presidente da bancada.

Nem só de novos protagonistas viveu a primeira sessão da XII legislatura. Na hora da despedida, uma antiga deputada mobilizou todas as bancadas. Celeste Correia, secretária da mesa na anterior legislatura, não foi reeleita pelo PS. Mas, como os ainda ministros não tinham ontem tomado o lugar de deputado, a parlamentar pôde ser chamada pelo presidente interino, Guilherme Silva, para secretariar os trabalhos da primeira sessão plenária. E foi aplaudida de pé por todas as bancadas. com N.S.

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