Barbosa de Melo é o presidente da AR com menos votos. Nobre é caso único

24-06-2011
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Desde 1976, quatro candidatos à AR foram rejeitados à primeira volta

Fernando Nobre foi ontem rejeitado nas duas voltas das eleições à presidência da Assembleia da República (AR), situação que nunca tinha acontecido antes, tendo comunicado mais tarde a sua desistência à candidatura.

O fundador da AMI é ainda o primeiro candidato a ser rejeitado desde Novembro de 1991, ano em que António Barbosa de Melo, político social-democrata, apenas conseguiu ser eleito na segunda volta. Proposto pelo PSD e em disputa com António Marques Oliveira e Silva, candidato do PS, o professor de Direito teve 109 votos e o seu adversário 71. Com este número, é fácil de perceber que nem todos os sociais-democratas votaram no seu candidato.

Apenas à segunda volta, Barbosa de Melo conseguiu uma vitória, com 117 votos, apenas mais um do que necessitava, contra 62 a favor do seu adversário, sendo o presidente eleito com menos votos dos últimos 35 anos, segundo a agência Lusa.

Barbosa de Melo foi ainda o primeiro candidato à presidência do Parlamento no Governo de Cavaco Silva a ser rejeitado na primeira volta e terá sido prejudicado por um conflito do passado com Francisco Sá Carneiro.

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O líder histórico do Partido Popular Democrático (PPD), actual PSD, acreditava que a única forma de se opor ao Governo PS-CDS, liderado por Mário Soares, seria fazer um acordo com o CDS para, em conjunto, o derrubarem no Parlamento. Contudo, Barbosa de Melo, co-fundador do PPD, defendia que se devia esperar algum tempo, na esperança de que Soares fizesse alterações ao Governo. Esta situação provocou o seu afastamento do partido em 1979 e uma rejeição na primeira volta, em 1991, quando se candidatava a presidente do Parlamento, eleições nas quais Leonor Beleza assumiu o cargo de vice-presidente da AR.

Desde 1976, Fernando Nobre foi o quarto candidato à AR rejeitado à primeira volta. Conforme noticia o Jornal de Negócios, já em 1978, a candidatura de Teófilo Carvalho dos Santos, do PS, foi chumbada à primeira volta, mesmo sem candidaturas adversárias. Em 1981, o mesmo destino teve Francisco Oliveira Dias, do CDS, que tinha como adversário o recandidato Carvalho dos Santos.

Pelo contrário, e segundo a Lusa, Jaime Gama foi o presidente da AR eleito com mais votos dos últimos 35 anos, contando com 204 votos a favor, num total de 230 deputados, na sua recandidatura ao cargo, em 2009.

Desde 1976, quatro candidatos à AR foram rejeitados à primeira volta

Fernando Nobre foi ontem rejeitado nas duas voltas das eleições à presidência da Assembleia da República (AR), situação que nunca tinha acontecido antes, tendo comunicado mais tarde a sua desistência à candidatura.

O fundador da AMI é ainda o primeiro candidato a ser rejeitado desde Novembro de 1991, ano em que António Barbosa de Melo, político social-democrata, apenas conseguiu ser eleito na segunda volta. Proposto pelo PSD e em disputa com António Marques Oliveira e Silva, candidato do PS, o professor de Direito teve 109 votos e o seu adversário 71. Com este número, é fácil de perceber que nem todos os sociais-democratas votaram no seu candidato.

Apenas à segunda volta, Barbosa de Melo conseguiu uma vitória, com 117 votos, apenas mais um do que necessitava, contra 62 a favor do seu adversário, sendo o presidente eleito com menos votos dos últimos 35 anos, segundo a agência Lusa.

Barbosa de Melo foi ainda o primeiro candidato à presidência do Parlamento no Governo de Cavaco Silva a ser rejeitado na primeira volta e terá sido prejudicado por um conflito do passado com Francisco Sá Carneiro.

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O líder histórico do Partido Popular Democrático (PPD), actual PSD, acreditava que a única forma de se opor ao Governo PS-CDS, liderado por Mário Soares, seria fazer um acordo com o CDS para, em conjunto, o derrubarem no Parlamento. Contudo, Barbosa de Melo, co-fundador do PPD, defendia que se devia esperar algum tempo, na esperança de que Soares fizesse alterações ao Governo. Esta situação provocou o seu afastamento do partido em 1979 e uma rejeição na primeira volta, em 1991, quando se candidatava a presidente do Parlamento, eleições nas quais Leonor Beleza assumiu o cargo de vice-presidente da AR.

Desde 1976, Fernando Nobre foi o quarto candidato à AR rejeitado à primeira volta. Conforme noticia o Jornal de Negócios, já em 1978, a candidatura de Teófilo Carvalho dos Santos, do PS, foi chumbada à primeira volta, mesmo sem candidaturas adversárias. Em 1981, o mesmo destino teve Francisco Oliveira Dias, do CDS, que tinha como adversário o recandidato Carvalho dos Santos.

Pelo contrário, e segundo a Lusa, Jaime Gama foi o presidente da AR eleito com mais votos dos últimos 35 anos, contando com 204 votos a favor, num total de 230 deputados, na sua recandidatura ao cargo, em 2009.

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