Tem sido um início de ano repleto de polémicas, frases infelizes e agendas suspeitas.
Para retemperar os espíritos nada como assistir à cerimónia de comemoração da Semana Mundial da Harmonia Inter-religiosa, uma iniciativa da Aliança das Civilizações da Organização das Nações Unidas e apadrinhada pela Câmara Municipal de Lisboa no Mercado de Santa Clara no passado Sábado.
Para além de várias religiões e credos, como o nome indica aliás, deram as boas vindas Jorge Sampaio, Alto Representante da ONU para a Aliança das Civilizações, Rosário Farmhouse, Alta-Comissária para a Imigração e o Diálogo Intercultural e Manuel Salgado, vice-presidente da Câmara Municipal de Lisboa.
Jorge Sampaio fez questão de dizer que se tratava de uma festa popular entre diferentes credos para que todos aprendam a respeitar-se e a saber partilhar a Humanidade que é de todos.
Já Rosário Farmhouse sublinhou que Portugal é um país plural que sabe acolher mas que não pode baixar os braços em tempos de crise.
Manuel Salgado lembrou que Lisboa sempre foi palco de religiões diferentes e uma cidade harmoniosa.
Salta à vista que… todos os acima mencionados são socialistas, ou próximos. Seria possível um acontecimento destes sem um espírito de esquerda? É velha a dicotomia esquerda-direita no que toca a Religião, Igualdade e Questões Sociais.
Guiemo-nos apenas pelos factos:
Na mudança de Governo, Passos Coelho resolveu acabar com a secretaria de Estado da Igualdade, aglomerou-a com a dos Assuntos Parlamentares e nomeou Teresa Morais, uma escolha, no mínimo, discutível para esta área.
Durante a campanha eleitoral, o actual primeiro-ministro deixou escapar que a legislação do aborto poderia ser revista. O assunto não teve muito destaque mas agora parece que Passos quer mesmo repôr o assunto, quem sabe à boleia de Mariano Rajoy em Espanha, que vai voltar a endurecer a lei.
Enfim, por entre ‘pieguices’, conselhos de emigração, ‘custe o que custar’, e outras expressões menos felizes, o tom que transparece é que de Igualdade de oportunidades e direitos vai-se tendo cada vez menos.
Assim vai o país, em suspenso da decisão da Grécia hoje de carregar ainda mais a cruz ou não.
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Tem sido um início de ano repleto de polémicas, frases infelizes e agendas suspeitas.
Para retemperar os espíritos nada como assistir à cerimónia de comemoração da Semana Mundial da Harmonia Inter-religiosa, uma iniciativa da Aliança das Civilizações da Organização das Nações Unidas e apadrinhada pela Câmara Municipal de Lisboa no Mercado de Santa Clara no passado Sábado.
Para além de várias religiões e credos, como o nome indica aliás, deram as boas vindas Jorge Sampaio, Alto Representante da ONU para a Aliança das Civilizações, Rosário Farmhouse, Alta-Comissária para a Imigração e o Diálogo Intercultural e Manuel Salgado, vice-presidente da Câmara Municipal de Lisboa.
Jorge Sampaio fez questão de dizer que se tratava de uma festa popular entre diferentes credos para que todos aprendam a respeitar-se e a saber partilhar a Humanidade que é de todos.
Já Rosário Farmhouse sublinhou que Portugal é um país plural que sabe acolher mas que não pode baixar os braços em tempos de crise.
Manuel Salgado lembrou que Lisboa sempre foi palco de religiões diferentes e uma cidade harmoniosa.
Salta à vista que… todos os acima mencionados são socialistas, ou próximos. Seria possível um acontecimento destes sem um espírito de esquerda? É velha a dicotomia esquerda-direita no que toca a Religião, Igualdade e Questões Sociais.
Guiemo-nos apenas pelos factos:
Na mudança de Governo, Passos Coelho resolveu acabar com a secretaria de Estado da Igualdade, aglomerou-a com a dos Assuntos Parlamentares e nomeou Teresa Morais, uma escolha, no mínimo, discutível para esta área.
Durante a campanha eleitoral, o actual primeiro-ministro deixou escapar que a legislação do aborto poderia ser revista. O assunto não teve muito destaque mas agora parece que Passos quer mesmo repôr o assunto, quem sabe à boleia de Mariano Rajoy em Espanha, que vai voltar a endurecer a lei.
Enfim, por entre ‘pieguices’, conselhos de emigração, ‘custe o que custar’, e outras expressões menos felizes, o tom que transparece é que de Igualdade de oportunidades e direitos vai-se tendo cada vez menos.
Assim vai o país, em suspenso da decisão da Grécia hoje de carregar ainda mais a cruz ou não.